domingo, fevereiro 28, 2010

House M.D.


O texto abaixo circula pela internet e como a série é muito popular - eu confesso que ainda não conferi porque a minha favorita continua sendo Grey´s Anatomy - resolvi colocar aqui. Não recomendado para os HIPOCONDRÍACOS de plantão, rsrsrsrs.






Você sabe quando está realmente apaixonado quando:

1. Seu coração bate mais forte quando você pensa na pessoa
Você pensa que é amor, Dr. House diz: taquicardia pode indicar fibrilação ventricular ou infante do miocardio. Você está tendo um ataque cardíaco

2. Tremor das mãos e outras partes do corpo
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Doença de Parkinson

3. Sorriso constante
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Paralisia de Bell

4. Esquecimento, incapacidade de concentração em tarefas simples
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Mal de Alzheimer

5. Tesão constante
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Ninfomania ou Satiríase ou, ainda, em casos mais graves, Priapismo

6. Fraqueza nos joelhos e explosões de energia quando ele ou ela chama ou se aproxima
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Esclerose múltipla

7. Incapacidade de parar de pensar na pessoa em questão
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Transtorno obsessivo-compulsivo

8. Manchas escuras no pescoço, seios e….outras partes macias
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Leucemia

9. Insônia
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Hiperplasia Prostática Benigna

10. Sentir que você pode cheirar, ouvir ou até ver a pessoa mesmo em sua ausência
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Esquizofrenia

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

O menino maluquinho


Finalmente consegui assistir o filme que comentei por aqui tempos atrás. E para os distraídos, já aviso que não é um filme para crianças, embora seja baseado num clássico infantil. A melhor parte é que assisti o filme sobre um menino de 9 anos que queria ser lobo que queria ser rei com o meu menino de 9 anos! E eu e o meu menino maluquinho (mas não tão maluquinho quanto o Max deste filme) gostamos muito. Liam não queria ver o filme porque tinha achado o trailer meio esquisito (e é mesmo). Mas a minha intuição de mãe sabia que se ele assistisse o filme, iria gostar muito...até porque, filho de peixe peixinho é! E não deu outra, meu filho passou o filme inteiro absorvido nas imagens do telão. Também pudera, a fotografia é mesmo de sonhos e reflete a poesia da infância, com seus sonhos e pesadelos.

Uma das coisas mais legais do filme é que ele nos faz ver a estória através dos olhos de um menino de 9 anos. Max é um menino de 9 anos que mora com sua mãe ocupada demais pra lher dar atenção e uma irmã mais velha que nunca o defende. A aventura de Max começa no dia em que ele tem um ataque de raiva, morde sua mãe e decide fugir de casa. Após atravessar um enorme oceano num barquinho, ele vai parar numa terra populada por monstros. E sim, os monstros em questão são todos eles um pouco Max. Cada um deles representa aquelas emoções negativas que muitas crianças sentem e não conseguem explicar (muito menos expressar) porque ainda são pequenas demais. Raiva. Tristeza. Ciúme. Solidão. Enfim, sentimentos profundamente humanos com os quais somos obrigados a lidar durante todas nossas vidas - em maior ou menor grau. E convenhamos, se nós adultos temos dificuldade em lidar com essas emoções, imaginem uma criança!

Talvez o fato de eu mesma ter um menino de 9 anos em casa tenha ajudado a me identificar com a estória. Como Max, Liam também é filho de pais separados. Eu mesma tive uma infância protegida mas era uma criança medrosa e muito, muito sensível. Eu não tinha os ataques de raiva de Max, que saía destruindo tudo. Mas era uma criança medrosa e com uma imaginação infinita. E como ele, me lembro de ter tido momentos de solidão na minha infância.

Moral da estória: se você tem filhos nesta idade, assista com eles! Garanto que será uma experiência inesquecível para todos.

The Reluctant Fundamentalist

Com a correria destes últimos tempos, não tenho conseguido ler tanto quanto gostaria. E quando finalmente consigo completar uma leitura, esqueço de comentar por aqui. Então vamos às novidades pra turma que gosta de uma boa leitura.

O primeiro livro deste ano foi The Reluctant Fundamentalist. Changez é um jovem paquistanês ambicioso de classe alta que consegue uma bolsa pra estudar em Princeton, uma das mais consagradas universidades americanas. Depois de se formar, ele ainda consegue arrumar um emprego de sonhos numa das maiores firmas de análise financeira em NY. Ele logo se destaca como um dos melhores funcionários da firma e tudo segue conforme os planos até o fatídico dia que mudou o rumo da história: 9-11. O maior ataque terrorista da história foi acima de tudo, um divisor de águas para as comunidades muçulmanas em todo o mundo. Da noite para o dia, estes imigrantes passaram a ser mal vistos e considerados suspeitos por uma grande parte da população americana (aqui na Europa não é diferente). Não somente aqueles vivendo nos EUA, como Changez, como aqueles espalhados por toda Europa. Em algumas cidades da Holanda - aqui em Amsterdã por exemplo - metade da população jovem já é formada por migrantes, grande parte de origem muçulmana. A discriminação que antes era velada, agora tem se tornado cada vez mais direta e à título de comparação, alguns já dizem que os muçulmanos são os novos judeus...Pra bom entendedor, meia palavra basta.

O pano de fundo deste livro instigante (com alguns trechos polêmicos) é a paranóia pós 9-11, que afeta diretamente o jovem e o faz questionar as verdades estabelecidas e mudar radicalmente seu pensamento. Acompanhamos assim o auge e o declínio de um jovem que se apaixonou perdidamente pelo sonho americano (e até provou um pouco dele) e cuja paixão com o tempo foi dando lugar a uma amarga decepção. Enfim, uma história de amor e desilusão bastante contemporânea.

Mudando radicalmente de estilo, agora estou na metade de um livro que me conquistou: The Memory Keeper´s Daughter. Daqueles livros cuja estória é tão envolvente que você lê devagarinho, saboreando cada página e torcendo pra não acabar nunca...Aguardem!

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

150 amigos?


O Facebook continua fazendo um sucesso estrondoso e eu pra variar na contramão...tenho amigos que vivem pendurados no Facebook mas a última vez que algo semelhante aconteceu comigo foi nos tempos do orkut, há cerca de 4 anos atrás. As redes sociais sempre fizeram sucesso, só mudam de nome: se antes todo mundo tinha conta no Orkut, hoje em dia sem conta no Facebook você não é ninguém!

O que mais me admira nestas populares redes sociais é a facilidade com que amizades são feitas e desfeitas, como já comentei aqui antes. Para muitos dos usuários, amigo é igual figurinha: quanto mais, melhor. Novos amigos são adicionados e removidos com a velocidade de um raio, na maior cara-de-pau. Não gostou, deleta. E a fila anda...Quanto a mim, meu lema nos últimos tempos é Less is More. Podem até me chamar de seletiva (e sou mesmo) mas eu sempre preferi ter poucos e bons amigos do que a ilusão de ter um milhão de amigos que na verdade não passam de conhecidos.

E por falar em Facebook, recentemente foram publicados os resultados de uma pesquisa científica feita por um professor da Universidade de Oxford em que ele afirma que 150 amigos é o máximo que nosso cérebro é capaz de processar. E eu aproveito pra confessar que hoje em dia mal consigo processar os poucos amigos que tenho...hehehe (rir para não chorar). Devo estar mesmo fora de moda! Além de não ter tempo (nem disposição, se for pra ser sincera) pra passar horas pendurada nesses sites, não vejo graça em enviar e receber presentinhos, fazer testes mirabolantes, etc. Amizade pra mim é (bem) outra estória.

Enfim, hoje estou resmungona...mas já já passa!

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

On Valentine´s Day (and always)








PS. O desenho é da artista Kelly Rae Roberts, que faz um trabalho muito bonito e cujo livro (bestseller) Taking Flight é uma grande fonte de inspiração...além de leitura obrigatória para todos aqueles que queiram explorar mais sua criatividade. Confiram mais sobre a artista aqui (o site está na minha lista de links Inspiration blogs, na coluna à direita).

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Para as mulheres modernas



Recebi este texto da Martha Medeiros através de uma lista e decidi compartilhar com vocês. É que ultimamente tenho pensado muito nessas coisas então o texto vestiu como uma luva. A verdade é que na vida cada dia mais corrida que levamos, a gente precisa aprender a definir prioridades. Aprender a escolher nossas batalhas. É essencial aprender a dizer não (nossa saúde mental agradece, eu que o diga). Acima de tudo, a gente precisa largar de uma vez por toda o sentimento de culpa e aprender que não precisamos ser SUPER mulheres. Lembre-se: nem eu nem você temos que provar nada a ninguém. Somos boas o suficiente, sempre fomos boas o suficiente. Enfim, desacelere e seja feliz!

............................................................................................................
Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista,mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

Martha Medeiros




PS. A ilustração de vintage housewife anda muito na moda por aqui nos últimos tempos. Por coincidência, comprei este postal numa loja daqui esta semana e já coloquei lá no meu inspiration board. Coffee addict that I am!

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Julie and Julia

Semana passada assisti em casa o filme Julie & Julia, que tinha perdido quando passou nos cinemas daqui (como tantos outros filmes nos últimos tempos). O filme é uma gracinha, principalmente para os amantes da arte culinária (mais especificamente da cozinha francesa) e para blogueiros aficcionados! São duas estórias entrelaçadas, a de Julia - uma americana vivendo na França que decide traduzir as clássicas receitas francesas para a dona-de-casa americana - e a de Julie - apaixonada pela arte de Julia e suas receitas. Tão apaixonada que decide criar um blog só pra relatar suas experiências de testar todas as receitas. Mais especificamente, ela se propõe o desafio de testar 524 receitas em 365 dias. Ou seja, um ano inteiro na cozinha! (eu sinceramente não daria conta, rsrsrsrs).

Julie é uma jovem escritora que não havia conseguido ser publicada e que um belo dia decidiu unir sua paixão por escrever pela paixão pela culinária e deu (muito) certo! Não apenas seu blog fez um sucesso estrondoso como, no final das contas, ela até conseguiu um contrato pra publicar um livro sobre suas aventuras e desventuras na cozinha. Na verdade, o roteiro do filme é baseado no livro dela! Enfim, dessas coisas que acontecem em filmes e muito raramente na vida real. Tá certo que no Brasil tem blogueiro que conseguiu a façanha de publicar livro mas é mais exceção do que regra. E com a quantidade absurda de blogs que existem atualmente, das duas uma: ou você escreve muito bem ou tem muita sorte!

Eu confesso que nunca fui apaixonada pela cozinha francesa, mas amo a França e principalmente Paris. Assim sendo, as cenas da vida cotidiana de Julia na França, passeando pelos mercados, etc. já foram o bastante para encher meus olhos! E sim, em alguns aspectos me identifiquei com a blogueira Julie e seus dramas. Como numa briga com o marido em que ela diz que blogueiro é egoísta mesmo: me, me and me...Porque verdade seja dita: há que se ter um ego razoalmente grande pra se propor a criar (e manter) um blog!
Tecnologia do Blogger.

House M.D.


O texto abaixo circula pela internet e como a série é muito popular - eu confesso que ainda não conferi porque a minha favorita continua sendo Grey´s Anatomy - resolvi colocar aqui. Não recomendado para os HIPOCONDRÍACOS de plantão, rsrsrsrs.






Você sabe quando está realmente apaixonado quando:

1. Seu coração bate mais forte quando você pensa na pessoa
Você pensa que é amor, Dr. House diz: taquicardia pode indicar fibrilação ventricular ou infante do miocardio. Você está tendo um ataque cardíaco

2. Tremor das mãos e outras partes do corpo
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Doença de Parkinson

3. Sorriso constante
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Paralisia de Bell

4. Esquecimento, incapacidade de concentração em tarefas simples
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Mal de Alzheimer

5. Tesão constante
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Ninfomania ou Satiríase ou, ainda, em casos mais graves, Priapismo

6. Fraqueza nos joelhos e explosões de energia quando ele ou ela chama ou se aproxima
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Esclerose múltipla

7. Incapacidade de parar de pensar na pessoa em questão
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Transtorno obsessivo-compulsivo

8. Manchas escuras no pescoço, seios e….outras partes macias
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Leucemia

9. Insônia
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Hiperplasia Prostática Benigna

10. Sentir que você pode cheirar, ouvir ou até ver a pessoa mesmo em sua ausência
Você pensa que é amor, Dr. House diz: Esquizofrenia

O menino maluquinho


Finalmente consegui assistir o filme que comentei por aqui tempos atrás. E para os distraídos, já aviso que não é um filme para crianças, embora seja baseado num clássico infantil. A melhor parte é que assisti o filme sobre um menino de 9 anos que queria ser lobo que queria ser rei com o meu menino de 9 anos! E eu e o meu menino maluquinho (mas não tão maluquinho quanto o Max deste filme) gostamos muito. Liam não queria ver o filme porque tinha achado o trailer meio esquisito (e é mesmo). Mas a minha intuição de mãe sabia que se ele assistisse o filme, iria gostar muito...até porque, filho de peixe peixinho é! E não deu outra, meu filho passou o filme inteiro absorvido nas imagens do telão. Também pudera, a fotografia é mesmo de sonhos e reflete a poesia da infância, com seus sonhos e pesadelos.

Uma das coisas mais legais do filme é que ele nos faz ver a estória através dos olhos de um menino de 9 anos. Max é um menino de 9 anos que mora com sua mãe ocupada demais pra lher dar atenção e uma irmã mais velha que nunca o defende. A aventura de Max começa no dia em que ele tem um ataque de raiva, morde sua mãe e decide fugir de casa. Após atravessar um enorme oceano num barquinho, ele vai parar numa terra populada por monstros. E sim, os monstros em questão são todos eles um pouco Max. Cada um deles representa aquelas emoções negativas que muitas crianças sentem e não conseguem explicar (muito menos expressar) porque ainda são pequenas demais. Raiva. Tristeza. Ciúme. Solidão. Enfim, sentimentos profundamente humanos com os quais somos obrigados a lidar durante todas nossas vidas - em maior ou menor grau. E convenhamos, se nós adultos temos dificuldade em lidar com essas emoções, imaginem uma criança!

Talvez o fato de eu mesma ter um menino de 9 anos em casa tenha ajudado a me identificar com a estória. Como Max, Liam também é filho de pais separados. Eu mesma tive uma infância protegida mas era uma criança medrosa e muito, muito sensível. Eu não tinha os ataques de raiva de Max, que saía destruindo tudo. Mas era uma criança medrosa e com uma imaginação infinita. E como ele, me lembro de ter tido momentos de solidão na minha infância.

Moral da estória: se você tem filhos nesta idade, assista com eles! Garanto que será uma experiência inesquecível para todos.

The Reluctant Fundamentalist

Com a correria destes últimos tempos, não tenho conseguido ler tanto quanto gostaria. E quando finalmente consigo completar uma leitura, esqueço de comentar por aqui. Então vamos às novidades pra turma que gosta de uma boa leitura.

O primeiro livro deste ano foi The Reluctant Fundamentalist. Changez é um jovem paquistanês ambicioso de classe alta que consegue uma bolsa pra estudar em Princeton, uma das mais consagradas universidades americanas. Depois de se formar, ele ainda consegue arrumar um emprego de sonhos numa das maiores firmas de análise financeira em NY. Ele logo se destaca como um dos melhores funcionários da firma e tudo segue conforme os planos até o fatídico dia que mudou o rumo da história: 9-11. O maior ataque terrorista da história foi acima de tudo, um divisor de águas para as comunidades muçulmanas em todo o mundo. Da noite para o dia, estes imigrantes passaram a ser mal vistos e considerados suspeitos por uma grande parte da população americana (aqui na Europa não é diferente). Não somente aqueles vivendo nos EUA, como Changez, como aqueles espalhados por toda Europa. Em algumas cidades da Holanda - aqui em Amsterdã por exemplo - metade da população jovem já é formada por migrantes, grande parte de origem muçulmana. A discriminação que antes era velada, agora tem se tornado cada vez mais direta e à título de comparação, alguns já dizem que os muçulmanos são os novos judeus...Pra bom entendedor, meia palavra basta.

O pano de fundo deste livro instigante (com alguns trechos polêmicos) é a paranóia pós 9-11, que afeta diretamente o jovem e o faz questionar as verdades estabelecidas e mudar radicalmente seu pensamento. Acompanhamos assim o auge e o declínio de um jovem que se apaixonou perdidamente pelo sonho americano (e até provou um pouco dele) e cuja paixão com o tempo foi dando lugar a uma amarga decepção. Enfim, uma história de amor e desilusão bastante contemporânea.

Mudando radicalmente de estilo, agora estou na metade de um livro que me conquistou: The Memory Keeper´s Daughter. Daqueles livros cuja estória é tão envolvente que você lê devagarinho, saboreando cada página e torcendo pra não acabar nunca...Aguardem!

150 amigos?


O Facebook continua fazendo um sucesso estrondoso e eu pra variar na contramão...tenho amigos que vivem pendurados no Facebook mas a última vez que algo semelhante aconteceu comigo foi nos tempos do orkut, há cerca de 4 anos atrás. As redes sociais sempre fizeram sucesso, só mudam de nome: se antes todo mundo tinha conta no Orkut, hoje em dia sem conta no Facebook você não é ninguém!

O que mais me admira nestas populares redes sociais é a facilidade com que amizades são feitas e desfeitas, como já comentei aqui antes. Para muitos dos usuários, amigo é igual figurinha: quanto mais, melhor. Novos amigos são adicionados e removidos com a velocidade de um raio, na maior cara-de-pau. Não gostou, deleta. E a fila anda...Quanto a mim, meu lema nos últimos tempos é Less is More. Podem até me chamar de seletiva (e sou mesmo) mas eu sempre preferi ter poucos e bons amigos do que a ilusão de ter um milhão de amigos que na verdade não passam de conhecidos.

E por falar em Facebook, recentemente foram publicados os resultados de uma pesquisa científica feita por um professor da Universidade de Oxford em que ele afirma que 150 amigos é o máximo que nosso cérebro é capaz de processar. E eu aproveito pra confessar que hoje em dia mal consigo processar os poucos amigos que tenho...hehehe (rir para não chorar). Devo estar mesmo fora de moda! Além de não ter tempo (nem disposição, se for pra ser sincera) pra passar horas pendurada nesses sites, não vejo graça em enviar e receber presentinhos, fazer testes mirabolantes, etc. Amizade pra mim é (bem) outra estória.

Enfim, hoje estou resmungona...mas já já passa!

On Valentine´s Day (and always)








PS. O desenho é da artista Kelly Rae Roberts, que faz um trabalho muito bonito e cujo livro (bestseller) Taking Flight é uma grande fonte de inspiração...além de leitura obrigatória para todos aqueles que queiram explorar mais sua criatividade. Confiram mais sobre a artista aqui (o site está na minha lista de links Inspiration blogs, na coluna à direita).

Para as mulheres modernas



Recebi este texto da Martha Medeiros através de uma lista e decidi compartilhar com vocês. É que ultimamente tenho pensado muito nessas coisas então o texto vestiu como uma luva. A verdade é que na vida cada dia mais corrida que levamos, a gente precisa aprender a definir prioridades. Aprender a escolher nossas batalhas. É essencial aprender a dizer não (nossa saúde mental agradece, eu que o diga). Acima de tudo, a gente precisa largar de uma vez por toda o sentimento de culpa e aprender que não precisamos ser SUPER mulheres. Lembre-se: nem eu nem você temos que provar nada a ninguém. Somos boas o suficiente, sempre fomos boas o suficiente. Enfim, desacelere e seja feliz!

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Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista,mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

Martha Medeiros




PS. A ilustração de vintage housewife anda muito na moda por aqui nos últimos tempos. Por coincidência, comprei este postal numa loja daqui esta semana e já coloquei lá no meu inspiration board. Coffee addict that I am!

Julie and Julia

Semana passada assisti em casa o filme Julie & Julia, que tinha perdido quando passou nos cinemas daqui (como tantos outros filmes nos últimos tempos). O filme é uma gracinha, principalmente para os amantes da arte culinária (mais especificamente da cozinha francesa) e para blogueiros aficcionados! São duas estórias entrelaçadas, a de Julia - uma americana vivendo na França que decide traduzir as clássicas receitas francesas para a dona-de-casa americana - e a de Julie - apaixonada pela arte de Julia e suas receitas. Tão apaixonada que decide criar um blog só pra relatar suas experiências de testar todas as receitas. Mais especificamente, ela se propõe o desafio de testar 524 receitas em 365 dias. Ou seja, um ano inteiro na cozinha! (eu sinceramente não daria conta, rsrsrsrs).

Julie é uma jovem escritora que não havia conseguido ser publicada e que um belo dia decidiu unir sua paixão por escrever pela paixão pela culinária e deu (muito) certo! Não apenas seu blog fez um sucesso estrondoso como, no final das contas, ela até conseguiu um contrato pra publicar um livro sobre suas aventuras e desventuras na cozinha. Na verdade, o roteiro do filme é baseado no livro dela! Enfim, dessas coisas que acontecem em filmes e muito raramente na vida real. Tá certo que no Brasil tem blogueiro que conseguiu a façanha de publicar livro mas é mais exceção do que regra. E com a quantidade absurda de blogs que existem atualmente, das duas uma: ou você escreve muito bem ou tem muita sorte!

Eu confesso que nunca fui apaixonada pela cozinha francesa, mas amo a França e principalmente Paris. Assim sendo, as cenas da vida cotidiana de Julia na França, passeando pelos mercados, etc. já foram o bastante para encher meus olhos! E sim, em alguns aspectos me identifiquei com a blogueira Julie e seus dramas. Como numa briga com o marido em que ela diz que blogueiro é egoísta mesmo: me, me and me...Porque verdade seja dita: há que se ter um ego razoalmente grande pra se propor a criar (e manter) um blog!