sexta-feira, março 04, 2011
A evolução de um blog
Revisitando o conteúdo do meu blog, à primeira vista a minha impressão foi a de que eu perdi o foco. Inicialmente, este blog era anônimo e sua função voltada para a autoanálise, reflexões, catarses. Eu me sentia livre para falar sobre tudo - qualquer sentimento. O tom confessional era uma necessidade, um imperativo para aliviar o peso da alma com o objetivo de viver melhor.
De um tempo pra cá, tudo mudou: já não percebo uma grande quantidade de textos densos. A variedade de assuntos e temas se faz presente. E, às vezes, acontece de eu evitar me aprofundar em algum sentimento ou sensação mais pesados - talvez porque neste momento de vida eu esteja evitando mergulhos que me afastem da luz, ainda que temporariamente.
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Desconfio que este seja um questionamento bastante comum pra quem escreve blogs de alto teor pessoal, como eu mesma e como a corajosa Pri. Porque não é qualquer um que tem a coragem (ou seria necessidade?) de se expôr, de colocar a cara a tapa, sem medo de ser criticado ou pior ainda, mal-interpretado.
Eu mesma percebo nitidamente que com o passar dos anos - e já se vão quase cinco anos de blog - o meu blog também mudou de foco. Porque vejam bem: eu mudo e ele muda junto! Bem verdade que alguns temas são recorrentes, porque fazem parte da minha vida e de quem eu sou. Temas que incomodam mas que não posso ignorar porque estaria ignorando uma parte essencial de mim mesma. Enfim, não vou editar meus sentimentos. E desconfio até que sejam justamente esses temas que distinguem o meu blog de tantos outros. Porque o que não falta é blog vendendo uma realidade cor-de-rosa. O meu tem as cores do arco-íris. E tons de cinza também. Porque é assim que eu sou.
Quem me conhece sabe que a minha vida é cheia de altos e baixos. Pensar demais não é fácil (e nem vou falar no desgaste mental, velho conhecido). O momento atual é de pequenas e grandes mudanças - elas ainda não ocorreram mas estão logo ali na esquina, é inevitável. Porque quando a vida dói, é preciso mudar o rumo. É preciso ter coragem pra assumir que algo está errado. Um dia a gente acorda e decide que não dá mais pra tapar o sol com a peneira.
Pra compensar tudo isso, nos últimos tempos decidi que para cada post pesado eu quero escrever uns cinco posts mais leves! Talvez seja uma espécie de auto-censura. Ou um novo mecanismo de sobrevivência. Ou ainda, um reflexo do que tenho tentado mudar na minha vida.
Enfim, quem quiser me acompanhar nesta jornada, é sempre bem-vindo. Basta ter uma mente aberta e uma boa dose de coragem. Depois não digam que eu não avisei.
A evolução de um blog
Revisitando o conteúdo do meu blog, à primeira vista a minha impressão foi a de que eu perdi o foco. Inicialmente, este blog era anônimo e sua função voltada para a autoanálise, reflexões, catarses. Eu me sentia livre para falar sobre tudo - qualquer sentimento. O tom confessional era uma necessidade, um imperativo para aliviar o peso da alma com o objetivo de viver melhor.
De um tempo pra cá, tudo mudou: já não percebo uma grande quantidade de textos densos. A variedade de assuntos e temas se faz presente. E, às vezes, acontece de eu evitar me aprofundar em algum sentimento ou sensação mais pesados - talvez porque neste momento de vida eu esteja evitando mergulhos que me afastem da luz, ainda que temporariamente.
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Desconfio que este seja um questionamento bastante comum pra quem escreve blogs de alto teor pessoal, como eu mesma e como a corajosa Pri. Porque não é qualquer um que tem a coragem (ou seria necessidade?) de se expôr, de colocar a cara a tapa, sem medo de ser criticado ou pior ainda, mal-interpretado.
Eu mesma percebo nitidamente que com o passar dos anos - e já se vão quase cinco anos de blog - o meu blog também mudou de foco. Porque vejam bem: eu mudo e ele muda junto! Bem verdade que alguns temas são recorrentes, porque fazem parte da minha vida e de quem eu sou. Temas que incomodam mas que não posso ignorar porque estaria ignorando uma parte essencial de mim mesma. Enfim, não vou editar meus sentimentos. E desconfio até que sejam justamente esses temas que distinguem o meu blog de tantos outros. Porque o que não falta é blog vendendo uma realidade cor-de-rosa. O meu tem as cores do arco-íris. E tons de cinza também. Porque é assim que eu sou.
Quem me conhece sabe que a minha vida é cheia de altos e baixos. Pensar demais não é fácil (e nem vou falar no desgaste mental, velho conhecido). O momento atual é de pequenas e grandes mudanças - elas ainda não ocorreram mas estão logo ali na esquina, é inevitável. Porque quando a vida dói, é preciso mudar o rumo. É preciso ter coragem pra assumir que algo está errado. Um dia a gente acorda e decide que não dá mais pra tapar o sol com a peneira.
Pra compensar tudo isso, nos últimos tempos decidi que para cada post pesado eu quero escrever uns cinco posts mais leves! Talvez seja uma espécie de auto-censura. Ou um novo mecanismo de sobrevivência. Ou ainda, um reflexo do que tenho tentado mudar na minha vida.
Enfim, quem quiser me acompanhar nesta jornada, é sempre bem-vindo. Basta ter uma mente aberta e uma boa dose de coragem. Depois não digam que eu não avisei.
7:29 PM
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Marcadores:
divagações,
mundo dos blogs
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6 comentários:
- Kilson disse...
-
Invejo vcs que já têm um blog há tanto tempo.
Eu costumo dizer que o blog é como um filho, um pedacinho do que somos. Ele tem o nosso DNA. mas com o tempo ele vai crecendo, ganhando peso, mudando as feições.
Parabéns pelo blog, pelo texto e pela coragem de dividir um pouco de vc com cada pessoa que lê os seus textos.
Beijos - 10:20 PM
- Palavras Vagabundas disse...
-
Beth, acho que a vida é assim mesmo com altos e baixos, tristezas e alegrias e isso reflete no blog. Acho bacana como você se expõe pois no final você sempre demonstra força.
bjs
Jussara - 1:54 AM
- Eve disse...
-
Pois é. Eu escrevi um texto parecido com o título semelhante esses dias. A vida da gente muda e se o blog é sobre nós, ele vai mudar também.
Por isso é bom ter um. É só voltarmos alguns meses e vermos o quanto mudamos e evoluimos.
Bjs!
p.s. tá esperando o que pra vir me ver? rs que eu vá ai primeiro? - 6:48 PM
- Pri S. disse...
-
Eu tenha uma quedona por blogs pessoais de gente que se expõe além do óculos cor de rosa.
Feliz por poder estar por aqui há um tempo e te acompanhar! :-)
E obrigada pelo carinho. Sempre.
Bjos! - 4:11 PM
- Márcia Cobar disse...
-
Muito interessante Beth!
Adorei a ponderação!
Márcia - 8:43 PM
- Bebete Indarte disse...
-
Todos nós mudamos.
E o melhor de tudo tanto em blogs como na vida real, é ser fiel à nós mesmos.
Eu mesma, sou um io io no peso, minha vida toda, e assim os meus escritos, minha cabeça.
Tem dias que sou completamente melancólica, e tem dias que me sinto o próprio sol, irradiando energia, calor, alegria.
Nada é permanente nessa vida, exceto o amor que sentimos pelos outros.
Beijos - 2:07 PM
6 comentários:
Invejo vcs que já têm um blog há tanto tempo.
Eu costumo dizer que o blog é como um filho, um pedacinho do que somos. Ele tem o nosso DNA. mas com o tempo ele vai crecendo, ganhando peso, mudando as feições.
Parabéns pelo blog, pelo texto e pela coragem de dividir um pouco de vc com cada pessoa que lê os seus textos.
Beijos
Beth, acho que a vida é assim mesmo com altos e baixos, tristezas e alegrias e isso reflete no blog. Acho bacana como você se expõe pois no final você sempre demonstra força.
bjs
Jussara
Pois é. Eu escrevi um texto parecido com o título semelhante esses dias. A vida da gente muda e se o blog é sobre nós, ele vai mudar também.
Por isso é bom ter um. É só voltarmos alguns meses e vermos o quanto mudamos e evoluimos.
Bjs!
p.s. tá esperando o que pra vir me ver? rs que eu vá ai primeiro?
Eu tenha uma quedona por blogs pessoais de gente que se expõe além do óculos cor de rosa.
Feliz por poder estar por aqui há um tempo e te acompanhar! :-)
E obrigada pelo carinho. Sempre.
Bjos!
Muito interessante Beth!
Adorei a ponderação!
Márcia
Todos nós mudamos.
E o melhor de tudo tanto em blogs como na vida real, é ser fiel à nós mesmos.
Eu mesma, sou um io io no peso, minha vida toda, e assim os meus escritos, minha cabeça.
Tem dias que sou completamente melancólica, e tem dias que me sinto o próprio sol, irradiando energia, calor, alegria.
Nada é permanente nessa vida, exceto o amor que sentimos pelos outros.
Beijos
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