quarta-feira, novembro 27, 2013

Dezembro em Amsterdam


Feira de Natal
Eu não sou fã dos meses de inverno mas admito que há um certo charme...principalmente quando neva! Porque eu prefiro mil vezes um dia (muito) frio com neve e céu azul do que dias chuvosos e cinzentos. Na verdade, quanto mais baixa a temperatura (de 0 a 5 graus), mais eu gosto de ir passear na rua: principalmente se estiver nevando!

Enfim, chega novembro, os dias ficam mais curtos e a cidade começa a ser decorada para o natal. Surgem decorações de rua com muitas luzes de natal, na primeira semana de dezembro é colocada a tradicional árvore de natal na praça Dam (Dam Square) e nos últimos anos, a prefeitura de Amsterdam resolveu atrair mais turistas com uma Feira de Natal no modelo das tradicionais feiras de natal tão comuns na Alemanha. Aquelas feiras com barraquinhas que vendem todo tipo de guloseima que associamos aos meses de inverno. Chocolate quente, waffels, glüwein, bolinhos fritos aqui chamados de oliebollen e consumidos em quantidades enormes pelos holandeses nesta época do ano (e especialmente na virada do ano, como manda a tradição holandesa).

A famosa árvore de natal da Dam
A feira muda de local todo ano, ano passado foi no Rembrandplein e além de dezenas de barraquinhas com decoração de natal e guloseimas tradicionais (até churros eles vendiam, tentação sem fim), foi construído ainda um rinque de patinação no gelo.  Pois este ano, pela primeira vez, decidiram montar a tal feira naquela que considero a rua (avenida) mais feia de Amsterdam: a Damrak. Pra quem já esteve em Amsterdam, é aquela avenida que sai da Estação de Trem (Central Station) e segue reto até a praça Dam. Uma avenida cheia de restaurantes e lojas de souvenir para turistas (os locais passam longe), sempre lotada de gente. A única loja cuja visita eu considero obrigatória na área é a Bijenkorf, maior e mais prestigiosa loja de departamentos da Holanda (e que fica em frente à praça Dam). A começar pelas vitrines de natal, que fazem lembrar as vitrines de natal em Londres, Paris e Nova Iorque.

Os deliciosos waffels
Voltando à feira de natal, este ano eles decidiram oferecer de tudo, vi até barracas com guloseimas da Itália (torrones e outras delicatessen), Espanha e Inglaterra (os famosos English fudges). Sem falar na barraca de salsichão típico da Alemanha (bratwurst), barracas vendendo apenas chocolates, outras vendendo decorações de natal, etc. Enfim, tem de tudo pra todo mundo - e principalmente para os turistas! O que eu recomendo? Sem dúvida os deliciosos waffels (que na verdade, são belgas). E claro, a barraca de guloseimas tradicionais holandesas como oliebollen, appelflappen, berlinerbollen, etc. Oliebollen na verdade são os "bolinhos de chuva" que o pessoal costuma fritar na região sul (minha mãe fazia em casa e colocava açúcar e canela, exatamente como fazem aqui).

Mas a minha dica especial para os meses de inverno não é o mercado de natal e sim uma tarde curtindo um dos vários museus da cidade, seguida de um bom café com torta de maçã em um dos cafés típicos. Quem quiser dicas específicas sobre os cafés mais legais frequentados pelos locais (e não apenas aquelas armadilhas para turistas), entre em contato comigo. Pra terem uma idéia do que estou falando, dêem uma olhada no meu board no Pinterest chamado Amsterdam by the locals. Vejam aqui.

Pra finalizar, os mais aventureiros não podem deixar de visitar um dos mais belos rinques de patinação no gelo da Holanda, localizado no Museumplein. Sim, a famosa "praça dos museus" e sem dúvida, a mais prestigiosa da cidade. O rinque abre no dia 29 de novembro e funciona 7 dias na semana até final de janeiro/início de fevereiro!





segunda-feira, novembro 18, 2013

Melhor livro do ano


Este ano descobri uma nova escritora favorita: Ruth Ozeki. Ela é uma escritora americana e o último (terceiro) livro dela, A Tale for the Time Being, concorreu ao Man Booker Prize desde ano. Perdeu para Luminaries, de uma escritora da Nova Zelândia, mas ganhou desta singela leitora o prêmio de MELHOR LIVRO DO ANO. E eu já li 24 livros este ano, o que é pouco para mim mas é que fiquei os meses de primavera/verão sem ler nada...shame on me!

Eu simplesmente me apaixonei pela estória e pelo estilo da autora. Na verdade, são duas estórias paralelas, em tempo e lugares distintos. Os temas principais são o tempo, a morte e o biculturalismo - este último tema me atrai por motivos óbvios, afinal eu também aprendi a (sobre)viver entre duas culturas (no meu caso, a brasileira e a holandesa). Outros temas não menos importantes são depressão, suicídio e...zen-budismo! Enfim, um prato variado capaz de manter o leitor envolvido até a última página.

O que torna este livro interessante é o fato de a escritora relatar de forma tão minuciosa os contrastes entre duas culturas e dois estilos de vida tão distintos: a cultura americana e a cultura japonesa. E isso ela faz magistralmente, pois ela mesma cresceu e vive nos EUA, filha de mãe japonesa.

As duas protagonistas da estória (que não podiam ser mais diferentes) são uma jovem japonesa chamada Nao, que mora no Japão depois de ter vivido seus "anos de formação" nos EUA com seus pais (o pai era engenheiro e trabalhou no Silicon Valley até ser demitido e se ver obrigado a retornar a Tóquio, onde acaba desempregado e deprimido). Nao volta aos 13 anos para o Japão e não consegue se adaptar à cultura japonesa, e além de lidar com problemas de adaptação ela sofre ainda com bullying na escola. A outra personagem é Ruth, uma escritora americana já na terceira idade que mora com seu marido em uma ilha isolada que pertence ao território de British Columbia (Canadá), onde a Internet oferece o único acesso à civilização.

Estes dois universos e personagens se cruzam quando Ruth encontra numa praia uma lancheira da Hello Kitty (mais japonês impossível), contendo intacto um diário escrito em japonês. Logo ela descobre que esta caixinha é um resíduo trazido pelo mar de um dos maiores tsunamis da história do Japão: o tsunami de Tohoku em 2011 (leia mais aqui). O tsunami foi tão devastador que afetou ainda vários países na costa do Pacífico, do Alasca até o Chile.

Enfim, o livro é uma viagem surpreendente por duas culturas, duas vidas e com toques de zen-budismo e até mesmo uma aula de meditação oferecidos por Jiku, bisavó de Nao e monge budista, outra personagem-chave nesta trama original. Em suma, leiam!



PS. Pesquisei no site da Livraria Cultura mas oi livro parece ainda não ter sido traduzido para o mercado brasileiro...quem puder ler em inglês, leia!

domingo, novembro 10, 2013

Once Upon a Time





Esta semana estive na minha biblioteca favorita e decidi pegar uma série de tv nova para assistir em casa. Eles tem um acervo enorme e atualizado, e você paga apenas 1 euro por semana! Enfim, grande idéia para as longas noites de inverno que se aproximam.

Desta vez peguei a série Once Upon a Time, cujas primeiras duas temporadas já passaram aqui na tv holandesa mas eu perdi (só vi mesmo uns trailers). E admito que já assisti 18 dos 22 episódios da primeira temporada e me apaixonei! Viciante mesmo, fiquem avisados.

No fundo, no fundo, acho que todo mundo gosta de um Conto de Fadas...e tem gente que até acredita no tal Príncipe Encantado (o belo Prince Charming da série). Eu nunca acreditei em príncipes e por isso mesmo adorei a série...porque ela lida com os Contos de Fadas de forma original e dá um twist no famoso final feliz. Ou seja, as estórias aqui não necessariamente acabam bem e tem um final aternativo, pra dizer o mínimo. Ou não tem final. E os personagens tem um caráter muito mais complexo, com várias faces...e não me refiro apenas à Rainha Má (Evil Queen) da Branca de Neve!

E por falar em Branca de Neve, parece até mentira mas os protagonistas da série, Branca de Neve e seu Príncipe Galante não apenas estão namorando na vida real como anunciaram mês passado que pretendem se casar em breve! Notícia do ano pra quem não acredita em Contos de Fadas, hehehe.

O conto de fadas se torna realidade



A série foi escrita pela mesma equipe de LOST, outra série cult mas que por incrível que pareça, nunca me interessei em assistir (desculpem aí os fãs da série).

Pra quem ficou curioso ou já acompanha a série, aqui está um link para a página com resumo (em inglês) de todos os episódios das três primeiras temporadas:
http://abc.go.com/shows/once-upon-a-time/episode-guide?category=Season+1&displayall=1





Tecnologia do Blogger.

Dezembro em Amsterdam


Feira de Natal
Eu não sou fã dos meses de inverno mas admito que há um certo charme...principalmente quando neva! Porque eu prefiro mil vezes um dia (muito) frio com neve e céu azul do que dias chuvosos e cinzentos. Na verdade, quanto mais baixa a temperatura (de 0 a 5 graus), mais eu gosto de ir passear na rua: principalmente se estiver nevando!

Enfim, chega novembro, os dias ficam mais curtos e a cidade começa a ser decorada para o natal. Surgem decorações de rua com muitas luzes de natal, na primeira semana de dezembro é colocada a tradicional árvore de natal na praça Dam (Dam Square) e nos últimos anos, a prefeitura de Amsterdam resolveu atrair mais turistas com uma Feira de Natal no modelo das tradicionais feiras de natal tão comuns na Alemanha. Aquelas feiras com barraquinhas que vendem todo tipo de guloseima que associamos aos meses de inverno. Chocolate quente, waffels, glüwein, bolinhos fritos aqui chamados de oliebollen e consumidos em quantidades enormes pelos holandeses nesta época do ano (e especialmente na virada do ano, como manda a tradição holandesa).

A famosa árvore de natal da Dam
A feira muda de local todo ano, ano passado foi no Rembrandplein e além de dezenas de barraquinhas com decoração de natal e guloseimas tradicionais (até churros eles vendiam, tentação sem fim), foi construído ainda um rinque de patinação no gelo.  Pois este ano, pela primeira vez, decidiram montar a tal feira naquela que considero a rua (avenida) mais feia de Amsterdam: a Damrak. Pra quem já esteve em Amsterdam, é aquela avenida que sai da Estação de Trem (Central Station) e segue reto até a praça Dam. Uma avenida cheia de restaurantes e lojas de souvenir para turistas (os locais passam longe), sempre lotada de gente. A única loja cuja visita eu considero obrigatória na área é a Bijenkorf, maior e mais prestigiosa loja de departamentos da Holanda (e que fica em frente à praça Dam). A começar pelas vitrines de natal, que fazem lembrar as vitrines de natal em Londres, Paris e Nova Iorque.

Os deliciosos waffels
Voltando à feira de natal, este ano eles decidiram oferecer de tudo, vi até barracas com guloseimas da Itália (torrones e outras delicatessen), Espanha e Inglaterra (os famosos English fudges). Sem falar na barraca de salsichão típico da Alemanha (bratwurst), barracas vendendo apenas chocolates, outras vendendo decorações de natal, etc. Enfim, tem de tudo pra todo mundo - e principalmente para os turistas! O que eu recomendo? Sem dúvida os deliciosos waffels (que na verdade, são belgas). E claro, a barraca de guloseimas tradicionais holandesas como oliebollen, appelflappen, berlinerbollen, etc. Oliebollen na verdade são os "bolinhos de chuva" que o pessoal costuma fritar na região sul (minha mãe fazia em casa e colocava açúcar e canela, exatamente como fazem aqui).

Mas a minha dica especial para os meses de inverno não é o mercado de natal e sim uma tarde curtindo um dos vários museus da cidade, seguida de um bom café com torta de maçã em um dos cafés típicos. Quem quiser dicas específicas sobre os cafés mais legais frequentados pelos locais (e não apenas aquelas armadilhas para turistas), entre em contato comigo. Pra terem uma idéia do que estou falando, dêem uma olhada no meu board no Pinterest chamado Amsterdam by the locals. Vejam aqui.

Pra finalizar, os mais aventureiros não podem deixar de visitar um dos mais belos rinques de patinação no gelo da Holanda, localizado no Museumplein. Sim, a famosa "praça dos museus" e sem dúvida, a mais prestigiosa da cidade. O rinque abre no dia 29 de novembro e funciona 7 dias na semana até final de janeiro/início de fevereiro!





Melhor livro do ano


Este ano descobri uma nova escritora favorita: Ruth Ozeki. Ela é uma escritora americana e o último (terceiro) livro dela, A Tale for the Time Being, concorreu ao Man Booker Prize desde ano. Perdeu para Luminaries, de uma escritora da Nova Zelândia, mas ganhou desta singela leitora o prêmio de MELHOR LIVRO DO ANO. E eu já li 24 livros este ano, o que é pouco para mim mas é que fiquei os meses de primavera/verão sem ler nada...shame on me!

Eu simplesmente me apaixonei pela estória e pelo estilo da autora. Na verdade, são duas estórias paralelas, em tempo e lugares distintos. Os temas principais são o tempo, a morte e o biculturalismo - este último tema me atrai por motivos óbvios, afinal eu também aprendi a (sobre)viver entre duas culturas (no meu caso, a brasileira e a holandesa). Outros temas não menos importantes são depressão, suicídio e...zen-budismo! Enfim, um prato variado capaz de manter o leitor envolvido até a última página.

O que torna este livro interessante é o fato de a escritora relatar de forma tão minuciosa os contrastes entre duas culturas e dois estilos de vida tão distintos: a cultura americana e a cultura japonesa. E isso ela faz magistralmente, pois ela mesma cresceu e vive nos EUA, filha de mãe japonesa.

As duas protagonistas da estória (que não podiam ser mais diferentes) são uma jovem japonesa chamada Nao, que mora no Japão depois de ter vivido seus "anos de formação" nos EUA com seus pais (o pai era engenheiro e trabalhou no Silicon Valley até ser demitido e se ver obrigado a retornar a Tóquio, onde acaba desempregado e deprimido). Nao volta aos 13 anos para o Japão e não consegue se adaptar à cultura japonesa, e além de lidar com problemas de adaptação ela sofre ainda com bullying na escola. A outra personagem é Ruth, uma escritora americana já na terceira idade que mora com seu marido em uma ilha isolada que pertence ao território de British Columbia (Canadá), onde a Internet oferece o único acesso à civilização.

Estes dois universos e personagens se cruzam quando Ruth encontra numa praia uma lancheira da Hello Kitty (mais japonês impossível), contendo intacto um diário escrito em japonês. Logo ela descobre que esta caixinha é um resíduo trazido pelo mar de um dos maiores tsunamis da história do Japão: o tsunami de Tohoku em 2011 (leia mais aqui). O tsunami foi tão devastador que afetou ainda vários países na costa do Pacífico, do Alasca até o Chile.

Enfim, o livro é uma viagem surpreendente por duas culturas, duas vidas e com toques de zen-budismo e até mesmo uma aula de meditação oferecidos por Jiku, bisavó de Nao e monge budista, outra personagem-chave nesta trama original. Em suma, leiam!



PS. Pesquisei no site da Livraria Cultura mas oi livro parece ainda não ter sido traduzido para o mercado brasileiro...quem puder ler em inglês, leia!

Once Upon a Time





Esta semana estive na minha biblioteca favorita e decidi pegar uma série de tv nova para assistir em casa. Eles tem um acervo enorme e atualizado, e você paga apenas 1 euro por semana! Enfim, grande idéia para as longas noites de inverno que se aproximam.

Desta vez peguei a série Once Upon a Time, cujas primeiras duas temporadas já passaram aqui na tv holandesa mas eu perdi (só vi mesmo uns trailers). E admito que já assisti 18 dos 22 episódios da primeira temporada e me apaixonei! Viciante mesmo, fiquem avisados.

No fundo, no fundo, acho que todo mundo gosta de um Conto de Fadas...e tem gente que até acredita no tal Príncipe Encantado (o belo Prince Charming da série). Eu nunca acreditei em príncipes e por isso mesmo adorei a série...porque ela lida com os Contos de Fadas de forma original e dá um twist no famoso final feliz. Ou seja, as estórias aqui não necessariamente acabam bem e tem um final aternativo, pra dizer o mínimo. Ou não tem final. E os personagens tem um caráter muito mais complexo, com várias faces...e não me refiro apenas à Rainha Má (Evil Queen) da Branca de Neve!

E por falar em Branca de Neve, parece até mentira mas os protagonistas da série, Branca de Neve e seu Príncipe Galante não apenas estão namorando na vida real como anunciaram mês passado que pretendem se casar em breve! Notícia do ano pra quem não acredita em Contos de Fadas, hehehe.

O conto de fadas se torna realidade



A série foi escrita pela mesma equipe de LOST, outra série cult mas que por incrível que pareça, nunca me interessei em assistir (desculpem aí os fãs da série).

Pra quem ficou curioso ou já acompanha a série, aqui está um link para a página com resumo (em inglês) de todos os episódios das três primeiras temporadas:
http://abc.go.com/shows/once-upon-a-time/episode-guide?category=Season+1&displayall=1