Aproveitando que o meu menino acabou de completar 12 anos no sábado passado, eu vou fazer uma confissão. Mas não se assustem porque eu sou estranha mesma (e já assumi a minha estranheza há tempos, quem lê este blog sabe disso).
Este negócio de maternidade é coisa complicada. Eu sempre digo que a maior decisão na vida de uma mulher é ter ou não ter filhos (se é que a gente escolhe, porque em alguns casos o destino acaba escolhendo pra gente). E digo mais, por mais que se leia sobre o assunto, por mais que a gente se informe, por mais que se discuta horas a fio com amigas e com parentes próximos, a verdade é que ninguém está preparado para a maternidade! Eu certamente não estava e admito que foi a maior mudança na minha vida. Se for pensar bem, mudar de continente foi mais fácil pra mim do que cuidar de um recém-nascido (eu avisei que era estranha). Eu não tinha nenhuma experiência com bebês, sou filha única e nunca fui daquelas que vivia segurando bebê dos outros no colo (eu até fugia deles, rsrsrs)...Enfim, ter um bebê nunca foi um sonho acalentado desde a infancia, como ouço algumas mulheres dizerem. Tenho até uma certa vergonha em dizer isso mas o meu sonho sempre foi viajar...eu nunca fui daquelas que sonhava em se casar e ter filhos. Juro por Deus!
Mas o destino quis que eu fosse mãe e entre dias bons e ruins, eu e meu filho sobrevivemos. E a cada ano que passa, mais eu curto ser mãe! Quanto a confissão do título: tem mulher que adora bebês e crianças pequenas, eu prefiro crianças a partir de 7 ou 8 anos (pronto, falei). Talvez por prezar demais a minha independência e odiar grude, eu estimulo meu filho a ser independente, a fazer as coisas sozinho e a pensar por si próprio em vez de repetir a opinião alheia. E enquanto algumas mães ficam tristes quando o filho cresce e sai da barra da saia, eu comemoro! Eu adoro quando ele vai dormir na casa de um amigo, sem falar na guarda alternada que foi a solução ideal aqui em casa...meu filho passa uma semana comigo, outra com o pai. Isso há quase 6 anos, comentarei minha experiência em breve num post.
E os anos passam e hoje meu bebê é um pré-adolescente inteligente, comunicativo e sociável, com uma ótima cabeça - talvez até maduro demais pra sua idade em certos aspectos. A cada aniversário me dou conta que Liam está se tornando gente grande. Uma pessoa com opiniões e gostos próprios, que faz amizades com uma facilidade incrível e que tem uma paciência impressionante para lidar com pessoas difíceis (dois dos melhores amigos dele tem ADHD e eu mesma não sei como ele aguenta, fomos com um deles ao cinema e eu quase surtei). Um menino com talentos excepcionais, que além de saber tudo sobre animais ainda desenha muito bem - e isso não sou eu que digo, ouvi de professores no atelier que ele frequentou, ouço regularmente na escola e também ouvi de um amigo que dá aulas de arte para crianças!
De resto, uma das maiores vantagens de ter um filho maiorzinho é poder assistir com ele filmes mais adultos, com classificação a partir de 12 anos (mas eu presto atenção e costumo assistir o filme antes de assistir de novo com ele). E embora eu tenha curtido assistir com ele aos clássicos da Disney e Pixar (desconfio que tanto ou mais do que ele) e tenha chorado de emoção na Disney Parade quando ele tinha 6 anos, eu adoro apresentar novos filmes a ele. E não podia ser diferente porque cinema sempre teve um papel importante na minha vida. E assim foi que semana passada assistimos em casa Slumdog Millionaire (que ele adorou) e About a Boy (um dos meus favoritos e que não via a hora de assistir com o menino). Também já assistimos alguns filmes de horror como The Ring, The Others, The Orphanage, Blair Witch Project, Paranormal Activity e Insidious. Mas The Shining e The Exorcist ainda estão proibidos aqui em casa...Outro que vimos juntos recentemente foi Amelie Poulain, que ele curtiu ainda mais por já ter visitado Paris! No aniversário sábado passado, o filme escolhido foi The Avengers. Claro que os meninos adoraram o filme, então aproveitei a oportunidade pra dar os DVDs Iron Man 1 e Iron Man 2 de presente de aniversário!
Enfim, ser mãe não é nada fácil, principalmente quando a gente mora no exterior e não tem ninguém pra ajudar! Mas os filhos enriquecem demais as nossas vidas, e acho até que aprendemos mais com eles do que eles conosco. Pra finalizar, não poderia mais imaginar minha vida sem o meu menino. Ser mãe é padecer no paraíso. Acreditem.