segunda-feira, junho 25, 2007

Moulin Rouge

Coração a mil por hora, sem vontade nenhuma de escrever (porque como bem comentou uma amiga, a vida real é bem mais real)...mas resolvi passar aqui só pra falar de uma das minhas trilhas sonoras favoritas, que não tiro do meu CD-player há dois dias: Moulin Rouge. Diga-se de passagem, o filme não fica nada atrás, embora a crítica e o público tenham ficado divididos - há os que amem, há os que odeiem! Eu me incluo na primeira categoria, obviamente. E eu que nem sou romântica (juro por Deus, o que não quer dizer que eu não tenha sentimentos, muito pelo contrário...) confesso que me derreto por dentro ao ouvir as faixas Your Song and Come What May. Agora fala sério, isso aqui é demais:

Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace
Suddenly my life doesn't seem such a waste

It all revolves around you

And there's no mountain too high

No river too wide

Sing out this song and I'll be there by your side

Storm clouds may gather

And stars may collide

But I love you until the end of time
...

sábado, junho 23, 2007

Do rumo das coisas, parte II

Pois então...não só aconteceu tudo como eu havia imaginado (e não planejado, o que é bem diferente) como foi ainda melhor...Não me perguntem como mas eu sabia exatamente o que ia acontecer (leia-se: premonição). Os dois pegos de surpresa pelo rumo inevitável de uma estória que começou e terminou 13 anos atrás (unfinished business, you may call it). Tem coisas na vida da gente que não tem como fugir e ponto final. E acima de tudo, tem coisas na vida da gente que não adianta nem (tentar) explicar.

Agora durma-se com um barulho desses! Coração batendo forte, de novo - justo quando eu tinha decidido não sentir mais nada... A vida tem dessas coisas.

quarta-feira, junho 20, 2007

Do rumo das coisas

Tem acontecido cada coisa esquisita nos últimos dias - boas mas esquisitas - que confesso que ando no mundo da lua e ansiosa demais pra escrever...com medo do rumo que a vida da gente toma de vez em quando - e ao mesmo tempo ciente de que devemos deixar a vida fluir (o que por sua vez nos traz de volta ao medo). É que o medo é proporcional às cicatrizes que colecionamos por essa vida afora...No mais, convenhamos que é estranho quando os fantasmas do passado resolvem invadir sua vida novamente...Quando da noite pro dia são reatados laços que você havia perdido há anos nesta vida. Daquelas coisas que nem Freud explica (e talvez Jung, com a sua teoria da sincronicidade chegue mais perto). Estranho porque quando as pessoas reatam laços depois de muitos anos, de certa forma é como começar de novo porque ambas mudaram (e no meu caso, não foi pouca coisa) .Então na verdade você está se relacionando com uma pessoa totalmente diferente daquela com quem se relacionou no passado. O que é bom e ruim, claro.

Mas pior do que a ansiedade são as expectativas. Tanto as boas quanto as ruins - porque expectativa, no final das contas, é tudo a mesma coisa: expectativa. Ao menos uma coisa nesta vida eu posso dizer que aprendi: é mais fácil a gente se arrepender do que deixou de fazer (o que poderia ter sido se...) do que do que fez (e na pior das hipóteses, ao menos fica a certeza de termos tentado). Complicado mesmo é o momento anterior à decisão - o goleiro diante do penâlti, se é que alguém entende onde estou querendo chegar. Aimeudeus, deixa pra lá...

No mais, se alguém puder me ensinar como não levar a vida tão a sério, ficarei eternamente agradecida. Porque vou te contar, viver é tão complicado...ou vai ver eu é que tenho o hábito de complicar as coisas!

terça-feira, junho 12, 2007

Nada como um dia após o outro

eu acredito que a gente deve (tentar) aprender com os nossos erros. e que em vez de se torturar pelos erros do passado, a gente deve (tentar) viver o dia de hoje da melhor forma possível. e que devemos lembrar que cada dia é um novo começo, uma nova oportunidade de fazer as coisas darem certo. e que a gente deve tomar uma atitude na vida em vez de ficar esperando que as coisas simplesmente se materializem diante de nossos olhos. que devemos agir apesar do medo, para não corrermos o risco de sermos levados pela vida feito roupas penduradas no varal e espalhadas aos quatro ventos em dia de temporal. sim, eu acredito que devemos agir para tentar mudar o que pode ser mudado enquanto ainda estamos vivos...porque só em constante movimento nossa vida terá mais sentido do que a mera passagem dos dias e das noites - e nunca esquecer que movimento é vida, e que a paralisia em vida é uma morte disfarçada.

acima de tudo, hoje acredito que a gente deve perdoar a si mesmo, por mais difícil que isso possa ser (porque perdoar os outros é sempre mais fácil, pelo menos pra mim sempre foi assim). e no final das contas, nada como um dia após o outro. dormir, acordar e recomeçar a cada dia. porque estar vivo é isso: recomeçar, reescrever diariamente a sua estória. ser o protagonista de sua própria estória, e não apenas um mero coadjuvante. de resto, de definitivo nesta vida só a morte.

domingo, junho 10, 2007

Joss Stone !

Pra quem ainda não conhece, a voz desta menina-mulher nascida em Dover, Inglaterra é simplesmente SHOW. Uma branquinha com voz negra que não fica devendo quase nada às musas do jazz americano (ouça e confira você mesmo).

Depois do EBTG do post musical anterior, eu não consigo mais tirar do meu CD-player o álbum Mind, Body and Soul - lançado em 2004 quando a inglesinha tinha 17 anos e já ostentava uma das vozes mais aveludadas da cena pop atual. Tenho este CD há uns 3 anos, mais ou menos desde a época de seu lançamento...e confesso que estou curiossíssima para ouvir o novo álbum dela, lançado recentemente: Introducing Joss Stone.

Música para dias de sol, dias de chuva, dias de bom-humor, dias de mal-humor, música para escutar sozinho ou bem-acompanhado...enfim, música para todos os dias. E acima de tudo: música da melhor qualidade!

sábado, junho 09, 2007

Tempo instável, nuvens esparsas



Não quero vir aqui pra reclamar da vida mas tem dias que me bate uma tristeza...é só alguém vir com um papo de tempo perdido e erros do passado pra eu sentir um tremendo mal-estar. Mas erros todos nós cometemos (eu repito isso pra mim todos os dias) e eu não quero ser uma pessoa amarga nesta vida. Porque eu sei que as coisas estão melhorando, talvez não com a rapidez que eu gostaria (o buraco era fundo demais) mas estão melhorando sim. E eu sei que alguns dos erros do passado talvez não pudessem mesmo ser evitados e que não adianta chorar o leite derramado. Mas que dói, isso dói e muito. Porque é um tempo perdido, que não volta mais e que não podemos mais corrigir. E eu tenho uma ferida aberta, pronta para começar a sangrar de novo quando menos se espera. E hoje não sei dizer quanto tempo a cicatrização demora. Só sei que melhora - tem que melhorar! E provavelmente a única condição é deixar o passado em paz e se concentrar no que realmentre importa: o presente.

Enfim, não quero ser vítima das minhas escolhas. Em vez disso, quero aprender com os erros do passado pra poder seguir em frente de cabeça erguida (e quiçá, de coração leve). Mas para isso o primeiro passo é perdoar a mim mesma - e olha, tem sido mais difícil do que vocês podem imaginar! Mas não há de ser nada, ninguém disse que viver era fácil.

PS. Hoje estou igualzinha a esta foto, mas já já a chuva passa...

quinta-feira, junho 07, 2007

Everything but the Girl !

Sessão nostalgia, fui mexer em uns CDs empoeirados no meu armário (shame on me!) e achei um CD muito especial, tão especial que estou ouvindo ele agora mesmo (enquanto faço minhas traduções). O CD é Walking Wounded (1996) , considerado por público e crítica um dos clássicos da banda Everything but the Girl. E eu tive a sorte de assistir este show ao vivo em Utrecht, creio que em 1997 - não me lembro mais a data exata, só sei dizer que foi um dos melhores shows da minha vida!

Engraçado como eu raramente falo de música por aqui, prometo tentar corrigir este erro - mas é que a grande paixão da minha vida é mesmo o cinema...

O livro que estava faltando na minha cabeceira...

Finalmente encontrei o livro que estava faltando na minha cabeceira. E por falar em livros, incluí uma lista dos meus livros favoritos logo abaixo dos links para amigos blogueiros. Quem estiver interessado, é só dar uma olhada.

Voltando ao livro, eu já tinha comentado sobre essa questão aqui antes, então desculpem-me se estou sendo repetitiva...Mas li a descrição do livro no site da Amazon e ela caiu como uma luva (tanto que não vou nem traduzir, rsrsrsrs):

Cutting-edge help and information is now available on the misunderstood and often misdiagnosed milder mood disorders: Bipolar ll and Cyclothymia. You may have Soft Bipolar if you: have vivid thoughts and emotions; have variable periods of energy and productivity; have good times followed by periods of foggy depression; have a relative with depression, a mood disorder, or alcoholism; are strongly affected by stress, relationships, changes of seasons, or losses; feel you are bright, but for some reason are not meeting your potential. If you can relate to any of these ideas, Soft Bipolar has further tools to understand your symptoms, including the new and innovative Soft Bipolar Symptom Self Report. There are things you can do about these disorders, and direction in finding qualified help is included. Where would we be without other resources? "Soft Bipolar" includes many internet-critical resource sites that offer vast amounts of help you can find today! Dr. Bunch wants you to understand why you have suffered and what you can do about the fears, anxieties, and depression of your Soft Bipolar disorder.

quarta-feira, junho 06, 2007

O Segredo, agora em nova embalagem

Desculpem a ironia mas nada como uma equipe de marketing forte! Ontem recebi um texto de uma amiga sobre o que andam alardeando ser a maior novidade dos últimos tempos. Decidi pesquisar na internet e encontrei inúmeros sites sobre o novo fenômeno. Leia-se: a (re)descoberta de um segredo já conhecido por muitos há tempos...Parece paradoxal? E é mesmo! Direto da Austrália para quem quiser ouvir: The Secret. Uma extraordinária tirada de marketing, com direito a filme, livros e toda a parafernália a qual estamos acostumados (e que a nossa sociedade consume vorazmente, ao menos até surgir a próxima novidade) . O filme segue a trilha de documentários como What the Bleep do we Know (que aliás recomendo, como eu mesma já comentei aqui antes).

Mas como eu disse e repito: nada como um bom marketing. O que eu quero dizer é que praticamente T-U-D-O que foi escrito no livro e incluído no documentário já havia sido escrito ou dito em algum lugar antes. Nada de novo para quem está acostumado a ler títulos de auto-ajuda e física quântica - esta eu nem colocaria no mesmo saco, porque é, digamos assim, a irmã sábia da auto-ajuda (e tema do documentário What the Bleep do we Know).

Pra quem ficou curioso, a idéia básica sendo alardeada aos quatro ventos é a lei da atração, uma lei conhecida há séculos e já antes comentada por vários sábios e filósofos. Ou ainda, na linguagem de auto-ajuda: o poder do pensamento positivo. Trocando em miúdos: somos responsáveis por tudo aquilo que acontece em nossas vidas. Nós mesmos atraímos tudo de bom (e de ruim) dependendo da frequência (vibração) de nossos pensamentos. Ou seja, se pensamos coisas boas, atraimos coisas boas. Se pensamos coisas ruins, adivinhem só...Por acaso (ou sincronicidade) estou lendo nas últimas semanas um livro sobre o mesmo assunto: Excuse Me, Your Life Is Waiting: The Power of Positive Feelings, da autora Lynn Grabhorn. Estou lendo a edição holandesa mas como não sei se o livro foi traduzido no Brasil, coloquei o título original em inglês aqui.

Voltando ao pensamento positivo, eu até concordo (e não teria como não concordar) mas por outro lado, tenho uma mente pra lá de questionadora...e quando penso em momentos da história como o Holocausto e os campos de refugiados em Darfur nos dias de hoje, já não tenho mais certeza de nada. A gente pode até comprar a idéia básica, só não pode pensar muito. Porque embora eu acredite SIM que temos a capacidade de atrair coisas boas para nossas vidas (e eu mesma já comprovei e tenho comprovado isso ultimamente)...como explicar tanta desgraça, miséria, tsunamis e guerras pelo mundo afora? será que essas pessoas atraíram para si mesmas toda esta má sorte?!!

Não que eu ache tudo isso uma besteira, mas fico enfurecida quando vejo algumas pessoas espertas tirarem proveito de um conhecimento mais do que antigo pra faturar uma grana extra (neste caso, muita grana)...Em suma, um velho segredo embrulhado em uma nova embalagem.

terça-feira, junho 05, 2007

A vida como ela é



Dentro de mim tenho o dia e a noite. Aqui dentro convivem sol e lua, nem sempre pacificamente. Dias de mar manso, dias de tempestade em alto-mar. Dias nublados e carregados de nuvens ameaçadoras, noites de céu estrelado. Dias de expansão e exuberante alegria e dias de recolhimento e tristeza com ou sem motivo aparente.

É bem verdade que nos últimos tempos a alegria tem se saído vitoriosa (também já era tempo). Mas vez ou outra sou pega de surpresa por um velho conhecido: o mau humor. Ele vem chegando de mansinho e quando percebo, já se instalou sorrateiramente na minha mente e no meu dia. É quando páro e tento reverter a maré, páro e tento refletir sobre o porquê (quanto mais a gente vive, mais a vida nos surpreende). E chego à conclusão de que 90% do meu mau-humor está relacionado a coisas que não posso mudar...na verdade é uma impotência disfarçada de mau-humor, deixemos isso bem claro. Impotência diante de alguns fatos da vida que sei que não posso (mais) mudar. Impotência diante de escolhas mal-feitas e de ilusões perdidas. Porque se eu soubesse há 10 anos o que eu sei hoje, teria feito algumas escolhas diferentes. E se eu soubesse há 20 anos o que eu sei hoje, minha vida hoje seria totalmente diferente. Pensando bem, é assim pra todo mundo e esta é a grande ironia da vida. Quando temos a juventude e o tempo a nosso favor, falta-nos a sabedoria. Quando temos a sabedoria, falta-nos o frescor da juventude e o tempo já nem sempre está a nosso favor...

E foi assim que descobri que é mais difícil perdoar a si mesmo do que perdoar aos outros. Que é mais difícil perdoar seus próprios erros do que os erros dos outros. Porque nossos erros são apenas nossos. E mais cedo ou mais tarde, somos confrontados com eles. Depois dos 40 anos, admito que não tenho mais ilusões nesta vida. Pra início de conversa, foram-se as grandes ilusões: morar no exterior, casar e ter filhos...já realizei tudo isso, com algumas consequências desastrosas e outras nem tanto (e não, não me arrependo de tudo mas pago até hoje por algumas dessas escolhas).

O que assusta mesmo é chegar aos 40 anos e ver nitidamente as consequências das escolhas que fizemos aos 30 (atenção amigas de 30, fica dado o recado). Porque aos 40 não dá mais pra tapar o sol com a peneira e empurrar com a barriga, aos 40 somos confrontados quase que diariamente com nossas escolhas. Aos 40 entendemos finalmente que a vida que vivemos hoje nada mais é do que a soma das escolhas que fizemos no passado. Nem mais, nem menos. E pra não dizer que estou sendo fatalista (eu avisei do mau-humor), também acredito que o futuro depende das escolhas que fazemos hoje. Ou seja, nem tudo está perdido e algumas coisas ainda podem (e devem) ser mudadas. Ufa, que alívio...

Confrontadas as ilusões com a realidade diária, posso dizer que não sobrou nada do meu mundo de antes. Hoje sou uma pessoa sem maiores sonhos e ilusões, talvez justamente por isso mais sábia. Sabe-se lá, viver é muito esquisito. E se a vida é cheia de mistérios...eu sou uma pergunta eternamente em busca de resposta(s).
Tecnologia do Blogger.

Moulin Rouge

Coração a mil por hora, sem vontade nenhuma de escrever (porque como bem comentou uma amiga, a vida real é bem mais real)...mas resolvi passar aqui só pra falar de uma das minhas trilhas sonoras favoritas, que não tiro do meu CD-player há dois dias: Moulin Rouge. Diga-se de passagem, o filme não fica nada atrás, embora a crítica e o público tenham ficado divididos - há os que amem, há os que odeiem! Eu me incluo na primeira categoria, obviamente. E eu que nem sou romântica (juro por Deus, o que não quer dizer que eu não tenha sentimentos, muito pelo contrário...) confesso que me derreto por dentro ao ouvir as faixas Your Song and Come What May. Agora fala sério, isso aqui é demais:

Suddenly the world seems such a perfect place
Suddenly it moves with such a perfect grace
Suddenly my life doesn't seem such a waste

It all revolves around you

And there's no mountain too high

No river too wide

Sing out this song and I'll be there by your side

Storm clouds may gather

And stars may collide

But I love you until the end of time
...

Do rumo das coisas, parte II

Pois então...não só aconteceu tudo como eu havia imaginado (e não planejado, o que é bem diferente) como foi ainda melhor...Não me perguntem como mas eu sabia exatamente o que ia acontecer (leia-se: premonição). Os dois pegos de surpresa pelo rumo inevitável de uma estória que começou e terminou 13 anos atrás (unfinished business, you may call it). Tem coisas na vida da gente que não tem como fugir e ponto final. E acima de tudo, tem coisas na vida da gente que não adianta nem (tentar) explicar.

Agora durma-se com um barulho desses! Coração batendo forte, de novo - justo quando eu tinha decidido não sentir mais nada... A vida tem dessas coisas.

Do rumo das coisas

Tem acontecido cada coisa esquisita nos últimos dias - boas mas esquisitas - que confesso que ando no mundo da lua e ansiosa demais pra escrever...com medo do rumo que a vida da gente toma de vez em quando - e ao mesmo tempo ciente de que devemos deixar a vida fluir (o que por sua vez nos traz de volta ao medo). É que o medo é proporcional às cicatrizes que colecionamos por essa vida afora...No mais, convenhamos que é estranho quando os fantasmas do passado resolvem invadir sua vida novamente...Quando da noite pro dia são reatados laços que você havia perdido há anos nesta vida. Daquelas coisas que nem Freud explica (e talvez Jung, com a sua teoria da sincronicidade chegue mais perto). Estranho porque quando as pessoas reatam laços depois de muitos anos, de certa forma é como começar de novo porque ambas mudaram (e no meu caso, não foi pouca coisa) .Então na verdade você está se relacionando com uma pessoa totalmente diferente daquela com quem se relacionou no passado. O que é bom e ruim, claro.

Mas pior do que a ansiedade são as expectativas. Tanto as boas quanto as ruins - porque expectativa, no final das contas, é tudo a mesma coisa: expectativa. Ao menos uma coisa nesta vida eu posso dizer que aprendi: é mais fácil a gente se arrepender do que deixou de fazer (o que poderia ter sido se...) do que do que fez (e na pior das hipóteses, ao menos fica a certeza de termos tentado). Complicado mesmo é o momento anterior à decisão - o goleiro diante do penâlti, se é que alguém entende onde estou querendo chegar. Aimeudeus, deixa pra lá...

No mais, se alguém puder me ensinar como não levar a vida tão a sério, ficarei eternamente agradecida. Porque vou te contar, viver é tão complicado...ou vai ver eu é que tenho o hábito de complicar as coisas!

Nada como um dia após o outro

eu acredito que a gente deve (tentar) aprender com os nossos erros. e que em vez de se torturar pelos erros do passado, a gente deve (tentar) viver o dia de hoje da melhor forma possível. e que devemos lembrar que cada dia é um novo começo, uma nova oportunidade de fazer as coisas darem certo. e que a gente deve tomar uma atitude na vida em vez de ficar esperando que as coisas simplesmente se materializem diante de nossos olhos. que devemos agir apesar do medo, para não corrermos o risco de sermos levados pela vida feito roupas penduradas no varal e espalhadas aos quatro ventos em dia de temporal. sim, eu acredito que devemos agir para tentar mudar o que pode ser mudado enquanto ainda estamos vivos...porque só em constante movimento nossa vida terá mais sentido do que a mera passagem dos dias e das noites - e nunca esquecer que movimento é vida, e que a paralisia em vida é uma morte disfarçada.

acima de tudo, hoje acredito que a gente deve perdoar a si mesmo, por mais difícil que isso possa ser (porque perdoar os outros é sempre mais fácil, pelo menos pra mim sempre foi assim). e no final das contas, nada como um dia após o outro. dormir, acordar e recomeçar a cada dia. porque estar vivo é isso: recomeçar, reescrever diariamente a sua estória. ser o protagonista de sua própria estória, e não apenas um mero coadjuvante. de resto, de definitivo nesta vida só a morte.

Joss Stone !

Pra quem ainda não conhece, a voz desta menina-mulher nascida em Dover, Inglaterra é simplesmente SHOW. Uma branquinha com voz negra que não fica devendo quase nada às musas do jazz americano (ouça e confira você mesmo).

Depois do EBTG do post musical anterior, eu não consigo mais tirar do meu CD-player o álbum Mind, Body and Soul - lançado em 2004 quando a inglesinha tinha 17 anos e já ostentava uma das vozes mais aveludadas da cena pop atual. Tenho este CD há uns 3 anos, mais ou menos desde a época de seu lançamento...e confesso que estou curiossíssima para ouvir o novo álbum dela, lançado recentemente: Introducing Joss Stone.

Música para dias de sol, dias de chuva, dias de bom-humor, dias de mal-humor, música para escutar sozinho ou bem-acompanhado...enfim, música para todos os dias. E acima de tudo: música da melhor qualidade!

Tempo instável, nuvens esparsas



Não quero vir aqui pra reclamar da vida mas tem dias que me bate uma tristeza...é só alguém vir com um papo de tempo perdido e erros do passado pra eu sentir um tremendo mal-estar. Mas erros todos nós cometemos (eu repito isso pra mim todos os dias) e eu não quero ser uma pessoa amarga nesta vida. Porque eu sei que as coisas estão melhorando, talvez não com a rapidez que eu gostaria (o buraco era fundo demais) mas estão melhorando sim. E eu sei que alguns dos erros do passado talvez não pudessem mesmo ser evitados e que não adianta chorar o leite derramado. Mas que dói, isso dói e muito. Porque é um tempo perdido, que não volta mais e que não podemos mais corrigir. E eu tenho uma ferida aberta, pronta para começar a sangrar de novo quando menos se espera. E hoje não sei dizer quanto tempo a cicatrização demora. Só sei que melhora - tem que melhorar! E provavelmente a única condição é deixar o passado em paz e se concentrar no que realmentre importa: o presente.

Enfim, não quero ser vítima das minhas escolhas. Em vez disso, quero aprender com os erros do passado pra poder seguir em frente de cabeça erguida (e quiçá, de coração leve). Mas para isso o primeiro passo é perdoar a mim mesma - e olha, tem sido mais difícil do que vocês podem imaginar! Mas não há de ser nada, ninguém disse que viver era fácil.

PS. Hoje estou igualzinha a esta foto, mas já já a chuva passa...

Everything but the Girl !

Sessão nostalgia, fui mexer em uns CDs empoeirados no meu armário (shame on me!) e achei um CD muito especial, tão especial que estou ouvindo ele agora mesmo (enquanto faço minhas traduções). O CD é Walking Wounded (1996) , considerado por público e crítica um dos clássicos da banda Everything but the Girl. E eu tive a sorte de assistir este show ao vivo em Utrecht, creio que em 1997 - não me lembro mais a data exata, só sei dizer que foi um dos melhores shows da minha vida!

Engraçado como eu raramente falo de música por aqui, prometo tentar corrigir este erro - mas é que a grande paixão da minha vida é mesmo o cinema...

O livro que estava faltando na minha cabeceira...

Finalmente encontrei o livro que estava faltando na minha cabeceira. E por falar em livros, incluí uma lista dos meus livros favoritos logo abaixo dos links para amigos blogueiros. Quem estiver interessado, é só dar uma olhada.

Voltando ao livro, eu já tinha comentado sobre essa questão aqui antes, então desculpem-me se estou sendo repetitiva...Mas li a descrição do livro no site da Amazon e ela caiu como uma luva (tanto que não vou nem traduzir, rsrsrsrs):

Cutting-edge help and information is now available on the misunderstood and often misdiagnosed milder mood disorders: Bipolar ll and Cyclothymia. You may have Soft Bipolar if you: have vivid thoughts and emotions; have variable periods of energy and productivity; have good times followed by periods of foggy depression; have a relative with depression, a mood disorder, or alcoholism; are strongly affected by stress, relationships, changes of seasons, or losses; feel you are bright, but for some reason are not meeting your potential. If you can relate to any of these ideas, Soft Bipolar has further tools to understand your symptoms, including the new and innovative Soft Bipolar Symptom Self Report. There are things you can do about these disorders, and direction in finding qualified help is included. Where would we be without other resources? "Soft Bipolar" includes many internet-critical resource sites that offer vast amounts of help you can find today! Dr. Bunch wants you to understand why you have suffered and what you can do about the fears, anxieties, and depression of your Soft Bipolar disorder.

O Segredo, agora em nova embalagem

Desculpem a ironia mas nada como uma equipe de marketing forte! Ontem recebi um texto de uma amiga sobre o que andam alardeando ser a maior novidade dos últimos tempos. Decidi pesquisar na internet e encontrei inúmeros sites sobre o novo fenômeno. Leia-se: a (re)descoberta de um segredo já conhecido por muitos há tempos...Parece paradoxal? E é mesmo! Direto da Austrália para quem quiser ouvir: The Secret. Uma extraordinária tirada de marketing, com direito a filme, livros e toda a parafernália a qual estamos acostumados (e que a nossa sociedade consume vorazmente, ao menos até surgir a próxima novidade) . O filme segue a trilha de documentários como What the Bleep do we Know (que aliás recomendo, como eu mesma já comentei aqui antes).

Mas como eu disse e repito: nada como um bom marketing. O que eu quero dizer é que praticamente T-U-D-O que foi escrito no livro e incluído no documentário já havia sido escrito ou dito em algum lugar antes. Nada de novo para quem está acostumado a ler títulos de auto-ajuda e física quântica - esta eu nem colocaria no mesmo saco, porque é, digamos assim, a irmã sábia da auto-ajuda (e tema do documentário What the Bleep do we Know).

Pra quem ficou curioso, a idéia básica sendo alardeada aos quatro ventos é a lei da atração, uma lei conhecida há séculos e já antes comentada por vários sábios e filósofos. Ou ainda, na linguagem de auto-ajuda: o poder do pensamento positivo. Trocando em miúdos: somos responsáveis por tudo aquilo que acontece em nossas vidas. Nós mesmos atraímos tudo de bom (e de ruim) dependendo da frequência (vibração) de nossos pensamentos. Ou seja, se pensamos coisas boas, atraimos coisas boas. Se pensamos coisas ruins, adivinhem só...Por acaso (ou sincronicidade) estou lendo nas últimas semanas um livro sobre o mesmo assunto: Excuse Me, Your Life Is Waiting: The Power of Positive Feelings, da autora Lynn Grabhorn. Estou lendo a edição holandesa mas como não sei se o livro foi traduzido no Brasil, coloquei o título original em inglês aqui.

Voltando ao pensamento positivo, eu até concordo (e não teria como não concordar) mas por outro lado, tenho uma mente pra lá de questionadora...e quando penso em momentos da história como o Holocausto e os campos de refugiados em Darfur nos dias de hoje, já não tenho mais certeza de nada. A gente pode até comprar a idéia básica, só não pode pensar muito. Porque embora eu acredite SIM que temos a capacidade de atrair coisas boas para nossas vidas (e eu mesma já comprovei e tenho comprovado isso ultimamente)...como explicar tanta desgraça, miséria, tsunamis e guerras pelo mundo afora? será que essas pessoas atraíram para si mesmas toda esta má sorte?!!

Não que eu ache tudo isso uma besteira, mas fico enfurecida quando vejo algumas pessoas espertas tirarem proveito de um conhecimento mais do que antigo pra faturar uma grana extra (neste caso, muita grana)...Em suma, um velho segredo embrulhado em uma nova embalagem.

A vida como ela é



Dentro de mim tenho o dia e a noite. Aqui dentro convivem sol e lua, nem sempre pacificamente. Dias de mar manso, dias de tempestade em alto-mar. Dias nublados e carregados de nuvens ameaçadoras, noites de céu estrelado. Dias de expansão e exuberante alegria e dias de recolhimento e tristeza com ou sem motivo aparente.

É bem verdade que nos últimos tempos a alegria tem se saído vitoriosa (também já era tempo). Mas vez ou outra sou pega de surpresa por um velho conhecido: o mau humor. Ele vem chegando de mansinho e quando percebo, já se instalou sorrateiramente na minha mente e no meu dia. É quando páro e tento reverter a maré, páro e tento refletir sobre o porquê (quanto mais a gente vive, mais a vida nos surpreende). E chego à conclusão de que 90% do meu mau-humor está relacionado a coisas que não posso mudar...na verdade é uma impotência disfarçada de mau-humor, deixemos isso bem claro. Impotência diante de alguns fatos da vida que sei que não posso (mais) mudar. Impotência diante de escolhas mal-feitas e de ilusões perdidas. Porque se eu soubesse há 10 anos o que eu sei hoje, teria feito algumas escolhas diferentes. E se eu soubesse há 20 anos o que eu sei hoje, minha vida hoje seria totalmente diferente. Pensando bem, é assim pra todo mundo e esta é a grande ironia da vida. Quando temos a juventude e o tempo a nosso favor, falta-nos a sabedoria. Quando temos a sabedoria, falta-nos o frescor da juventude e o tempo já nem sempre está a nosso favor...

E foi assim que descobri que é mais difícil perdoar a si mesmo do que perdoar aos outros. Que é mais difícil perdoar seus próprios erros do que os erros dos outros. Porque nossos erros são apenas nossos. E mais cedo ou mais tarde, somos confrontados com eles. Depois dos 40 anos, admito que não tenho mais ilusões nesta vida. Pra início de conversa, foram-se as grandes ilusões: morar no exterior, casar e ter filhos...já realizei tudo isso, com algumas consequências desastrosas e outras nem tanto (e não, não me arrependo de tudo mas pago até hoje por algumas dessas escolhas).

O que assusta mesmo é chegar aos 40 anos e ver nitidamente as consequências das escolhas que fizemos aos 30 (atenção amigas de 30, fica dado o recado). Porque aos 40 não dá mais pra tapar o sol com a peneira e empurrar com a barriga, aos 40 somos confrontados quase que diariamente com nossas escolhas. Aos 40 entendemos finalmente que a vida que vivemos hoje nada mais é do que a soma das escolhas que fizemos no passado. Nem mais, nem menos. E pra não dizer que estou sendo fatalista (eu avisei do mau-humor), também acredito que o futuro depende das escolhas que fazemos hoje. Ou seja, nem tudo está perdido e algumas coisas ainda podem (e devem) ser mudadas. Ufa, que alívio...

Confrontadas as ilusões com a realidade diária, posso dizer que não sobrou nada do meu mundo de antes. Hoje sou uma pessoa sem maiores sonhos e ilusões, talvez justamente por isso mais sábia. Sabe-se lá, viver é muito esquisito. E se a vida é cheia de mistérios...eu sou uma pergunta eternamente em busca de resposta(s).