Eu sou suspeita pra falar porque sou fã de
Jim Jarmush desde
Strangers than Paradise (1984),
Coffee and Cigarettes (1986) e
Down by Law (1986). No tempo em que ele era um garoto prodígio de 20 e poucos anos e seus filmes viravam
cult no Festival de Cannes. E já se passaram 30 anos desde Strangers than Paradise, filme que me traz lembranças de tempos distantes...quando eu ainda morava no Brasil e frequentava assiduamente o
Cineclube Estação Botafogo!
Mas voltando ao filme em questão:
Only Lovers Left Alive é mais do que uma estória de vampiros - é uma ode à música, à literatura e à fotografia. O filme é um verdadeiro colírio para os olhos...belas imagens e uma trilha sonora que reflete a atmosfera do filme. O ritmo do filme é lento, propício à estória de vampiros que vivem uma eternidade através dos séculos e de diversos continentes (EUA-Europa-África).
Acima de tudo, temos aqui uma estória de vampiros diferente, quase sem sangue. Jarmush optou por aprofundar temas existenciais como a eternidade e o amor. A sabedoria que apenas pode ser obtida com o passar dos anos e com as experiências acumuladas. E quem vive neste planeta há mais de três séculos deve ter acumulado alguma sabedoria, né?
Os protagonistas são
Eve (atuação impecável de Tilda Swanton) que vive em Tangers, Marrocos e
Adam,
punk rock star que vive em Detroit, EUA. Adam tem surtos de melancolia e uma relação problemática com os "mortais". Quando Eve percebe que ele está deprimido, ela não hesita e pega um avião em Tangers para Detroit. O reencontro dos dois acaba sendo perturbado pela visita inesperada da irmã caçula de Eve, que tem o hábito de deixar rastros por onde anda...
Embora Eve tenha vivido três longos séculos da história da humanidade e Adam "apenas" 500 anos, eles se complementam de forma harmoniosa. Ela vive para os livros, ele vive para a música. Dois vampiros conectados por um amor imortal.
2 comentários:
Volta, sumida!
:)
Oi! Por onde anda vc? Tá tudo bem? Beijos!
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