quinta-feira, maio 22, 2008

Domingo no museu


O que eu ainda não contei é que domingo passado fui no Museu Van Gogh aproveitar o último dia da exposição de John Everett Millais, um dos principais representantes da Irmandade Pré-Rafaelita. Eu já tinha tido a oportunidade de ver a maioria dos quadros expostos na Tate Gallery em Londres (que aliás colaborou nesta exposição) mas é sempre legal rever sua obra. E embora Millais esteja longe de ser meu pintor favorito (e sim Matisse), admito que alguns dos quadros são de uma beleza estonteante, a começar pelo famosíssimo (e reproduzido à exaustão) Ophelia. Beauty for its own sake.

segunda-feira, maio 19, 2008

Meme (como é que se escreve mesmo?)


Recebi este meme de duas pessoas: Andrea (do Box de Idéias) e Paloma (do Colar de Contas). Então vou responder logo antes que receba este troço de novo, rsrsrsrs.


3 ALEGRIAS

* Meu filho, sempre

* Ter conseguido recomeçar a vida depois do divórcio

* As (muitas) viagens que fiz nesta vida

3 MEDOS

* Dirigir (nunca tive aulas nem tirei carteira)

* Atentados terroristas (porque moro na Europa)

* Gente grossa, ignorante e invejosa!

3 OBJETIVOS

* Educar meu filho para ser um adulto responsável, maduro e independente

* Perder mais uns 13 kgs e (man)ter uma alimentação saudável

* Aprender com os erros do passado para N-U-N-C-A mais repeti-los (porque se errar é humano, repetir o mesmo erro é burrice)

3 OBSESSÕES

* Cinema

* Chocolate (em todas suas formas, cores e sabores)

* Blythe dolls (um dia ainda terei uma)

3 FATOS SURPREENDENTES/DIFERENTES SOBRE VOCÊ

* Já morei nos EUA, Escócia, Irlanda e moro há 14 anos na Holanda

* Falo três línguas fluentemente (e todo santo dia): português, inglês e holandês

* Quase morri afogada em um curso de mergulho em Búzios !!!


Agora devo repassar o meme para cinco pessoas (regra é regra). Os sortudos são:

* Tróia (Eu não sei, você sabe)

* Larinha (Cry Wolf)

* Gio (Verbo e devaneio)

* (Rainha do devaneio)

* May (Quase diário)

quinta-feira, maio 15, 2008

Update: Cannes

Relendo a lista de filmes da competição oficial, achei mais um filme de um diretor argentino (leia post anterior).

Como se não bastasse, tem ainda Rodrigo Santoro em um dos papéis principais (tiete eu? never). O diretor é Paulo Trapero (que também dirigiu Família Rodante) e o filme se chama Leonera. Produção: Brasil-Argentina-Coréia do Sul.

E já que citei o Rodrigo, ele também tem um pequeno papel no filme Che, como Raul Castro, irmão de Fidel Castro.

Cinema latino-americano em Cannes

Este ano, três filmes da América Latina foram selecionados para concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008. O primeiro, e também escolhido para abrir o Festival, é Ensaio sobre a Cegueira (Blindness) de Fernando Meirelles. O segundo é Linha de Passe de Walter Salles. Dois diretores brasileiros de alto calibre que dispensam apresentação.

O terceiro filme representando o cinema latino-americano é La Mujer sin Cabeza, da diretora argentina Lucrecia Martel. Pra quem ainda não conhece, ela é uma das mais consagradas diretoras do novo (e frutífero) cinema argentino, com filmes como La Nina Santa (2004) e La Ciénaga (2001).

Fora da competição oficial, a mostra Un Certain Regard traz ainda A Festa da Menina Morta, primeiro trabalho de roteiro e direção do ator brasileiro Matheus Nachtergaele (Central do Brasil, Cidade de Deus, Amarelo Manga, a série O Auto da Compadecida, entre outros). O filme narra a estória de Santinho, um santo (supostamente) milagreiro e de seus seguidores, membros de uma seita no meio da Amazônia.

Outro filme - que não é de um diretor latino-americano mas que também concorre à Palma de Ouro e vale a pena ser citado - é Che de Steve Soderbergh. Depois de Diários de Motocicleta de Walter Salles, Che conta mais uma vez a estória de um dos maiores ícones da América Latina. Filmado em duas partes, já comenta-se nos bastidores que o filme seria o Poderoso Chefão parte 1 e 2 no currículo do diretor. Steve Sodebergh dirigiu entre outros Ocean´s Eleven, Ocean´s Twelve e Ocean´s Thirteen, além de Solaris (remake do clássico de Tarkovski de 1972). Além, é claro, do filme Sex, Lies, and Videotapes premiado com a Palma de Ouro em 1989 e responsável pela consagração internacional do então desconhecido (e jovem) diretor.

quarta-feira, maio 14, 2008

Sorte e azar

Ando meio pensativa então lá vai mais um post da série Divagações...É que depois de levar meu filho hoje na escola, estava conversando com uma das mães e me dei conta de que tenho muita, muita sorte! Porque meu ex-marido pode não ter sido um bom marido mas ele é um excelente pai, não tenho absolutamente do que reclamar. Enquanto que muitas mulheres se vêem mães solteiras da noite pro dia, eu tenho um ex que toma conta do meu filho o suficiente pra eu poder retomar a minha vida. E retomar a minha vida é o que tenho feito desde o divórcio. Há cerca de 3 anos, eu ainda estava lutando contra uma depressão e achando que minha vida tinha acabado, que eu não podia fazer mais nada a não ser me resignar e aceitar o destino. Muitas lágrimas, antidepressivos e sessões de terapia depois, um dia resolvi virar a mesa e contactei um advogado para dar entrada no divórcio (aliás, vocês sabiam que a grande maioria dos divórcios são iniciados pelas mulheres?). Só vou dizer que foi a melhor decisão que tomei na minha vida.

Pois a estória desta mãe com quem eu estava conversando hoje é muito diferente. Ela foi mãe aos 23 anos de idade e hoje a filha tem 24 anos e ela 47. Até ai, tudo bem...o problema é que ela teve um filho há 10 anos (que cria sozinha) e a filha teve dois filhos. Como resultado, esta jovem senhora passa seus dias levando e buscando três crianças na escola (o filho de 10 anos e os netos de 7 e 5 anos). Desnecessário dizer, ela não pode se dar ao luxo de ter uma vida privada porque a filha precisa trabalhar e deixou os netos pra ela cuidar. Muito triste mesmo. Porque além de ter de criar filhos praticamente duas vezes, ela não tem a possibilidade de fazer mais nada nesta vida.

E eu vou todo fim-de-semana pra Haia ficar com o meu namorado, enquanto meu ex-marido cuida do nosso filho. Então quando penso que a vida é difícil (e não é fácil batalhar sozinha pra pagar as contas todo santo mês), eu pàro e penso que poderia ser muito pior! Porque ao menos eu tenho a chance de recuperar um pouco a minha vida, de reescrever a minha estória. E hoje até uma nova relação eu tenho, uma relação que me dá muito mais alegria e prazer do que qualquer outra coisa. Muitas mulheres não têm essa opção - seja por medo ou dependência financeira - e passam suas vidas aprisionadas em casamentos infelizes (como a minha mãe, na verdade eu me separei por mim e por ela). Ou então, acabam criando seus filhos sozinhas.

Moral da estória? Como tudo nesta vida, sorte e azar são relativos. Se por um lado tive azar no casamento (éramos totalmente incompatíveis, para resumir a estória), por outro lado tive sorte na escolha do pai do meu filho. E no final das contas, a gente é que decide se quer passar o resto da vida se lamuriando pelos erros do passado e pela falta de sorte. Ou se prefere agradecer a sorte que tem porque as coisas poderiam ser piores...muito piores!

segunda-feira, maio 12, 2008

Divagações em torno da balança

Depois de tanta praia e gente de biquini por todo lado, resolvi fazer uma pausa pra dizer que a dieta vai bem, obrigada. A má notícia é que depois daqueles 10kg que eu perdi no inverno, a coisa agora está mais devagar mas aviso aos navegantes que estou loooooooooooonge de desistir. Porque perder 10kg no inverno já é algo, sem falar que na primavera e no verão é sempre mais fácil comer light (frutas, saladas, sucos, iogurtes). E no geral, minha dieta melhorou um bocado, com um pecadinho aqui e outro ali porque ninguém é de ferro (e eu amo chocolate, estou diminuindo as doses gradualmente igual tratamento de drogados, rsrsrsrs). E por falar em tratamento, continuo indo religiosamente à dietista. Mas aprendi que não são uns números na balança que vão decidir a minha felicidade. E que quando estou feliz, eu emagreço - com algum esforço mas emagreço. Assim como também sei que só engordei 30 kg (isso mesmo) nos últimos 10 anos porque eu não estava lá muito feliz com a vida que estava levando. Sem contar os quilinhos da gravidez que nunca foram embora (agora sim).

De resto, a sorte é que moro em um país onde - diferente do Brasil - as pessoas não são obcecadas com a forma física nem tampouco malhar na academia é programa obrigatório. Moro em um país onde as mulheres não precisam ser magérrimas, muito pelo contrário. Eu mesma não faço a menor questão de voltar ao peso que tinha quando cheguei aqui na Holanda em 1994 (ainda estou 20 kgs acima daquele peso). Já até combinei com F. (que me conheceu na fase magra e me dá a maior força na dieta mas que acima de tudo me aceita como eu sou) que quero emagrecer mais uns 10 kgs até o final do ano, sem pressa e acima de tudo, sem paranóia. Agora estou numa fase de manutenção porque perder 10kgs em três meses foi, digamos assim, rápido demais...E engordar de novo não é opção! Assim como passar fome também não é opção, nem tampouco ficar obcecada com a balança. A boa notícia é que voltei a usar jeans depois de 9 anos...Uma pequena grande vitória, a primeira de muitas.

Way to go girl!

Onda de calor na Holanda


Se tem uma coisa que holandês adora é sol e praia...é só fazer calor pra população se deslocar em massa rumo às praias. Esta da foto (muito) provavelmente é Scheveningen. Lotada, claro. Vai uma cervejinha gelada aí?

Especial Dia das Mães

Parece brincadeira mas passei literalmente mais um fim-de-semana na praia, rsrsrsrs. Só que desta vez levei meu filho a tiracolo e seguimos sábado de manhã para Haia. Encontramos F. na estação de trem e seguimos para Scheveningen. Praia cheia é eufemismo. A praia estava mesmo era lotada, engarrafamento nas estradas...27 graus é alto verão e a Holanda inteira rumou para as praias (e piscinas, parques etc).

O engraçado é que eu odeio calor. 25 graus pra mim já é mais do que suficiente, 30 graus eu já começo a ficar inquieta atrás de sombra e 40 graus meu humor está beirando o insuportável. Sério, eu moro há 14 anos na Europa mas se tem uma coisa que não sinto a menor falta do Brasil é aquele calorão de 40 graus!!! E como F. odeia tomar sol, ele passou horas debaixo do guarda-sol tomando cerveja e água mineral. Sombra e água fresca. Porque ele gosta mesmo é de ir pra praia no finalzinho do dia, quando o movimento diminui e o calor idem (e com alguma sorte, você ainda consegue ver o pôr-do-sol sentado num desses bares...pensando bem, não deixa de ser uma boa idéia). Liam brincou até se acabar na areia e na beira do mar porque afinal de contas, praia aqui não é programa pra todo dia! E passou o resto do tempo acompanhando F. debaixo do guarda-sol - até prova em contrário, ele é um menino europeu e nada acostumado com temperaturas elevadas (sem falar que nunca foi ao Brasil...)

Só sei que foi o melhor Dia das Mães que eu poderia ter tido! Com F. e meu filho na praia, sentada confortavelmente numa espreguiçadeira, tomando sol e bebendo cerveja gelada (life is a beach). Sábado à noite dormimos em um hotel no centro de Haia (a única vez que o Liam dormiu na casa do F. foi uma desgraça porque ele acordou cedo domingo de manhã e acordou o vizinho debaixo que veio logo reclamar...no prédio dele não tem crianças!!!). Então meu Dia das Mães já começou bem no domingo com um delicioso breakfast buffet, uma das óbvias vantagens de se hospedar em hotel. Seguimos para Kijkduin de barriga cheia, chegamos às 11 da manhã na praia e ficamos até 4 horas da tarde, quando decidimos ir embora porque namorado e filho não aguentavam mais o calor!!! Ás 6 da tarde já estava de volta à Amsterdã, com as baterias devidamente (re)carregadas pra iniciar mais uma semana.

E que venha o verão!

Beach Bar (Kijkduin)




quarta-feira, maio 07, 2008

Dedicated to You (3)


I love you more than words could say...Thanks for being part of my life (again).

xxx
B.

segunda-feira, maio 05, 2008

Praia !!!















Além dos filmes, aproveitamos o tempo bom que fez no fim-de-semana (aviso aos navegantes, 25 graus na Holanda é verão) e fomos passear na praia sábado (Kijkduin) e domingo (Scheveningen, parada obrigatória em dia de calor pra quem circula pelas imediações de Haia). Só mesmo quem (sobre)viveu os dias escuros de inverno pra saber o que um dia de sol desses faz com a gente.

Engraçado, eu que sempre gostei de Amsterdã admito que Haia tem a grande vantagem de ficar perto da praia! 15 ou 20 minutos de tram e lá está você diante do mar. O que sem dúvida torna o passeio ainda mais legal são os inúmeros Beach Bars (como o das fotos, recém inaugurado em Kijkduin) montados literalmente do nada na areia a cada nova temporada - final de abril-início de maio até início de outubro. Scheveningen se transforma totalmente com as estações do ano. E este domingo não foi diferente, centenas de pessoas passeando pelo calçadão da praia de biquini e chinelo de dedos! Muitas crianças brincando na areia e beach bars lotados de gente alegre tomando (muita) cerveja e comendo petiscos tradicionais...

PS. No People Beach Bar (foto) a decoração é toda em branco com toques de dourado ( pisos de madeira e sofás e uma cabeça de buda dourado ao centro). Até os garçons vestem roupas brancas e andam descalços (!!!). Muito ZEN, adoramos e voltaremos em breve.

Beach Bars (Scheveningen)





Feriadão












Aqui foi feriado semana passada então fui terça à noite pra Haia e só voltei domingo à noite pra dar comida pra gata e pro coelho. Porque fica feio matar os bichos de fome, né...Foram cinco noites com o F. e muitos filmes (e praia, que vou deixar pro outro post). Isso sem falar na cerveja, ai ai ai. Deu até pra colocar um pouco o cinema em dia (doce ilusão). Consegui finalmente assistir The Other Boleyn Girl (foto à esquerda), com atuação excelente da Natalie Portman e atuação menos brilhante de Scarlett (pela própria personagem cujo temperamento não dava muita margem para interpretação, o contrário da personagem de Natalie). E Naissance de Pieuvres (foto à direita), filme dèbut da diretora francesa Céline Sciamma (premiado com o César, o Oscar francês). As protagonistas são três adolescentes lidando com as emoções típicas da idade. Mas o filme é de uma sutileza e sensibilidade raramente vistos nas telas nos dias de hoje. Só poderia mesmo ter sido dirigido por uma mulher. Prêmio mais do que merecido, assistam!

Sexta foi sessão dupla no cinema. Primeiro eu escolhi o filme e assistimos Penelope, que é uma gracinha no sentido literal da palavra. Imagens de conto de fadas que em alguns momentos fazem inevitavelmente lembrar de Edward Scissorhands (Tim Burton). F. achou Penelope um filme muito mulherzinha então resolveu dar o troco na hora e acabamos assistindo Iron Man. Não é o tipo de filme que eu colocaria na minha lista mas admito que o roteiro é muito bom mesmo. De resto, 100% testosterona (se é que alguém entende o que eu quero dizer).

Assistimos ainda Wristcutters, a Love Story (ótima dica da Anna). Roteiro muito original, em que os protagonistas são suicidas que vão parar num lugar pra lá de esquisito (onde ninguém ri por razões óbvias e todo mundo anda meio perdido pelas ruas, desorientação total). Hilário, ótimas tiradas e como se não bastasse, tem ainda a participação de Tom Waits (na trilha sonora e na tela). Uma estória repleta de humor da melhor qualidade. O outro filme foi um daqueles que eu nunca havia me dado o trabalho de assistir e portanto F. achou que já estava mais do que na hora: Seven, de David Fincher (também diretor de Fight Club que aliás também não assisti pela mesma razão). E como o filme é pra lá de conhecido, nem vou me dar ao trabalho de comentar por aqui!

Vixe, cansei...
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Domingo no museu


O que eu ainda não contei é que domingo passado fui no Museu Van Gogh aproveitar o último dia da exposição de John Everett Millais, um dos principais representantes da Irmandade Pré-Rafaelita. Eu já tinha tido a oportunidade de ver a maioria dos quadros expostos na Tate Gallery em Londres (que aliás colaborou nesta exposição) mas é sempre legal rever sua obra. E embora Millais esteja longe de ser meu pintor favorito (e sim Matisse), admito que alguns dos quadros são de uma beleza estonteante, a começar pelo famosíssimo (e reproduzido à exaustão) Ophelia. Beauty for its own sake.

Meme (como é que se escreve mesmo?)


Recebi este meme de duas pessoas: Andrea (do Box de Idéias) e Paloma (do Colar de Contas). Então vou responder logo antes que receba este troço de novo, rsrsrsrs.


3 ALEGRIAS

* Meu filho, sempre

* Ter conseguido recomeçar a vida depois do divórcio

* As (muitas) viagens que fiz nesta vida

3 MEDOS

* Dirigir (nunca tive aulas nem tirei carteira)

* Atentados terroristas (porque moro na Europa)

* Gente grossa, ignorante e invejosa!

3 OBJETIVOS

* Educar meu filho para ser um adulto responsável, maduro e independente

* Perder mais uns 13 kgs e (man)ter uma alimentação saudável

* Aprender com os erros do passado para N-U-N-C-A mais repeti-los (porque se errar é humano, repetir o mesmo erro é burrice)

3 OBSESSÕES

* Cinema

* Chocolate (em todas suas formas, cores e sabores)

* Blythe dolls (um dia ainda terei uma)

3 FATOS SURPREENDENTES/DIFERENTES SOBRE VOCÊ

* Já morei nos EUA, Escócia, Irlanda e moro há 14 anos na Holanda

* Falo três línguas fluentemente (e todo santo dia): português, inglês e holandês

* Quase morri afogada em um curso de mergulho em Búzios !!!


Agora devo repassar o meme para cinco pessoas (regra é regra). Os sortudos são:

* Tróia (Eu não sei, você sabe)

* Larinha (Cry Wolf)

* Gio (Verbo e devaneio)

* (Rainha do devaneio)

* May (Quase diário)

Update: Cannes

Relendo a lista de filmes da competição oficial, achei mais um filme de um diretor argentino (leia post anterior).

Como se não bastasse, tem ainda Rodrigo Santoro em um dos papéis principais (tiete eu? never). O diretor é Paulo Trapero (que também dirigiu Família Rodante) e o filme se chama Leonera. Produção: Brasil-Argentina-Coréia do Sul.

E já que citei o Rodrigo, ele também tem um pequeno papel no filme Che, como Raul Castro, irmão de Fidel Castro.

Cinema latino-americano em Cannes

Este ano, três filmes da América Latina foram selecionados para concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008. O primeiro, e também escolhido para abrir o Festival, é Ensaio sobre a Cegueira (Blindness) de Fernando Meirelles. O segundo é Linha de Passe de Walter Salles. Dois diretores brasileiros de alto calibre que dispensam apresentação.

O terceiro filme representando o cinema latino-americano é La Mujer sin Cabeza, da diretora argentina Lucrecia Martel. Pra quem ainda não conhece, ela é uma das mais consagradas diretoras do novo (e frutífero) cinema argentino, com filmes como La Nina Santa (2004) e La Ciénaga (2001).

Fora da competição oficial, a mostra Un Certain Regard traz ainda A Festa da Menina Morta, primeiro trabalho de roteiro e direção do ator brasileiro Matheus Nachtergaele (Central do Brasil, Cidade de Deus, Amarelo Manga, a série O Auto da Compadecida, entre outros). O filme narra a estória de Santinho, um santo (supostamente) milagreiro e de seus seguidores, membros de uma seita no meio da Amazônia.

Outro filme - que não é de um diretor latino-americano mas que também concorre à Palma de Ouro e vale a pena ser citado - é Che de Steve Soderbergh. Depois de Diários de Motocicleta de Walter Salles, Che conta mais uma vez a estória de um dos maiores ícones da América Latina. Filmado em duas partes, já comenta-se nos bastidores que o filme seria o Poderoso Chefão parte 1 e 2 no currículo do diretor. Steve Sodebergh dirigiu entre outros Ocean´s Eleven, Ocean´s Twelve e Ocean´s Thirteen, além de Solaris (remake do clássico de Tarkovski de 1972). Além, é claro, do filme Sex, Lies, and Videotapes premiado com a Palma de Ouro em 1989 e responsável pela consagração internacional do então desconhecido (e jovem) diretor.

Sorte e azar

Ando meio pensativa então lá vai mais um post da série Divagações...É que depois de levar meu filho hoje na escola, estava conversando com uma das mães e me dei conta de que tenho muita, muita sorte! Porque meu ex-marido pode não ter sido um bom marido mas ele é um excelente pai, não tenho absolutamente do que reclamar. Enquanto que muitas mulheres se vêem mães solteiras da noite pro dia, eu tenho um ex que toma conta do meu filho o suficiente pra eu poder retomar a minha vida. E retomar a minha vida é o que tenho feito desde o divórcio. Há cerca de 3 anos, eu ainda estava lutando contra uma depressão e achando que minha vida tinha acabado, que eu não podia fazer mais nada a não ser me resignar e aceitar o destino. Muitas lágrimas, antidepressivos e sessões de terapia depois, um dia resolvi virar a mesa e contactei um advogado para dar entrada no divórcio (aliás, vocês sabiam que a grande maioria dos divórcios são iniciados pelas mulheres?). Só vou dizer que foi a melhor decisão que tomei na minha vida.

Pois a estória desta mãe com quem eu estava conversando hoje é muito diferente. Ela foi mãe aos 23 anos de idade e hoje a filha tem 24 anos e ela 47. Até ai, tudo bem...o problema é que ela teve um filho há 10 anos (que cria sozinha) e a filha teve dois filhos. Como resultado, esta jovem senhora passa seus dias levando e buscando três crianças na escola (o filho de 10 anos e os netos de 7 e 5 anos). Desnecessário dizer, ela não pode se dar ao luxo de ter uma vida privada porque a filha precisa trabalhar e deixou os netos pra ela cuidar. Muito triste mesmo. Porque além de ter de criar filhos praticamente duas vezes, ela não tem a possibilidade de fazer mais nada nesta vida.

E eu vou todo fim-de-semana pra Haia ficar com o meu namorado, enquanto meu ex-marido cuida do nosso filho. Então quando penso que a vida é difícil (e não é fácil batalhar sozinha pra pagar as contas todo santo mês), eu pàro e penso que poderia ser muito pior! Porque ao menos eu tenho a chance de recuperar um pouco a minha vida, de reescrever a minha estória. E hoje até uma nova relação eu tenho, uma relação que me dá muito mais alegria e prazer do que qualquer outra coisa. Muitas mulheres não têm essa opção - seja por medo ou dependência financeira - e passam suas vidas aprisionadas em casamentos infelizes (como a minha mãe, na verdade eu me separei por mim e por ela). Ou então, acabam criando seus filhos sozinhas.

Moral da estória? Como tudo nesta vida, sorte e azar são relativos. Se por um lado tive azar no casamento (éramos totalmente incompatíveis, para resumir a estória), por outro lado tive sorte na escolha do pai do meu filho. E no final das contas, a gente é que decide se quer passar o resto da vida se lamuriando pelos erros do passado e pela falta de sorte. Ou se prefere agradecer a sorte que tem porque as coisas poderiam ser piores...muito piores!

Divagações em torno da balança

Depois de tanta praia e gente de biquini por todo lado, resolvi fazer uma pausa pra dizer que a dieta vai bem, obrigada. A má notícia é que depois daqueles 10kg que eu perdi no inverno, a coisa agora está mais devagar mas aviso aos navegantes que estou loooooooooooonge de desistir. Porque perder 10kg no inverno já é algo, sem falar que na primavera e no verão é sempre mais fácil comer light (frutas, saladas, sucos, iogurtes). E no geral, minha dieta melhorou um bocado, com um pecadinho aqui e outro ali porque ninguém é de ferro (e eu amo chocolate, estou diminuindo as doses gradualmente igual tratamento de drogados, rsrsrsrs). E por falar em tratamento, continuo indo religiosamente à dietista. Mas aprendi que não são uns números na balança que vão decidir a minha felicidade. E que quando estou feliz, eu emagreço - com algum esforço mas emagreço. Assim como também sei que só engordei 30 kg (isso mesmo) nos últimos 10 anos porque eu não estava lá muito feliz com a vida que estava levando. Sem contar os quilinhos da gravidez que nunca foram embora (agora sim).

De resto, a sorte é que moro em um país onde - diferente do Brasil - as pessoas não são obcecadas com a forma física nem tampouco malhar na academia é programa obrigatório. Moro em um país onde as mulheres não precisam ser magérrimas, muito pelo contrário. Eu mesma não faço a menor questão de voltar ao peso que tinha quando cheguei aqui na Holanda em 1994 (ainda estou 20 kgs acima daquele peso). Já até combinei com F. (que me conheceu na fase magra e me dá a maior força na dieta mas que acima de tudo me aceita como eu sou) que quero emagrecer mais uns 10 kgs até o final do ano, sem pressa e acima de tudo, sem paranóia. Agora estou numa fase de manutenção porque perder 10kgs em três meses foi, digamos assim, rápido demais...E engordar de novo não é opção! Assim como passar fome também não é opção, nem tampouco ficar obcecada com a balança. A boa notícia é que voltei a usar jeans depois de 9 anos...Uma pequena grande vitória, a primeira de muitas.

Way to go girl!

Onda de calor na Holanda


Se tem uma coisa que holandês adora é sol e praia...é só fazer calor pra população se deslocar em massa rumo às praias. Esta da foto (muito) provavelmente é Scheveningen. Lotada, claro. Vai uma cervejinha gelada aí?

Especial Dia das Mães

Parece brincadeira mas passei literalmente mais um fim-de-semana na praia, rsrsrsrs. Só que desta vez levei meu filho a tiracolo e seguimos sábado de manhã para Haia. Encontramos F. na estação de trem e seguimos para Scheveningen. Praia cheia é eufemismo. A praia estava mesmo era lotada, engarrafamento nas estradas...27 graus é alto verão e a Holanda inteira rumou para as praias (e piscinas, parques etc).

O engraçado é que eu odeio calor. 25 graus pra mim já é mais do que suficiente, 30 graus eu já começo a ficar inquieta atrás de sombra e 40 graus meu humor está beirando o insuportável. Sério, eu moro há 14 anos na Europa mas se tem uma coisa que não sinto a menor falta do Brasil é aquele calorão de 40 graus!!! E como F. odeia tomar sol, ele passou horas debaixo do guarda-sol tomando cerveja e água mineral. Sombra e água fresca. Porque ele gosta mesmo é de ir pra praia no finalzinho do dia, quando o movimento diminui e o calor idem (e com alguma sorte, você ainda consegue ver o pôr-do-sol sentado num desses bares...pensando bem, não deixa de ser uma boa idéia). Liam brincou até se acabar na areia e na beira do mar porque afinal de contas, praia aqui não é programa pra todo dia! E passou o resto do tempo acompanhando F. debaixo do guarda-sol - até prova em contrário, ele é um menino europeu e nada acostumado com temperaturas elevadas (sem falar que nunca foi ao Brasil...)

Só sei que foi o melhor Dia das Mães que eu poderia ter tido! Com F. e meu filho na praia, sentada confortavelmente numa espreguiçadeira, tomando sol e bebendo cerveja gelada (life is a beach). Sábado à noite dormimos em um hotel no centro de Haia (a única vez que o Liam dormiu na casa do F. foi uma desgraça porque ele acordou cedo domingo de manhã e acordou o vizinho debaixo que veio logo reclamar...no prédio dele não tem crianças!!!). Então meu Dia das Mães já começou bem no domingo com um delicioso breakfast buffet, uma das óbvias vantagens de se hospedar em hotel. Seguimos para Kijkduin de barriga cheia, chegamos às 11 da manhã na praia e ficamos até 4 horas da tarde, quando decidimos ir embora porque namorado e filho não aguentavam mais o calor!!! Ás 6 da tarde já estava de volta à Amsterdã, com as baterias devidamente (re)carregadas pra iniciar mais uma semana.

E que venha o verão!

Beach Bar (Kijkduin)




Dedicated to You (3)


I love you more than words could say...Thanks for being part of my life (again).

xxx
B.

Praia !!!















Além dos filmes, aproveitamos o tempo bom que fez no fim-de-semana (aviso aos navegantes, 25 graus na Holanda é verão) e fomos passear na praia sábado (Kijkduin) e domingo (Scheveningen, parada obrigatória em dia de calor pra quem circula pelas imediações de Haia). Só mesmo quem (sobre)viveu os dias escuros de inverno pra saber o que um dia de sol desses faz com a gente.

Engraçado, eu que sempre gostei de Amsterdã admito que Haia tem a grande vantagem de ficar perto da praia! 15 ou 20 minutos de tram e lá está você diante do mar. O que sem dúvida torna o passeio ainda mais legal são os inúmeros Beach Bars (como o das fotos, recém inaugurado em Kijkduin) montados literalmente do nada na areia a cada nova temporada - final de abril-início de maio até início de outubro. Scheveningen se transforma totalmente com as estações do ano. E este domingo não foi diferente, centenas de pessoas passeando pelo calçadão da praia de biquini e chinelo de dedos! Muitas crianças brincando na areia e beach bars lotados de gente alegre tomando (muita) cerveja e comendo petiscos tradicionais...

PS. No People Beach Bar (foto) a decoração é toda em branco com toques de dourado ( pisos de madeira e sofás e uma cabeça de buda dourado ao centro). Até os garçons vestem roupas brancas e andam descalços (!!!). Muito ZEN, adoramos e voltaremos em breve.

Beach Bars (Scheveningen)





Feriadão












Aqui foi feriado semana passada então fui terça à noite pra Haia e só voltei domingo à noite pra dar comida pra gata e pro coelho. Porque fica feio matar os bichos de fome, né...Foram cinco noites com o F. e muitos filmes (e praia, que vou deixar pro outro post). Isso sem falar na cerveja, ai ai ai. Deu até pra colocar um pouco o cinema em dia (doce ilusão). Consegui finalmente assistir The Other Boleyn Girl (foto à esquerda), com atuação excelente da Natalie Portman e atuação menos brilhante de Scarlett (pela própria personagem cujo temperamento não dava muita margem para interpretação, o contrário da personagem de Natalie). E Naissance de Pieuvres (foto à direita), filme dèbut da diretora francesa Céline Sciamma (premiado com o César, o Oscar francês). As protagonistas são três adolescentes lidando com as emoções típicas da idade. Mas o filme é de uma sutileza e sensibilidade raramente vistos nas telas nos dias de hoje. Só poderia mesmo ter sido dirigido por uma mulher. Prêmio mais do que merecido, assistam!

Sexta foi sessão dupla no cinema. Primeiro eu escolhi o filme e assistimos Penelope, que é uma gracinha no sentido literal da palavra. Imagens de conto de fadas que em alguns momentos fazem inevitavelmente lembrar de Edward Scissorhands (Tim Burton). F. achou Penelope um filme muito mulherzinha então resolveu dar o troco na hora e acabamos assistindo Iron Man. Não é o tipo de filme que eu colocaria na minha lista mas admito que o roteiro é muito bom mesmo. De resto, 100% testosterona (se é que alguém entende o que eu quero dizer).

Assistimos ainda Wristcutters, a Love Story (ótima dica da Anna). Roteiro muito original, em que os protagonistas são suicidas que vão parar num lugar pra lá de esquisito (onde ninguém ri por razões óbvias e todo mundo anda meio perdido pelas ruas, desorientação total). Hilário, ótimas tiradas e como se não bastasse, tem ainda a participação de Tom Waits (na trilha sonora e na tela). Uma estória repleta de humor da melhor qualidade. O outro filme foi um daqueles que eu nunca havia me dado o trabalho de assistir e portanto F. achou que já estava mais do que na hora: Seven, de David Fincher (também diretor de Fight Club que aliás também não assisti pela mesma razão). E como o filme é pra lá de conhecido, nem vou me dar ao trabalho de comentar por aqui!

Vixe, cansei...