terça-feira, março 31, 2009

Scrapbooking etc.



Fim-de-semana passado fui pela segunda vez à Crea Beurs, uma feira que vende material para hobby, muito visitada por quem curte trabalhos manuais - como eu! Como não podia deixar de ser, encontrei vários estandes vendendo artigos para scrapbooking. E foi exatamente nesses estandes que arrecadei umas novidades para o meu estoque (e torrei todo meu rico dinheirinho). Comprei papel, carimbos, mini-albuns, stickers, fitas, botões e outros scrapbook embelleshments. Para os leigos em scrapbookland, a foto acima dá pra ter uma idéia do que estou falando.

Depois da feira, voltei pra casa do namorado - que preferiu ficar em casa ouvindo música e tocando piano, o hobby favorito da minha cara metade - e decidimos rever um cult dos anos 80: Sex, Lies and Videotape (1989), escrito e dirigido por Steven Soderbergh, diretor conhecido por filmes como Ocean´s Eleven, Ocean´s Twelve, Ocean´s Thirteen e Erin Brockovich. Só vou dizer que há 20 anos fiquei apaixonada pelo filme e 20 anos depois ele (ainda) não perdeu seu encanto! Não é à toa que o filme imediamente consagrou o jovem diretor como darling nos festivais alternativos. Roteiro excelente e repleto de diálogos inteligentes, câmera na mão, muitos close-ups e não precisa mais nada. Quem não assistiu o filme 20 anos atrás, está mais do que na hora de tirar o atraso. O filme é muito bom mesmo!

E já que o assunto é filme, domingo assisti ainda Stella, filme francês que tem feito muito sucesso por aqui. Mas este vou deixar pro próximo post, aguardem! Ah, e antes que eu me esqueça. Acabei de criar um marcador para meus posts sobre scrapbooking. Ando com muitas idéias na cabeça e a partir de agora vou postar meus novos projetos aqui no blog. Scrapbooking is my new kind of therapy, and a very good one!

terça-feira, março 24, 2009

Das coisas que me fazem feliz


Sabe aquelas pequenas coisas que fazem o dia da gente? Hoje bisbilhotando uma loja barateira* daquelas que vende um monte de tralhas por 1 euro ou algo assim, esbarrei nestes wall stickers e simplesmente não resisti...Comprei logo 2 folhas, 1 EUR por folha!!! Cada folha vem com um sticker colorido de gato, flor, coração, um ratinho ou peixe. Como estou redecorando meu quarto (notem a parede cor-de-rosa ao fundo, ainda falta uma segunda leva de tinta mas já dá pra vocês terem uma idéia, né?), estes stickers foram um achado! Ainda mais pra quem gosta de gatos e de coisas fofas como eu.

Tenho observado as novidades em termos de decoração e wall stickers são muito populares ultimamente. Super práticos e fáceis de aplicar na parede ou numa superfície lisa (fórmica, madeira, etc). Eu apliquei na porta do armário embutido e ficou perfeito!

A felicidade está nos pequenos detalhes do dia-a-dia. Disso eu tenho certeza.





*Pra quem mora na Holanda, me refiro às lojas Zeeman.

segunda-feira, março 23, 2009

E a primavera, hein?

Aqui na Holanda todo ano é assim. Entra março e ninguém aguenta mais o longo e tenebroso inverno. Dia 21 de março celebra-se oficialmente a chegada da estação mais aguardada do ano: a Primavera. E eu digo e repito, só quem mora no Hemisfério Norte pra entender o significado desta data. O alívio de ter sobrevivido mais um inverno e a perspectiva de longos e ensolarados dias de primavera e ainda mais longos dias de verão já faz a gente se sentir melhor - pra não dizer eufórico mesmo! É impressionante observar como o temperamento dos holandeses se transforma com a primavera (o meu também, que já moro aqui há tanto tempo). Provavelmente por isso que o povo brasileiro é tão alegre e expansivo e o europeu do norte tão sério e reservado...Itália, Espanha e Portugal tem outro clima e as pessoas em geral são bem mais expansivas. Uma teoria antiga mas que faz sentido.

Pois a primavera deu o ar da sua graça semana passada, quando registramos alguns belos dias de sol. E sim, os canteiros estão começando a florir e já se vê narcisos amarelos e crocus (foto acima) por toda a cidade. Sábado aproveitamos o primeiro dia oficial de primavera para fazer nossa primeira caminhada na praia. Eu, F. e Liam...eu ainda vestindo meu casaco de inverno, é bem verdade, rsrsrs. Encontramos F. na Estação Central de Haia e de lá tomamos um tram. Em menos de 20 minutos estávamos em Scheveningen, provavelmente a praia mais famosa da Holanda. Eu tenho a sorte do meu namorado morar na cidade então é só fazer sol que eu pego o trem e vamos os dois tomar cerveja na praia (no fim-de-semana, claro). Geralmente jantamos peixe ou mariscos num dos vários terraços. Ou saboreamos umas ostras acompanhadas de um vinho rosé. Ou ainda, beliscamos uns petiscos locais acompanhados de uma boa cerveja belga (ou holandesa).

A maior surpresa foi mesmo chegar na praia e descobrir que alguns dos beach bars já haviam sido montados na areia! Todo ano eles montam os bares de novo, que geralmente são abertos ao público lá pelo dia 30 de março. Este ano os proprietários mais apressados (e espertos) aproveitaram o primeiro fim-de-semana de primavera pra abrir logo suas portas. E o que não faltou foi gente. Uma prévia dos dias que virão. Primavera no ar...finalmente.



PS. A previsão meteorológica da semana é de tempo nublado e chuvoso, temperaturas em torno de 9 graus (sábado fez 10 graus, por isso o casaco). Agora está chovendo lá fora e parece um dia de outono...mas a promessa de primavera está no ar. E a gente espera até sentado, mas espera.

Selo de qualidade


Ganhei mais um selinho pra minha coleção, rsrsrsrs. Este veio da querida Labelle, do blog Mulher de 30. Junto com o selo, vem algumas tarefas a serem completadas, então vamos lá:
1. Escrever uma lista com oito coisas que sonhamos fazer antes de morrer,
2. Convidar oito parceiras (os) de blogs amigos para também responder,
3. Comentar no blog de quem convidou,
4. Comentar no blog dos indicados para que saibam da convocação.

Além disso, devemos ainda comentar nossa relação com os SETE pecados capitais: Gula, Vaidade, Preguiça, Ira, Luxúria, Avareza, Inveja. Atire a primeira pedra quem nunca experimentou nenhum deles!

Oito coisas que sonho fazer antes de morrer:
1. Ver meu filho crescer e se transformar num adulto feliz e equilibrado
2. Aprender que a felicidade está nas pequenas coisas (já estou aprendendo, viu?)
3. Levar a vida menos a sério
4. Voltar a fazer meditação ou algo semelhante
5. Cuidar melhor da minha saúde (dieta e exercícios)
6. Conhecer a Nova Zelândia, a Itália e Machu Picchu
7. Nadar com golfinhos (melhor ainda se for em Fernando de Noronha)
8. Viajar, viajar e viajar mais ainda!

E agora os pecados capitais, hummmm...
Gula: Amo chocolate e doces em geral. Aprecio a boa cozinha (italiana, espanhola, portuguesa e claro, a nossa cozinha brasileira). Adoro visitar delis e comprar produtos gourmet. Adoro sushi e qualquer prato com camarão ou frutos do mar. E não resisto aos sorvetes Haagen Dazs...Ou seja, a gula é provavelmente meu maior pecado, e eu mal comecei a responder, rsrsrsrs...
Vaidade: Não sou muito vaidosa não...o que é mais um defeito do que qualidade, sou a primeira a admitir! Raramente uso maquiagem, por exemplo. Meu estilo de roupas é descontraído e acima de tudo, confortável. E não uso salto alto nem que me paguem!!!
Preguiça: Nada como sombra e água fresca... sou preguiçosa pra caramba. Adoro dormir e tenho o hábito de hibernar no inverno (sem brincadeira).
Ira: Não costumo ter ataques de raiva e geralmente perdôo quem me fez mal. Raramente guardo ressentimentos, mas quando guardo, ai ai ai...deixa pra lá.
Luxúria: Agora vou confessar que além de gulosa, também gosto dos prazeres carnais, sim!E quem não gosta? Mas pra mim não tem nada melhor nesta vida do que sexo com amor. E sim, já experimentei as outras alternativas...
Avareza: Eu tenho a maior facilidade em gastar dinheiro, devia aprender a segurar mais. Nunca consigo fazer uma poupança.
Inveja: A inveja é uma merda, né? Eu procuro não invejar os outros e apreciar o que tenho (a grama do vizinho nem sempre é mais verde como a gente pensa). Mas vez ou outra rola uma invejinha...inveja boa, em geral! No final das contas, eu quero é que todo mundo seja feliz - inclusive eu, claro.

Pra terminar este longo post, não vou indicar ninguém especificamente para o selo mas quem quiser pegar, fique à vontade! Ainda mais se estiver na lista de blogs que eu leio, claro.

quarta-feira, março 18, 2009

Dos catalizadores

Conversando ontem com uma amiga querida, comentei que F. é uma espécie de catalizador na minha vida. E é isso mesmo. Sabe aquela pessoa que chega na vida da gente pra mudar tudo, criando uma turbulência tão grande que a gente não pode mais ficar parado? Foi assim desde o início do nosso relacionamento. No bom sentido, vejam bem.

Estou falando daquela pessoa que - conscientemente ou não - nos ajuda a tirar o melhor de nós mesmas. Relacionamento pra mim hoje em dia só se for assim, porque se for pra tirar o pior de mim mesma, prefiro ficar sozinha. Disso não tenho a menor dúvida!

A verdade é que F. foi e continua sendo um catalizador, e dos bons. Ele me deu o empurrãozinho que eu precisava pra fazer algumas mudanças na minha vida...desde as pequenas mudanças até as maiores! Bem verdade que eu já havia iniciado o processo, ele apenas acelerou as coisas. E claro, nem sempre isso é confortável e o confronto às vezes pode ser doloroso. Mas a gente aprende a definir limites, aprende a definir nosso próprio ritmo. E isso eu precisei aprender na marra. Porque não quero alguém que viva tentando me mudar e sim alguém que me aceite como eu sou. E se as mudanças ocorrem é porque EU decidi que elas são (eram) necessárias. Fim de discussão.

No final das contas, aprendi que ninguém muda ninguém e nem devia tentar porque é perda de tempo (experiência própria, queridos leitores). Aprendi que num relacionamento, o ideal é que a gente aceite a pessoa como ela é. Se for pra ajudar, tudo bem. Se for pra atrapalhar, eu pulo fora. Infelizmente temos de beijar muitos sapos por esta vida afora até encontrar o nosso príncipe. E podem tirar o cavalinho da chuva: príncipe encantado, só mesmo nos Contos de Fadas!

segunda-feira, março 16, 2009

2x Índia, parte 2


Depois do post sobre Slumdog Millionaire, impossível não comentar sobre The White Tiger, livro que acabei de ler este fim-de-semana. Assim como no filme, a Índia (e mais especificamente Mumbai) é o tema central. O livro recebeu merecidamente o Man Booker Prize 2008 e é uma leitura absorvente e indispensável pra entender (melhor) a Índia moderna. Um relato inteligente e, acima de tudo, recheado de cinismo da melhor qualidade. Um personagem assustador e fascinante. Uma estória chocante mas convincente. O protagonista é um jovem indiano pobre (como Jamal de Slumdog Millionaire) que consegue vencer na vida e se tornar rico. Assim como Jamal, ele consegue escapar de seu destino. Como isso acontece, você vai descobrindo à medida em que lê o livro. Leiam e confiram!

O interessante de assistir Slumdog e ler The White Tiger ao mesmo tempo é que você cria uma imagem bastante consistente da Índia atual. Temas como desigualdade social, pobreza e corrupção permeiam igualmente o filme e o livro. Como não podia deixar de ser, obviamente. Só vou dizer que se tivesse de escolher entre o filme ou o livro, eu escolheria o livro. Mas sou suspeita pra falar, claro. De qualquer forma, juntos eles contribuem para entendermos as complexidades da Índia moderna. Complexidades também recorrentes na realidade brasileira, que fazem com que filme e livro sejam bastante reconhecíveis (pra não dizer incômodos) para nós brasileiros. Leitura indispensável para cabeças pensantes.

2x Índia, parte 1


Jamal Halik is one question away from winning 20 million rupees. How did he do it?

A. He cheated
B. He`s lucky
C. He`s a genius
D. It is destiny

Tá todo mundo falando de Slumdog Millionaire, então este fim-de-semana finalmente consegui conferir. O filme é um exemplo bem-sucedido de East meets West, a começar pela direção de Danny Boyle (Shallow Grave, Trainspotting, A Life Less Ordinary, etc) e da indiana Loveleen Tandan (na co-direção).

A trajetória de Jamal é recontada ao longo de suas aparições no programa de tv Who Wants to Be a Millionaire. A cada resposta dada por ele - e ele tem sempre as respostas corretas na ponta da língua- aprendemos um pouco mais sobre a vida desde menino da favela que acaba ganhando o maior prêmio da tv indiana. Ao longo do programa, ele vai conquistando uma torcida cada vez maior (dentro e fora do filme, porque se o público indiano torce por ele no filme, os expectadores do outro lado da tela também).

As imagens são certamente o ponto forte e o filme é acima de tudo, uma mistura inusitada de realidade x sonho. A realidade fica por conta das imagens ao estilo Cidade de Deus, a vida árdua nas favelas e ruas de Mumbai (onde não se vive e sim sobrevive). A (vergonhosa) pobreza em que vivem a maioria esmagadora dos indianos. Uma realidade com a qual nós brasileiros iremos facilmente nos identificar (nothing to be proud of, my friends). Já o sonho fica por conta das imagens ao estilo Bollywood - com direito à happy end porque Bollywood sem happy end não é Bollywood! E também da idéia que permeia o filme do início ao fim, e que pode ser sintetizada na múltipla escolha da abertura. A questão do destino, claro. Uma questão que ocupa mentes ocidentais e orientais. Em suma, uma questão universal.

Pra finalizar, eu não podia deixar de citar a trilha sonora, que contribui para dar o ritmo adequado às cenas (e faz lembrar em muito Trainspotting). Resumindo: o filme é bom mas achei de certa forma overrated. Na minha opinião, claro...podem discordar à vontade!

domingo, março 15, 2009

Selo do Calvin !!!


Eu não tenho fissura de colecionar selos (parece coisa de criança, hehehe). Mas este é um dos mais fofos que vi na blogosfera nos últimos tempos! Ainda mais pros fãs de Calvin e Haroldo como eu. Presente da querida Pat, do Fuça de Ferret. Muito obrigada, amiga blogueira (pronto, agora virei criança de vez). E antes que eu me esqueça, o selo é também um meme e as regras são:

1. Ao receber o selo, liste 7 coisas que te fazem sorrir.
2. Indique o selo a 7 blogs que te fazem sorrir.
3. Informe os blogueiros indicados que eles receberam o selo.


7 coisas que me fazem sorrir:
1. Meu filho
2. Meu namorado
3. Meus amigos
4. Um bom filme
5. Um bom livro
6. Um dia de sol
7. Impublicável (copiando a Pata)

7 blogs que me fazem sorrir:
1. Annix, a blogueira mais bem informada do pedaço
2. Bebete, cujas aventuras e desventuras me fazem rir e chorar
3. Labelle e suas divagações de mulher de 30
4. Andrea, jornalista e mamãe carioca
5. Cris, garota inteligente e fã assumida do Calvin
6. Tita Tróia e seu coração de poeta
7. Oops...sei lá!

Tudo tranquilo

Por aqui tudo tão tranquilo que ando até estranhando! E como voltei mais cedo da casa do namorado em Haia, decidi atualizar o blog. É que hoje ele tinha reunião de família e como eu ainda não conheço os pais dele, fiquei acanhada de ir (sem falar no desânimo de encarar umas 3 horas de trem e duas ou mais baldeações). Pra não ficar feio, prometi que iremos visitar os pais dele nas próximas semanas...confesso que simplesmente não sou chegada em reuniões de família (se puder evitar, eu evito).

Anyway, o fim-de-semana foi curto mas bem aproveitado. Sexta à noite cheguei em Haia e fomos jantar pela primeira vez num restaurante africano. Qual não foi a surpresa ao chegarmos lá e descobrirmos que era bufê. Maior surpresa ainda (embora nem tanto, se considerarmos as origens da culinária brasileira) foi reconhecer vários sabores...até quiabo e batata doce tinha! E um peixe frito bem ao estilo brasileiro, uma delícia...Depois fomos no Vavoom Tikibar - bar com ótimos drinks, decoração havaiana que faz lembrar um luau na praia e frequentado pela turma mais alternativa da cidade (infelizmente, a maioria dos bares da cidade são yuppies demais pro meu gosto). Lá esbarramos em dois amigos do F., tomamos alguns mojitos, trocamos muitas idéias e fomos felizes pra casa.

Sábado demos uma volta pelas lojas do centro, eu aproveitei pra fuçar as novidades na livraria American Book Center (também tem aqui em Amsterdã) enquanto ele dava um pulo na loja de instrumentos musicais pra comprar não sei o quê pra banda. F. toca baixo em uma banda, acreditem se quiserem. Depois fomos conhecer o novo winebar Crystal. Pedi um rosé e uma salada niçoise pra acompanhar o vinho (hehehe) e acabei não resistindo a sobremesa: cheesecake com molho de manga! Dali fomos pro cinema assistir Slumdog Millionaire. Mas este é assunto para o próximo post então tenham paciência! Só vou dizer que estava curiosíssima pra conferir um dos filmes mais comentados dos últimos tempos (antes e depois do Oscar). Achei (bastante) bom, mas não cheguei a considerar um clássico.

Hoje de manhã começamos a assistir Milk, o novo filme do Gus van Sant. Como a gente tinha de sair pra estação de trem, vou terminar de assistir hoje à noite e depois comento com calma. Assistimos metade do filme e já posso dizer que gostei muito, bem superior ao Paranoid Park. Sem falar no oscar mais do que merecido para Sean Penn no papel do ativista gay Harvey Milk.

That´s all for now, folks! Agora vou postar sobre os filmes.

terça-feira, março 10, 2009

5 minutos


Impressionante! Tá vendo este negocinho aí da foto? É o Mirena, um DIU (dispositivo intra-uterino) muito popular aqui na Europa. Você coloca o treco uma vez e ele funciona como contraceptivo por 5 anos. O que significa que você não precisa mais lembrar de tomar a pílula todas as noites nem usar camisinha - desde que esteja em um relacionamento estável (leia-se: monogâmico). Em suma: maravilha das maravilhas.

Eu não tenho o hábito de fazer propaganda mas ontem fui retirar o DIU antigo e colocar um novo e fiquei impressionada. Ou a minha médica é muito boa (ela é clínica geral com especialização em ginecologia, o que neste caso faz a diferença)...ou eu tive muita sorte!!! Ela simplesmente conseguiu retirar o DIU e colocar um novo em uma mera questão de 5 minutos. Sem anestesia, caros leitores (porque aqui na Holanda, nem durante o trabalho de parto eles dão anestesia, mas isso é assunto pra outro post que escreverei em breve).

Se dói? Claro que dói, mas a dor é suportável porque dura pouco. E eu já tinha colocado antes então acho que dói menos do que a primeira vez. Sem falar que eu tive parto natural o que provavelmente ajuda nessas horas. Fato é que, segundo o fabricante, Mirena pode ser usado pela maioria das mulheres, quer elas tenham tido filhos ou não. O que eu sei é que aqui na Holanda ela é usada por 9 entre 10 mulheres que já pariram. Porque funciona!

O DIU custa EUR 130 por aqui, mas felizmente ele é coberto pelo meu plano de saúde então não precisei pagar sequer um centavo! Aí no Brasil eu não sei como a coisa funciona mas que é um bom contraceptivo, isso ele é. E agora chega de propaganda, né?

sábado, março 07, 2009

Para minha mãe: mini álbum







Eu realmente sou uma pessoa de fases...volta e meia tenho surtos criativos de tirar o sono. Ontem tive um desses surtos e onze horas da noite levantei da cama e fui pra mesa da cozinha fazer um scrapbook album pra minha mãe. É que eu tinha comprado um mini-album kit ontem à tarde (K&Company, pra quem é viciado em scrapbooking como eu) e lembrei de um monte de fotos soltas que eu tinha da minha mãe em uma caixa. E pronto, não deu outra. O interessante é que quando eu tenho um desses surtos, em 1 hora tenho um trabalho desse nas mãos! Surto é surto.

As fotos deixam a desejar (acho que sou mais scrapper do que fotógrafa, rsrsrs). De qualquer forma, fiz o melhor que pude só pra dar uma idéia pra vocês! E modéstia à parte, fiquei satisfeita com os resultados obtidos (do álbum, não das fotos). Ainda mais se considerarmos que este é o meu segundo álbum - o primeiro álbum fiz mês passado pra presentear o F. no Dia dos Namorados...qualquer hora publico ele por aqui porque ficou lindo de morrer! Sem exagero algum.





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PS. 20 de fevereiro fez 10 anos que minha mãe faleceu, mas ela continua mais viva do que nunca na minha memória e no meu dia-a-dia. Este álbum é uma homenagem a ela e ao seu amor pelas flores. Minha mãe tinha dedos verdes...

sexta-feira, março 06, 2009

Do tempo da vovó



Não sei o que ditam as tendências de decoração aí no Brasil, mas sei que aqui na Holanda (e também na Inglaterra e países escandinavos), a grande onda mesmo é o passado. Desde o estilo vintage até o kitsch, tem de tudo pra todo gosto - e felizmente, pra todo bolso! O que eu tenho percebido é que em uma época de muitas incertezas, problemas ambientais e crise mundial, as artes domésticas vem sendo redescobertas. Assim sendo, muitas donas-de-casa tem redescoberto o crochê e o tricô (minha mãe tricotava que era uma beleza, embora a filha não seja exatamente o que se poderia chamar de moça prendada). Sem falar na arte de fazer bolos. Talvez sob influência de Nigella Lawson, que já faturou milhões com seus livros, entre eles How to Be a Domestic Goddess: Baking and the Art of Comfort Cooking. Precisa dizer mais alguma coisa?

Pois um dos exemplos mais inspiradores na blogosfera desta nova tendência (já apelidada pela mídia de The New Domesticity) é a Lucy, cujos trabalhos de crochê já foram até publicados em revistas inglesas de casa e decoração, confiram aqui! O trabalho dela é a minha cara, com todas as cores do arco-íris e por isso busco inspiração (quase) diária no blog da Lucy...O melhor da festa é que, como não sei fazer crochê, fiquei super feliz ao encontrar estas belas almofadas numa loja online!

A alegria foi tanta que encomendei logo duas, uma azul e outra rosa-laranja - aproveitando claro, a desculpa da liquidação. A azul já está no meu quarto, encima da cama. E a rosa está aboletada no sofá da sala e para minha agradável surpresa, combina perfeitamente com outra almofada de listras que eu tinha há anos! Parece que foram feitas uma para a outra, hehehe. O que me faz lembrar que estou precisando de um sofá novo, mas isso é outra estória. De qualquer forma, queria dizer que abrir o pacote do correio e tirar de dentro estas lindas almofadas já me fez feliz - nem que seja por apenas um dia. Ah, a arte de buscar a felicidade nas pequenas coisas...

As almofadas de crochê são da PakhuisOost, que tem ainda muito mais coisas bonitas pra vender. Eu mesma precisei me controlar pra não torrar meu dinheirinho. Visitem o site pra terem uma idéia do que estou falando: PakhuisOost





PS. Já aviso que minhas fotos não chegam aos pés daquelas no blog da Lucy mas estou aprendendo. Um dia eu chego lá ;-)

quinta-feira, março 05, 2009

Love is all you need

Agora vamos falar sério, amar é tudo que a gente precisa nesta vida mas não é fácil, hein?!! Na verdade, amar às vezes é bem complicado. E saber amar sem expectativas e sem medo é uma arte. Ainda mais pra quem saiu de um relacionamento muito machucado...É que amar deixa cicatrizes.

Não é à toa que tanta gente tem medo de amar - e sim, eu me incluo neste grupo mas estou aprendendo a amar de novo, apesar do medo. Há quase dois anos o amor bateu na minha porta e me pegou de surpresa, eu que estava muito feliz da vida no meu canto. E desde então meu coração bate mais forte. E eu fico com medo que um dia isso acabe, essa sensação incomparável de plenitute, um sonho realizado, felicidade mesmo. Ainda mais quando é a primeira vez que sentimos isso por alguém. Não no sentido de se apaixonar (porque a gente se apaixona muitas vezes por essa vida afora) mas no sentido de acreditar pela primeira vez que encontramos a nossa cara metade, aquela pessoa que nos completa e nos faz mais feliz do que qualquer outra na face da terra. Dá um medo danado, ainda mais quando confessamos ao amado que nunca sentimos isso antes e ele responde calmamente que ele já. Três vezes até! Durma-se com um barulho desses. Aí a gente entra em parafuso e se deixar, o monstro faz a festa (vide post anterior). Mas pensando bem, o que eu queria se o meu namorado tem 47 anos (bem)vividos e já amou para sempre o que um dia terminou? E ele ainda disse: pena que você só sentiu isso uma vez na vida inteira...Pois é, pena mesmo. Fiquei triste por mim mesma. E por nós dois, de certa forma.

Mas aí a gente respira fundo e pensa: que seja infinito enquanto dure. Porque o amor é assim: pleno mas sem garantias. E precisamos aprender a viver o momento sem nos prendermos ao passado ou ao futuro porque senão a gente pira (eu que o diga, caros amigos). E precisamos acreditar que é para sempre mas sem esperar muito, o que soa como um paradoxo mas assim é o amor: paradoxal. Quem ama sabe disso. E como sabe.

quarta-feira, março 04, 2009

Dos nossos monstros

Eu acredito que todo ser humano carrega consigo seus monstros, uns menores, outros maiores - mas de qualquer forma, monstros. Uns a gente até consegue ignorar e eles deixam a gente em paz...outros tiram noites de sono e nos deixam inquietos. Alguns são verdadeiros bullies e sabem arrancar lágrimas quando menos esperamos. Parece que sua principal razão de viver é nos tirar do sério. Pura maldade.

Pois um dos meus monstros que eu pensava estar bem quietinho no seu canto decidiu acordar pra atazanar a minha mente.... E (quase) fez um estrago danado. Porque monstro quando acorda sempre faz um estrago! Depois da tormenta a gente olha em volta pra avaliar os danos, recolher as ruínas e consertar o que pode ser consertado (e chorar pelo que se foi antes de seguir em frente). Chato é que monstro que se preze sempre surge sem avisar...e aí é que a coisa pega.

O meu monstro adora criar as estórias mais absurdas na minha cabeça, daquelas estórias que só existem na nossa cabeça mesmo (felizmente). Parece simples mas é bem mais complicado do que você pode imaginar... até porque, pimenta nos olhos dos outros é sempre refresco, né? Ele adora me encher de dúvidas e destruir minha arduamente conquistada paz de espírito. Ele conhece meus medos e inseguranças como ninguém e basta eu estar um pouco vulnerável pra ele atacar sem dó nem piedade.

Geralmente depois de um desses ataques, costumo passar uns dias de ressaca, tentando organizar as idéias e analisar as emoções, pra evitar repetir o estrago. Foi assim depois deste fim-de-semana, sorte que eu tinha terapia logo na segunda então conversando com a psicóloga já deu pra colocar algumas coisas em perspectiva. Confesso que cheguei com lágrimas e saí de lá com o coração leve. O melhor de tudo é que entrei naquela sala acompanhada de um monstro enorme e quando saí de lá, ele havia se transformado num monstrinho! Plaft, ploft...diante dos meus próprios olhos.

Então descobri que reconhecer o monstro é fundamental nessas horas. Antes de enfrentar o inimigo a gente deve reconhecê-lo. Só assim teremos alguma chance de vencer a batalha.
Tecnologia do Blogger.

Scrapbooking etc.



Fim-de-semana passado fui pela segunda vez à Crea Beurs, uma feira que vende material para hobby, muito visitada por quem curte trabalhos manuais - como eu! Como não podia deixar de ser, encontrei vários estandes vendendo artigos para scrapbooking. E foi exatamente nesses estandes que arrecadei umas novidades para o meu estoque (e torrei todo meu rico dinheirinho). Comprei papel, carimbos, mini-albuns, stickers, fitas, botões e outros scrapbook embelleshments. Para os leigos em scrapbookland, a foto acima dá pra ter uma idéia do que estou falando.

Depois da feira, voltei pra casa do namorado - que preferiu ficar em casa ouvindo música e tocando piano, o hobby favorito da minha cara metade - e decidimos rever um cult dos anos 80: Sex, Lies and Videotape (1989), escrito e dirigido por Steven Soderbergh, diretor conhecido por filmes como Ocean´s Eleven, Ocean´s Twelve, Ocean´s Thirteen e Erin Brockovich. Só vou dizer que há 20 anos fiquei apaixonada pelo filme e 20 anos depois ele (ainda) não perdeu seu encanto! Não é à toa que o filme imediamente consagrou o jovem diretor como darling nos festivais alternativos. Roteiro excelente e repleto de diálogos inteligentes, câmera na mão, muitos close-ups e não precisa mais nada. Quem não assistiu o filme 20 anos atrás, está mais do que na hora de tirar o atraso. O filme é muito bom mesmo!

E já que o assunto é filme, domingo assisti ainda Stella, filme francês que tem feito muito sucesso por aqui. Mas este vou deixar pro próximo post, aguardem! Ah, e antes que eu me esqueça. Acabei de criar um marcador para meus posts sobre scrapbooking. Ando com muitas idéias na cabeça e a partir de agora vou postar meus novos projetos aqui no blog. Scrapbooking is my new kind of therapy, and a very good one!

Das coisas que me fazem feliz


Sabe aquelas pequenas coisas que fazem o dia da gente? Hoje bisbilhotando uma loja barateira* daquelas que vende um monte de tralhas por 1 euro ou algo assim, esbarrei nestes wall stickers e simplesmente não resisti...Comprei logo 2 folhas, 1 EUR por folha!!! Cada folha vem com um sticker colorido de gato, flor, coração, um ratinho ou peixe. Como estou redecorando meu quarto (notem a parede cor-de-rosa ao fundo, ainda falta uma segunda leva de tinta mas já dá pra vocês terem uma idéia, né?), estes stickers foram um achado! Ainda mais pra quem gosta de gatos e de coisas fofas como eu.

Tenho observado as novidades em termos de decoração e wall stickers são muito populares ultimamente. Super práticos e fáceis de aplicar na parede ou numa superfície lisa (fórmica, madeira, etc). Eu apliquei na porta do armário embutido e ficou perfeito!

A felicidade está nos pequenos detalhes do dia-a-dia. Disso eu tenho certeza.





*Pra quem mora na Holanda, me refiro às lojas Zeeman.

E a primavera, hein?

Aqui na Holanda todo ano é assim. Entra março e ninguém aguenta mais o longo e tenebroso inverno. Dia 21 de março celebra-se oficialmente a chegada da estação mais aguardada do ano: a Primavera. E eu digo e repito, só quem mora no Hemisfério Norte pra entender o significado desta data. O alívio de ter sobrevivido mais um inverno e a perspectiva de longos e ensolarados dias de primavera e ainda mais longos dias de verão já faz a gente se sentir melhor - pra não dizer eufórico mesmo! É impressionante observar como o temperamento dos holandeses se transforma com a primavera (o meu também, que já moro aqui há tanto tempo). Provavelmente por isso que o povo brasileiro é tão alegre e expansivo e o europeu do norte tão sério e reservado...Itália, Espanha e Portugal tem outro clima e as pessoas em geral são bem mais expansivas. Uma teoria antiga mas que faz sentido.

Pois a primavera deu o ar da sua graça semana passada, quando registramos alguns belos dias de sol. E sim, os canteiros estão começando a florir e já se vê narcisos amarelos e crocus (foto acima) por toda a cidade. Sábado aproveitamos o primeiro dia oficial de primavera para fazer nossa primeira caminhada na praia. Eu, F. e Liam...eu ainda vestindo meu casaco de inverno, é bem verdade, rsrsrs. Encontramos F. na Estação Central de Haia e de lá tomamos um tram. Em menos de 20 minutos estávamos em Scheveningen, provavelmente a praia mais famosa da Holanda. Eu tenho a sorte do meu namorado morar na cidade então é só fazer sol que eu pego o trem e vamos os dois tomar cerveja na praia (no fim-de-semana, claro). Geralmente jantamos peixe ou mariscos num dos vários terraços. Ou saboreamos umas ostras acompanhadas de um vinho rosé. Ou ainda, beliscamos uns petiscos locais acompanhados de uma boa cerveja belga (ou holandesa).

A maior surpresa foi mesmo chegar na praia e descobrir que alguns dos beach bars já haviam sido montados na areia! Todo ano eles montam os bares de novo, que geralmente são abertos ao público lá pelo dia 30 de março. Este ano os proprietários mais apressados (e espertos) aproveitaram o primeiro fim-de-semana de primavera pra abrir logo suas portas. E o que não faltou foi gente. Uma prévia dos dias que virão. Primavera no ar...finalmente.



PS. A previsão meteorológica da semana é de tempo nublado e chuvoso, temperaturas em torno de 9 graus (sábado fez 10 graus, por isso o casaco). Agora está chovendo lá fora e parece um dia de outono...mas a promessa de primavera está no ar. E a gente espera até sentado, mas espera.

Selo de qualidade


Ganhei mais um selinho pra minha coleção, rsrsrsrs. Este veio da querida Labelle, do blog Mulher de 30. Junto com o selo, vem algumas tarefas a serem completadas, então vamos lá:
1. Escrever uma lista com oito coisas que sonhamos fazer antes de morrer,
2. Convidar oito parceiras (os) de blogs amigos para também responder,
3. Comentar no blog de quem convidou,
4. Comentar no blog dos indicados para que saibam da convocação.

Além disso, devemos ainda comentar nossa relação com os SETE pecados capitais: Gula, Vaidade, Preguiça, Ira, Luxúria, Avareza, Inveja. Atire a primeira pedra quem nunca experimentou nenhum deles!

Oito coisas que sonho fazer antes de morrer:
1. Ver meu filho crescer e se transformar num adulto feliz e equilibrado
2. Aprender que a felicidade está nas pequenas coisas (já estou aprendendo, viu?)
3. Levar a vida menos a sério
4. Voltar a fazer meditação ou algo semelhante
5. Cuidar melhor da minha saúde (dieta e exercícios)
6. Conhecer a Nova Zelândia, a Itália e Machu Picchu
7. Nadar com golfinhos (melhor ainda se for em Fernando de Noronha)
8. Viajar, viajar e viajar mais ainda!

E agora os pecados capitais, hummmm...
Gula: Amo chocolate e doces em geral. Aprecio a boa cozinha (italiana, espanhola, portuguesa e claro, a nossa cozinha brasileira). Adoro visitar delis e comprar produtos gourmet. Adoro sushi e qualquer prato com camarão ou frutos do mar. E não resisto aos sorvetes Haagen Dazs...Ou seja, a gula é provavelmente meu maior pecado, e eu mal comecei a responder, rsrsrsrs...
Vaidade: Não sou muito vaidosa não...o que é mais um defeito do que qualidade, sou a primeira a admitir! Raramente uso maquiagem, por exemplo. Meu estilo de roupas é descontraído e acima de tudo, confortável. E não uso salto alto nem que me paguem!!!
Preguiça: Nada como sombra e água fresca... sou preguiçosa pra caramba. Adoro dormir e tenho o hábito de hibernar no inverno (sem brincadeira).
Ira: Não costumo ter ataques de raiva e geralmente perdôo quem me fez mal. Raramente guardo ressentimentos, mas quando guardo, ai ai ai...deixa pra lá.
Luxúria: Agora vou confessar que além de gulosa, também gosto dos prazeres carnais, sim!E quem não gosta? Mas pra mim não tem nada melhor nesta vida do que sexo com amor. E sim, já experimentei as outras alternativas...
Avareza: Eu tenho a maior facilidade em gastar dinheiro, devia aprender a segurar mais. Nunca consigo fazer uma poupança.
Inveja: A inveja é uma merda, né? Eu procuro não invejar os outros e apreciar o que tenho (a grama do vizinho nem sempre é mais verde como a gente pensa). Mas vez ou outra rola uma invejinha...inveja boa, em geral! No final das contas, eu quero é que todo mundo seja feliz - inclusive eu, claro.

Pra terminar este longo post, não vou indicar ninguém especificamente para o selo mas quem quiser pegar, fique à vontade! Ainda mais se estiver na lista de blogs que eu leio, claro.

Dos catalizadores

Conversando ontem com uma amiga querida, comentei que F. é uma espécie de catalizador na minha vida. E é isso mesmo. Sabe aquela pessoa que chega na vida da gente pra mudar tudo, criando uma turbulência tão grande que a gente não pode mais ficar parado? Foi assim desde o início do nosso relacionamento. No bom sentido, vejam bem.

Estou falando daquela pessoa que - conscientemente ou não - nos ajuda a tirar o melhor de nós mesmas. Relacionamento pra mim hoje em dia só se for assim, porque se for pra tirar o pior de mim mesma, prefiro ficar sozinha. Disso não tenho a menor dúvida!

A verdade é que F. foi e continua sendo um catalizador, e dos bons. Ele me deu o empurrãozinho que eu precisava pra fazer algumas mudanças na minha vida...desde as pequenas mudanças até as maiores! Bem verdade que eu já havia iniciado o processo, ele apenas acelerou as coisas. E claro, nem sempre isso é confortável e o confronto às vezes pode ser doloroso. Mas a gente aprende a definir limites, aprende a definir nosso próprio ritmo. E isso eu precisei aprender na marra. Porque não quero alguém que viva tentando me mudar e sim alguém que me aceite como eu sou. E se as mudanças ocorrem é porque EU decidi que elas são (eram) necessárias. Fim de discussão.

No final das contas, aprendi que ninguém muda ninguém e nem devia tentar porque é perda de tempo (experiência própria, queridos leitores). Aprendi que num relacionamento, o ideal é que a gente aceite a pessoa como ela é. Se for pra ajudar, tudo bem. Se for pra atrapalhar, eu pulo fora. Infelizmente temos de beijar muitos sapos por esta vida afora até encontrar o nosso príncipe. E podem tirar o cavalinho da chuva: príncipe encantado, só mesmo nos Contos de Fadas!

2x Índia, parte 2


Depois do post sobre Slumdog Millionaire, impossível não comentar sobre The White Tiger, livro que acabei de ler este fim-de-semana. Assim como no filme, a Índia (e mais especificamente Mumbai) é o tema central. O livro recebeu merecidamente o Man Booker Prize 2008 e é uma leitura absorvente e indispensável pra entender (melhor) a Índia moderna. Um relato inteligente e, acima de tudo, recheado de cinismo da melhor qualidade. Um personagem assustador e fascinante. Uma estória chocante mas convincente. O protagonista é um jovem indiano pobre (como Jamal de Slumdog Millionaire) que consegue vencer na vida e se tornar rico. Assim como Jamal, ele consegue escapar de seu destino. Como isso acontece, você vai descobrindo à medida em que lê o livro. Leiam e confiram!

O interessante de assistir Slumdog e ler The White Tiger ao mesmo tempo é que você cria uma imagem bastante consistente da Índia atual. Temas como desigualdade social, pobreza e corrupção permeiam igualmente o filme e o livro. Como não podia deixar de ser, obviamente. Só vou dizer que se tivesse de escolher entre o filme ou o livro, eu escolheria o livro. Mas sou suspeita pra falar, claro. De qualquer forma, juntos eles contribuem para entendermos as complexidades da Índia moderna. Complexidades também recorrentes na realidade brasileira, que fazem com que filme e livro sejam bastante reconhecíveis (pra não dizer incômodos) para nós brasileiros. Leitura indispensável para cabeças pensantes.

2x Índia, parte 1


Jamal Halik is one question away from winning 20 million rupees. How did he do it?

A. He cheated
B. He`s lucky
C. He`s a genius
D. It is destiny

Tá todo mundo falando de Slumdog Millionaire, então este fim-de-semana finalmente consegui conferir. O filme é um exemplo bem-sucedido de East meets West, a começar pela direção de Danny Boyle (Shallow Grave, Trainspotting, A Life Less Ordinary, etc) e da indiana Loveleen Tandan (na co-direção).

A trajetória de Jamal é recontada ao longo de suas aparições no programa de tv Who Wants to Be a Millionaire. A cada resposta dada por ele - e ele tem sempre as respostas corretas na ponta da língua- aprendemos um pouco mais sobre a vida desde menino da favela que acaba ganhando o maior prêmio da tv indiana. Ao longo do programa, ele vai conquistando uma torcida cada vez maior (dentro e fora do filme, porque se o público indiano torce por ele no filme, os expectadores do outro lado da tela também).

As imagens são certamente o ponto forte e o filme é acima de tudo, uma mistura inusitada de realidade x sonho. A realidade fica por conta das imagens ao estilo Cidade de Deus, a vida árdua nas favelas e ruas de Mumbai (onde não se vive e sim sobrevive). A (vergonhosa) pobreza em que vivem a maioria esmagadora dos indianos. Uma realidade com a qual nós brasileiros iremos facilmente nos identificar (nothing to be proud of, my friends). Já o sonho fica por conta das imagens ao estilo Bollywood - com direito à happy end porque Bollywood sem happy end não é Bollywood! E também da idéia que permeia o filme do início ao fim, e que pode ser sintetizada na múltipla escolha da abertura. A questão do destino, claro. Uma questão que ocupa mentes ocidentais e orientais. Em suma, uma questão universal.

Pra finalizar, eu não podia deixar de citar a trilha sonora, que contribui para dar o ritmo adequado às cenas (e faz lembrar em muito Trainspotting). Resumindo: o filme é bom mas achei de certa forma overrated. Na minha opinião, claro...podem discordar à vontade!

Selo do Calvin !!!


Eu não tenho fissura de colecionar selos (parece coisa de criança, hehehe). Mas este é um dos mais fofos que vi na blogosfera nos últimos tempos! Ainda mais pros fãs de Calvin e Haroldo como eu. Presente da querida Pat, do Fuça de Ferret. Muito obrigada, amiga blogueira (pronto, agora virei criança de vez). E antes que eu me esqueça, o selo é também um meme e as regras são:

1. Ao receber o selo, liste 7 coisas que te fazem sorrir.
2. Indique o selo a 7 blogs que te fazem sorrir.
3. Informe os blogueiros indicados que eles receberam o selo.


7 coisas que me fazem sorrir:
1. Meu filho
2. Meu namorado
3. Meus amigos
4. Um bom filme
5. Um bom livro
6. Um dia de sol
7. Impublicável (copiando a Pata)

7 blogs que me fazem sorrir:
1. Annix, a blogueira mais bem informada do pedaço
2. Bebete, cujas aventuras e desventuras me fazem rir e chorar
3. Labelle e suas divagações de mulher de 30
4. Andrea, jornalista e mamãe carioca
5. Cris, garota inteligente e fã assumida do Calvin
6. Tita Tróia e seu coração de poeta
7. Oops...sei lá!

Tudo tranquilo

Por aqui tudo tão tranquilo que ando até estranhando! E como voltei mais cedo da casa do namorado em Haia, decidi atualizar o blog. É que hoje ele tinha reunião de família e como eu ainda não conheço os pais dele, fiquei acanhada de ir (sem falar no desânimo de encarar umas 3 horas de trem e duas ou mais baldeações). Pra não ficar feio, prometi que iremos visitar os pais dele nas próximas semanas...confesso que simplesmente não sou chegada em reuniões de família (se puder evitar, eu evito).

Anyway, o fim-de-semana foi curto mas bem aproveitado. Sexta à noite cheguei em Haia e fomos jantar pela primeira vez num restaurante africano. Qual não foi a surpresa ao chegarmos lá e descobrirmos que era bufê. Maior surpresa ainda (embora nem tanto, se considerarmos as origens da culinária brasileira) foi reconhecer vários sabores...até quiabo e batata doce tinha! E um peixe frito bem ao estilo brasileiro, uma delícia...Depois fomos no Vavoom Tikibar - bar com ótimos drinks, decoração havaiana que faz lembrar um luau na praia e frequentado pela turma mais alternativa da cidade (infelizmente, a maioria dos bares da cidade são yuppies demais pro meu gosto). Lá esbarramos em dois amigos do F., tomamos alguns mojitos, trocamos muitas idéias e fomos felizes pra casa.

Sábado demos uma volta pelas lojas do centro, eu aproveitei pra fuçar as novidades na livraria American Book Center (também tem aqui em Amsterdã) enquanto ele dava um pulo na loja de instrumentos musicais pra comprar não sei o quê pra banda. F. toca baixo em uma banda, acreditem se quiserem. Depois fomos conhecer o novo winebar Crystal. Pedi um rosé e uma salada niçoise pra acompanhar o vinho (hehehe) e acabei não resistindo a sobremesa: cheesecake com molho de manga! Dali fomos pro cinema assistir Slumdog Millionaire. Mas este é assunto para o próximo post então tenham paciência! Só vou dizer que estava curiosíssima pra conferir um dos filmes mais comentados dos últimos tempos (antes e depois do Oscar). Achei (bastante) bom, mas não cheguei a considerar um clássico.

Hoje de manhã começamos a assistir Milk, o novo filme do Gus van Sant. Como a gente tinha de sair pra estação de trem, vou terminar de assistir hoje à noite e depois comento com calma. Assistimos metade do filme e já posso dizer que gostei muito, bem superior ao Paranoid Park. Sem falar no oscar mais do que merecido para Sean Penn no papel do ativista gay Harvey Milk.

That´s all for now, folks! Agora vou postar sobre os filmes.

5 minutos


Impressionante! Tá vendo este negocinho aí da foto? É o Mirena, um DIU (dispositivo intra-uterino) muito popular aqui na Europa. Você coloca o treco uma vez e ele funciona como contraceptivo por 5 anos. O que significa que você não precisa mais lembrar de tomar a pílula todas as noites nem usar camisinha - desde que esteja em um relacionamento estável (leia-se: monogâmico). Em suma: maravilha das maravilhas.

Eu não tenho o hábito de fazer propaganda mas ontem fui retirar o DIU antigo e colocar um novo e fiquei impressionada. Ou a minha médica é muito boa (ela é clínica geral com especialização em ginecologia, o que neste caso faz a diferença)...ou eu tive muita sorte!!! Ela simplesmente conseguiu retirar o DIU e colocar um novo em uma mera questão de 5 minutos. Sem anestesia, caros leitores (porque aqui na Holanda, nem durante o trabalho de parto eles dão anestesia, mas isso é assunto pra outro post que escreverei em breve).

Se dói? Claro que dói, mas a dor é suportável porque dura pouco. E eu já tinha colocado antes então acho que dói menos do que a primeira vez. Sem falar que eu tive parto natural o que provavelmente ajuda nessas horas. Fato é que, segundo o fabricante, Mirena pode ser usado pela maioria das mulheres, quer elas tenham tido filhos ou não. O que eu sei é que aqui na Holanda ela é usada por 9 entre 10 mulheres que já pariram. Porque funciona!

O DIU custa EUR 130 por aqui, mas felizmente ele é coberto pelo meu plano de saúde então não precisei pagar sequer um centavo! Aí no Brasil eu não sei como a coisa funciona mas que é um bom contraceptivo, isso ele é. E agora chega de propaganda, né?

Para minha mãe: mini álbum







Eu realmente sou uma pessoa de fases...volta e meia tenho surtos criativos de tirar o sono. Ontem tive um desses surtos e onze horas da noite levantei da cama e fui pra mesa da cozinha fazer um scrapbook album pra minha mãe. É que eu tinha comprado um mini-album kit ontem à tarde (K&Company, pra quem é viciado em scrapbooking como eu) e lembrei de um monte de fotos soltas que eu tinha da minha mãe em uma caixa. E pronto, não deu outra. O interessante é que quando eu tenho um desses surtos, em 1 hora tenho um trabalho desse nas mãos! Surto é surto.

As fotos deixam a desejar (acho que sou mais scrapper do que fotógrafa, rsrsrs). De qualquer forma, fiz o melhor que pude só pra dar uma idéia pra vocês! E modéstia à parte, fiquei satisfeita com os resultados obtidos (do álbum, não das fotos). Ainda mais se considerarmos que este é o meu segundo álbum - o primeiro álbum fiz mês passado pra presentear o F. no Dia dos Namorados...qualquer hora publico ele por aqui porque ficou lindo de morrer! Sem exagero algum.





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PS. 20 de fevereiro fez 10 anos que minha mãe faleceu, mas ela continua mais viva do que nunca na minha memória e no meu dia-a-dia. Este álbum é uma homenagem a ela e ao seu amor pelas flores. Minha mãe tinha dedos verdes...

Do tempo da vovó



Não sei o que ditam as tendências de decoração aí no Brasil, mas sei que aqui na Holanda (e também na Inglaterra e países escandinavos), a grande onda mesmo é o passado. Desde o estilo vintage até o kitsch, tem de tudo pra todo gosto - e felizmente, pra todo bolso! O que eu tenho percebido é que em uma época de muitas incertezas, problemas ambientais e crise mundial, as artes domésticas vem sendo redescobertas. Assim sendo, muitas donas-de-casa tem redescoberto o crochê e o tricô (minha mãe tricotava que era uma beleza, embora a filha não seja exatamente o que se poderia chamar de moça prendada). Sem falar na arte de fazer bolos. Talvez sob influência de Nigella Lawson, que já faturou milhões com seus livros, entre eles How to Be a Domestic Goddess: Baking and the Art of Comfort Cooking. Precisa dizer mais alguma coisa?

Pois um dos exemplos mais inspiradores na blogosfera desta nova tendência (já apelidada pela mídia de The New Domesticity) é a Lucy, cujos trabalhos de crochê já foram até publicados em revistas inglesas de casa e decoração, confiram aqui! O trabalho dela é a minha cara, com todas as cores do arco-íris e por isso busco inspiração (quase) diária no blog da Lucy...O melhor da festa é que, como não sei fazer crochê, fiquei super feliz ao encontrar estas belas almofadas numa loja online!

A alegria foi tanta que encomendei logo duas, uma azul e outra rosa-laranja - aproveitando claro, a desculpa da liquidação. A azul já está no meu quarto, encima da cama. E a rosa está aboletada no sofá da sala e para minha agradável surpresa, combina perfeitamente com outra almofada de listras que eu tinha há anos! Parece que foram feitas uma para a outra, hehehe. O que me faz lembrar que estou precisando de um sofá novo, mas isso é outra estória. De qualquer forma, queria dizer que abrir o pacote do correio e tirar de dentro estas lindas almofadas já me fez feliz - nem que seja por apenas um dia. Ah, a arte de buscar a felicidade nas pequenas coisas...

As almofadas de crochê são da PakhuisOost, que tem ainda muito mais coisas bonitas pra vender. Eu mesma precisei me controlar pra não torrar meu dinheirinho. Visitem o site pra terem uma idéia do que estou falando: PakhuisOost





PS. Já aviso que minhas fotos não chegam aos pés daquelas no blog da Lucy mas estou aprendendo. Um dia eu chego lá ;-)

Love is all you need

Agora vamos falar sério, amar é tudo que a gente precisa nesta vida mas não é fácil, hein?!! Na verdade, amar às vezes é bem complicado. E saber amar sem expectativas e sem medo é uma arte. Ainda mais pra quem saiu de um relacionamento muito machucado...É que amar deixa cicatrizes.

Não é à toa que tanta gente tem medo de amar - e sim, eu me incluo neste grupo mas estou aprendendo a amar de novo, apesar do medo. Há quase dois anos o amor bateu na minha porta e me pegou de surpresa, eu que estava muito feliz da vida no meu canto. E desde então meu coração bate mais forte. E eu fico com medo que um dia isso acabe, essa sensação incomparável de plenitute, um sonho realizado, felicidade mesmo. Ainda mais quando é a primeira vez que sentimos isso por alguém. Não no sentido de se apaixonar (porque a gente se apaixona muitas vezes por essa vida afora) mas no sentido de acreditar pela primeira vez que encontramos a nossa cara metade, aquela pessoa que nos completa e nos faz mais feliz do que qualquer outra na face da terra. Dá um medo danado, ainda mais quando confessamos ao amado que nunca sentimos isso antes e ele responde calmamente que ele já. Três vezes até! Durma-se com um barulho desses. Aí a gente entra em parafuso e se deixar, o monstro faz a festa (vide post anterior). Mas pensando bem, o que eu queria se o meu namorado tem 47 anos (bem)vividos e já amou para sempre o que um dia terminou? E ele ainda disse: pena que você só sentiu isso uma vez na vida inteira...Pois é, pena mesmo. Fiquei triste por mim mesma. E por nós dois, de certa forma.

Mas aí a gente respira fundo e pensa: que seja infinito enquanto dure. Porque o amor é assim: pleno mas sem garantias. E precisamos aprender a viver o momento sem nos prendermos ao passado ou ao futuro porque senão a gente pira (eu que o diga, caros amigos). E precisamos acreditar que é para sempre mas sem esperar muito, o que soa como um paradoxo mas assim é o amor: paradoxal. Quem ama sabe disso. E como sabe.

Dos nossos monstros

Eu acredito que todo ser humano carrega consigo seus monstros, uns menores, outros maiores - mas de qualquer forma, monstros. Uns a gente até consegue ignorar e eles deixam a gente em paz...outros tiram noites de sono e nos deixam inquietos. Alguns são verdadeiros bullies e sabem arrancar lágrimas quando menos esperamos. Parece que sua principal razão de viver é nos tirar do sério. Pura maldade.

Pois um dos meus monstros que eu pensava estar bem quietinho no seu canto decidiu acordar pra atazanar a minha mente.... E (quase) fez um estrago danado. Porque monstro quando acorda sempre faz um estrago! Depois da tormenta a gente olha em volta pra avaliar os danos, recolher as ruínas e consertar o que pode ser consertado (e chorar pelo que se foi antes de seguir em frente). Chato é que monstro que se preze sempre surge sem avisar...e aí é que a coisa pega.

O meu monstro adora criar as estórias mais absurdas na minha cabeça, daquelas estórias que só existem na nossa cabeça mesmo (felizmente). Parece simples mas é bem mais complicado do que você pode imaginar... até porque, pimenta nos olhos dos outros é sempre refresco, né? Ele adora me encher de dúvidas e destruir minha arduamente conquistada paz de espírito. Ele conhece meus medos e inseguranças como ninguém e basta eu estar um pouco vulnerável pra ele atacar sem dó nem piedade.

Geralmente depois de um desses ataques, costumo passar uns dias de ressaca, tentando organizar as idéias e analisar as emoções, pra evitar repetir o estrago. Foi assim depois deste fim-de-semana, sorte que eu tinha terapia logo na segunda então conversando com a psicóloga já deu pra colocar algumas coisas em perspectiva. Confesso que cheguei com lágrimas e saí de lá com o coração leve. O melhor de tudo é que entrei naquela sala acompanhada de um monstro enorme e quando saí de lá, ele havia se transformado num monstrinho! Plaft, ploft...diante dos meus próprios olhos.

Então descobri que reconhecer o monstro é fundamental nessas horas. Antes de enfrentar o inimigo a gente deve reconhecê-lo. Só assim teremos alguma chance de vencer a batalha.