segunda-feira, março 31, 2008

Bosque dos Dinossauros



Sábado passado eu, F. e Liam pegamos um trem e fomos visitar o DinoBos (Bosque dos Dinossauros), recém-inaugurado no Amersfoort Dieren Park. Eu já tinha ido com o Liam duas vezes visitar o zoológico mas como além de ser apaixonado por bichos o menino ainda é fissurado por dinossauros (como todo menino desta idade, diga-se de passagem), entramos no parque e fomos direto à procura dos dinos, tamanha a curiosidade. Mais um programa altamente recomendado para quem tem crianças! Diversão garantida entre monstros pré-históricos.

sexta-feira, março 28, 2008

Guerra Santa



Depois de muita especulação na mídia nacional e internacional, negociações mil com vários canais de tv holandeses que se recusaram a incluir o filme em suas programações (o risco era grande demais), o controvertido documentário anti-corão do político de (extrema-)direita Geert Wilders teve prèmiere ontem à noite no site do seu partido político (PVV). Menos de 12 horas depois do lançamento no site, o filme já foi visto por 2,7 milhões na versão original holandesa. 2,5 milhões na versão em inglês.

Eu não vi, não pretendo ver e nem pensem que irei colocar o link para o filme aqui. Na minha singela opinião, o que este político está fazendo é uma tremenda bobagem, to put it mildly. A começar porque só instiga o ódio aos muçulmanos - que já aumentou enormemente pelo mundo afora desde 9-11 (e aqui na Europa já se transformou há tempos em um fenômeno social). Sim, existe a discussão sobre a liberdade de expressão, tão prezada pelos europeus em geral e pelos holandeses em particular (e com toda razão). Mas tudo tem limites. E um documentário cujo único objetivo é detonar sem dó nem piedade uma religião e fomentar o ódio entre as nações...não é exatamente isso que estamos precisando neste conturbado séc. XXI. Eu sou do tempo em que se dizia que política, religião e futebol não se discute. E a verdade é que todo mundo sabe que daqui a 50 anos a Europa será mais muçulmana do que cristã. Todo mundo sabe que hoje já existem em algumas capitais européias mais mesquitas do que igrejas e que uma família muçulmana típica tem em média 4 filhos, enquanto que o europeu tem em média 1,2. Não, ninguém precisa ser bom de cálculo pra imaginar o que será este continente daqui a uns tempos. Só aqui em Amsterdã, metade da população jovem hoje já é de muçulmanos.

Pra finalizar, eu só queria explicar uma coisa: não tenho nada contra a religião muçulmana e sim contra o extremismo. Tanto de um lado, como de outro, que fique bem claro. Link para artigo publicado no Globo:

domingo, março 23, 2008

Coisas de mulher

O Dia Internacional da Mulher já passou (mas se querem mesmo saber, Dia da Mulher pra mim é todo dia, assim como Dia dos Namorados, Dia das Mães e por ai vai). Hoje é Domingo de Páscoa e eu não estou nem ai. Odeio falar de assuntos específicos em dias predeterminados sabe-se lá por quem ou porquê (sempre fui assim meio anárquica e avessa a tradições e odeio receber ordens). Odeio datas em que, por uma razão ou outra, somos obrigados a ser felizes. O Natal é o maior exemplo e pra quem não sabe, a época do ano em que índices de suicídio aumentam assustadoramente.... Então meus caros leitores, hoje não vou falar de Páscoa nem de chocolates e sim destes seres divinos e complicados que somos nós- as mulheres.

E como não sou a favor de roubar textos dos outros, já aviso que o texto a seguir é de autoria de Flávia Brito, do blog Sabe de uma coisa?.




Há quem faça uso da expressão “coisa de mulher” como se a coisa em questão fosse algo tão tenebroso e incompreensível que realizá-las, ou pensá-las, ou dizê-las, ou querê-las, ou conjugá-las sob qualquer outro verbo só poderia mesmo ser exclusividade da ininteligível condição feminina. Medo de barata? Coisa de mulher. Demorar no banho? Coisa de mulher. Experimentar todas as roupas do armário e sair justamente com a primeira? Coisa de mulher. Assistir ao mesmo filme água-com-açúcar pela centésima nonagésima sétima vez e chorar copiosamente como se fosse a avant premiére? Coisa de mulher. Ok, mulheres realmente fazem isso – o que não quer dizer que alguns homens também não o façam, mas isso não vem ao caso (por enquanto). O que realmente interessa são as coisas de mulher que costumam passar despercebidas, ou nem tanto. E que todas as mulheres gostariam que fossem lembradas como genuínas coisas de mulher.

Coisa de mulher é ter peito, muito além do volume delimitado pelo sutiã. E mangas, arregaçadas diariamente na lavra da parte que lhes cabe no latifúndio da vida. Foi-se o tempo em que coisa de mulher era esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque. Embora muitas vezes ainda façam esse percurso, esse não é mais o único caminho a seguir: mulheres têm a liberdade de pavimentar seu chão com suas próprias escolhas e conquistas.

Casar talvez ainda seja coisa de mulher. Mas, muito mais do que casar, coisa de mulher é amar e ser feliz. Coisa de mulher é beijar, abraçar, fazer amor ou sexo segundo sua vontade. Gozar. Curtir seu corpo e sua feminilidade. Orgulhar-se de sua sexualidade. Porque ser mulher nada tem a ver com orientação sexual, assim como passa longe de ser dependente da genética – a fêmea vem ao mundo e se faz mulher à proporção de suas vivências. Construir-se – e reconstruir-se – é coisa de mulher.

Chorar é coisa de mulher. E mulher chora fácil, e por tudo – pois, para um coração de mulher, nada há que não mereça pelo menos uma lágrima (até prova em contrário). Mas coisa de mulher, mesmo, é sorrir. O meio sorriso de Monalisa, o riso escancarado de Joana, a gargalhada cristalina de Carolina... as risadas todas, de todos os timbres, com e sem motivo. Coisa de mulher é parir. Filhos, sonhos, idéias, pensamentos, tendências – e alimentar esses frutos com o leite de seu corpo e de sua alma. Estar a postos para vê-los crescer, se agigantar, frutificar – e, dia após dia, se surpreender, orgulhosa, a lamber a cria que concebeu.

Coisas de mulher são aquelas coisinhas peculiares e encantadoras que fazem das mulheres criaturas ímpares. O encanto, a sedução, a imprevisibilidade, a altivez, o endurecer sem perder a ternura. Coisa de mulher é entender que homens e mulheres são diferentes, e que as diferenças aproximam e engrandecem as semelhanças entre ambos. Coisas de mulher não se entendem, não se enumeram, não se questionam – é sentir, e o resto flui. Ser mulher é coisa que vem do útero. Ah, benditas coisas de mulher.

domingo, março 16, 2008

Tente entender

Identidade
Brasileira auto-exilada, tradutora freelance, mãe part-time (na medida em que isso é possível e graças à guarda alternada) e acima de tudo, cidadã do mundo.

Origem
Nascida em Porto Alegre, mudei para o Rio com 5 anos e aos 28 anos peguei as malas e embarquei com a cara e a coragem que Deus me deu rumo à Irlanda. Um ano depois já morava em Amsterdã, onde moro desde então (e lá se vão 14 anos). Muitas aventuras e desventuras depois, posso dizer que aqui vivi meus melhores e piores momentos. Deixei de ser filha e me tornei mãe, casei e descasei, tive medo de amar e agora estou aprendendo a amar de novo. Sim, porque a vida continua. E eu posso até não estar mais fechada para balanço, mas continuo em fase de (re)construção!

Retrato falado
Mente inquieta, distraída e sujeita a devaneios mil. Emoção à flor da pele, coração batendo forte. Amante das palavras, dos poetas e da sétima arte. Menina disfarçada de mulher e que adora brincar de boneca. Acima de tudo, alguém que insiste em acreditar que nada na vida acontece por acaso.

Retrato da alma
Tempo instável, sujeito a chuvas, trovoadas e crises de choro e depressão intercaladas com dias de sol e euforia. Natureza caótica e sujeita a mudanças repentinas de humor. Alguém que tenta aprender com os erros do passado mas que precisa urgentemente aprender a se perdoar. Como toda mulher que se preze, tenho meus dias de Afrodite e meus dias de Atenas. Dias de Louco, Papa, Imperatriz e Força. Alguém que presenciou a Torre cair mais de uma vez e que sobreviveu pra contar a estória. Fênix renascida das cinzas.

Verso e reverso
Tagarela e agitada mas também profunda e contemplativa, dada a divagações sobre a vida, a morte e tudo o mais que possa existir entre elas (no céu e na terra há mais coisas do que aquelas com que pode sonhar a nossa vã filosofia, como bem disse Shakespeare). Extrovertida com crises agudas de introversão, por mera questão de sobrevivência (reciclar é preciso). Alguém que sabe apreciar uma boa companhia mas que também sabe a importância dos momentos de solidão. Sincera e espontânea mas avessa a confrontos e brigas.

Agora tente entender...

What kind of blogger are you?




You Are a Life Blogger!



Your blog is the story of your life - a living diary.

If it happens, you blog it. And make it as entertaining as possible.

sexta-feira, março 07, 2008

American Beauty



E não é que ontem passou novamente na tv American Beauty (1999)? Um dos filmes da minha lista de favoritos de todos os tempos - assim como Happiness, Magnolia, Donnie Darko, Ghost World, The Hours, Lost in Translation, Eternal Sunshine of the Spotless Mind, entre outros. A atriz à direita na foto se chama Thora Birch e também é uma das minhas favoritas da nova geração. Pra quem não sabe, ela é a protagonista de Ghost World (2001), onde contracena com Scarlett Johansson (esta nem precisa de apresentações, né?).

E por falar em Scarlett (que volta e meia cito aqui no blog, não tem jeito...), o próximo filme que pretendo ver nos telões é The Other Boleyn Girl, com duas atrizes cujas carreiras tenho procurado acompanhar de perto: Scarlett Johansson (maravilhosa em Lost in Translation e Girl with a Pearl Earring) e Natalie Portman (My Blueberry Nights, Paris Je T`Aime, Closer, Mr. Magurium´s Wonder Emporium, etc).

terça-feira, março 04, 2008

Blogar faz bem à saúde !

Tá bom, eu não sei se blogar é verbo mas sei que é a terapia mais barata que já fiz em toda a minha vida. E olha que já fiz um bocado de terapia por esta vida afora: análise, gestalt terapia, terapia de casal, etc...(atualmente faço terapia cognitiva). E agora foi comprovado cientificamente por uns australianos o que muitos de nós blogueiros já sabíamos - ou na melhor das hipóteses, pressentíamos:

.......................................................................................
Blogging boosts your social life: research
By Claudine Ryan for ABC Science Online (Posted Mar 3, 2008)


Blogging can help you feel less isolated, more connected to a community and more satisfied with your friendships, both online and face-to-face, new Australian research has found.

The research, from Swinburne University of Technology in Melbourne, found after two months of regular blogging, people felt they had better social support and friendship networks than those who did not blog. Researchers James Baker and Professor Susan Moore have written two papers investigating the psychological benefits of blogging, regularly updating personal web pages with information that invites others to comment.

The first, published in the latest issue of the journal CyberPsychology and Behaviour, compares the mental health of people intending to blog with that of people not planning to blog. Moore says the researchers messaged 600 MySpace users personally and directed them to an online survey. A total of 134 completed the questionnaire - 84 intended to blog and 50 did not.

"We found potential bloggers were less satisfied with their friendships and they felt less socially integrated, they didn't feel as much part of a community as the people who weren't interested in blogging," Ms Moore said. "They were also more likely to use venting or expressing your emotions as a way of coping. "It was as if they were saying 'I'm going to do this blogging and it's going to help me'."

And it seemed to do the trick, as the researchers' second study shows. This study, which is yet to be published, was conducted two months later. The researchers sent out questionnaires to the same group of MySpace users - this time 59 responded. Bloggers reported a greater sense of belonging to a group of like-minded people and feeling more confident they could rely on others for help. All respondents, whether or not they blogged, reported feeling less anxious, depressed and stressed after two months of online social networking.

segunda-feira, março 03, 2008

Navegando pelos mares



Ainda durante as férias escolares citadas recentemente, outro dia fomos eu, F. e Liam fazer o conhecido passeio de barco pelos canais de Amsterdam (claro que eu já tinha feito várias vezes mas é sempre um programa legal). Até aí, nada demais mas a melhor parte foi quando o comandante de bordo decidiu dar uma colher de chá pro menino e deixar que ele assumisse o comando da navegação - não, não estou brincando! Pra quem não acredita, as fotos são a prova do crime, rsrsrs. Agora só falta perguntar: alguém consegue imaginar a felicidade do garoto se sentindo o próprio explorador dos Sete Mares?

PS. Lindo meu filhote, né?

domingo, março 02, 2008

Sessão de cinema: Sweeney Todd



Não teve jeito, eu até tentei fugir da raia (não sou fã de musicais) mas o F., que é fã de carteirinha do Tim Burton acabou ganhando e me arrastou na sexta pro cinema para assistir Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street. E no final das contas, só me resta admitir que o filme é melhor do que eu esperava, ou seja: Tim Burton puro! Pode até não ser o melhor dele mas certamente não é um filme ruim.

Cenografia sombria e macabra, um estilo gótico que é sem sombra de dúvida a marca registrada do diretor e atenção minuciosa aos pequenos detalhes - o que convenhamos, faz a diferença entre um filme medíocre e um filme de arte. E claro, mais uma atuação impecável da dupla Johnny Depp e Helena Bonham Carter (aka Mrs. Burton, pra quem não sabe). Um personagem perverso cujo único objetivo na vida é a vingança, em mais uma excelente encenação do ator preferido do diretor: Johnny Depp.
Tecnologia do Blogger.

Bosque dos Dinossauros



Sábado passado eu, F. e Liam pegamos um trem e fomos visitar o DinoBos (Bosque dos Dinossauros), recém-inaugurado no Amersfoort Dieren Park. Eu já tinha ido com o Liam duas vezes visitar o zoológico mas como além de ser apaixonado por bichos o menino ainda é fissurado por dinossauros (como todo menino desta idade, diga-se de passagem), entramos no parque e fomos direto à procura dos dinos, tamanha a curiosidade. Mais um programa altamente recomendado para quem tem crianças! Diversão garantida entre monstros pré-históricos.

Guerra Santa



Depois de muita especulação na mídia nacional e internacional, negociações mil com vários canais de tv holandeses que se recusaram a incluir o filme em suas programações (o risco era grande demais), o controvertido documentário anti-corão do político de (extrema-)direita Geert Wilders teve prèmiere ontem à noite no site do seu partido político (PVV). Menos de 12 horas depois do lançamento no site, o filme já foi visto por 2,7 milhões na versão original holandesa. 2,5 milhões na versão em inglês.

Eu não vi, não pretendo ver e nem pensem que irei colocar o link para o filme aqui. Na minha singela opinião, o que este político está fazendo é uma tremenda bobagem, to put it mildly. A começar porque só instiga o ódio aos muçulmanos - que já aumentou enormemente pelo mundo afora desde 9-11 (e aqui na Europa já se transformou há tempos em um fenômeno social). Sim, existe a discussão sobre a liberdade de expressão, tão prezada pelos europeus em geral e pelos holandeses em particular (e com toda razão). Mas tudo tem limites. E um documentário cujo único objetivo é detonar sem dó nem piedade uma religião e fomentar o ódio entre as nações...não é exatamente isso que estamos precisando neste conturbado séc. XXI. Eu sou do tempo em que se dizia que política, religião e futebol não se discute. E a verdade é que todo mundo sabe que daqui a 50 anos a Europa será mais muçulmana do que cristã. Todo mundo sabe que hoje já existem em algumas capitais européias mais mesquitas do que igrejas e que uma família muçulmana típica tem em média 4 filhos, enquanto que o europeu tem em média 1,2. Não, ninguém precisa ser bom de cálculo pra imaginar o que será este continente daqui a uns tempos. Só aqui em Amsterdã, metade da população jovem hoje já é de muçulmanos.

Pra finalizar, eu só queria explicar uma coisa: não tenho nada contra a religião muçulmana e sim contra o extremismo. Tanto de um lado, como de outro, que fique bem claro. Link para artigo publicado no Globo:

Coisas de mulher

O Dia Internacional da Mulher já passou (mas se querem mesmo saber, Dia da Mulher pra mim é todo dia, assim como Dia dos Namorados, Dia das Mães e por ai vai). Hoje é Domingo de Páscoa e eu não estou nem ai. Odeio falar de assuntos específicos em dias predeterminados sabe-se lá por quem ou porquê (sempre fui assim meio anárquica e avessa a tradições e odeio receber ordens). Odeio datas em que, por uma razão ou outra, somos obrigados a ser felizes. O Natal é o maior exemplo e pra quem não sabe, a época do ano em que índices de suicídio aumentam assustadoramente.... Então meus caros leitores, hoje não vou falar de Páscoa nem de chocolates e sim destes seres divinos e complicados que somos nós- as mulheres.

E como não sou a favor de roubar textos dos outros, já aviso que o texto a seguir é de autoria de Flávia Brito, do blog Sabe de uma coisa?.




Há quem faça uso da expressão “coisa de mulher” como se a coisa em questão fosse algo tão tenebroso e incompreensível que realizá-las, ou pensá-las, ou dizê-las, ou querê-las, ou conjugá-las sob qualquer outro verbo só poderia mesmo ser exclusividade da ininteligível condição feminina. Medo de barata? Coisa de mulher. Demorar no banho? Coisa de mulher. Experimentar todas as roupas do armário e sair justamente com a primeira? Coisa de mulher. Assistir ao mesmo filme água-com-açúcar pela centésima nonagésima sétima vez e chorar copiosamente como se fosse a avant premiére? Coisa de mulher. Ok, mulheres realmente fazem isso – o que não quer dizer que alguns homens também não o façam, mas isso não vem ao caso (por enquanto). O que realmente interessa são as coisas de mulher que costumam passar despercebidas, ou nem tanto. E que todas as mulheres gostariam que fossem lembradas como genuínas coisas de mulher.

Coisa de mulher é ter peito, muito além do volume delimitado pelo sutiã. E mangas, arregaçadas diariamente na lavra da parte que lhes cabe no latifúndio da vida. Foi-se o tempo em que coisa de mulher era esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque. Embora muitas vezes ainda façam esse percurso, esse não é mais o único caminho a seguir: mulheres têm a liberdade de pavimentar seu chão com suas próprias escolhas e conquistas.

Casar talvez ainda seja coisa de mulher. Mas, muito mais do que casar, coisa de mulher é amar e ser feliz. Coisa de mulher é beijar, abraçar, fazer amor ou sexo segundo sua vontade. Gozar. Curtir seu corpo e sua feminilidade. Orgulhar-se de sua sexualidade. Porque ser mulher nada tem a ver com orientação sexual, assim como passa longe de ser dependente da genética – a fêmea vem ao mundo e se faz mulher à proporção de suas vivências. Construir-se – e reconstruir-se – é coisa de mulher.

Chorar é coisa de mulher. E mulher chora fácil, e por tudo – pois, para um coração de mulher, nada há que não mereça pelo menos uma lágrima (até prova em contrário). Mas coisa de mulher, mesmo, é sorrir. O meio sorriso de Monalisa, o riso escancarado de Joana, a gargalhada cristalina de Carolina... as risadas todas, de todos os timbres, com e sem motivo. Coisa de mulher é parir. Filhos, sonhos, idéias, pensamentos, tendências – e alimentar esses frutos com o leite de seu corpo e de sua alma. Estar a postos para vê-los crescer, se agigantar, frutificar – e, dia após dia, se surpreender, orgulhosa, a lamber a cria que concebeu.

Coisas de mulher são aquelas coisinhas peculiares e encantadoras que fazem das mulheres criaturas ímpares. O encanto, a sedução, a imprevisibilidade, a altivez, o endurecer sem perder a ternura. Coisa de mulher é entender que homens e mulheres são diferentes, e que as diferenças aproximam e engrandecem as semelhanças entre ambos. Coisas de mulher não se entendem, não se enumeram, não se questionam – é sentir, e o resto flui. Ser mulher é coisa que vem do útero. Ah, benditas coisas de mulher.

Tente entender

Identidade
Brasileira auto-exilada, tradutora freelance, mãe part-time (na medida em que isso é possível e graças à guarda alternada) e acima de tudo, cidadã do mundo.

Origem
Nascida em Porto Alegre, mudei para o Rio com 5 anos e aos 28 anos peguei as malas e embarquei com a cara e a coragem que Deus me deu rumo à Irlanda. Um ano depois já morava em Amsterdã, onde moro desde então (e lá se vão 14 anos). Muitas aventuras e desventuras depois, posso dizer que aqui vivi meus melhores e piores momentos. Deixei de ser filha e me tornei mãe, casei e descasei, tive medo de amar e agora estou aprendendo a amar de novo. Sim, porque a vida continua. E eu posso até não estar mais fechada para balanço, mas continuo em fase de (re)construção!

Retrato falado
Mente inquieta, distraída e sujeita a devaneios mil. Emoção à flor da pele, coração batendo forte. Amante das palavras, dos poetas e da sétima arte. Menina disfarçada de mulher e que adora brincar de boneca. Acima de tudo, alguém que insiste em acreditar que nada na vida acontece por acaso.

Retrato da alma
Tempo instável, sujeito a chuvas, trovoadas e crises de choro e depressão intercaladas com dias de sol e euforia. Natureza caótica e sujeita a mudanças repentinas de humor. Alguém que tenta aprender com os erros do passado mas que precisa urgentemente aprender a se perdoar. Como toda mulher que se preze, tenho meus dias de Afrodite e meus dias de Atenas. Dias de Louco, Papa, Imperatriz e Força. Alguém que presenciou a Torre cair mais de uma vez e que sobreviveu pra contar a estória. Fênix renascida das cinzas.

Verso e reverso
Tagarela e agitada mas também profunda e contemplativa, dada a divagações sobre a vida, a morte e tudo o mais que possa existir entre elas (no céu e na terra há mais coisas do que aquelas com que pode sonhar a nossa vã filosofia, como bem disse Shakespeare). Extrovertida com crises agudas de introversão, por mera questão de sobrevivência (reciclar é preciso). Alguém que sabe apreciar uma boa companhia mas que também sabe a importância dos momentos de solidão. Sincera e espontânea mas avessa a confrontos e brigas.

Agora tente entender...

What kind of blogger are you?




You Are a Life Blogger!



Your blog is the story of your life - a living diary.

If it happens, you blog it. And make it as entertaining as possible.

American Beauty



E não é que ontem passou novamente na tv American Beauty (1999)? Um dos filmes da minha lista de favoritos de todos os tempos - assim como Happiness, Magnolia, Donnie Darko, Ghost World, The Hours, Lost in Translation, Eternal Sunshine of the Spotless Mind, entre outros. A atriz à direita na foto se chama Thora Birch e também é uma das minhas favoritas da nova geração. Pra quem não sabe, ela é a protagonista de Ghost World (2001), onde contracena com Scarlett Johansson (esta nem precisa de apresentações, né?).

E por falar em Scarlett (que volta e meia cito aqui no blog, não tem jeito...), o próximo filme que pretendo ver nos telões é The Other Boleyn Girl, com duas atrizes cujas carreiras tenho procurado acompanhar de perto: Scarlett Johansson (maravilhosa em Lost in Translation e Girl with a Pearl Earring) e Natalie Portman (My Blueberry Nights, Paris Je T`Aime, Closer, Mr. Magurium´s Wonder Emporium, etc).

Blogar faz bem à saúde !

Tá bom, eu não sei se blogar é verbo mas sei que é a terapia mais barata que já fiz em toda a minha vida. E olha que já fiz um bocado de terapia por esta vida afora: análise, gestalt terapia, terapia de casal, etc...(atualmente faço terapia cognitiva). E agora foi comprovado cientificamente por uns australianos o que muitos de nós blogueiros já sabíamos - ou na melhor das hipóteses, pressentíamos:

.......................................................................................
Blogging boosts your social life: research
By Claudine Ryan for ABC Science Online (Posted Mar 3, 2008)


Blogging can help you feel less isolated, more connected to a community and more satisfied with your friendships, both online and face-to-face, new Australian research has found.

The research, from Swinburne University of Technology in Melbourne, found after two months of regular blogging, people felt they had better social support and friendship networks than those who did not blog. Researchers James Baker and Professor Susan Moore have written two papers investigating the psychological benefits of blogging, regularly updating personal web pages with information that invites others to comment.

The first, published in the latest issue of the journal CyberPsychology and Behaviour, compares the mental health of people intending to blog with that of people not planning to blog. Moore says the researchers messaged 600 MySpace users personally and directed them to an online survey. A total of 134 completed the questionnaire - 84 intended to blog and 50 did not.

"We found potential bloggers were less satisfied with their friendships and they felt less socially integrated, they didn't feel as much part of a community as the people who weren't interested in blogging," Ms Moore said. "They were also more likely to use venting or expressing your emotions as a way of coping. "It was as if they were saying 'I'm going to do this blogging and it's going to help me'."

And it seemed to do the trick, as the researchers' second study shows. This study, which is yet to be published, was conducted two months later. The researchers sent out questionnaires to the same group of MySpace users - this time 59 responded. Bloggers reported a greater sense of belonging to a group of like-minded people and feeling more confident they could rely on others for help. All respondents, whether or not they blogged, reported feeling less anxious, depressed and stressed after two months of online social networking.

Navegando pelos mares



Ainda durante as férias escolares citadas recentemente, outro dia fomos eu, F. e Liam fazer o conhecido passeio de barco pelos canais de Amsterdam (claro que eu já tinha feito várias vezes mas é sempre um programa legal). Até aí, nada demais mas a melhor parte foi quando o comandante de bordo decidiu dar uma colher de chá pro menino e deixar que ele assumisse o comando da navegação - não, não estou brincando! Pra quem não acredita, as fotos são a prova do crime, rsrsrs. Agora só falta perguntar: alguém consegue imaginar a felicidade do garoto se sentindo o próprio explorador dos Sete Mares?

PS. Lindo meu filhote, né?

Sessão de cinema: Sweeney Todd



Não teve jeito, eu até tentei fugir da raia (não sou fã de musicais) mas o F., que é fã de carteirinha do Tim Burton acabou ganhando e me arrastou na sexta pro cinema para assistir Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street. E no final das contas, só me resta admitir que o filme é melhor do que eu esperava, ou seja: Tim Burton puro! Pode até não ser o melhor dele mas certamente não é um filme ruim.

Cenografia sombria e macabra, um estilo gótico que é sem sombra de dúvida a marca registrada do diretor e atenção minuciosa aos pequenos detalhes - o que convenhamos, faz a diferença entre um filme medíocre e um filme de arte. E claro, mais uma atuação impecável da dupla Johnny Depp e Helena Bonham Carter (aka Mrs. Burton, pra quem não sabe). Um personagem perverso cujo único objetivo na vida é a vingança, em mais uma excelente encenação do ator preferido do diretor: Johnny Depp.