terça-feira, junho 30, 2009

Madurodam



Fim-de-semana passado lá fomos nós de novo pra Madurodam. O famoso parque com miniaturas das principais cidades holandesas (incl. Amsterdã e Haia) é uma das principais atrações turísticas da Holanda. Junto com a casa de Anne Frank aqui em Amsterdã, que aliás eu N-U-N-C-A visitei...típico de quem mora na cidade, né? (como morar no Rio e nunca ter ido ao Pão de Açúcar ou Cristo Redentor).

Já fui umas 4 vezes a Madurodam e confesso que curto cada visita com a mesma intensidade...é que não me canso de admirar aquelas casinhas, igrejas, monumentos e ruas em miniatura (eu, que brinquei de boneca até os 13 anos de idade, hehehe). Já o Liam parece nunca se cansar dos trens. Ficou empolgadíssimo ao ver o novo trem que foi acrescentado à coleção: o Thalys que faz o trajeto Amsterdã-Paris-Londres (e no qual ele mesmo já viajou). No mais, os meninos adoram a miniatura do Aeroporto Schiphol, com aviões na pista, bagageiros e ônibus de passageiros. Visita obrigatória pra quem vem à Holanda com crianças!



PS. A primeira foto é do Museu Marítimo de Amsterdã (à direita o navio pirata onde Liam já esteve várias vezes, os meninos adoram). A segunda foto é da famosa Mariakerk em Utrecht.

segunda-feira, junho 29, 2009

Fifteen

Fifteen é o nome do restaurante inaugurado há alguns anos em Londres pelo celebrity chef Jamie Oliver (que ficou muito popular aqui na Europa com seus livros Naked Chef, entre muitos outros). E Fifteen é também o nome da filial aberta em Amsterdã em 2004. Mas eu só fui conferir o projeto - sim porque não se trata de um mero restaurante - na semana passada. E gostei. Não é o melhor restaurante que já fui em minha vida mas o conceito é ótimo. E quem conhece as receitas do badalado chef certamente identificará sua assinatura em todos os pratos oferecidos no menu!

Fifteen é uma espécie de fundação-escola cujo objetivo é oferecer novas oportunidades de trabalho aos jovens entre 15 e 20 anos. Jovens desempregados e sem condições financeiras pra completar um estudo. Ou seja, a idéia é educar os chefs do futuro, que recebem treinamento no próprio restaurante. E são esses jovens que você encontrará na recepção, no atendimento das mesas e, especialmente, na cozinha - onde eles têm a sorte de aprender a cozinhar com um dos grandes chefs. Bem verdade que Jamie não tem mais tempo pra dar aulas mas os jovens aprendem segundo sua cartilha. E ele costuma vir regularmente supervisionar o andamento do projeto. Ao menos é o que dizem!

Porque a verdade é que Jamie Oliver se transformou praticamente em uma instituição. Livros, vídeos, workshops e uma linha completa de produtos nos supermercados, entre outros merchandises. Há uns três anos não havia como evitar as fotos do cozinheiro na mídia. E sim, chegava a ser irritante tanta publicidade. Mas ao menos ele sabe cozinhar, e como sabe! Receitas sem muita frescura (forget Cordon Bleu) preparadas com ingredientes frescos e locais. Azeite de olivas, sal marinho e ervas...muitas ervas!

segunda-feira, junho 22, 2009

Mini-album: Dia dos Pais







Diferentemente do Brasil, ontem foi comemorado o Dia dos Pais aqui na Holanda. E eu finalmente consegui completar mais um mini-album, desta vez especial para o pai do Liam. Aqui estão as fotos pra vocês conferirem, confesso que fiquei satisfeita com os resultados! Principalmente porque reciclei todo o papel do lixo e fiz as páginas eu mesma. Reciclagem é tudo, hehehe.

Já aviso aos curiosos que euzinha não apareço em nenhuma das fotos. Quem aparece é a sobrinha do Jeff e a granny, vovó inglesa do Liam. Uma vovó que vale por duas porque apesar de ter outros 10 netos (norte da Inglaterra é assim), ela mima o Liam como se fosse o único!

domingo, junho 21, 2009

Feijão com arroz e farofa

Se relacionamento entre homem e mulher já é coisa complicada (e eu sou a primeira a concordar), relacionamento entre homem e mulher de culturas diferentes é mais complicado ainda. Minhas amigas brasileiras que como eu, moram aqui na Holanda e se relacionam com estrangeiros, sabem disso muito bem.

E foi assim que a questão da identidade cultural passou várias vezes pela minha cabeça este fim-de-semana. E eu cheguei à conclusão que identidade cultural e identidade são quase a mesma coisa, em menor ou maior grau. Os acontecimentos deste fim-de-semana só me fizeram confirmar que a gente deve defender nossas origens (assim como a gente deve aprender a estabelecer limites). E que na melhor das hipóteses, nosso parceiro irá aprender a admirar essas origens e respeitar as diferenças culturais. Mesmo que ele não entenda de onde viemos nem para onde estamos indo. Eu acredito que quando uma pessoa nos ama, ela mais cedo um mais tarde acaba admirando nossas raízes também. É um processo natural (ou pelo menos deveria ser). Se esse não for o caso, alguma coisa está muito errada. Porque nós somos o que somos hoje por causa da cultura onde crescemos - os chamados anos de formação.

Quanto mais tempo eu moro na Holanda, mais óbvio isso se torna. Um exemplo disso é meu ex-marido, que veio com 18 anos pra Holanda e já mora aqui há quase 23 anos. Se você perguntar a ele se ele se sente holandês ou inglês, ele não terá dúvidas e responderá que se sente inglês. Da mesma forma, eu posso não comer feijão com arroz e farofa todo dia, posso ficar anos sem ir ao Brasil, posso me considerar cidadã do mundo (e de certa forma, sou mesmo), posso amar de paixão um certo holandês...e apesar de tudo isso, meu coração continua sendo brasileiro. E com muito orgulho.

No mais, vida de imigrante é assim mesmo: a gente dá voltas e mais voltas (no sentido literal e figurado) até que um dia a ficha cai. Survival of the fittest, to put it mildly.

We´ve come a long way

Fim-de-semana pra lá de estranho. A garganta apertada, o coração quase parou e a cabeça deu vários nós. Mas no final das contas, deu tudo certo (que será, será). Porque enquanto existir amor - e enquanto duas pessoas forem capazes de se comunicar - haverá esperança.

A gente vive, a gente ama, a gente sofre. E mais cedo ou mais tarde, a gente aprende. Algumas coisas a gente muda, outras coisas a gente faz questão de deixar como estão (em time que está ganhando não se mexe). E, invariavelmente, a gente aprende algumas verdades ao longo do caminho. A gente aprende que é preciso se amar acima de tudo para poder amar melhor o outro. A gente aprende que é preciso conhecer e respeitar seus próprios limites para ter uma relação saudável. E a gente aprende que em toda relação existem momentos decisivos - momentos que irão definir o padrão do relacionamento por anos e anos. Estar ciente desses momentos é essencial. E muito, muito difícil (pra não dizer doloroso).

Então às vezes a gente não tem outra opção senão parar tudo pra olhar em volta e analisar onde estamos. Parar tudo pra reorganizar as idéias na cabeça e rever prioridades antes de continuar a jornada - de preferência, a dois.

One thing I know for sure. What doesn´t kill us, makes us stronger.

quarta-feira, junho 17, 2009

A luta continua

Voltei a nadar 2x por semana - e hoje aproveitei o tempo bom pra nadar na piscina aberta, uma delícia - e pretendo frequentar as reuniões dos Vigilantes do Peso o quanto antes...mas ainda não deu por causa dos horários. E sim, ano passado me desfiz (espero que) definitivamente de um monte de roupas...e tenho comprado roupas que ainda ficam apertadas e portanto são um estímulo para o emagrecimento. É um velho e conhecido truque, e dizem as más línguas que funciona então vamos lá.

A verdade é que no meu momento atual só dietista não adianta! Perdi quase 12 kilos com a reeducação alimentar (me orgulho em dizer que consegui isso sem cirurgia corretora nem as famosas pílulas mágicas). Mas por causa do repouso forçado dos últimos seis meses acabei engordando quase 5 kilos...e aí bateu um desânimo enoooooooooorme! E sim, voltei a comer mais porcarias do que devia (principalmente os malditos biscoitos e chocolates que sempre adorei), o que só faz eu me sentir ainda mais culpada...É um círculo vicioso conhecido pelas gordinhas: você come o que não deve, se sente culpada, fica triste e vai comer de novo pra afogar a tristeza. Já vi esse filme antes. E não acho a menor graça (sem falar que só agrava o problema).

Mas não vou desistir, até porque preciso perder peso não apenas por questões de estética e bem-estar mas também por questões de saúde (a coluna agradece). Só que tem faltado ânimo e determinação pra continuar na luta. E foi então que me deparei com a seguinte matéria na net (vejam as ótimas dicas das blogueiras):




Entre no blog e emagreça
A receita é simples: basta fazer um diário virtual na internet e colocar nele o dia-a-dia da sua dieta. Três ex-gordinhas fizeram isso e perderam mais de 20 kg cada uma. Confira como funciona

MARISTELA ORLOWSKI

O mesmo se deu com a webdesign Liliana Chaves, de 26 anos, que mora em Nice, na França. Em janeiro de 2004, ela iniciou seu programa de reeducação alimentar, criou um diário virtual e, por meio dele, conheceu o de Larissa. "Com o blog recebo incentivos, truques e informações importantes de outras blogueiras light, que me ajudam muito a perseverar em busca da perda de peso e passam dicas que descobriram com a própria experiência", salienta a moça, que está 26,5 kg mais magra (atualmente pesa 80 kg) graças a essa inusitada ferramenta de emagrecimento. "Em nenhum momento do meu regime deixei de comer chocolate, que amo. Apenas aprendi a consumir o necessário", confessa.

O sucesso das fãs

Elas também estavam muitos quilos acima do peso e já haviam se cansado de fazer regimes que nunca davam certo. Seguidoras de Larissa, Liliana e Luciana criaram seu próprio blog e afinaram muito.

Liliana decidiu mudar de peso e de vida alimentar no auge de seus 106,5 kg. Em janeiro de 2004, criou um diário virtual, conheceu Larissa e se inspirou nela para enxugar 26,5 kg.
Quando criou seu blog, em abril de 2004, Luciana pesava 100 kg e morava na Rússia. De lá para cá, já eliminou 24 kg e está de férias no Brasil. "Em maio volto para lá e termino a dieta."

Dicas de blogueiras
As ex-gordinhas fazem questão de estampar em seus blogs truques e macetes para quem não quer burlar a dieta. Veja os mais importantes:

1. Compre roupas abaixo do seu número. Você vai querer entrar nelas.
2. Nunca passe fome. Esse tipo de dieta com muito sacrifício é coisa do passado.
3. Não se pese todo dia, é tortura. Uma vez por semana costuma ser suficiente.
4. Coma em pratos rasos e pequenos.
5. Festinhas: jante antes de ir. Lá, lembre-se de que já comeu e está satisfeita.
6. Quer ingerir chocolate? Pode, sim! Mas um bem pequeno...
7. Emagrecer rápido? Isso não existe! Depois acaba voltando tudo em dobro e você ainda fica flácida.
8. Tome muita água. O segredo é deixar uma garrafinha sempre por perto.
9. Tenha uma meta de emagrecimento, do tipo 'entrar naquele biquíni maravilhoso'.
10. Doe tudo o que é grande do seu guardaroupa. Afinal, você nunca mais irá usar, certo?
11. Olhe-se no espelho e se ame! Pense em tudo o que vai acontecer quando finalmente emagrecer.
12. Coma bem devagarzinho. O corpo demora 20 minutos para assimilar que está alimentado e satisfeito.
13. Preencha seu tempo com tudo que é bom, menos atacando a geladeira!
14. Prepare sua comida com prazer.
15. Não coma só porque é gostoso, pense também no que é saudável.
16. Não espere nada dos outros. Emagrecer depende apenas de você.
17. Deslizes acontecem, mas eles também são mais um degrau na sua conquista.
18. Fuja dos remédios para emagrecer, eles fazem mal. Você consegue sozinha.
19. Deixe perto de onde faz as refeições fotos suas fora de forma. Pra lembrar sempre...
20. Pense em coisas boas: comprar roupas em qualquer lugar, ter o seu número, se sentir bem e saudável, ser paquerada, arrumar um namorado, se gostar e ser uma nova mulher.

terça-feira, junho 16, 2009

Filhos do divórcio




Que a gente sempre quer o melhor para os filhos, todo mundo está cansado de saber. E uma pesquisa recente feita pela Cornell University envolvendo 2000 famílias confirmou o que eu já sabia há tempos. Para uma criança pequena é melhor ter pais separados do que pais que brigam o tempo todo. Crescer em um lar em que as pessoas não se entendem - e muitas vezes nem sequer se respeitam - é péssimo para o desenvolvimento emocional de uma criança. E sim, eu vivi isso aqui em casa.

A pesquisa demonstrou que crianças cujos pais vivem brigando mais cedo ou mais tarde apresentam alguns efeitos indesejáveis. A começar por um fraco rendimento escolar, maior predisposição para o abuso de drogas (inclusive álcool) na adolescência, além de distúrbios psicológicos e de comportamento. Sem falar nas dificuldades em estabelecer relacionamentos emocionalmente estáveis.

E mais uma vez eu pude concluir que fiz a melhor escolha que poderia ter feito. Hoje temos um lar tranquilo e sem brigas. Tenho um bom relacionamento com meu ex-marido, como nunca tivemos antes. E o relacionamento do meu filho com F. é apenas um acréscimo, uma prova de que as coisas podem melhorar. Desde que você tenha a coragem de mudar, é claro.

E eu não quero fazer a apologia do divórcio mas acredito cada vez mais que, em alguns casos, ele é a melhor solução. Porque nenhuma criança merece um lar em que as pessoas passam o tempo todo gritando umas com as outras. E eu não quero que meu filho tenha como padrão de relacionamento um casal que briga. Eu quero que ele aprenda o quanto antes que embora brigas sempre existam elas não deveriam ser o padrão em um relacionamento estável. Porque brigas existem para serem resolvidas. Mas para isso, as pessoas envolvidas devem estar aptas a se comunicar. O que obviamente nem sempre é possível.

quinta-feira, junho 11, 2009

Slide show!



Simplesmente amei este site onde você pode criar seu próprio slideshow! Aproveitei pra criar um slideshow com algumas idéias de scrap que venho coletando na net. Como vocês já devem ter percebido, scrapbooking é a minha nova obsessão. Finalmente encontrei o meu hobby, rsrsrsrs.

quarta-feira, junho 10, 2009

Memória ruim é pouco

Só pra dar um exemplo de como a minha memória é ruim (como acabei de comentar no post anterior). Eu mal tinha acabado de postar que queria ler Atonement e encontrei o livro aqui na minha prateleira. E detalhe: ele está todo marcado com lápis. Aí eu me lembrei que não apenas li o livro como gostei mais do livro do que do filme. O que, diga-se de passagem, explica porque não morri de paixão pelo filme na época que assisti no cinema!

Memória ruim demais...e só piora a cada ano que passa. Nas duas últimas semanas já consegui esquecer a chave dentro de casa duas vezes (vou polpá-los dos detalhes). E já que falei no assunto, meu maior medo é de ter Alzheimer quando ficar velha. Sério, não gosto nem de pensar....Momento hipocondria.

Mais livros


















Parece que me livrei mesmo do tal reader´s block e tenho conseguido colocar as leituras em dia. Então vamos lá antes que eu me esqueça porque a minha memória...deixa pra lá, né? Mês passado li um livro que ainda não comentei por aqui, The Believers, de Zoe Heller. A autora ficou mais conhecida quando seu livro anterior, Notes on a Scandal, virou filme. Diga-se de passagem, um filme interessante com Cate Blanchett, decididamente uma das grandes atrizes dos últimos tempos (The Curious Case of Benjamin Button, Elizabeth: The Golden Age, I am not There, Babel, Veronica Guerin, entre outros).

Mas voltando ao livro, The Believers narra as aventuras e desventuras de uma família totalmente dysfunctional - ou seja, uma família como todas as outras. Já vou avisando que a mãe é provavelmente a personagem mais insuportável que já li em um livro. Família tradicionalmente judaica, pais revolucionários de esquerda, filho adotivo envolvido com drogas, duas filhas tentando definir suas identidades no meio dessa confusão toda. Religião, política e partipação social são temas recorrentes na vida de todos os membros da família. Até que uma súbita revelação afeta toda a família, em maior ou menor grau. O resto eu não conto pra não estragar a surpresa!

O outro livro - que comprei domingo passado e devorei em dois dias - é On Chesil Beach, o mais recente romance do Ian McEwan, autor de Atonement (sucesso de bilheterias nos cinemas em 2007). Confesso que tinha gostado do filme mas não fiquei perdida de amores como muitas pessoas que conheço. Só sei que depois de ler On Chesil Beach fiquei com uma tremenda vontade de ler Atonement. Não me perguntem porquê...

On Chesil Beach começa e termina com a noite de núpcias do jovem casal Edward e Florence. Nos capítulos que se seguem, você conhece um pouco do passado de cada um deles, o que colabora e muito na compreensão do (inevitável) desfecho. E que desfecho, meus caros amigos!!! Um livro cheio de sutilezas e muito sentimento que conquista o leitor desde a primeira página. Leitura recomendada.

terça-feira, junho 09, 2009

Dedicated to You

quinta-feira, junho 04, 2009

Scrapbooking Basics

Tenho várias revistas de scrapbooking aqui em casa, além de alguns livros genéricos e livros sobre como fazer os cartões que eu tanto gosto. Mas após meses de scraptherapy, decidi me aprofundar no assunto e começar pelo começo.

E a escolha não poderia ter sido melhor. O livro Clean & Simple Scrapbooking (2004) é até hoje um dos bestsellers entre os livros publicados nos EUA sobre scrapbooking - e olha que não são poucos. E ele foi escrito por nada menos que uma designer gráfica. Sim, porque como eu mesma já vinha desconfiando há tempos, scrapbook e design gráfico andam de mãos dadas. Como não podia deixar de ser.

No livro a autora fornece conceitos básicos de design gráfico e ensina a criar páginas de scrap baseadas nesses conceitos. Linhas e formas, combinação de cores, tipos de fonte, distribuição de elementos na página, e por ai vai. Um livro indispensável pra quem, como eu, deseja se aprofundar neste hobby tão cheio de possibilidades. Pra quem curte as artes visuais em geral e o scrapbooking em particular, esta é a escolha perfeita. Satisfação garantida.

terça-feira, junho 02, 2009

Ser mãe aos 20, 30, 40...

Eu ando pensando muito nisso ultimamente. E cheguei à conclusão que ser mãe é uma das profissões menos valorizadas neste mundo - quem é mãe vai concordar comigo! Filho é bom, filho enriquece a vida da gente, blábláblá...mas filho também dá um trabalho danado então haja energia. E é aí que está a questão. Ter filho aos 20 anos tem suas desvantagens mas também tem suas óbvias vantagens. Assim como ter filho aos 30 ou 40 anos tem suas desvantagens e vantagens. Então embora não se possa falar em idade ideal pra ter filhos, eu certamente recomendaria ter antes dos 35 anos. Por experiência própria e de pessoas ao meu redor.

E antes que comece o xingamento: claro que é muito simples falar assim, claro que nem tudo na vida acontece quando e como a gente planeja (sei muito bem disso). Tem gente que tenta ter filhos durante anos e anos...Então cada caso é um caso e é perigoso criticar as escolhas individuais - principalmente quando a escolha não chega a ser uma escolha, como no caso da infertilidade. Mesmo assim eu ouso dizer que, se uma mulher tiver condições - não somente financeiras mas especialmente emocionais - de ter um filho ANTES dos 35 anos, que o tenha!

E sim, eu fiquei (muito) chocada com a manchete de jornais semana passada em que uma inglesa acabou de ter seu primeiro bebê aos 66 anos! Ela é uma bem-sucedida executiva que passou os últimos 20 anos fazendo tratamentos de infertilidade. Ou seja, seja lá porque cargas d´água, lá pelos 45 anos decidiu que queria ter um filho...A verdade nua e crua é que muitas mulheres não se dão conta de que nem sempre cabe a elas escolher quando querem ter um bebê...elas pensam que podem construir calmamente suas carreiras, viajar muito pelo mundo afora (o que eu recomendo porque viajar é bom demais e com filho pequeno fica bem mais complicado) e lá pelos 38, 40 começam a pensar em ter filhos. Só que aí pode ser tarde demais...Vejo isso muito aqui na Holanda, onde é comum as mulheres terem o primeiro filho depois dos 35 anos.

Eu tenho uma grande amiga que nunca quis ter filhos, ela engravidou prestes a completar 41 anos. Esta gravidez (ou o relógio biológico) mexeu tanto com ela que ela decidiu ter o filho, apesar de nunca ter gostado de crianças nem sonhado em ser mãe. São dessas ironias da vida. Hoje ela tem 42 anos, o bebê acabou de completar um ano e ela sofre de cansaço crônico (apesar de ser apaixonada pela cria). Cansaço comum a todas as mães nos primeiros meses, em maior ou menor grau. Eu só sei que tive meu filho aos 34 anos e passei o primeiro ano igual a um zumbi. É claro que a condição física da mãe (assim como a relação do casal) conta muito nessas horas...mas quanto mais avançada a idade, maior o cansaço.

Eu sinceramente não daria conta, mal dou conta de um fim-de-semana agitado com meu menino de 9 anos. Claro que acabei de ser operada, então a minha condição física nunca esteve pior...Mas não posso nem sequer imaginar as noites em claro a essas alturas do campeonato. Been there, done that!
Tecnologia do Blogger.

Madurodam



Fim-de-semana passado lá fomos nós de novo pra Madurodam. O famoso parque com miniaturas das principais cidades holandesas (incl. Amsterdã e Haia) é uma das principais atrações turísticas da Holanda. Junto com a casa de Anne Frank aqui em Amsterdã, que aliás eu N-U-N-C-A visitei...típico de quem mora na cidade, né? (como morar no Rio e nunca ter ido ao Pão de Açúcar ou Cristo Redentor).

Já fui umas 4 vezes a Madurodam e confesso que curto cada visita com a mesma intensidade...é que não me canso de admirar aquelas casinhas, igrejas, monumentos e ruas em miniatura (eu, que brinquei de boneca até os 13 anos de idade, hehehe). Já o Liam parece nunca se cansar dos trens. Ficou empolgadíssimo ao ver o novo trem que foi acrescentado à coleção: o Thalys que faz o trajeto Amsterdã-Paris-Londres (e no qual ele mesmo já viajou). No mais, os meninos adoram a miniatura do Aeroporto Schiphol, com aviões na pista, bagageiros e ônibus de passageiros. Visita obrigatória pra quem vem à Holanda com crianças!



PS. A primeira foto é do Museu Marítimo de Amsterdã (à direita o navio pirata onde Liam já esteve várias vezes, os meninos adoram). A segunda foto é da famosa Mariakerk em Utrecht.

Fifteen

Fifteen é o nome do restaurante inaugurado há alguns anos em Londres pelo celebrity chef Jamie Oliver (que ficou muito popular aqui na Europa com seus livros Naked Chef, entre muitos outros). E Fifteen é também o nome da filial aberta em Amsterdã em 2004. Mas eu só fui conferir o projeto - sim porque não se trata de um mero restaurante - na semana passada. E gostei. Não é o melhor restaurante que já fui em minha vida mas o conceito é ótimo. E quem conhece as receitas do badalado chef certamente identificará sua assinatura em todos os pratos oferecidos no menu!

Fifteen é uma espécie de fundação-escola cujo objetivo é oferecer novas oportunidades de trabalho aos jovens entre 15 e 20 anos. Jovens desempregados e sem condições financeiras pra completar um estudo. Ou seja, a idéia é educar os chefs do futuro, que recebem treinamento no próprio restaurante. E são esses jovens que você encontrará na recepção, no atendimento das mesas e, especialmente, na cozinha - onde eles têm a sorte de aprender a cozinhar com um dos grandes chefs. Bem verdade que Jamie não tem mais tempo pra dar aulas mas os jovens aprendem segundo sua cartilha. E ele costuma vir regularmente supervisionar o andamento do projeto. Ao menos é o que dizem!

Porque a verdade é que Jamie Oliver se transformou praticamente em uma instituição. Livros, vídeos, workshops e uma linha completa de produtos nos supermercados, entre outros merchandises. Há uns três anos não havia como evitar as fotos do cozinheiro na mídia. E sim, chegava a ser irritante tanta publicidade. Mas ao menos ele sabe cozinhar, e como sabe! Receitas sem muita frescura (forget Cordon Bleu) preparadas com ingredientes frescos e locais. Azeite de olivas, sal marinho e ervas...muitas ervas!

Mini-album: Dia dos Pais







Diferentemente do Brasil, ontem foi comemorado o Dia dos Pais aqui na Holanda. E eu finalmente consegui completar mais um mini-album, desta vez especial para o pai do Liam. Aqui estão as fotos pra vocês conferirem, confesso que fiquei satisfeita com os resultados! Principalmente porque reciclei todo o papel do lixo e fiz as páginas eu mesma. Reciclagem é tudo, hehehe.

Já aviso aos curiosos que euzinha não apareço em nenhuma das fotos. Quem aparece é a sobrinha do Jeff e a granny, vovó inglesa do Liam. Uma vovó que vale por duas porque apesar de ter outros 10 netos (norte da Inglaterra é assim), ela mima o Liam como se fosse o único!

Feijão com arroz e farofa

Se relacionamento entre homem e mulher já é coisa complicada (e eu sou a primeira a concordar), relacionamento entre homem e mulher de culturas diferentes é mais complicado ainda. Minhas amigas brasileiras que como eu, moram aqui na Holanda e se relacionam com estrangeiros, sabem disso muito bem.

E foi assim que a questão da identidade cultural passou várias vezes pela minha cabeça este fim-de-semana. E eu cheguei à conclusão que identidade cultural e identidade são quase a mesma coisa, em menor ou maior grau. Os acontecimentos deste fim-de-semana só me fizeram confirmar que a gente deve defender nossas origens (assim como a gente deve aprender a estabelecer limites). E que na melhor das hipóteses, nosso parceiro irá aprender a admirar essas origens e respeitar as diferenças culturais. Mesmo que ele não entenda de onde viemos nem para onde estamos indo. Eu acredito que quando uma pessoa nos ama, ela mais cedo um mais tarde acaba admirando nossas raízes também. É um processo natural (ou pelo menos deveria ser). Se esse não for o caso, alguma coisa está muito errada. Porque nós somos o que somos hoje por causa da cultura onde crescemos - os chamados anos de formação.

Quanto mais tempo eu moro na Holanda, mais óbvio isso se torna. Um exemplo disso é meu ex-marido, que veio com 18 anos pra Holanda e já mora aqui há quase 23 anos. Se você perguntar a ele se ele se sente holandês ou inglês, ele não terá dúvidas e responderá que se sente inglês. Da mesma forma, eu posso não comer feijão com arroz e farofa todo dia, posso ficar anos sem ir ao Brasil, posso me considerar cidadã do mundo (e de certa forma, sou mesmo), posso amar de paixão um certo holandês...e apesar de tudo isso, meu coração continua sendo brasileiro. E com muito orgulho.

No mais, vida de imigrante é assim mesmo: a gente dá voltas e mais voltas (no sentido literal e figurado) até que um dia a ficha cai. Survival of the fittest, to put it mildly.

We´ve come a long way

Fim-de-semana pra lá de estranho. A garganta apertada, o coração quase parou e a cabeça deu vários nós. Mas no final das contas, deu tudo certo (que será, será). Porque enquanto existir amor - e enquanto duas pessoas forem capazes de se comunicar - haverá esperança.

A gente vive, a gente ama, a gente sofre. E mais cedo ou mais tarde, a gente aprende. Algumas coisas a gente muda, outras coisas a gente faz questão de deixar como estão (em time que está ganhando não se mexe). E, invariavelmente, a gente aprende algumas verdades ao longo do caminho. A gente aprende que é preciso se amar acima de tudo para poder amar melhor o outro. A gente aprende que é preciso conhecer e respeitar seus próprios limites para ter uma relação saudável. E a gente aprende que em toda relação existem momentos decisivos - momentos que irão definir o padrão do relacionamento por anos e anos. Estar ciente desses momentos é essencial. E muito, muito difícil (pra não dizer doloroso).

Então às vezes a gente não tem outra opção senão parar tudo pra olhar em volta e analisar onde estamos. Parar tudo pra reorganizar as idéias na cabeça e rever prioridades antes de continuar a jornada - de preferência, a dois.

One thing I know for sure. What doesn´t kill us, makes us stronger.

A luta continua

Voltei a nadar 2x por semana - e hoje aproveitei o tempo bom pra nadar na piscina aberta, uma delícia - e pretendo frequentar as reuniões dos Vigilantes do Peso o quanto antes...mas ainda não deu por causa dos horários. E sim, ano passado me desfiz (espero que) definitivamente de um monte de roupas...e tenho comprado roupas que ainda ficam apertadas e portanto são um estímulo para o emagrecimento. É um velho e conhecido truque, e dizem as más línguas que funciona então vamos lá.

A verdade é que no meu momento atual só dietista não adianta! Perdi quase 12 kilos com a reeducação alimentar (me orgulho em dizer que consegui isso sem cirurgia corretora nem as famosas pílulas mágicas). Mas por causa do repouso forçado dos últimos seis meses acabei engordando quase 5 kilos...e aí bateu um desânimo enoooooooooorme! E sim, voltei a comer mais porcarias do que devia (principalmente os malditos biscoitos e chocolates que sempre adorei), o que só faz eu me sentir ainda mais culpada...É um círculo vicioso conhecido pelas gordinhas: você come o que não deve, se sente culpada, fica triste e vai comer de novo pra afogar a tristeza. Já vi esse filme antes. E não acho a menor graça (sem falar que só agrava o problema).

Mas não vou desistir, até porque preciso perder peso não apenas por questões de estética e bem-estar mas também por questões de saúde (a coluna agradece). Só que tem faltado ânimo e determinação pra continuar na luta. E foi então que me deparei com a seguinte matéria na net (vejam as ótimas dicas das blogueiras):




Entre no blog e emagreça
A receita é simples: basta fazer um diário virtual na internet e colocar nele o dia-a-dia da sua dieta. Três ex-gordinhas fizeram isso e perderam mais de 20 kg cada uma. Confira como funciona

MARISTELA ORLOWSKI

O mesmo se deu com a webdesign Liliana Chaves, de 26 anos, que mora em Nice, na França. Em janeiro de 2004, ela iniciou seu programa de reeducação alimentar, criou um diário virtual e, por meio dele, conheceu o de Larissa. "Com o blog recebo incentivos, truques e informações importantes de outras blogueiras light, que me ajudam muito a perseverar em busca da perda de peso e passam dicas que descobriram com a própria experiência", salienta a moça, que está 26,5 kg mais magra (atualmente pesa 80 kg) graças a essa inusitada ferramenta de emagrecimento. "Em nenhum momento do meu regime deixei de comer chocolate, que amo. Apenas aprendi a consumir o necessário", confessa.

O sucesso das fãs

Elas também estavam muitos quilos acima do peso e já haviam se cansado de fazer regimes que nunca davam certo. Seguidoras de Larissa, Liliana e Luciana criaram seu próprio blog e afinaram muito.

Liliana decidiu mudar de peso e de vida alimentar no auge de seus 106,5 kg. Em janeiro de 2004, criou um diário virtual, conheceu Larissa e se inspirou nela para enxugar 26,5 kg.
Quando criou seu blog, em abril de 2004, Luciana pesava 100 kg e morava na Rússia. De lá para cá, já eliminou 24 kg e está de férias no Brasil. "Em maio volto para lá e termino a dieta."

Dicas de blogueiras
As ex-gordinhas fazem questão de estampar em seus blogs truques e macetes para quem não quer burlar a dieta. Veja os mais importantes:

1. Compre roupas abaixo do seu número. Você vai querer entrar nelas.
2. Nunca passe fome. Esse tipo de dieta com muito sacrifício é coisa do passado.
3. Não se pese todo dia, é tortura. Uma vez por semana costuma ser suficiente.
4. Coma em pratos rasos e pequenos.
5. Festinhas: jante antes de ir. Lá, lembre-se de que já comeu e está satisfeita.
6. Quer ingerir chocolate? Pode, sim! Mas um bem pequeno...
7. Emagrecer rápido? Isso não existe! Depois acaba voltando tudo em dobro e você ainda fica flácida.
8. Tome muita água. O segredo é deixar uma garrafinha sempre por perto.
9. Tenha uma meta de emagrecimento, do tipo 'entrar naquele biquíni maravilhoso'.
10. Doe tudo o que é grande do seu guardaroupa. Afinal, você nunca mais irá usar, certo?
11. Olhe-se no espelho e se ame! Pense em tudo o que vai acontecer quando finalmente emagrecer.
12. Coma bem devagarzinho. O corpo demora 20 minutos para assimilar que está alimentado e satisfeito.
13. Preencha seu tempo com tudo que é bom, menos atacando a geladeira!
14. Prepare sua comida com prazer.
15. Não coma só porque é gostoso, pense também no que é saudável.
16. Não espere nada dos outros. Emagrecer depende apenas de você.
17. Deslizes acontecem, mas eles também são mais um degrau na sua conquista.
18. Fuja dos remédios para emagrecer, eles fazem mal. Você consegue sozinha.
19. Deixe perto de onde faz as refeições fotos suas fora de forma. Pra lembrar sempre...
20. Pense em coisas boas: comprar roupas em qualquer lugar, ter o seu número, se sentir bem e saudável, ser paquerada, arrumar um namorado, se gostar e ser uma nova mulher.

Filhos do divórcio




Que a gente sempre quer o melhor para os filhos, todo mundo está cansado de saber. E uma pesquisa recente feita pela Cornell University envolvendo 2000 famílias confirmou o que eu já sabia há tempos. Para uma criança pequena é melhor ter pais separados do que pais que brigam o tempo todo. Crescer em um lar em que as pessoas não se entendem - e muitas vezes nem sequer se respeitam - é péssimo para o desenvolvimento emocional de uma criança. E sim, eu vivi isso aqui em casa.

A pesquisa demonstrou que crianças cujos pais vivem brigando mais cedo ou mais tarde apresentam alguns efeitos indesejáveis. A começar por um fraco rendimento escolar, maior predisposição para o abuso de drogas (inclusive álcool) na adolescência, além de distúrbios psicológicos e de comportamento. Sem falar nas dificuldades em estabelecer relacionamentos emocionalmente estáveis.

E mais uma vez eu pude concluir que fiz a melhor escolha que poderia ter feito. Hoje temos um lar tranquilo e sem brigas. Tenho um bom relacionamento com meu ex-marido, como nunca tivemos antes. E o relacionamento do meu filho com F. é apenas um acréscimo, uma prova de que as coisas podem melhorar. Desde que você tenha a coragem de mudar, é claro.

E eu não quero fazer a apologia do divórcio mas acredito cada vez mais que, em alguns casos, ele é a melhor solução. Porque nenhuma criança merece um lar em que as pessoas passam o tempo todo gritando umas com as outras. E eu não quero que meu filho tenha como padrão de relacionamento um casal que briga. Eu quero que ele aprenda o quanto antes que embora brigas sempre existam elas não deveriam ser o padrão em um relacionamento estável. Porque brigas existem para serem resolvidas. Mas para isso, as pessoas envolvidas devem estar aptas a se comunicar. O que obviamente nem sempre é possível.

Slide show!



Simplesmente amei este site onde você pode criar seu próprio slideshow! Aproveitei pra criar um slideshow com algumas idéias de scrap que venho coletando na net. Como vocês já devem ter percebido, scrapbooking é a minha nova obsessão. Finalmente encontrei o meu hobby, rsrsrsrs.

Memória ruim é pouco

Só pra dar um exemplo de como a minha memória é ruim (como acabei de comentar no post anterior). Eu mal tinha acabado de postar que queria ler Atonement e encontrei o livro aqui na minha prateleira. E detalhe: ele está todo marcado com lápis. Aí eu me lembrei que não apenas li o livro como gostei mais do livro do que do filme. O que, diga-se de passagem, explica porque não morri de paixão pelo filme na época que assisti no cinema!

Memória ruim demais...e só piora a cada ano que passa. Nas duas últimas semanas já consegui esquecer a chave dentro de casa duas vezes (vou polpá-los dos detalhes). E já que falei no assunto, meu maior medo é de ter Alzheimer quando ficar velha. Sério, não gosto nem de pensar....Momento hipocondria.

Mais livros


















Parece que me livrei mesmo do tal reader´s block e tenho conseguido colocar as leituras em dia. Então vamos lá antes que eu me esqueça porque a minha memória...deixa pra lá, né? Mês passado li um livro que ainda não comentei por aqui, The Believers, de Zoe Heller. A autora ficou mais conhecida quando seu livro anterior, Notes on a Scandal, virou filme. Diga-se de passagem, um filme interessante com Cate Blanchett, decididamente uma das grandes atrizes dos últimos tempos (The Curious Case of Benjamin Button, Elizabeth: The Golden Age, I am not There, Babel, Veronica Guerin, entre outros).

Mas voltando ao livro, The Believers narra as aventuras e desventuras de uma família totalmente dysfunctional - ou seja, uma família como todas as outras. Já vou avisando que a mãe é provavelmente a personagem mais insuportável que já li em um livro. Família tradicionalmente judaica, pais revolucionários de esquerda, filho adotivo envolvido com drogas, duas filhas tentando definir suas identidades no meio dessa confusão toda. Religião, política e partipação social são temas recorrentes na vida de todos os membros da família. Até que uma súbita revelação afeta toda a família, em maior ou menor grau. O resto eu não conto pra não estragar a surpresa!

O outro livro - que comprei domingo passado e devorei em dois dias - é On Chesil Beach, o mais recente romance do Ian McEwan, autor de Atonement (sucesso de bilheterias nos cinemas em 2007). Confesso que tinha gostado do filme mas não fiquei perdida de amores como muitas pessoas que conheço. Só sei que depois de ler On Chesil Beach fiquei com uma tremenda vontade de ler Atonement. Não me perguntem porquê...

On Chesil Beach começa e termina com a noite de núpcias do jovem casal Edward e Florence. Nos capítulos que se seguem, você conhece um pouco do passado de cada um deles, o que colabora e muito na compreensão do (inevitável) desfecho. E que desfecho, meus caros amigos!!! Um livro cheio de sutilezas e muito sentimento que conquista o leitor desde a primeira página. Leitura recomendada.

Dedicated to You

Scrapbooking Basics

Tenho várias revistas de scrapbooking aqui em casa, além de alguns livros genéricos e livros sobre como fazer os cartões que eu tanto gosto. Mas após meses de scraptherapy, decidi me aprofundar no assunto e começar pelo começo.

E a escolha não poderia ter sido melhor. O livro Clean & Simple Scrapbooking (2004) é até hoje um dos bestsellers entre os livros publicados nos EUA sobre scrapbooking - e olha que não são poucos. E ele foi escrito por nada menos que uma designer gráfica. Sim, porque como eu mesma já vinha desconfiando há tempos, scrapbook e design gráfico andam de mãos dadas. Como não podia deixar de ser.

No livro a autora fornece conceitos básicos de design gráfico e ensina a criar páginas de scrap baseadas nesses conceitos. Linhas e formas, combinação de cores, tipos de fonte, distribuição de elementos na página, e por ai vai. Um livro indispensável pra quem, como eu, deseja se aprofundar neste hobby tão cheio de possibilidades. Pra quem curte as artes visuais em geral e o scrapbooking em particular, esta é a escolha perfeita. Satisfação garantida.

Ser mãe aos 20, 30, 40...

Eu ando pensando muito nisso ultimamente. E cheguei à conclusão que ser mãe é uma das profissões menos valorizadas neste mundo - quem é mãe vai concordar comigo! Filho é bom, filho enriquece a vida da gente, blábláblá...mas filho também dá um trabalho danado então haja energia. E é aí que está a questão. Ter filho aos 20 anos tem suas desvantagens mas também tem suas óbvias vantagens. Assim como ter filho aos 30 ou 40 anos tem suas desvantagens e vantagens. Então embora não se possa falar em idade ideal pra ter filhos, eu certamente recomendaria ter antes dos 35 anos. Por experiência própria e de pessoas ao meu redor.

E antes que comece o xingamento: claro que é muito simples falar assim, claro que nem tudo na vida acontece quando e como a gente planeja (sei muito bem disso). Tem gente que tenta ter filhos durante anos e anos...Então cada caso é um caso e é perigoso criticar as escolhas individuais - principalmente quando a escolha não chega a ser uma escolha, como no caso da infertilidade. Mesmo assim eu ouso dizer que, se uma mulher tiver condições - não somente financeiras mas especialmente emocionais - de ter um filho ANTES dos 35 anos, que o tenha!

E sim, eu fiquei (muito) chocada com a manchete de jornais semana passada em que uma inglesa acabou de ter seu primeiro bebê aos 66 anos! Ela é uma bem-sucedida executiva que passou os últimos 20 anos fazendo tratamentos de infertilidade. Ou seja, seja lá porque cargas d´água, lá pelos 45 anos decidiu que queria ter um filho...A verdade nua e crua é que muitas mulheres não se dão conta de que nem sempre cabe a elas escolher quando querem ter um bebê...elas pensam que podem construir calmamente suas carreiras, viajar muito pelo mundo afora (o que eu recomendo porque viajar é bom demais e com filho pequeno fica bem mais complicado) e lá pelos 38, 40 começam a pensar em ter filhos. Só que aí pode ser tarde demais...Vejo isso muito aqui na Holanda, onde é comum as mulheres terem o primeiro filho depois dos 35 anos.

Eu tenho uma grande amiga que nunca quis ter filhos, ela engravidou prestes a completar 41 anos. Esta gravidez (ou o relógio biológico) mexeu tanto com ela que ela decidiu ter o filho, apesar de nunca ter gostado de crianças nem sonhado em ser mãe. São dessas ironias da vida. Hoje ela tem 42 anos, o bebê acabou de completar um ano e ela sofre de cansaço crônico (apesar de ser apaixonada pela cria). Cansaço comum a todas as mães nos primeiros meses, em maior ou menor grau. Eu só sei que tive meu filho aos 34 anos e passei o primeiro ano igual a um zumbi. É claro que a condição física da mãe (assim como a relação do casal) conta muito nessas horas...mas quanto mais avançada a idade, maior o cansaço.

Eu sinceramente não daria conta, mal dou conta de um fim-de-semana agitado com meu menino de 9 anos. Claro que acabei de ser operada, então a minha condição física nunca esteve pior...Mas não posso nem sequer imaginar as noites em claro a essas alturas do campeonato. Been there, done that!