domingo, janeiro 31, 2010

Listas, listas e mais listas!

Uma daquelas agradáveis coincidências que eu não poderia deixar de comentar por aqui...Eu tinha acabado de comprar este mês o livro Listography - há tempos na minha lista de desejos - quando ontem esbarrei no site oficial com o mesmo nome. Uma grande idéia pra quem gosta de fazer listas - e uma ótima dica para quem nunca fez! Eu mesma não sou daquelas pessoas de fazer listas pra tudo mas no site (assim como no livro) as listas são extremamente criativas e autobiográficas. Diversão garantida para os dias de chuva. Ou para aqueles dias em que você anda no mundo da lua.

Têm lista de filmes favoritos, livros favoritos, lugares e países visitados, lugares e países que você deseja visitar um dia, listas de amigos que foram importantes no seu passado, músicas e bandas favoritas, etc. O site segue a idéia básica do livro e é totalmente interativo. Ou seja, você tem toda a liberdade pra criar as listas que quiser, quantas quiser...listas de coisas a fazer, livros a serem lidos, filmes a serem assistidos. Comidas e bebidas favoritas, citações favoritas, perfumes favoritos, e tudo mais que vier à sua cabeça (algumas pessoas inventam as listas mais absurdas). Fica a dica!

PS. Consegui adicionar no blog um link para a minha listografia. Confiram aqui do lado (abaixo do perfil completo) pra terem uma idéia do que estou falando. Nunca imaginei que fazer listas pudesse ser tão divertido, rsrsrsrs.

sábado, janeiro 30, 2010

Simplifique.



So many people are tired and weary, mind never stopping, body not taken care of.


We are pushing and rushing. We see things and we want more and more. Forgetting what we have.


Our minds get caught up so much in what we think we need, in what we think we have to do, in maintaining all we have.


What if you came to your day with the idea that you have all you need. And that you have all the time you need for what you really need to do.


What if you don’t hold on to the trappings of your life so tightly.


Can you bring some lightness into your life today?



...........................................................................................................


Se você se identificou com este texto e também deseja urgentemente simplificar sua vida, dê uma olhada neste blog: My Simpler Life (de onde tirei o texto acima). Quanto a mim, esta semana comecei a trabalhar terças e quintas o dia inteiro (e não apenas só de manhã ou só de tarde como vinha fazendo até então). E sim, ando muito ocupada. O tempo é escasso mas tenho aprendido muito e este é meu objetivo nos próximos meses (pra isso estou fazendo este estágio). Moral da estória: uma coisa de cada vez (Roma não foi construída em um dia). A boa notícia é que quanto menos tempo a gente tem, mais a gente aprende a priorizar. Pura necessidade. Ou isso ou você enlouquece, né?!!

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Vida de aeroporto

Domingo passado fomos ao cinema assistir Up in the Air, novo filme de Jason Reitman, diretor de Juno (sim, aquele filme adorado por muitos e odiado por tantos outros). Up in the Air tem sido considerado pela crítica como uma versão mais madura do diretor. A começar pelo roteiro.

O super galã George Clooney é o protagonista - o diretor não poderia ter escolhido ator mais apropriado para o papel - um homen com medo de estabelecer qualquer tipo de vínculos e que, por medida de segurança, prefere passar grande parte de sua vida em aeroportos. Graças a seu emprego, ele viaja praticamente o ano inteiro, passando apenas uns 40 dias por ano em sua própria casa. Um apartamento que mais parece um quarto de hotel, decoração impessoal, paredes brancas, nenhum quadro ou poster pendurado, nada que indique a presença de um morador. A diferença entre ter uma casa e ter um lar, se entendem onde quero chegar (a house is not a home). No filme ele acaba esbarrando com a sua cara metade (Vera Farmiga) num desses aeroportos, e desde então começa uma estória de amor bastante improvável...Assim como ele, ela também se sente totalmente à vontade (pra não dizer em casa mesmo) nos vários aeroportos e hotéis por onde circula. Um estilo de vida light, sem grandes complicações e sem emoções constrangedoras...até que os sentimentos começam a despertar e a estória toma subitamente outros rumos. Não conto mais pra não estragar!

A recessão americana é usada como pano de fundo para a ótima atuação da dupla. O filme intercala várias cenas com entrevistas de funcionários que acabam de ser demitidos de seus empregos. O diretor optou por usar pessoas comuns (em vez de atores) que passaram por esta experiência na vida real, o que faz as cenas bastante realistas...além de acentuar ainda mais o contraste entre a dura realidade da crise e a vida frugal e sem maiores complicações do casal protagonista.

domingo, janeiro 24, 2010

Dos (nossos) problemas

Problemas, probleminhas, problemões. Porque problema todo mundo tem. Em um ou outro momento da vida, em um ou outro aspecto. Mas eu acho que até certo ponto, a gente pode decidir se quer fazer de um probleminha um problema. Ou pior ainda, de um problema um problemão - a famosa tempestade em copo dágua tão conhecida de alguns de nós! E claro, tem aquelas catástrofes - como a do Haiti - em que, se compararmos o grau de tragédia humana, nossos problemas deixam de ser problemas. Sim, eles simplesmente deixam de existir e passam a ser pequenos grãos de areia de tão insignificantes. Enfim, tudo é relativo. E embora eu não exatamente recomende ser feliz por comparação, não deixa de ser uma opção naqueles momentos em que nos sentimos confusos. Favor não confundir com se alegrar com a infelicidade do outro, o que é pura maldade.

Eu confesso que tenho minhas fases e com o passar dos anos, já me conformei com a idéia de que problemas sempre existirão. Porque ninguém é totalmente feliz o tempo todo (alguns até sabem enganar muito bem mas não por muito tempo, né?). Enquanto estivermos vivos, existirão problemas a serem resolvidos (e alguns nem serão resolvidos mas deixa pra lá). Enquanto estivermos vivos, existirão pedras no caminho. Algumas de perto a gente descobre que na verdade eram pedrinhas, outras são maiores do que pareciam ser à primeira vista. Tudo uma questão de ponto de vista, se entendem onde quero chegar. E de sorte também (basta pensar no povo haitiano, que já era um dos países mais pobres do mundo antes desta triste tragédia então agora nem se fala). Mas isso é outra discussão então vou parar por aqui.

Daqui a pouco estou indo com F. ao cinema assistir Up in The Air, do diretor de Juno. Depois eu volto pra contar o que achei!

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Lembrete

sábado, janeiro 16, 2010

Away We Go

Ontem finalmente consegui assistir Away We Go, do diretor Sam Mendes (American Beauty e Revolutionary Road, entre outros). E gostei muito do roteiro, escrito pelo casal de escritores Dave Eggers e Vendela Vida. Diga-se de passagem, Dave Eggers tem feito enorme sucesso de público e crítica desde seu debut literário A Heartbreaking Work of Staggering Genius, seguido de What is What e o recente Zeitoun, um dos mais comentados bestsellers de 2009. Foi ele ainda que fez a adaptação para o cinema do livro Where The Wild Things Are, clássico infantil de Maurice Sendak em cartaz atualmente (que eu ainda não consegui ver mas que já comentei aqui).

Mas voltando ao filme, Away We Go é uma estória interessante (e bem mais otimista se comparada com Revolutionary Road) com a qual me identifiquei bastante em alguns aspectos. Os protagonistas são um casal lá pelos seus 30 anos, ela grávida de 6 meses quando os pais dele anunciam que irão se mudar nada mais nada menos do que para a Antuérpia um mês antes do neto nascer! Após o choque da notícia inesperada, ela ainda mais chocada porque havia perdido os pais aos 22 anos (perdi minha mãe antes de engravidar então conheço bem esta sensação e não desejo a ninguém), eles decidem se mudar também. Afinal de contas, a principal razão que moravam ali era mesmo a proximidade dos (futuros) avós.

Quando eles decidem partir, começa então um roadmovie em que o casal vai em busca do lugar ideal para se estabelecer e criar seu bebê. Nessa busca, eles visitam amigos e parentes em diferentes partes dos EUA, desde Phoenix, Tucson, Wisconsin, com uma parada em Montreal, Canadá até Miami (onde o irmão dele está em plena crise familiar). Em cada encontro, eles são confrontados com vários estilos de vida e maneiras de criar filhos (algumas hilárias), o que os faz questionar o que realmente querem para suas vidas.

No final da estória, este jovem casal apaixonado (o que se percebe em todo o filme, ao contrário do casal em plena crise conjugal de Revolutionary Road) encontra o lar que estava procurando. Num lugar onde nunca antes imaginaram que encontrariam seu LAR. Home is where the heart is, after all.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Falta de foco

Nas últimas semanas minha vida tem andado agitada e a cabeça a mil. Não tenho conseguido me concentrar em nada. Absolutamente nada. Tento encontrar um foco mas está difícil. Muitas questões ocupam a minha mente ao mesmo tempo e eu com vontade de parar o mundo e descer. Entre outras coisas, preciso organizar melhor meus dias, definir melhor minhas prioridades. Tenho escrito muito post mental - daqueles posts que você planeja escrever e escreve inteirinho na cabeça mas por uma ou outra razão acaba não publicando (quem é blogueiro deve estar familiarizado com este estranho fenônemo). Filmes, livros, impressões, divagações. Tenho lido vários livros ao mesmo tempo. Tenho tentado assistir aqueles filmes que estão na minha lista há meses. E tenho tido algumas idéias para mini-álbuns (scrapbooking) mas sem a tranquilidade necessária para parar tudo e separar nem que seja uma hora pra selecionar o material e começar um projeto.

Eu queria ter mais foco na vida. Metas, planos, sei lá. Por coincidência, agora mesmo estou fazendo um curso como parte do estágio em que estamos discutindo isso, entre outras coisas. Pra terem uma idéia, o dever de casa era escrever seus planos e metas para os próximos 2 anos. No aspecto pessoal, emocional, profissional, etc. Daqui a pouco vou sair para a última aula e a minha página continua em branco! Eu tenho uma idéia razoável de onde quero estar daqui a 2 anos (pra frente é que se anda, né?), e sei exatamente o que NÃO quero mais na minha vida, o que já é meio caminho andado. Mas falta visão dos passos a serem seguidos até chegar lá. Falta o foco suficiente para definir metas. E fica a sensação constante de inquietação, ânsia de resolver tudo ao mesmo tempo. Assim não dá, né?

E pior, cada dia percebo melhor como a falta de planejamento afetou (e continua afetando) minha vida. Por anos e anos eu fui sendo levada pelos acontecimentos em vez de fazer as escolhas necessárias e mudar o rumo. Felizmente ando cada vez mais ciente disso e tentando mudar este (mau) hábito. E este ano, já que as coisas estão mesmo entrando nos eixos (em alguns aspectos mais do que em outros porque assim é a vida), decidi fazer a minha parte. Fazer acontecer, em vez de ficar esperando as coisas acontecerem ou não. Não apenas aproveitar as chances oferecidas no dia-a-dia, mas também criar novas oportunidades de crescimento. O que acreditem, não é a mesma coisa.

Mais um post da série desabafos. Qualquer sugestão será bem-vinda...



terça-feira, janeiro 12, 2010

Inspiração: Keri Smith

Uma autora canadense que tem vendido muito por aqui é a Keri Smith. Ela é a autora dos bestsellers Wreck this Journal, How to Be an Explorer of the World e Living Out Loud Activities to Fuel a Creative Life. Eu já tive a oportunidade de folhear e ler trechos dos dois últimos e simplesmente me apaixonei. Ainda não tenho os livros aqui em casa mas terei em breve porque estão no topo da minha wishlist no momento! E prioridades são prioridades. Decidi que este ano quero dedicar mais tempos às atividades criativas (scrapbooking, journaling, etc). Criatividade como forma de expressão e canal de cura. Em outras palavras: arteterapia. Uma questão de sanidade mental. Mas voltando ao que interessa (ando divagando demais ultimamente), Keri Smith é uma artista e ilustradora freelance que tem mexido com a cabeça de muita gente nesta época em que cada vez mais questionamos nossas vidas corridas. E em que buscamos novas maneiras de viver e de explorar o mundo ao nosso redor. Ela nos inspira a sermos nós mesmos um pouco artistas (o que na verdade todos somos, apenas não nos permitimos ser). Sua visão de artista e estilo irreverente fazem de seus livros uma leitura original e acima de tudo, (muito) inspiradora. Em suma, recomendo a todos que como eu pretendem colocar a criatividade em primeiro plano neste novo ano que se inicia.

sábado, janeiro 09, 2010

Neve e gelo na Holanda





Quem acompanha os noticiários internacionais já sabe que aqui na Europa anda fazendo um frio de cão. Em 15 anos de Holanda nunca passei tanto frio! Além da neve, que tem deixado tudo coberto de branco, muitos canais andaram congelando (como o daqui perto de casa, nas duas fotos com o Liam). E este fim-de-semana a meteorologia já avisou que teremos temperaturas de 10 graus abaixo de zero (ou menos).

O lado bom da estória é que a neve deixa tudo parecendo um daqueles cartões de natal tradicionais! Paisagens belíssimas, sem dúvida. O lado ruim é o frio de doer osso, brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. Sem falar nos transtornos nas estradas e linhas ferroviárias, ônibus atrasados pela cidade - ontem fiquei uma hora esperando em temperaturas abaixo de zero.... Ao menos as crianças tem se divertido horrores neste inverno. Meu filho já fez boneco de neve e batalhas de bola de neve na escola. E eu aproveitei pra tirar umas fotos.
Tecnologia do Blogger.

Listas, listas e mais listas!

Uma daquelas agradáveis coincidências que eu não poderia deixar de comentar por aqui...Eu tinha acabado de comprar este mês o livro Listography - há tempos na minha lista de desejos - quando ontem esbarrei no site oficial com o mesmo nome. Uma grande idéia pra quem gosta de fazer listas - e uma ótima dica para quem nunca fez! Eu mesma não sou daquelas pessoas de fazer listas pra tudo mas no site (assim como no livro) as listas são extremamente criativas e autobiográficas. Diversão garantida para os dias de chuva. Ou para aqueles dias em que você anda no mundo da lua.

Têm lista de filmes favoritos, livros favoritos, lugares e países visitados, lugares e países que você deseja visitar um dia, listas de amigos que foram importantes no seu passado, músicas e bandas favoritas, etc. O site segue a idéia básica do livro e é totalmente interativo. Ou seja, você tem toda a liberdade pra criar as listas que quiser, quantas quiser...listas de coisas a fazer, livros a serem lidos, filmes a serem assistidos. Comidas e bebidas favoritas, citações favoritas, perfumes favoritos, e tudo mais que vier à sua cabeça (algumas pessoas inventam as listas mais absurdas). Fica a dica!

PS. Consegui adicionar no blog um link para a minha listografia. Confiram aqui do lado (abaixo do perfil completo) pra terem uma idéia do que estou falando. Nunca imaginei que fazer listas pudesse ser tão divertido, rsrsrsrs.

Simplifique.



So many people are tired and weary, mind never stopping, body not taken care of.


We are pushing and rushing. We see things and we want more and more. Forgetting what we have.


Our minds get caught up so much in what we think we need, in what we think we have to do, in maintaining all we have.


What if you came to your day with the idea that you have all you need. And that you have all the time you need for what you really need to do.


What if you don’t hold on to the trappings of your life so tightly.


Can you bring some lightness into your life today?



...........................................................................................................


Se você se identificou com este texto e também deseja urgentemente simplificar sua vida, dê uma olhada neste blog: My Simpler Life (de onde tirei o texto acima). Quanto a mim, esta semana comecei a trabalhar terças e quintas o dia inteiro (e não apenas só de manhã ou só de tarde como vinha fazendo até então). E sim, ando muito ocupada. O tempo é escasso mas tenho aprendido muito e este é meu objetivo nos próximos meses (pra isso estou fazendo este estágio). Moral da estória: uma coisa de cada vez (Roma não foi construída em um dia). A boa notícia é que quanto menos tempo a gente tem, mais a gente aprende a priorizar. Pura necessidade. Ou isso ou você enlouquece, né?!!

Vida de aeroporto

Domingo passado fomos ao cinema assistir Up in the Air, novo filme de Jason Reitman, diretor de Juno (sim, aquele filme adorado por muitos e odiado por tantos outros). Up in the Air tem sido considerado pela crítica como uma versão mais madura do diretor. A começar pelo roteiro.

O super galã George Clooney é o protagonista - o diretor não poderia ter escolhido ator mais apropriado para o papel - um homen com medo de estabelecer qualquer tipo de vínculos e que, por medida de segurança, prefere passar grande parte de sua vida em aeroportos. Graças a seu emprego, ele viaja praticamente o ano inteiro, passando apenas uns 40 dias por ano em sua própria casa. Um apartamento que mais parece um quarto de hotel, decoração impessoal, paredes brancas, nenhum quadro ou poster pendurado, nada que indique a presença de um morador. A diferença entre ter uma casa e ter um lar, se entendem onde quero chegar (a house is not a home). No filme ele acaba esbarrando com a sua cara metade (Vera Farmiga) num desses aeroportos, e desde então começa uma estória de amor bastante improvável...Assim como ele, ela também se sente totalmente à vontade (pra não dizer em casa mesmo) nos vários aeroportos e hotéis por onde circula. Um estilo de vida light, sem grandes complicações e sem emoções constrangedoras...até que os sentimentos começam a despertar e a estória toma subitamente outros rumos. Não conto mais pra não estragar!

A recessão americana é usada como pano de fundo para a ótima atuação da dupla. O filme intercala várias cenas com entrevistas de funcionários que acabam de ser demitidos de seus empregos. O diretor optou por usar pessoas comuns (em vez de atores) que passaram por esta experiência na vida real, o que faz as cenas bastante realistas...além de acentuar ainda mais o contraste entre a dura realidade da crise e a vida frugal e sem maiores complicações do casal protagonista.

Dos (nossos) problemas

Problemas, probleminhas, problemões. Porque problema todo mundo tem. Em um ou outro momento da vida, em um ou outro aspecto. Mas eu acho que até certo ponto, a gente pode decidir se quer fazer de um probleminha um problema. Ou pior ainda, de um problema um problemão - a famosa tempestade em copo dágua tão conhecida de alguns de nós! E claro, tem aquelas catástrofes - como a do Haiti - em que, se compararmos o grau de tragédia humana, nossos problemas deixam de ser problemas. Sim, eles simplesmente deixam de existir e passam a ser pequenos grãos de areia de tão insignificantes. Enfim, tudo é relativo. E embora eu não exatamente recomende ser feliz por comparação, não deixa de ser uma opção naqueles momentos em que nos sentimos confusos. Favor não confundir com se alegrar com a infelicidade do outro, o que é pura maldade.

Eu confesso que tenho minhas fases e com o passar dos anos, já me conformei com a idéia de que problemas sempre existirão. Porque ninguém é totalmente feliz o tempo todo (alguns até sabem enganar muito bem mas não por muito tempo, né?). Enquanto estivermos vivos, existirão problemas a serem resolvidos (e alguns nem serão resolvidos mas deixa pra lá). Enquanto estivermos vivos, existirão pedras no caminho. Algumas de perto a gente descobre que na verdade eram pedrinhas, outras são maiores do que pareciam ser à primeira vista. Tudo uma questão de ponto de vista, se entendem onde quero chegar. E de sorte também (basta pensar no povo haitiano, que já era um dos países mais pobres do mundo antes desta triste tragédia então agora nem se fala). Mas isso é outra discussão então vou parar por aqui.

Daqui a pouco estou indo com F. ao cinema assistir Up in The Air, do diretor de Juno. Depois eu volto pra contar o que achei!

Lembrete

Away We Go

Ontem finalmente consegui assistir Away We Go, do diretor Sam Mendes (American Beauty e Revolutionary Road, entre outros). E gostei muito do roteiro, escrito pelo casal de escritores Dave Eggers e Vendela Vida. Diga-se de passagem, Dave Eggers tem feito enorme sucesso de público e crítica desde seu debut literário A Heartbreaking Work of Staggering Genius, seguido de What is What e o recente Zeitoun, um dos mais comentados bestsellers de 2009. Foi ele ainda que fez a adaptação para o cinema do livro Where The Wild Things Are, clássico infantil de Maurice Sendak em cartaz atualmente (que eu ainda não consegui ver mas que já comentei aqui).

Mas voltando ao filme, Away We Go é uma estória interessante (e bem mais otimista se comparada com Revolutionary Road) com a qual me identifiquei bastante em alguns aspectos. Os protagonistas são um casal lá pelos seus 30 anos, ela grávida de 6 meses quando os pais dele anunciam que irão se mudar nada mais nada menos do que para a Antuérpia um mês antes do neto nascer! Após o choque da notícia inesperada, ela ainda mais chocada porque havia perdido os pais aos 22 anos (perdi minha mãe antes de engravidar então conheço bem esta sensação e não desejo a ninguém), eles decidem se mudar também. Afinal de contas, a principal razão que moravam ali era mesmo a proximidade dos (futuros) avós.

Quando eles decidem partir, começa então um roadmovie em que o casal vai em busca do lugar ideal para se estabelecer e criar seu bebê. Nessa busca, eles visitam amigos e parentes em diferentes partes dos EUA, desde Phoenix, Tucson, Wisconsin, com uma parada em Montreal, Canadá até Miami (onde o irmão dele está em plena crise familiar). Em cada encontro, eles são confrontados com vários estilos de vida e maneiras de criar filhos (algumas hilárias), o que os faz questionar o que realmente querem para suas vidas.

No final da estória, este jovem casal apaixonado (o que se percebe em todo o filme, ao contrário do casal em plena crise conjugal de Revolutionary Road) encontra o lar que estava procurando. Num lugar onde nunca antes imaginaram que encontrariam seu LAR. Home is where the heart is, after all.

Falta de foco

Nas últimas semanas minha vida tem andado agitada e a cabeça a mil. Não tenho conseguido me concentrar em nada. Absolutamente nada. Tento encontrar um foco mas está difícil. Muitas questões ocupam a minha mente ao mesmo tempo e eu com vontade de parar o mundo e descer. Entre outras coisas, preciso organizar melhor meus dias, definir melhor minhas prioridades. Tenho escrito muito post mental - daqueles posts que você planeja escrever e escreve inteirinho na cabeça mas por uma ou outra razão acaba não publicando (quem é blogueiro deve estar familiarizado com este estranho fenônemo). Filmes, livros, impressões, divagações. Tenho lido vários livros ao mesmo tempo. Tenho tentado assistir aqueles filmes que estão na minha lista há meses. E tenho tido algumas idéias para mini-álbuns (scrapbooking) mas sem a tranquilidade necessária para parar tudo e separar nem que seja uma hora pra selecionar o material e começar um projeto.

Eu queria ter mais foco na vida. Metas, planos, sei lá. Por coincidência, agora mesmo estou fazendo um curso como parte do estágio em que estamos discutindo isso, entre outras coisas. Pra terem uma idéia, o dever de casa era escrever seus planos e metas para os próximos 2 anos. No aspecto pessoal, emocional, profissional, etc. Daqui a pouco vou sair para a última aula e a minha página continua em branco! Eu tenho uma idéia razoável de onde quero estar daqui a 2 anos (pra frente é que se anda, né?), e sei exatamente o que NÃO quero mais na minha vida, o que já é meio caminho andado. Mas falta visão dos passos a serem seguidos até chegar lá. Falta o foco suficiente para definir metas. E fica a sensação constante de inquietação, ânsia de resolver tudo ao mesmo tempo. Assim não dá, né?

E pior, cada dia percebo melhor como a falta de planejamento afetou (e continua afetando) minha vida. Por anos e anos eu fui sendo levada pelos acontecimentos em vez de fazer as escolhas necessárias e mudar o rumo. Felizmente ando cada vez mais ciente disso e tentando mudar este (mau) hábito. E este ano, já que as coisas estão mesmo entrando nos eixos (em alguns aspectos mais do que em outros porque assim é a vida), decidi fazer a minha parte. Fazer acontecer, em vez de ficar esperando as coisas acontecerem ou não. Não apenas aproveitar as chances oferecidas no dia-a-dia, mas também criar novas oportunidades de crescimento. O que acreditem, não é a mesma coisa.

Mais um post da série desabafos. Qualquer sugestão será bem-vinda...



Inspiração: Keri Smith

Uma autora canadense que tem vendido muito por aqui é a Keri Smith. Ela é a autora dos bestsellers Wreck this Journal, How to Be an Explorer of the World e Living Out Loud Activities to Fuel a Creative Life. Eu já tive a oportunidade de folhear e ler trechos dos dois últimos e simplesmente me apaixonei. Ainda não tenho os livros aqui em casa mas terei em breve porque estão no topo da minha wishlist no momento! E prioridades são prioridades. Decidi que este ano quero dedicar mais tempos às atividades criativas (scrapbooking, journaling, etc). Criatividade como forma de expressão e canal de cura. Em outras palavras: arteterapia. Uma questão de sanidade mental. Mas voltando ao que interessa (ando divagando demais ultimamente), Keri Smith é uma artista e ilustradora freelance que tem mexido com a cabeça de muita gente nesta época em que cada vez mais questionamos nossas vidas corridas. E em que buscamos novas maneiras de viver e de explorar o mundo ao nosso redor. Ela nos inspira a sermos nós mesmos um pouco artistas (o que na verdade todos somos, apenas não nos permitimos ser). Sua visão de artista e estilo irreverente fazem de seus livros uma leitura original e acima de tudo, (muito) inspiradora. Em suma, recomendo a todos que como eu pretendem colocar a criatividade em primeiro plano neste novo ano que se inicia.

Neve e gelo na Holanda





Quem acompanha os noticiários internacionais já sabe que aqui na Europa anda fazendo um frio de cão. Em 15 anos de Holanda nunca passei tanto frio! Além da neve, que tem deixado tudo coberto de branco, muitos canais andaram congelando (como o daqui perto de casa, nas duas fotos com o Liam). E este fim-de-semana a meteorologia já avisou que teremos temperaturas de 10 graus abaixo de zero (ou menos).

O lado bom da estória é que a neve deixa tudo parecendo um daqueles cartões de natal tradicionais! Paisagens belíssimas, sem dúvida. O lado ruim é o frio de doer osso, brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. Sem falar nos transtornos nas estradas e linhas ferroviárias, ônibus atrasados pela cidade - ontem fiquei uma hora esperando em temperaturas abaixo de zero.... Ao menos as crianças tem se divertido horrores neste inverno. Meu filho já fez boneco de neve e batalhas de bola de neve na escola. E eu aproveitei pra tirar umas fotos.