domingo, novembro 20, 2011

Cherry Blossoms




O filme não é recente, estava há tempos largado na prateleira no meio de tantos outros DVDs que compro em promoções, até quarta-feira, quando finalmente decidi assisti-lo. Mas depois de assistir este filme, não poderia deixar de comentar aqui no blog.

Cherry Blossoms (2008) é da alemã Doris Dörrie, a mesma diretora de Bagdad Café, que fez bastante sucesso no Brasil (pelo menos em alguns círculos). E da mesma forma que Bagdad Café (pra quem assistiu) é de uma beleza e de uma delicadeza quase insuportáveis...Um filme que comove em vários momentos, com poucos recursos e muita sutileza. Um filme que emociona o expectador mais pelas imagens do que pelas palavras propriamente ditas...enfim, uma pequena pérola para quem como eu gosta de filmes de arte menos badalados mas nem por isso menos importantes.

Ele conta a estória de um casal alemão (Rudi e Trudy) que mora na tradicional Bavária. Logo no início do filme, Trudy é informada por médicos que seu marido está muito doente e que tem poucos meses de vida. Em vez de informar o marido, ela decide guardar o segredo para si e tentar fazer com que ele aproveite ao máximo seus últimos dias. Assim, ela sugere que eles visitem os filhos já crescidos em Berlim. Logo ao chegarem, eles são recebidos às pressas e com pouca disposição pelos filhos (e netos que passam o tempo todo com seus games portáteis, um retrato típica da nova geração).  Os filhos que não veem a hora dos pais irem embora para continuarem vivendo suas vidas. É aí que Rudy e Trudy descobrem que não conhecem mais seus filhos, embora os tenham criado. Diga-se de passagem, uma típica família do norte da Europa (porque na Itália, Espanha e Portugal é mais como no Brasil), em que os filhos saem de casa e depois raramente mantêm contato com os pais. A regra é uma ou duas vezes por ano em datas comemorativas (aqui na Holanda também já vi isso muito).

Na volta para casa, eles decidem passar uns dias numa praia de veraneio, onde Trudy morre inesperadamente num quarto de hotel. Rudi, que sempre acreditou que ainda teriam um ao outro por muitos anos, entra em crise e sofre muito. Depois de muito refletir, ele decide fazer algo por sua mulher que não fez enquanto ela vivia. É que o maior sonho dela era conhecer o Japão - e mais especificamente, o famoso Monte Fujiama. Assim sendo, Rudi faz as malas e aproveita que um de seus filhos mora em Tóquio para realizar o sonho de sua mulher e assim aprender mais um pouco sobre ela através desta cultura enigmática que tanto a fascinava.


Rudi e uma jovem japonesa

A segunda metade do filme é toda filmada no Japão (daí o título do filme ser Cherry Blossoms, as belas flores de cerejeira que são símbolo deste país). Vemos muitas cenas da moderna Tóquio com pessoas apressadas pelas ruas, mas também parques repletos de cerejeiras em flor onde as pessoas se reunem para fazer piqueniques. Num desses parques, Rudi conhece uma jovem japonesa que será sua guia nesta jornada cheia de descobertas...uma viagem não apenas física mas acima de tudo, espiritual.

4 comentários:

Cris Medeiros disse...

Pelo resumo, me parece bom!

Beijocas

Anônimo disse...

Cara Beth,
O filme também é apreciado no Brasil. O título em português ficou HANAMI - CEREJEIRAS EM FLOR. A Livraria Cultura está promovendo há semanas o DVD em seu site.
Gosto muito do teu blog!
Abraços,
Gilson

tania disse...

Beth, assisti pela primeira vez esse filme há uns dois meses. Gostei muito, como gosto também bastante de Bagdad Café (tenho aqui, já que é dos meus preferidos, que assisto novamente de tempos em tempos). São dois filmes muito especiais, daquele tipo que vale ter sempre a mão.
Adoro seus textos sobre filmes e livros. Você sabe escrever esse tipo de comentário como ninguém.
Beijos

Anônimo disse...

Me empresta??? beijuuuuus,L

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Cherry Blossoms




O filme não é recente, estava há tempos largado na prateleira no meio de tantos outros DVDs que compro em promoções, até quarta-feira, quando finalmente decidi assisti-lo. Mas depois de assistir este filme, não poderia deixar de comentar aqui no blog.

Cherry Blossoms (2008) é da alemã Doris Dörrie, a mesma diretora de Bagdad Café, que fez bastante sucesso no Brasil (pelo menos em alguns círculos). E da mesma forma que Bagdad Café (pra quem assistiu) é de uma beleza e de uma delicadeza quase insuportáveis...Um filme que comove em vários momentos, com poucos recursos e muita sutileza. Um filme que emociona o expectador mais pelas imagens do que pelas palavras propriamente ditas...enfim, uma pequena pérola para quem como eu gosta de filmes de arte menos badalados mas nem por isso menos importantes.

Ele conta a estória de um casal alemão (Rudi e Trudy) que mora na tradicional Bavária. Logo no início do filme, Trudy é informada por médicos que seu marido está muito doente e que tem poucos meses de vida. Em vez de informar o marido, ela decide guardar o segredo para si e tentar fazer com que ele aproveite ao máximo seus últimos dias. Assim, ela sugere que eles visitem os filhos já crescidos em Berlim. Logo ao chegarem, eles são recebidos às pressas e com pouca disposição pelos filhos (e netos que passam o tempo todo com seus games portáteis, um retrato típica da nova geração).  Os filhos que não veem a hora dos pais irem embora para continuarem vivendo suas vidas. É aí que Rudy e Trudy descobrem que não conhecem mais seus filhos, embora os tenham criado. Diga-se de passagem, uma típica família do norte da Europa (porque na Itália, Espanha e Portugal é mais como no Brasil), em que os filhos saem de casa e depois raramente mantêm contato com os pais. A regra é uma ou duas vezes por ano em datas comemorativas (aqui na Holanda também já vi isso muito).

Na volta para casa, eles decidem passar uns dias numa praia de veraneio, onde Trudy morre inesperadamente num quarto de hotel. Rudi, que sempre acreditou que ainda teriam um ao outro por muitos anos, entra em crise e sofre muito. Depois de muito refletir, ele decide fazer algo por sua mulher que não fez enquanto ela vivia. É que o maior sonho dela era conhecer o Japão - e mais especificamente, o famoso Monte Fujiama. Assim sendo, Rudi faz as malas e aproveita que um de seus filhos mora em Tóquio para realizar o sonho de sua mulher e assim aprender mais um pouco sobre ela através desta cultura enigmática que tanto a fascinava.


Rudi e uma jovem japonesa

A segunda metade do filme é toda filmada no Japão (daí o título do filme ser Cherry Blossoms, as belas flores de cerejeira que são símbolo deste país). Vemos muitas cenas da moderna Tóquio com pessoas apressadas pelas ruas, mas também parques repletos de cerejeiras em flor onde as pessoas se reunem para fazer piqueniques. Num desses parques, Rudi conhece uma jovem japonesa que será sua guia nesta jornada cheia de descobertas...uma viagem não apenas física mas acima de tudo, espiritual.

4 comentários:

Cris Medeiros disse...

Pelo resumo, me parece bom!

Beijocas

Anônimo disse...

Cara Beth,
O filme também é apreciado no Brasil. O título em português ficou HANAMI - CEREJEIRAS EM FLOR. A Livraria Cultura está promovendo há semanas o DVD em seu site.
Gosto muito do teu blog!
Abraços,
Gilson

tania disse...

Beth, assisti pela primeira vez esse filme há uns dois meses. Gostei muito, como gosto também bastante de Bagdad Café (tenho aqui, já que é dos meus preferidos, que assisto novamente de tempos em tempos). São dois filmes muito especiais, daquele tipo que vale ter sempre a mão.
Adoro seus textos sobre filmes e livros. Você sabe escrever esse tipo de comentário como ninguém.
Beijos

Anônimo disse...

Me empresta??? beijuuuuus,L