terça-feira, outubro 25, 2011

100 fatos sobre mim - 61 a 70



61- Sou formada em Letras mas sempre tive (e continuo tendo) muito interesse na área de Ciências Humanas.  Se não tivesse feito Letras, provavelmente teria feito Sociologia, Psicologia ou mesmo Antropologia.

62 - Sempre tive uma fascinação pelo ser humano no sentido de querer entender as pessoas à minha volta e a mim mesma (o que explica o item anterior). Acima de tudo, ir além das aparências e buscar a profundidade dos motivos e emoções escondidos atrás de determinados comportamentos.

63 - Odeio gente ignorante e preconceituosa...Não tenho paciência mesmo!

64 - Também evito gente superficial e que só liga para as aparências (eu não sei fazer cara de paisagem então também costumo afastar essas companhias). Pra mim o que importa é o conteúdo. Quem você é (e não quem você finge ser).

65 - A injustiça me faz muito mal. Meu coração fica apertado quando vejo gente ou bichos sofrendo.

66 - No mundo de hoje, eu acho fundamental que a gente tente ao menos estar informado. Informação há por toda parte (a começar obviamente pela internet). E se for pra dar sua opinião sobre uma coisa, pelo menos saiba do que está falando...porque tem gente que fala sem o menor conhecimento de causa!

67 - Como todo ser vivo, eu estou em fase de construção e busco o autoconhecimento para tentar mudar o que for possível ser mudado. Tenho medo de gente que diz que nunca muda, acho que é necessário um certo grau de flexibilidade nesta vida.

68 - Um dos meus lemas é Viva e Deixe Viver. Eu cuido da minha vida, você cuida da sua e todo mundo fica feliz. Isso significa, entre outras coisas, que evito dar conselhos (conselho se fosse bom se vendia). A menos que a pessoa em questão o peça! Também odeio gente que "em nome da amizade" fica dando conselho o tempo todo e querendo resolver nossos problemas pra gente.

69 - Eu tenho uma mente aberta e isso já me colocou em situações constrangedoras porque não sei lidar com gente preconceituosa. Eu acho que cada um deve ter o direito de viver como bem entende, desde que respeite o direito do próximo.

70 - Uma coisa que eu não posso viver sem é a LIBERDADE. Liberdade de ir e vir. Liberdade de escolher nossas companhias. Liberdade de expressão. Liberdade de ser quem você é.  Liberdade de sentir o que você está sentindo sem repressão.

Pequenos achados (feirinha de livros)

Sábado foi um dia de sorte pra mim...fui ali no shopping center perto da minha casa e me deparei com alguns standes de uma feira de livros que estava arrecadando dinheiro para um projeto na África. Como sempre, não resisti e fui bisbilhotar os livros. E achei algumas pérolas que se estivesse procurando, não teria encontrado.

Dois títulos de Machado de Assis traduzido para o holandês (edição de capa dura, provavelmente há tempos esgotada por aqui). Um euro cada livro! Como se isso já não fosse sorte o suficiente, ainda achei uma edição bilíngue (port-hol) do  Fernando Pessoa. Também por 1 euro e traduzido por um tradutor renomado - que eu até tive a chance de conhecer em uma conferência de tradutores de literatura brasileira na PUC-RJ séculos atrás! Um tradutor apaixonado pelo Brasil e pela língua portuguesa, e simplesmente o melhor tradutor de literatura brasileira na Holanda. Foi ele que apresentou aos holandeses grandes nomes da literatura brasileira como Machado de Assis (o Dom Casmurro da foto é trabalho dele), Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e Drummond. Infelizmente, ele faleceu em 2007.





Depois de arrecadar essas pérolas, ainda esbarrei com uma edição de bolso da Penguin Classics do livro Good Wives, de Louisa May Alcott. Uma autora que comentei recentemente aqui no blog. Concidências não existem!

Preciso dizer que a tal feirinha fez o meu dia?

quinta-feira, outubro 20, 2011

À moda antiga

Hoje me deu uma vontade enorme de escrever como nos velhos tempos, como eu costumava escrever nos primeiros tempos deste blog. É que ando sentindo falta de mim mesma.

Pra quem não sabe, meu blog já fez 5 anos e nos primeiros tempos, eu escrevia o que tinha vontade de escrever. Sem me preocupar se alguém iria ler ou não. Sem me preocupar sobre o que as pessoas iriam pensar. Mas os tempos mudam, o número de visitas aumenta, a gente fica menos ingênuo e um belo dia se dá conta que escreve mais posts mentais do que publica (e eu sou campeã de posts mentais, acreditem). A gente começa a se policiar, a se reprimir. E sabem de uma coisa? Eu odeio isso! Eu queria sinceramente poder voltar aos tempos em que eu não estava nem aí. Porque minha cabeça continua cheia de idéias e acima de tudo, questionamentos.

Agora não se iludam. No fundo, eu não estou nem aí pro que os outros pensam. Mas ao mesmo tempo, eu entendo hoje melhor do que ontem que a internet é um ESPAÇO PÚBLICO. E isso é bom e ruim. Bom porque ela nos dá mil oportunidades de conhecer muita gente, em vários níveis (e felizmente não apenas no nível superficial do Facebook com o qual ainda tento me acostumar mas no qual acho que nunca me "encaixarei", eu me sinto mais em casa na blogosfera ). Ruim porque as pessoas estão se poupando e se escondendo cada vez mais. Até mesmo nos blogs ditos "pessoais", como o meu sempre foi. E eu, de certa forma, acabei entrando neste movimento. Mas tem dia que dá vontade de mandar todo mundo se danar e botar a boca no trombone...

Eu acho que o que faz o sucesso de um blog pessoal é justamente esta capacidade que a pessoa tem de se comunicar e se expor sem medos (dentro dos limites, claro). É esta espontaneidade cada vez mais rara (e a dose necessário de ingenuidade) que diferencia um blog de tantos outros. Porque a maioria dos blogueiros diz muito mas não conta nada! Eles mais escondem do que expõe. Enfim, é uma escolha.

Então quando digo que sinto falta de mim mesma, na verdade o que eu quero dizer é que não quero mudar (e que se danem os outros). No fundo sei muito bom que o que me faz especial é justamente esta capacidade de me expressar sem medo, de ter meu próprio referencial apesar de tudo e de todos. Esta necessidade (ou teimosia) de ir a fundo quando todo mundo à sua volta se contenta em "voar raso". Quando todo mundo evita a todo custo pensar em qualquer coisa, como vejo no Facebook quase que diariamente.

Sinceramente? Eu tenho a (forte) impressão de que as pessoas estão cada vez com mais preguiça de pensar, de dar sua opinião. Não é nem mais uma questão de se expor ou não. Em alguns casos, é mera preguiça mental mesmo. E nessas horas, nada como o  botão I like pra resolver o problema e encerrar a discussão que nem sequer foi iniciada.

Tá bom que as pessoas tem mais o que fazer e que a vida lá fora é muito mais (e melhor) do que nossas vidinhas virtuais. Mas o nível de superficialidade tem me incomodado. Não apenas no Facebook como na própria blogosfera. Porque eu queria conhecer pessoas autênticas, pessoas pessoas! Pessoas corajosas e capazes de auto-expressão e de auto-reflexão (com ou sem hífen). Pessoas que não necessariamente se escondem atrás da opinião ou das palavras dos outros.

Gente, será que é pedir demais?

terça-feira, outubro 18, 2011

100 fatos sobre mim - 51 a 60



51- Nunca fui fã de super heróis, nem costumo assistir filmes. A grande exceção é X-men cujos filmes adorei, principalmente os três primeiros! Talvez por eles serem uma minoria discriminada de mutantes...eu tenho uma queda por minorias (e sempre me senti um pouco "mutante").

52 - Prefiro cinemas vazios a sessões cheias de adolescentes (ou pior ainda, crianças aos berros). Quando vou a filmes infantis com meu filho, sempre que possível assistimos a versão original em inglês (como os filmes da Pixar, Harry Potter, mas também Coraline, Fantastic Mr. Fox e muitos outros). Assim escapamos da barulhada das crianças que vão assistir os filmes dublados (em holandês).  E ele ainda sai da sala de cinema todo orgulhoso de ver os filmes com os adultos "nerds", rsrsrs.

53 - Odeio esta moda de filmes em 3D...muitas vezes saio com dor-de-cabeça do cinema! Com raras exceções (How to Tame A Dragon), acho totalmente desnecessário.

54 - Sou apaixonada pelos filmes da Pixar, vi TODOS com meu filho. Meus favoritos são Toy Story e Monsters & Co. Já Cars foi um dos que menos gostei...

55 - Adoro filmes de arte desde que me conheço por gente. Fui com minha mãe aos 13 anos assistir Bergman (Sonata de Outono, nunca mais me esqueço) e desde então peguei gosto. Diga-se de passagem, Bergman é um dos meus diretores favoritos.

56 - Odeio quando as pessoas ficam conversando durante o filme (antes ou depois do filme ainda vai, até eu mesma converso). Felizmente aqui na Holanda é coisa raríssima...quando acontece, as pessoas reclamam e o problema é logo resolvido!

57- Eu sou (meio) chata pra filmes e costumo implicar com blockbusters...Prefiro filmes alternativos que me façam pensar e filmes clássicos.  Se você me chamar para ver comédias idiotas tipo American Pie provavelmente nunca mais irei falar com você, rsrsrs.

58 - Eu tenho  hábito constrangedor de chorar no cinema, até mesmo em filmes infantis. Sou manteiga derretida!

59 - Eu não tenho o menor problema de ir sozinha ao cinema, mas acho mais gostoso ir com uma amiga ou namorado.

60 - Cinema é uma das grandes paixões da minha vida. Meus diretores favoritos são, entre outros: Woody Allen, Almodovar, Gilhermo del Toro, Michel Gondry, Wong Kar-wai, Sofia Coppola, etc etc etc.

segunda-feira, outubro 17, 2011

Caminhada em Amsterdã no Outono

Villa Zeezicht, vista da mesa à janela

Outono é mês meio complicado...a gente nunca sabe quando seremos agraciados com belos dias de sol. Semana passada choveu a semana inteira e esta semana o sol resolveu dar o ar da sua graça - certamente no fim-de-semana - e a cidade está com um clima de outono irresistível. Dias ensolarados, árvores com folhas cada dia mais avermelhadas e marrons, muita gente buscando os cafés enquanto ainda não está muito frio pra saborear um café em uma mesa do lado de fora.

Aproveitei o fim-de-semana para passear bastante pela cidade com o namorido (em vez de ficar em casa assistindo filmes como gostamos de fazer). Sábado fizemos uma caminhada pelo centro e pelo meu bairro antigo (Oud-West, onde fica o mais famoso parque da cidade: o Vondelpark). Começamos o passeio no Villa Zeezicht , um dos meus cafés favoritos e que conheço desde que me mudei pra cá há 17 anos! O lugar tem uma ótima localização (esquina com Singel, veja foto acima) e é muito frequentado por estudantes e locais durante a semana e turistas nos finais de semana.



Dali seguimos rumo a Oud West, um dos bairros mais badalados da cidade depois do Jordaan. Westermarkt (onde fica a famosa casa de Anne Frank), Rozengracht onde parei pra visitar duas lojas favoritas (anotem a dica): Kitsch Kitchen e De Kinderboekwinkel. Seguimos andando até a Bilderdijkstraat e a Kinkerstraat, onde visitei mais uma favorita, a livraria Hoogstins. No final da rua (a rua é bem comprida viu?) ainda aproveitei para comprar farofa na loja de produtos brasileiros Finalmente Brasil (. Quem mora aqui provavelmente conhece, mas fica a dica para quem está de passagem ou mora em outra cidade aqui da Holanda. Além da farinha de mandioca, não resisti e comprei um pacote de biscoitos BIS !!! Só não comprei mistura pra bolo de fubá e de mandioca porque trouxe do Brasil recentemente. Sim, eu sou gulosa.

Museumplein com Rijksmuseum ao fundo

No final da Kinkerstraat dobramos na Jan van heijdenstraat  (com várias lojinhas interessantes, mais uma dica), andamos a rua até a Overtoom, Nassaukade e dali até o Leidseplein. No Leidseplein, demos uma passada na LAST MINUTE TICKET OFFICE (grande dica para quem quer ingressos pela metade do preço para eventos no mesmo dia ou dia seguinte). E conseguimos ingressos para domingo de manhã na maior e mais renovada sala de concertos da cidade (Het Concertgebouw). Uma apresentação de música barroca que incluia ainda uma peça de um compositor brasileiro anônimo, como parte do Brasil Festival que rola na cidade este mês!

Dois cafés vizinhos no Keizersgracht: Walem e Morlang

Depois continuamos pela Leidsestraat (rua comercial), dobramos a esquina no canal Keizersgracht e fomos tomar um vinho no café Walem, que conheço desde que moro aqui mas já não visitava há anos! Tomei um gostoso vinho branco e acabei decidindo comer uma Cesar Salade (tem melhor acompanhamento pra saladas do que um bom vinho branco?).

No domingo saímos nove e meia da manhã para tomar café num dos cafés mais escondidos de Amsterdã mas também muito agradável, o Grand Café, ali mesmo dentro da Centraal Station (no segundo andar). Um café com uma bela decoração do século passado e um cardápio que inclui as deliciosas panquecas holandesas. Depois do café, tomamos um tram para o Concertgebouw, onde encontramos meu filho e o pai dele, que também estavam indo ao concerto! Depois do concerto, com o sol brilhando lá fora seguimos pelo Museumplein novamente em direção ao Leidseplein, e sentamos os quatro numa mesa no terraço de um dos pubs irlandeses mais populares daqui, logo ao lado do Hard Rock Café (Max Euweplein, para quem está de passeio pela cidade). Sim, você leu bem: os quatro: eu, namorado, ex-marido e filho. Parece inacreditável mas é possível...nós conseguimos!

Dali ainda fomos passear um pouco mas a cidade estava abarrotada de gente pelas ruas então acabamos nos escondendo num outro café tranquilo, ali mesmo no burburinho da Praça Dam. O café do hotel Krasnapolsky, onde é possível tomar um café acompanhado de tortas ou de um croque mosieur Deluxe (como eu escolhi). Com direito à vista para a Dam, sem a multidão te empurrando!

 E assim passou-se um fim-de-semana bastante agitado, mas no bom sentido.


Kitsch Kitchen, uma explosão de cores!

sexta-feira, outubro 14, 2011

Top 10: Filmes Infantis





















Menção Honrosa (Hors concours)








PS. Precisa dizer mais alguma coisa?!!

quarta-feira, outubro 12, 2011

100 fatos sobre mim - 41 a 50



41 - Detesto natal. Sempre senti falta de família nesta data. Mesmo quando morava ainda no Rio com meus pais. Éramos sempre os três à mesa para a ceia e minha mãe ficava triste, com saudades da família em Porto Alegre. Acho que herdei essa tristeza dela. Hoje em dia pra mim natal é um dia comum, como qualquer outro. É a maneira que encontrei pra lidar com esta data.

42 - Em compensação, adoro Revéillon. Aqui na Holanda não chego a festejar mas ano novo é sempre uma esperança de vida nova, novos projetos e novas amizades. Começar de novo!

43 - Apesar de ser brasileira e ter morado no Rio de Janeiro, não sou fã de carnaval. Muito barulho e bagunça pro meu gosto. Vez ou outro até assistia os desfiles de carnaval na tv, com minha mãe.

44 - Desde que moro na Holanda, meu mês preferido do ano é maio. É o mês da primavera, das tulipas e narcissos e quando a temperatura começa a subir e as pessoas vão pra rua depois de um longo e tenebroso inverno! Também tem Dia das Mães, quando ganho um presente feito pelo meu filho e fazemos um café da manhã especial.

45 - Tenho sempre o mesmo pesadelo recorrente. Estou correndo atrasada tentando pegar um avião ou outro meio de transporte. Corro, corro mas sempre chego tarde demais! A tempo de ver o avião decolar ou o trem partir. É uma sensação angustiante.

46 - Pra piorar, raramente lembro dos meus sonhos ao acordar. Só quando tenho um desses pesadelos. Ninguém merece!

47 - Não sou uma pessoa de fazer planos e já sofri as consequências disso (ainda sofro, de certa forma). Gostaria de ser uma daquelas pessoas que faz lista de planos e metas mas nunca fui assim, Azar meu!

48 - Sou muito ansiosa e tenho tendência ao pessimismo (é patológico, viu?). Como se não bastasse eu penso demais, minha cabeça nunca para.

49 - Fisicamente, alguns me acham parecida com meu pai mas eu sinceramente não vejo a semelhança. Por outro lado, em termos de personalidade herdei muita coisa da minha mãe. Coisas boas e ruins.

50 - Não vou à igreja desde meus 18 anos.Não acredito que você precise ir à igreja pra encontrar Deus. E nem que as pessoas que frequentam a missa são melhores do que as outras (tudo é relativo). Pra mim Deus está em toda parte (até mesmo dentro de você). Com o passar dos anos, a única religião com a qual me identifico é o budismo.

segunda-feira, outubro 10, 2011

Gatos famosos




Pra quem gosta de gatos, este post é um prato cheio! Quem não gosta, pode ir pra outra página. Esta semana recebi dois livros pelo correio que havia comprado online. Os livros se chamam Casper, the Commuting Cat e Cleo.

Eu tinha lido ano passado a estória de Dewey, o famoso gato de biblioteca (pra quem não leu, comentei aqui). E como uma pessoa que adora gatos, não poderia não me apaixonar por Dewey! Fiquei triste quando terminei o livro e fui logo pesquisar livros do mesmo estilo. E foi assim que descobri Casper e Cleo, que deixei quietinhos na minha lista de presentes...até semana passada, quando num impulso decidi trazê-los para casa!

Não posso comentar sobre os livros porque ainda não li os últimos dois. Só posso dizer que ao menos eles saíram da lista de presentes pra pilha de livros ao lado da minha cama, rsrsrsr.  Livro é o que não falta aqui em casa.

E já que estamos em clima de gatos, aproveito pra deixar aqui algumas imagens do meu Pinterest.







sexta-feira, outubro 07, 2011

One Day, o livro e o filme



Ontem assisti One Day, mais um daqueles filmes baseados em livros...Eu tinha lido o livro ano passado e comentei aqui rapidamente mas sempre fico apreensiva quando um livro é filmado. E a lista de livros que tem virado filmes nos últimos tempos é infinita (merece um post à parte, aguardem).

A única coisa que me tranquilizou foi verificar o nome da diretora do filme. Nada menos do que Lone Scherfig, que dirigiu um dos meus filmes favoritos nos últimos anos: An Education (2009). O script de An Education por sua vez foi escrito por Nick Hornby, outro favorito.

Voltando a One Day, a primeira coisa a dizer é que o filme é bem fiel ao livro (que alívio), sem grandes viagens tipo The Lovely Bones (leia mais aqui), que apostou no visual. Em One Day os diálogos foram bem escolhidos, frases de efeito no momento certo, está tudo ali. As cenas fluem e ambos os protagonistas tem boa interpretação. Gostei especialmente de Anne Hathaway, embora ela nunca tenha sido uma das minhas atrizes favoritas.

Ela é conhecida pelo público infantil através dos filmes The Princess Diaries e Ella Enchanted. O público adulto a conhece de The Devil Wears Prada (a infeliz assistente de moda de Meryl Streep), Becoming Jane e mais recentemente, Valentine's Day (que não gostei) e Love and Other Drugs (que não vi e também só veria pelo Jake Gyllenhaal, que adoro) Dito isso, admito que ela caracterizou  muito bem a personagem Emma do livro. E isso é o que importa.

Enfim, quem não leu o livro, assista ao filme. E quem leu (como foi o meu caso), também pode assistir porque não vai se decepcionar*. Aproveitem e confiram ainda An Education.




* a menos que você seja crítico de cinema do Guardian ou do Times, que sempre acham defeito em tudo (e são pagos para isso). De fato, o filme não mostra as mudanças na sociedade inglesa durante os 20 anos, como o livro faz. Eu acho que a diretora optou mesmo por enfocar a relação dos dois e tirar o pano de fundo social. Outra crítica que vi em várias resenhas (que li depois de escrever esta, rsrsrs) é justamente a escolha de uma atriz americana (Anne Hathaway) para fazer o papel de uma inglesa de Yorkshire (região que bem conheço e de onde vem meu ex-marido). Tá certo, eles poderiam ter colocado uma atriz inglesa no papel. Mas enfim, não sou crítica de cinema e o filme diverte e comove (chorei muito mas sou manteiga derretida). Pra mim tá bom assim!

terça-feira, outubro 04, 2011

Como é que vocês fazem?

Este é mais um daqueles posts da série óbvio olulante mas lá vai...Eu nunca quis entrar no Facebook porque sempre achei que aquilo ali era uma tremenda perda de tempo. Entrei há menos de duas semanas e percebo que não estava de todo errada. Fato é que tudo na vida é uma questão de prioridade (o tal óbvio olulante).

O meu problema é que sou uma pessoa de interesses diversos. Adoro ler e acompanhar os lançamentos literários na Amazon. Adoro assistir novos filmes de diretores consagrados e descobrir novos diretores. Adoro (leia-se sou viciada) séries de tv bem-feitas. Adoro mexer com meus scraps e valorizo a minha criatividade...e adoro colecionar imagens originais e inspiradoras no meu Pinterest! Pra completar, adoro compartilhar tudo isso com vocês aqui no meu blog (e às vezes também no Twitter). Assim sendo, é inevitável (ao menos para mim) que eu me sinta um pouco culpada nos últimos dias ao perceber que o Facebook tem a capacidade de tomar meu tempo precioso...se eu não me cuidar!

No mais, concordo com uma amiga que diz que as redes sociais são o que a gente faz delas. Afinal, nós é que escolhemos nossos amigos na rede (hoje em dia basta clicar nos botões Friend e Unfriend para administrar nossos relacionamentos). E sei que quem decide o tempo e a energia que dedicaremos à rede somos nós mesmos. Mas vejam bem, a gente entra ali rapidinho, lê um recado, vai espiar umas fotos, verifica uns links interessantes, lê um artigo ou assiste um clipe indicado por um amigo, ai quando decide sair entra um amigo de longa data no chat...e quando a gente percebe, passaram-se horas preciosas!!! Acho que a maioria de vocês entende do que estou falando...afinal, eu fui uma das últimas a aderir à rede (dos males o menor, rsrsrs).

Pois hoje decidi postar no meu blog e fazer uns scraps. Porque o blog vai continuar sendo a minha prioridade, não se preocupem queridos leitores! E os projetos de scrapbooking são uma terapia pra mim (como o próprio blog sempre foi). No final das contas, é tudo uma questão de prioridades e de administrar o seu dia da melhor maneira possível.

Agora me contem aí: como é que vocês fazem?!!

100 fatos sobre mim - 31 a 40





31 - Sou do tempo em que ter Atari era o máximo, meu jogo favorito era Pacman! Tempos inocentes aqueles...

32 - Quando criança eu adorava ler. Meu programa favorito era ir na Ediouro comprar livros de bolso. Na minha época não existia Livraria da Travessa, hehehe.

33 - Eu odiava aulas de ginástica no colégio, vivia inventando dor de barriga, dor de cabeça ou coisa parecida. Nunca fui chegada a esportes.

34 - Brinquei de boneca até os 12 anos (pasmem). Tinha uma casa de boneca com luz e piscina que era a inveja da meninada! Mas nunca tive uma Barbie, só Suzis.

35 - Eu adorava colecionar papel de carta. E trocava na hora do recreio.

36 - Eu gostava de Michael Jackson e Nikka Costa (mas não espalhem). Mas odiava Menudos, Xuxa e paquitas!

37 - Quando tinha uns 7 anos, enchi tanto meus pais para me darem um cachorrinho que eles acabaram comprando uma filhote de pequinês (Lola). Adivinhem quem cuidou da bichinha a vida toda?!!

38 - Quando eu tinha uns 14 anos, ia sempre patinar no Canecão e no Rio's. Era bom demais (nostalgia total).

39 - Sempre tive atividades extra-curriculares: inglês, ballet, jazz, tênis e até aulas de piano...eu odiava teoria musical e não aprendi nada, mas minha mãe me obrigou a ter aulas de piano por quase 2 anos! Eu gostava mesmo (e ainda gosto) era das aulas de idiomas: inglês, francês, alemão.

40 -  Os filmes favoritos da minha infância eram A Fantástica Fábrica de Chocolate, A Noviça Rebelde e A Montanha Enfeitiçada (quem lembra deste último?).
Tecnologia do Blogger.

100 fatos sobre mim - 61 a 70



61- Sou formada em Letras mas sempre tive (e continuo tendo) muito interesse na área de Ciências Humanas.  Se não tivesse feito Letras, provavelmente teria feito Sociologia, Psicologia ou mesmo Antropologia.

62 - Sempre tive uma fascinação pelo ser humano no sentido de querer entender as pessoas à minha volta e a mim mesma (o que explica o item anterior). Acima de tudo, ir além das aparências e buscar a profundidade dos motivos e emoções escondidos atrás de determinados comportamentos.

63 - Odeio gente ignorante e preconceituosa...Não tenho paciência mesmo!

64 - Também evito gente superficial e que só liga para as aparências (eu não sei fazer cara de paisagem então também costumo afastar essas companhias). Pra mim o que importa é o conteúdo. Quem você é (e não quem você finge ser).

65 - A injustiça me faz muito mal. Meu coração fica apertado quando vejo gente ou bichos sofrendo.

66 - No mundo de hoje, eu acho fundamental que a gente tente ao menos estar informado. Informação há por toda parte (a começar obviamente pela internet). E se for pra dar sua opinião sobre uma coisa, pelo menos saiba do que está falando...porque tem gente que fala sem o menor conhecimento de causa!

67 - Como todo ser vivo, eu estou em fase de construção e busco o autoconhecimento para tentar mudar o que for possível ser mudado. Tenho medo de gente que diz que nunca muda, acho que é necessário um certo grau de flexibilidade nesta vida.

68 - Um dos meus lemas é Viva e Deixe Viver. Eu cuido da minha vida, você cuida da sua e todo mundo fica feliz. Isso significa, entre outras coisas, que evito dar conselhos (conselho se fosse bom se vendia). A menos que a pessoa em questão o peça! Também odeio gente que "em nome da amizade" fica dando conselho o tempo todo e querendo resolver nossos problemas pra gente.

69 - Eu tenho uma mente aberta e isso já me colocou em situações constrangedoras porque não sei lidar com gente preconceituosa. Eu acho que cada um deve ter o direito de viver como bem entende, desde que respeite o direito do próximo.

70 - Uma coisa que eu não posso viver sem é a LIBERDADE. Liberdade de ir e vir. Liberdade de escolher nossas companhias. Liberdade de expressão. Liberdade de ser quem você é.  Liberdade de sentir o que você está sentindo sem repressão.

Pequenos achados (feirinha de livros)

Sábado foi um dia de sorte pra mim...fui ali no shopping center perto da minha casa e me deparei com alguns standes de uma feira de livros que estava arrecadando dinheiro para um projeto na África. Como sempre, não resisti e fui bisbilhotar os livros. E achei algumas pérolas que se estivesse procurando, não teria encontrado.

Dois títulos de Machado de Assis traduzido para o holandês (edição de capa dura, provavelmente há tempos esgotada por aqui). Um euro cada livro! Como se isso já não fosse sorte o suficiente, ainda achei uma edição bilíngue (port-hol) do  Fernando Pessoa. Também por 1 euro e traduzido por um tradutor renomado - que eu até tive a chance de conhecer em uma conferência de tradutores de literatura brasileira na PUC-RJ séculos atrás! Um tradutor apaixonado pelo Brasil e pela língua portuguesa, e simplesmente o melhor tradutor de literatura brasileira na Holanda. Foi ele que apresentou aos holandeses grandes nomes da literatura brasileira como Machado de Assis (o Dom Casmurro da foto é trabalho dele), Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e Drummond. Infelizmente, ele faleceu em 2007.





Depois de arrecadar essas pérolas, ainda esbarrei com uma edição de bolso da Penguin Classics do livro Good Wives, de Louisa May Alcott. Uma autora que comentei recentemente aqui no blog. Concidências não existem!

Preciso dizer que a tal feirinha fez o meu dia?

À moda antiga

Hoje me deu uma vontade enorme de escrever como nos velhos tempos, como eu costumava escrever nos primeiros tempos deste blog. É que ando sentindo falta de mim mesma.

Pra quem não sabe, meu blog já fez 5 anos e nos primeiros tempos, eu escrevia o que tinha vontade de escrever. Sem me preocupar se alguém iria ler ou não. Sem me preocupar sobre o que as pessoas iriam pensar. Mas os tempos mudam, o número de visitas aumenta, a gente fica menos ingênuo e um belo dia se dá conta que escreve mais posts mentais do que publica (e eu sou campeã de posts mentais, acreditem). A gente começa a se policiar, a se reprimir. E sabem de uma coisa? Eu odeio isso! Eu queria sinceramente poder voltar aos tempos em que eu não estava nem aí. Porque minha cabeça continua cheia de idéias e acima de tudo, questionamentos.

Agora não se iludam. No fundo, eu não estou nem aí pro que os outros pensam. Mas ao mesmo tempo, eu entendo hoje melhor do que ontem que a internet é um ESPAÇO PÚBLICO. E isso é bom e ruim. Bom porque ela nos dá mil oportunidades de conhecer muita gente, em vários níveis (e felizmente não apenas no nível superficial do Facebook com o qual ainda tento me acostumar mas no qual acho que nunca me "encaixarei", eu me sinto mais em casa na blogosfera ). Ruim porque as pessoas estão se poupando e se escondendo cada vez mais. Até mesmo nos blogs ditos "pessoais", como o meu sempre foi. E eu, de certa forma, acabei entrando neste movimento. Mas tem dia que dá vontade de mandar todo mundo se danar e botar a boca no trombone...

Eu acho que o que faz o sucesso de um blog pessoal é justamente esta capacidade que a pessoa tem de se comunicar e se expor sem medos (dentro dos limites, claro). É esta espontaneidade cada vez mais rara (e a dose necessário de ingenuidade) que diferencia um blog de tantos outros. Porque a maioria dos blogueiros diz muito mas não conta nada! Eles mais escondem do que expõe. Enfim, é uma escolha.

Então quando digo que sinto falta de mim mesma, na verdade o que eu quero dizer é que não quero mudar (e que se danem os outros). No fundo sei muito bom que o que me faz especial é justamente esta capacidade de me expressar sem medo, de ter meu próprio referencial apesar de tudo e de todos. Esta necessidade (ou teimosia) de ir a fundo quando todo mundo à sua volta se contenta em "voar raso". Quando todo mundo evita a todo custo pensar em qualquer coisa, como vejo no Facebook quase que diariamente.

Sinceramente? Eu tenho a (forte) impressão de que as pessoas estão cada vez com mais preguiça de pensar, de dar sua opinião. Não é nem mais uma questão de se expor ou não. Em alguns casos, é mera preguiça mental mesmo. E nessas horas, nada como o  botão I like pra resolver o problema e encerrar a discussão que nem sequer foi iniciada.

Tá bom que as pessoas tem mais o que fazer e que a vida lá fora é muito mais (e melhor) do que nossas vidinhas virtuais. Mas o nível de superficialidade tem me incomodado. Não apenas no Facebook como na própria blogosfera. Porque eu queria conhecer pessoas autênticas, pessoas pessoas! Pessoas corajosas e capazes de auto-expressão e de auto-reflexão (com ou sem hífen). Pessoas que não necessariamente se escondem atrás da opinião ou das palavras dos outros.

Gente, será que é pedir demais?

100 fatos sobre mim - 51 a 60



51- Nunca fui fã de super heróis, nem costumo assistir filmes. A grande exceção é X-men cujos filmes adorei, principalmente os três primeiros! Talvez por eles serem uma minoria discriminada de mutantes...eu tenho uma queda por minorias (e sempre me senti um pouco "mutante").

52 - Prefiro cinemas vazios a sessões cheias de adolescentes (ou pior ainda, crianças aos berros). Quando vou a filmes infantis com meu filho, sempre que possível assistimos a versão original em inglês (como os filmes da Pixar, Harry Potter, mas também Coraline, Fantastic Mr. Fox e muitos outros). Assim escapamos da barulhada das crianças que vão assistir os filmes dublados (em holandês).  E ele ainda sai da sala de cinema todo orgulhoso de ver os filmes com os adultos "nerds", rsrsrs.

53 - Odeio esta moda de filmes em 3D...muitas vezes saio com dor-de-cabeça do cinema! Com raras exceções (How to Tame A Dragon), acho totalmente desnecessário.

54 - Sou apaixonada pelos filmes da Pixar, vi TODOS com meu filho. Meus favoritos são Toy Story e Monsters & Co. Já Cars foi um dos que menos gostei...

55 - Adoro filmes de arte desde que me conheço por gente. Fui com minha mãe aos 13 anos assistir Bergman (Sonata de Outono, nunca mais me esqueço) e desde então peguei gosto. Diga-se de passagem, Bergman é um dos meus diretores favoritos.

56 - Odeio quando as pessoas ficam conversando durante o filme (antes ou depois do filme ainda vai, até eu mesma converso). Felizmente aqui na Holanda é coisa raríssima...quando acontece, as pessoas reclamam e o problema é logo resolvido!

57- Eu sou (meio) chata pra filmes e costumo implicar com blockbusters...Prefiro filmes alternativos que me façam pensar e filmes clássicos.  Se você me chamar para ver comédias idiotas tipo American Pie provavelmente nunca mais irei falar com você, rsrsrs.

58 - Eu tenho  hábito constrangedor de chorar no cinema, até mesmo em filmes infantis. Sou manteiga derretida!

59 - Eu não tenho o menor problema de ir sozinha ao cinema, mas acho mais gostoso ir com uma amiga ou namorado.

60 - Cinema é uma das grandes paixões da minha vida. Meus diretores favoritos são, entre outros: Woody Allen, Almodovar, Gilhermo del Toro, Michel Gondry, Wong Kar-wai, Sofia Coppola, etc etc etc.

Caminhada em Amsterdã no Outono

Villa Zeezicht, vista da mesa à janela

Outono é mês meio complicado...a gente nunca sabe quando seremos agraciados com belos dias de sol. Semana passada choveu a semana inteira e esta semana o sol resolveu dar o ar da sua graça - certamente no fim-de-semana - e a cidade está com um clima de outono irresistível. Dias ensolarados, árvores com folhas cada dia mais avermelhadas e marrons, muita gente buscando os cafés enquanto ainda não está muito frio pra saborear um café em uma mesa do lado de fora.

Aproveitei o fim-de-semana para passear bastante pela cidade com o namorido (em vez de ficar em casa assistindo filmes como gostamos de fazer). Sábado fizemos uma caminhada pelo centro e pelo meu bairro antigo (Oud-West, onde fica o mais famoso parque da cidade: o Vondelpark). Começamos o passeio no Villa Zeezicht , um dos meus cafés favoritos e que conheço desde que me mudei pra cá há 17 anos! O lugar tem uma ótima localização (esquina com Singel, veja foto acima) e é muito frequentado por estudantes e locais durante a semana e turistas nos finais de semana.



Dali seguimos rumo a Oud West, um dos bairros mais badalados da cidade depois do Jordaan. Westermarkt (onde fica a famosa casa de Anne Frank), Rozengracht onde parei pra visitar duas lojas favoritas (anotem a dica): Kitsch Kitchen e De Kinderboekwinkel. Seguimos andando até a Bilderdijkstraat e a Kinkerstraat, onde visitei mais uma favorita, a livraria Hoogstins. No final da rua (a rua é bem comprida viu?) ainda aproveitei para comprar farofa na loja de produtos brasileiros Finalmente Brasil (. Quem mora aqui provavelmente conhece, mas fica a dica para quem está de passagem ou mora em outra cidade aqui da Holanda. Além da farinha de mandioca, não resisti e comprei um pacote de biscoitos BIS !!! Só não comprei mistura pra bolo de fubá e de mandioca porque trouxe do Brasil recentemente. Sim, eu sou gulosa.

Museumplein com Rijksmuseum ao fundo

No final da Kinkerstraat dobramos na Jan van heijdenstraat  (com várias lojinhas interessantes, mais uma dica), andamos a rua até a Overtoom, Nassaukade e dali até o Leidseplein. No Leidseplein, demos uma passada na LAST MINUTE TICKET OFFICE (grande dica para quem quer ingressos pela metade do preço para eventos no mesmo dia ou dia seguinte). E conseguimos ingressos para domingo de manhã na maior e mais renovada sala de concertos da cidade (Het Concertgebouw). Uma apresentação de música barroca que incluia ainda uma peça de um compositor brasileiro anônimo, como parte do Brasil Festival que rola na cidade este mês!

Dois cafés vizinhos no Keizersgracht: Walem e Morlang

Depois continuamos pela Leidsestraat (rua comercial), dobramos a esquina no canal Keizersgracht e fomos tomar um vinho no café Walem, que conheço desde que moro aqui mas já não visitava há anos! Tomei um gostoso vinho branco e acabei decidindo comer uma Cesar Salade (tem melhor acompanhamento pra saladas do que um bom vinho branco?).

No domingo saímos nove e meia da manhã para tomar café num dos cafés mais escondidos de Amsterdã mas também muito agradável, o Grand Café, ali mesmo dentro da Centraal Station (no segundo andar). Um café com uma bela decoração do século passado e um cardápio que inclui as deliciosas panquecas holandesas. Depois do café, tomamos um tram para o Concertgebouw, onde encontramos meu filho e o pai dele, que também estavam indo ao concerto! Depois do concerto, com o sol brilhando lá fora seguimos pelo Museumplein novamente em direção ao Leidseplein, e sentamos os quatro numa mesa no terraço de um dos pubs irlandeses mais populares daqui, logo ao lado do Hard Rock Café (Max Euweplein, para quem está de passeio pela cidade). Sim, você leu bem: os quatro: eu, namorado, ex-marido e filho. Parece inacreditável mas é possível...nós conseguimos!

Dali ainda fomos passear um pouco mas a cidade estava abarrotada de gente pelas ruas então acabamos nos escondendo num outro café tranquilo, ali mesmo no burburinho da Praça Dam. O café do hotel Krasnapolsky, onde é possível tomar um café acompanhado de tortas ou de um croque mosieur Deluxe (como eu escolhi). Com direito à vista para a Dam, sem a multidão te empurrando!

 E assim passou-se um fim-de-semana bastante agitado, mas no bom sentido.


Kitsch Kitchen, uma explosão de cores!

Top 10: Filmes Infantis





















Menção Honrosa (Hors concours)








PS. Precisa dizer mais alguma coisa?!!

100 fatos sobre mim - 41 a 50



41 - Detesto natal. Sempre senti falta de família nesta data. Mesmo quando morava ainda no Rio com meus pais. Éramos sempre os três à mesa para a ceia e minha mãe ficava triste, com saudades da família em Porto Alegre. Acho que herdei essa tristeza dela. Hoje em dia pra mim natal é um dia comum, como qualquer outro. É a maneira que encontrei pra lidar com esta data.

42 - Em compensação, adoro Revéillon. Aqui na Holanda não chego a festejar mas ano novo é sempre uma esperança de vida nova, novos projetos e novas amizades. Começar de novo!

43 - Apesar de ser brasileira e ter morado no Rio de Janeiro, não sou fã de carnaval. Muito barulho e bagunça pro meu gosto. Vez ou outro até assistia os desfiles de carnaval na tv, com minha mãe.

44 - Desde que moro na Holanda, meu mês preferido do ano é maio. É o mês da primavera, das tulipas e narcissos e quando a temperatura começa a subir e as pessoas vão pra rua depois de um longo e tenebroso inverno! Também tem Dia das Mães, quando ganho um presente feito pelo meu filho e fazemos um café da manhã especial.

45 - Tenho sempre o mesmo pesadelo recorrente. Estou correndo atrasada tentando pegar um avião ou outro meio de transporte. Corro, corro mas sempre chego tarde demais! A tempo de ver o avião decolar ou o trem partir. É uma sensação angustiante.

46 - Pra piorar, raramente lembro dos meus sonhos ao acordar. Só quando tenho um desses pesadelos. Ninguém merece!

47 - Não sou uma pessoa de fazer planos e já sofri as consequências disso (ainda sofro, de certa forma). Gostaria de ser uma daquelas pessoas que faz lista de planos e metas mas nunca fui assim, Azar meu!

48 - Sou muito ansiosa e tenho tendência ao pessimismo (é patológico, viu?). Como se não bastasse eu penso demais, minha cabeça nunca para.

49 - Fisicamente, alguns me acham parecida com meu pai mas eu sinceramente não vejo a semelhança. Por outro lado, em termos de personalidade herdei muita coisa da minha mãe. Coisas boas e ruins.

50 - Não vou à igreja desde meus 18 anos.Não acredito que você precise ir à igreja pra encontrar Deus. E nem que as pessoas que frequentam a missa são melhores do que as outras (tudo é relativo). Pra mim Deus está em toda parte (até mesmo dentro de você). Com o passar dos anos, a única religião com a qual me identifico é o budismo.

Gatos famosos




Pra quem gosta de gatos, este post é um prato cheio! Quem não gosta, pode ir pra outra página. Esta semana recebi dois livros pelo correio que havia comprado online. Os livros se chamam Casper, the Commuting Cat e Cleo.

Eu tinha lido ano passado a estória de Dewey, o famoso gato de biblioteca (pra quem não leu, comentei aqui). E como uma pessoa que adora gatos, não poderia não me apaixonar por Dewey! Fiquei triste quando terminei o livro e fui logo pesquisar livros do mesmo estilo. E foi assim que descobri Casper e Cleo, que deixei quietinhos na minha lista de presentes...até semana passada, quando num impulso decidi trazê-los para casa!

Não posso comentar sobre os livros porque ainda não li os últimos dois. Só posso dizer que ao menos eles saíram da lista de presentes pra pilha de livros ao lado da minha cama, rsrsrsr.  Livro é o que não falta aqui em casa.

E já que estamos em clima de gatos, aproveito pra deixar aqui algumas imagens do meu Pinterest.







One Day, o livro e o filme



Ontem assisti One Day, mais um daqueles filmes baseados em livros...Eu tinha lido o livro ano passado e comentei aqui rapidamente mas sempre fico apreensiva quando um livro é filmado. E a lista de livros que tem virado filmes nos últimos tempos é infinita (merece um post à parte, aguardem).

A única coisa que me tranquilizou foi verificar o nome da diretora do filme. Nada menos do que Lone Scherfig, que dirigiu um dos meus filmes favoritos nos últimos anos: An Education (2009). O script de An Education por sua vez foi escrito por Nick Hornby, outro favorito.

Voltando a One Day, a primeira coisa a dizer é que o filme é bem fiel ao livro (que alívio), sem grandes viagens tipo The Lovely Bones (leia mais aqui), que apostou no visual. Em One Day os diálogos foram bem escolhidos, frases de efeito no momento certo, está tudo ali. As cenas fluem e ambos os protagonistas tem boa interpretação. Gostei especialmente de Anne Hathaway, embora ela nunca tenha sido uma das minhas atrizes favoritas.

Ela é conhecida pelo público infantil através dos filmes The Princess Diaries e Ella Enchanted. O público adulto a conhece de The Devil Wears Prada (a infeliz assistente de moda de Meryl Streep), Becoming Jane e mais recentemente, Valentine's Day (que não gostei) e Love and Other Drugs (que não vi e também só veria pelo Jake Gyllenhaal, que adoro) Dito isso, admito que ela caracterizou  muito bem a personagem Emma do livro. E isso é o que importa.

Enfim, quem não leu o livro, assista ao filme. E quem leu (como foi o meu caso), também pode assistir porque não vai se decepcionar*. Aproveitem e confiram ainda An Education.




* a menos que você seja crítico de cinema do Guardian ou do Times, que sempre acham defeito em tudo (e são pagos para isso). De fato, o filme não mostra as mudanças na sociedade inglesa durante os 20 anos, como o livro faz. Eu acho que a diretora optou mesmo por enfocar a relação dos dois e tirar o pano de fundo social. Outra crítica que vi em várias resenhas (que li depois de escrever esta, rsrsrs) é justamente a escolha de uma atriz americana (Anne Hathaway) para fazer o papel de uma inglesa de Yorkshire (região que bem conheço e de onde vem meu ex-marido). Tá certo, eles poderiam ter colocado uma atriz inglesa no papel. Mas enfim, não sou crítica de cinema e o filme diverte e comove (chorei muito mas sou manteiga derretida). Pra mim tá bom assim!

Como é que vocês fazem?

Este é mais um daqueles posts da série óbvio olulante mas lá vai...Eu nunca quis entrar no Facebook porque sempre achei que aquilo ali era uma tremenda perda de tempo. Entrei há menos de duas semanas e percebo que não estava de todo errada. Fato é que tudo na vida é uma questão de prioridade (o tal óbvio olulante).

O meu problema é que sou uma pessoa de interesses diversos. Adoro ler e acompanhar os lançamentos literários na Amazon. Adoro assistir novos filmes de diretores consagrados e descobrir novos diretores. Adoro (leia-se sou viciada) séries de tv bem-feitas. Adoro mexer com meus scraps e valorizo a minha criatividade...e adoro colecionar imagens originais e inspiradoras no meu Pinterest! Pra completar, adoro compartilhar tudo isso com vocês aqui no meu blog (e às vezes também no Twitter). Assim sendo, é inevitável (ao menos para mim) que eu me sinta um pouco culpada nos últimos dias ao perceber que o Facebook tem a capacidade de tomar meu tempo precioso...se eu não me cuidar!

No mais, concordo com uma amiga que diz que as redes sociais são o que a gente faz delas. Afinal, nós é que escolhemos nossos amigos na rede (hoje em dia basta clicar nos botões Friend e Unfriend para administrar nossos relacionamentos). E sei que quem decide o tempo e a energia que dedicaremos à rede somos nós mesmos. Mas vejam bem, a gente entra ali rapidinho, lê um recado, vai espiar umas fotos, verifica uns links interessantes, lê um artigo ou assiste um clipe indicado por um amigo, ai quando decide sair entra um amigo de longa data no chat...e quando a gente percebe, passaram-se horas preciosas!!! Acho que a maioria de vocês entende do que estou falando...afinal, eu fui uma das últimas a aderir à rede (dos males o menor, rsrsrs).

Pois hoje decidi postar no meu blog e fazer uns scraps. Porque o blog vai continuar sendo a minha prioridade, não se preocupem queridos leitores! E os projetos de scrapbooking são uma terapia pra mim (como o próprio blog sempre foi). No final das contas, é tudo uma questão de prioridades e de administrar o seu dia da melhor maneira possível.

Agora me contem aí: como é que vocês fazem?!!

100 fatos sobre mim - 31 a 40





31 - Sou do tempo em que ter Atari era o máximo, meu jogo favorito era Pacman! Tempos inocentes aqueles...

32 - Quando criança eu adorava ler. Meu programa favorito era ir na Ediouro comprar livros de bolso. Na minha época não existia Livraria da Travessa, hehehe.

33 - Eu odiava aulas de ginástica no colégio, vivia inventando dor de barriga, dor de cabeça ou coisa parecida. Nunca fui chegada a esportes.

34 - Brinquei de boneca até os 12 anos (pasmem). Tinha uma casa de boneca com luz e piscina que era a inveja da meninada! Mas nunca tive uma Barbie, só Suzis.

35 - Eu adorava colecionar papel de carta. E trocava na hora do recreio.

36 - Eu gostava de Michael Jackson e Nikka Costa (mas não espalhem). Mas odiava Menudos, Xuxa e paquitas!

37 - Quando tinha uns 7 anos, enchi tanto meus pais para me darem um cachorrinho que eles acabaram comprando uma filhote de pequinês (Lola). Adivinhem quem cuidou da bichinha a vida toda?!!

38 - Quando eu tinha uns 14 anos, ia sempre patinar no Canecão e no Rio's. Era bom demais (nostalgia total).

39 - Sempre tive atividades extra-curriculares: inglês, ballet, jazz, tênis e até aulas de piano...eu odiava teoria musical e não aprendi nada, mas minha mãe me obrigou a ter aulas de piano por quase 2 anos! Eu gostava mesmo (e ainda gosto) era das aulas de idiomas: inglês, francês, alemão.

40 -  Os filmes favoritos da minha infância eram A Fantástica Fábrica de Chocolate, A Noviça Rebelde e A Montanha Enfeitiçada (quem lembra deste último?).