terça-feira, janeiro 31, 2012

52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 4

Caramba, último dia do mês então vamos correndo fazer este post. Defnitivamente, não tenho a disciplina da Priscila pra participar deste meme mas desistir eu não vou tão cedo! Pra complicar, este é o post mais difícil da série até o momento...Então vamos lá.






Semana 4: Minhas citações preferidas são: (trechos de livros, de músicas, frases de autores, etc)
1) "Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua vã filosofia." William Shapeskeare
2) "I can resist everything but temptation." Oscar Wilde
3) "Who looks outside, dreams; who looks inside, awakes." Carl Jung
4) "There is no need for temples, no need for complicated philosophies. My brain and my heart are my temples; my philosophy is kindness." Dalai Lama
5) "I find television very educating. Every time somebody turns on the set, I go into the other room and read a book."Groucho Marx





sexta-feira, janeiro 27, 2012

52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 3





Semana 3: Coisas pra se fazer no calor
1) Tomar banho de mar
2) Ir a um parque e sentar na sombra
3) Tomar sorvete
4) Tomar banho de cachoeira
5) Ir pro cinema com ar condicionado




Beach tent in Scheveningen



PS: Aqui na Holanda quase não faz calor, ainda mais agora que estamos em pleno inverno. 20 graus aqui já é calor pras pessoas irem pra praia. No verão (quando tem, ano passado não teve, felizmente eu tive porque estive no Rio), as temperaturas ficam entre 28 e 32 graus. Mais do que isso é feriado nacional, ninguém trabalha. O país inteiro vai pra praia!

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Mais livros pra lista de desejos





Eu costumo passear pela amazon.co.uk pra procurar leituras interessantes com base nas leituras do momento. Geralmente funciona, porque o site sempre indica outros títulos (na seção More like this ou algo parecido). E aí é que mora o perigo, minha gente. Porque assim a minha lista de desejos não termina nunca!

Mal acabo de ler um livro e já entram 2 ou 3 na lista. Sexta-feira mesmo fui no meu sebo favorito da cidade e achei um livro que estava de olho, How to Be an American Housewife. Ele conta a estória de mulheres japonesas que imigraram pros EUA e lá foram ser donas-de-casa e cuidar de suas famílias em um país totalmente novo. O tema não é novo, há centenas de livros sobre o assunto mas me interessa...por motivos óbvios! Pois fui dar uma olhada em outros títulos semelhantes e achei outro livro que tem vendido muito nos EUA. O livro se chama The Buddha in the Attic. Ou seja, mais um pra lista. Mas este vai esperar porque a edição em paperback ainda não saiu.

Na verdade, já li muitos livros de autoras indianas sobre famílias que imigraram para os EUA com a intenção de construir uma vida nova. O primeiro exemplo que me vem a mente é The Immigrant, o último livro de Manju Kapur, uma escritora indiana que já comentei aqui.  O mais estranho é observar que, em alguns aspectos, a cultura indiana lembra a brasileira (fora a religião). Me refiro especialmente às tradições de família, questões como casamento e divórcio, etc. Algumas desssas questões podem não ser mais tabu na sociedade brasileira de hoje mas já foram - e não faz tanto tempo assim (ou eu é que estou mesmo velha). No tempo da minha mãe as moças casavam-se virgens (e pobres daquelas que não o fizessem, eram a vergonha da família) e divórcio (na época chamado desquite) era algo inadmissível...uma mulher desquitada não era vista com bons olhos. Hoje em dia, na escola do meu filho, a grande maioria das crianças é filho de pais separados! Agora por favor não pensem que estou fazendo uma apologia do divórcio, só estou mostrando como as coisas mudaram.






Mas voltando à minha lista de desejos. Achei na English Bookstore (outra livraria favorita) o livro 1001 Books you Must Read Before You Die  por 12 euros, a edição original em inglês! Já vi o livro por aí, inclusive na Livraria da Travessa no Rio e ele custava cerca de 60 reais, quase 3 vezes mais caro!!! Surfando pela amazon achei outro livro interessante do mesmo estilo: Book Lust, Recommended Reading for Every Mood, Moment, and Reason.

Para nós ratos de livraria, livro é o que não falta...o que falta é dinheiro! Enfim, ficam as dicas pra vocês que apreciam uma boa leitura.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

O tempo não pàra

The Persistence of Memory, Salvador Dali



Incrível...Mal comemorei o ano novo e lá se foram 20 dias! Alguém me explica onde foram parar os dias? Eu tenho a sensação de que quanto mais velho a gente fica, mais rápido os dias, as semanas e os meses passam! Não sei se é prar rir ou pra chorar mas é a pura verdade.

Quando eu era criança, as semanas demoravam pra passar, os semestres na escola se arrastavam e as férias de verão pareciam intermináveis! Parece que eu tinha tempo de sobra pra fazer o que tinha de fazer: estudar, brincar e ir à praia. Hoje em dia vivo correndo e olha que só tenho 1 filho pra criar (e quem tem 2 ou 3 filhos, como faz?). Trabalho meio-expediente (e quem trabalha em horário integral?). E toda sexta-feira aquela sensação de que a semana voou. O fim-de-semana, claro, passa mais rápido ainda.

Sem querer filosofar muito - até porque nem sou tão velha assim, é que gosto de "filosofar" - o tempo parece  cada vez mais escasso. Me dá uma certa angústia ver os dias escorrendo como areia pelos dedos da mão (a primeira imagem que me vem à mente). Não sei se é porque com o passar dos anos, o passado começa a pesar mais. As escolhas que fizemos ou deixamos de fazer, o tempo que perdemos quando ainda éramos jovens e tínhamos a vida pela frente. Tempo em que haviam muitas escolhas e caminhos a serem seguidos. Eu percebo isso até nos blogs das "meninas" mais novas (vinte anos mais novas, o que no mundo em que vivemos é uma diferença enorme). Não vou citar nomes mas elas sabem quem são, hehehe.

Acho que essa sensação de que os anos passam voando talvez se deva ao ritmo acelerado de nossas vidas modernas. Fast food, relacionamentos descartáveis, tudo-ao-mesmo-tempo-agora, um corre-pra-cá-corre-pra-lá sem fim (lembram do coelho branco da Alice?). Os avanços tecnológicos podem ter facilitado (e muito) nossas vidas, mas eles fizeram muito mais do que isso. Para alguns de nós, essa ficha já começa a cair.

Basta observar as crianças da nova geração, que nunca entenderão do que estou falando porque isso nunca fez parte do mundo delas. Elas nasceram praticamente conectadas a computadores, celulares e smart phones, cameras digitais, etc. A forma de pensar mudou, o que tem sido observado por um número cada vez maior de (neuro)cientistas. O pensamento acelerou e um dos aspectos negativos que vemos hoje é a EPIDEMIA de transtorno de déficit de atenção (TDA). Nos EUA e em todo o mundo, cada vez mais crianças são diagnosticadas com TDA (ou seja lá a sigla usada no Brasil, aqui na Holanda as crianças tem ADHD). Só pra dar um exemplo, na sala do meu filho quase TODOS os alunos tem ADHD e tomam Ritalin!!! Tá certo que ele está numa escola especial para crianças com autismo, TDA e outros "transtornos" mas mesmo assim. Volta e meia ouço uma mãe ou pai dizer que o filho tem transtorno de déficit de atenção. Enfim, tempos modernos.

No meu tempo as escolas tinham dois tipos de alunos: alunos bons (leia-se quietinhos e estudiosos) e alunos ruins (leia-se desobedientes ou bagunceiros). Não se falava em TDA, nem muito menos em espectro do autismo (que inclui PDD-NOS, o diagnóstico do meu filho). Era todo mundo na mesma sala de aula e os professores se viravam como podiam.

Eu sou do tempo da tv preto e branco, da máquina fotográfica e da máquina de escrever! Do tempo das fitas cassete e do cobiçado walkman. Meus pais eram pobres e nunca pudemos comprar um vídeo, muito menos os CDs quando foram lançados. Eram artigos de luxo. Tínhamos uma tv a cores Telefunken e estava bom assim. Eu ia visitar amigos que tinham video cassete (!!!) em casa e ficava babando...imaginem só!

Enfim, acabei perdendo um pouco o foco neste post - o que ironicamente ilustra o que estou tentando dizer. Mas espero que vocês tenham me entendido um pouco. Porque o tempo não pàra. Não mesmo.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 2





Semana 2: Eu nunca...
1) Aprendi a dirigir
2) Tirei carteira de motorista (óbvio, né?)
3) Fui à Grécia (mas ainda quero ir)
4) Fui à Itália (mas ainda quero ir!)
5) Escalei uma montanha (nem quero, hehehe)

Place to visit before I die...

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Retrospectiva Literária 2011







Como ainda estamos no início de janeiro, decidi responder as perguntas da Retrospectiva Literária 2011 proposta pela Angélica do blog Pensamento Tangencial. Antes tarde do que nunca, né?



O livro infanto-juvenil que mais gostei:  It's a Book, Lane Smith


A aventura que me tirou o fôlego: Sister, Rosamund Lupton (na verdade, é mais um romance policial do que aventura mas eu não costumo ler livros de aventura)

O romance que me fez suspirar: Não leio necessariamente romances...mas The Museum of Innocence é uma estória de amor e tanto, não fica devendo nada aos clássicos da literatura

A saga que me conquistou: The Immigrant, Manju Kapur

O clássico que me marcou: The Perks of Being a Wallflower (é mais um "cult" do que clássico, clássico mesmo é The Catcher in the Rye)

O livro que me fez refletir:  So Much for That, Lionel Schriver

O livro que me fez rir:  Solar, Ian McEwan (!)

O livro que me fez chorar:  Cleo, Helen Brown

O melhor livro de fantasia: não costumo ler fantasia (já sacaram como sou chata, né?). Mas li um romance misturado com science fiction excelente:   Never Let Me Go, Kazuo Ishiguro

O livro que me decepcionou: The Particular Sadness of Lemon Cake, Aimee Bender

O livro que me surpreendeu:  The Museum of Innocence,  Orhan Pamuk

O(a) personagem do ano: A menina leitora em The Book Thief

O casal perfeito:  Hemingway e sua primeira esposa em The Paris Wife, Paula McLain

O(a) autor(a) revelação:  Room, Emma Donoghue

O melhor livro nacional: não li nada, mas ganhei a biografia recém-lançada da Clarice Lispector e vou colocar aqui porque ela é a minha escritora brasileira favorita !!!

O melhor livro que li em 2011: The Book Thief ficou empatado com The Museum of Innocence...Ambos merecem muito ser lidos!

Li em 2011: 25 livros, a grande maioria são obras de ficção literária de autores nomeados ou premiados (Booker Prize, etc). Isso significa que são leituras que requerem mais tempo e não dá pra devorar em dois ou três dias...sem querer desmerecer as leitoras de chick lit (que eu leio vez ou outra pra relaxar). Eu acho que a quantidade de livros lidos depende muito do tipo de leitura. Pronto, falei.

Meta literária para 2012: Ler mais livros!

domingo, janeiro 08, 2012

Das Alices deslumbradas e das aposentadas





Eu gostei tanto deste post do blog da Eve, brasileira que mora em Berlim, que decidi responder aqui e não lá. Mas admito que o que me fez escrever este post foi um comentário de outra brasileira no mesmo post. Ela me deixou pensativa e só não digo que a carapuça serviu totalmente, porque as aparências enganam. E ninguém me conhece de verdade pra saber o que passei ou passo nesta vida.

Eve comentou sobre as Alices deslumbradas que mudaram-se recentemente pro lado de cá (e não são poucas). Engraçado como apesar das dificuldades que a comunidade européia vem passando, a Europa ainda tem seu poder de atração...Ou isso ou o CUPIDO que faz as pessoas mudarem o rumo de suas vidas da noite pro dia. Sim, porque muitas vem pra cá atrás de seus amores. E quem nunca fez isso, que atire a primeira pedra.

E ai vem uma menina comentando que mais chatas que as Alices deslumbradas são as Alices aposentadas! O que por motivos óbvios, me deixou grilada...e (quase) ofendida. Ela se referia às Alices que moram há muito tempo por aqui (como eu) e que, nas palavras dela, não deixam as deslumbradas descobrirem sozinhas suas próprias experiências nem aprender com elas.

Pois li este comentário e me senti uma velha...E fiquei triste (não devia mas fiquei) porque embora eu tenha passado e continue passando por muita coisa (afinal, são 17 anos de Holanda), nunca quis interferir na experiência de ninguém. Nunca quis dar lição de moral ou coisa parecida. Nem nunca foi a minha intenção "jogar um balde de água fria" em quem acaba de chegar cheio de pique e vontade de começar de novo (viu Eve?). No máximo - e este provavelmente foi o meu maior erro - tentei dar conselhos e enfatizar a importância das escolhas que fazemos. E dicas pra evitar que elas caissem nos mesmos erros que caí. Mas é a velha estória: se conselho fosse bom, se vendia né?

Como já comentei aqui no blog algumas vezes, foi aqui na Holanda que vivi os melhores e piores momentos da minha vida. Fui morar junto, casei, perdi minha mãe no Brasil da qual nem pude me despedir, engravidei no mesmo ano, tive meu filho e junto uma depressão pós-parto, minha vida conjugal e profissional foi pro espaço, me divorciei, fiquei sem dinheiro pra pagar as contas do mês e me vi obrigada a pedir ajuda do governo holandês (que nunca quis porque sou orgulhosa demais pra pedir ajuda e sempre fui independente financeiramente). A boa notícia é que o que não me mata, me fortalece. E com o sofrimento sempre vem alguma sabedoria.

Mas cada caso é um caso e eu não desejo as minhas experiências pra ninguém. Até porque, cada um deve ter suas próprias experiências, cada um a seu tempo. E talvez o mais importante: cada um vai lidar com seus problemas da sua maneira. O assunto é tão complexo que já seria outro post. Mas sim, tem a ver com saúde mental, pra início de conversa. Porque nem todo mundo nasce otimista por natureza, e para muitos ser feliz é uma arte a ser aperfeiçoada ao longo de todo uma vida. Este é o meu caminho. Um caminho tortuoso, difícil mas é o meu caminho. Eu posso até mudar algumas coisas (e estou fazendo exatamente isso mas Deus sabe como é difícil). Outras coisas tenho que aceitar como sendo parte de quem eu sou, e me policiar para que elas não acabem tomando espaço demais.

Talvez por eu ser como sou (eu não fujo dos tabus) e por precisar escrever para digerir melhor os acontecimentos da minha vida, as pessoas às vezes achem que estou dando lição de moral. Mas não é nada disso. Estou é falando com meus próprios botões. Tentando colocar ordem no caos à minha maneira. Eu escrevo não porque gosto mas porque preciso. Eu não escrevo pra agradar os outros e nem falo apenas de assuntos agradáveis por aqui.  E isso incomoda muita gente. Principalmente aquelas pessoas que não me conhecem (e algumas que me conhecem também, rsrsrs).

Pra finalizar, quero dedicar este posto às novas Alices que chegaram aqui com tanta disposição e vontade de dar certo (eu também um dia fui assim). Que cada uma delas encontre sua felicidade, à sua maneira. Alices deslumbradas ou aposentadas, estamos todas no mesmo barco!

sábado, janeiro 07, 2012

Alzheimer, uma estória e um livro





A capa é linda de doer, mas juro que não escolhi este livro pela capa, hehehe. O livro é o debut literário de Stefan Merrill Block e trata de um tema que entrou na minha vida (bem) recentemente: Alzheimer. Para ser mais específica, desde a minha viagem ao Brasil em julho do ano passado (caramba, já estamos no ano novo).

É que subitamente me deparei com a doença de frente, quando meu tio (irmão mais velho da minha mãe) nos veio visitar com minha tia e primos. Tio Calixto tem 85 anos e está num estágio relativamente avançado da doença (não sou expert no assunto mas soube que ele mora em uma residência para pacientes geriátricos). E confesso que me assustei ao ver que ele não apenas não se lembrava de mim (nem da minha mãe, irmã dele), como mal reconhecia seus próprios filhos (e netos). Ficou lá sentado no sofá da sala o tempo todo calado, olhando para o vazio, como se estivesse em outro mundo. E pensando bem, Alzheimer é um outro mundo mesmo.

Para minha maior surpresa, soube ainda que o outro irmão da minha mãe (que morreu de um ataque cardíaco) também teve Alzheimer...e então fiquei me perguntando se a minha mãe também não teria sido vítima da doença se não tivesse falecido aos 70 anos de idade. Melhor nem pensar muito, né?

Mas voltando ao assunto do livro, The Story of Forgetting é um romance semi autobiográfico (a avó do autor tinha Alzheimer e ele acompanhou de perto a manifestação da doença desde pequeno). O protagonista é Seth, um adolescente de 17 anos cuja mãe tem Alzheimer. Após cair de uma escada, ela acaba sendo internada em um hospital durante meses, período em que sua saúde deteriora rapidamente. Seth visita sua mãe no início mas ela nunca tem respostas para suas perguntas, a começar porque muitas vezes nem o reconhece. E como o passado familiar de sua mãe sempre foi um segredo fechado a sete chaves na família, o jovem acaba decidindo aprender mais sobre o assunto. E para isso, decide pesquisar mais sua herança genética. Ele vai em busca de provavéis familiares distantes na esperança de descobrir quem foi sua mãe e de onde ela veio. Na esperança de um dia encontrar a peça que irá completar este quebra-cabeça tão complexo. Enfim, uma verdadeira busca.

Este foi o meu primeiro livro do ano e confesso que gostei muito. Nunca tinha lido nada parecido e o autor sabe manter a atenção do leitor, numa leitura cheia de vivacidade e comovente. Além da estória central, ele oferece ainda informações científicas sobre a doença ("traduzidas" em uma linguagem acessível ao leigo). Enfim, uma leitura interessante e útil. Eu recomendo, principalmente para quem tem casos de Alzheimer na família.

sexta-feira, janeiro 06, 2012

52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 1



Semana 1: Coisas que me fazem ficar feliz
1) Meu filho e meu namorado
2) A companhia de pessoas que amo (amigos ou família)
3) Um bom livro, de preferência impresso (mas já estou lendo e-books, apesar da resistência inicial)
4) Um bom filme, de preferência cinema de arte ou alternativo
5) Um dia de sol e céu azul...

Não necessariamente nesta ordem. E pra fugir um pouco da regra porque se eu seguisse tudo certinho não estaria sendo eu mesma (sorry, Pri), decidi completar cada post com uma ilustração.



quinta-feira, janeiro 05, 2012

Trens, trens e mais trens!





Muita gente que vem visitar a Holanda já ouviu falar de Madurodam, o parque miniatura e uma das maiores atrações turísticas da Holanda. E Madurodam é realmente lindo, um passeio altamente recomendado para crianças e adultos. Estive duas vezes lá e comentei anos atrás no blog (leia aqui).

O que muita gente não sabe é que em Roterdã existe um salão de trens em miniatura fantástico, perfeito para fãs pequenos e grandes de trens. O nome do lugar é RAILZ Mini World e meu filho - que sempre foi apaixonado por trens desde pequeno - já tinha ido lá com o pai. Mas ontem eu decidi conhecer e fui com ele de novo. Pra início de conversa, fomos de Fyra, o trem mais rápido da Holanda! Saímos de Amsterdã e em 41 minutos estávamos em Roterdã. Uma ótima dica, mas você paga extra pela velocidade (10 euros extra por ticket, felizmente eu tenho desconto).

O legal em RAILZ Mini World é que além dos trens em miniatura, eles reproduziram em escala muitos dos principais prédios e monumentos de Roterdã. Pena que eu não conheça a cidade direito então não reconheci todos, mas certamente todo mundo reconhece a Ponte de Erasmus e o famoso Euromast, ambos símbolos da cidade. A prefeitura (stadshuis) também é uma construção lindíssima. E eles até reproduziram um dos maiores estádios de shows da Holanda, o famoso Ahoy, que recebe as maiores estrelas internacionais do mundo do rock! Sem falar nas ruas com casinhas, prédios baixos, pracinhas, padaria e outras lojinhas, tudo em miniaturas em escala perfeita! Enfim, uma graça.


Stadshuis (prefeitura da cidade)


Outra coisa muito legal é que a cada 20 minutos anoitece na cidade e você vê as luzes irem se acendendo nas casas e prédios, postes de rua e nos vagões dos trens. Ou seja, você aprecia duas paisagens: a diurna e a noturna. Tudo controlado por sistema de computador. Os trens fazem sempre os mesmos trajetos a intervalos regulares, e as crianças vibram cada vez que o Thalys ou o ICE passam (trens de alta velocidade, o Thalys vai para Paris e o ICE para várias cidades alemãs). Mas os trens holandeses da NS não ficam devendo nada, principalmente o NS double decker, que é o meu trem preferido e que tomo sempre que vou à Haia visitar o namorado.

Enfim, um programa divertido para crianças...e adultos! Mais informações aqui (versão em inglês do site).

Euromast (à frente) e Ponte de Erasmus
Tecnologia do Blogger.

52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 4

Caramba, último dia do mês então vamos correndo fazer este post. Defnitivamente, não tenho a disciplina da Priscila pra participar deste meme mas desistir eu não vou tão cedo! Pra complicar, este é o post mais difícil da série até o momento...Então vamos lá.






Semana 4: Minhas citações preferidas são: (trechos de livros, de músicas, frases de autores, etc)
1) "Há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua vã filosofia." William Shapeskeare
2) "I can resist everything but temptation." Oscar Wilde
3) "Who looks outside, dreams; who looks inside, awakes." Carl Jung
4) "There is no need for temples, no need for complicated philosophies. My brain and my heart are my temples; my philosophy is kindness." Dalai Lama
5) "I find television very educating. Every time somebody turns on the set, I go into the other room and read a book."Groucho Marx





52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 3





Semana 3: Coisas pra se fazer no calor
1) Tomar banho de mar
2) Ir a um parque e sentar na sombra
3) Tomar sorvete
4) Tomar banho de cachoeira
5) Ir pro cinema com ar condicionado




Beach tent in Scheveningen



PS: Aqui na Holanda quase não faz calor, ainda mais agora que estamos em pleno inverno. 20 graus aqui já é calor pras pessoas irem pra praia. No verão (quando tem, ano passado não teve, felizmente eu tive porque estive no Rio), as temperaturas ficam entre 28 e 32 graus. Mais do que isso é feriado nacional, ninguém trabalha. O país inteiro vai pra praia!

Mais livros pra lista de desejos





Eu costumo passear pela amazon.co.uk pra procurar leituras interessantes com base nas leituras do momento. Geralmente funciona, porque o site sempre indica outros títulos (na seção More like this ou algo parecido). E aí é que mora o perigo, minha gente. Porque assim a minha lista de desejos não termina nunca!

Mal acabo de ler um livro e já entram 2 ou 3 na lista. Sexta-feira mesmo fui no meu sebo favorito da cidade e achei um livro que estava de olho, How to Be an American Housewife. Ele conta a estória de mulheres japonesas que imigraram pros EUA e lá foram ser donas-de-casa e cuidar de suas famílias em um país totalmente novo. O tema não é novo, há centenas de livros sobre o assunto mas me interessa...por motivos óbvios! Pois fui dar uma olhada em outros títulos semelhantes e achei outro livro que tem vendido muito nos EUA. O livro se chama The Buddha in the Attic. Ou seja, mais um pra lista. Mas este vai esperar porque a edição em paperback ainda não saiu.

Na verdade, já li muitos livros de autoras indianas sobre famílias que imigraram para os EUA com a intenção de construir uma vida nova. O primeiro exemplo que me vem a mente é The Immigrant, o último livro de Manju Kapur, uma escritora indiana que já comentei aqui.  O mais estranho é observar que, em alguns aspectos, a cultura indiana lembra a brasileira (fora a religião). Me refiro especialmente às tradições de família, questões como casamento e divórcio, etc. Algumas desssas questões podem não ser mais tabu na sociedade brasileira de hoje mas já foram - e não faz tanto tempo assim (ou eu é que estou mesmo velha). No tempo da minha mãe as moças casavam-se virgens (e pobres daquelas que não o fizessem, eram a vergonha da família) e divórcio (na época chamado desquite) era algo inadmissível...uma mulher desquitada não era vista com bons olhos. Hoje em dia, na escola do meu filho, a grande maioria das crianças é filho de pais separados! Agora por favor não pensem que estou fazendo uma apologia do divórcio, só estou mostrando como as coisas mudaram.






Mas voltando à minha lista de desejos. Achei na English Bookstore (outra livraria favorita) o livro 1001 Books you Must Read Before You Die  por 12 euros, a edição original em inglês! Já vi o livro por aí, inclusive na Livraria da Travessa no Rio e ele custava cerca de 60 reais, quase 3 vezes mais caro!!! Surfando pela amazon achei outro livro interessante do mesmo estilo: Book Lust, Recommended Reading for Every Mood, Moment, and Reason.

Para nós ratos de livraria, livro é o que não falta...o que falta é dinheiro! Enfim, ficam as dicas pra vocês que apreciam uma boa leitura.

O tempo não pàra

The Persistence of Memory, Salvador Dali



Incrível...Mal comemorei o ano novo e lá se foram 20 dias! Alguém me explica onde foram parar os dias? Eu tenho a sensação de que quanto mais velho a gente fica, mais rápido os dias, as semanas e os meses passam! Não sei se é prar rir ou pra chorar mas é a pura verdade.

Quando eu era criança, as semanas demoravam pra passar, os semestres na escola se arrastavam e as férias de verão pareciam intermináveis! Parece que eu tinha tempo de sobra pra fazer o que tinha de fazer: estudar, brincar e ir à praia. Hoje em dia vivo correndo e olha que só tenho 1 filho pra criar (e quem tem 2 ou 3 filhos, como faz?). Trabalho meio-expediente (e quem trabalha em horário integral?). E toda sexta-feira aquela sensação de que a semana voou. O fim-de-semana, claro, passa mais rápido ainda.

Sem querer filosofar muito - até porque nem sou tão velha assim, é que gosto de "filosofar" - o tempo parece  cada vez mais escasso. Me dá uma certa angústia ver os dias escorrendo como areia pelos dedos da mão (a primeira imagem que me vem à mente). Não sei se é porque com o passar dos anos, o passado começa a pesar mais. As escolhas que fizemos ou deixamos de fazer, o tempo que perdemos quando ainda éramos jovens e tínhamos a vida pela frente. Tempo em que haviam muitas escolhas e caminhos a serem seguidos. Eu percebo isso até nos blogs das "meninas" mais novas (vinte anos mais novas, o que no mundo em que vivemos é uma diferença enorme). Não vou citar nomes mas elas sabem quem são, hehehe.

Acho que essa sensação de que os anos passam voando talvez se deva ao ritmo acelerado de nossas vidas modernas. Fast food, relacionamentos descartáveis, tudo-ao-mesmo-tempo-agora, um corre-pra-cá-corre-pra-lá sem fim (lembram do coelho branco da Alice?). Os avanços tecnológicos podem ter facilitado (e muito) nossas vidas, mas eles fizeram muito mais do que isso. Para alguns de nós, essa ficha já começa a cair.

Basta observar as crianças da nova geração, que nunca entenderão do que estou falando porque isso nunca fez parte do mundo delas. Elas nasceram praticamente conectadas a computadores, celulares e smart phones, cameras digitais, etc. A forma de pensar mudou, o que tem sido observado por um número cada vez maior de (neuro)cientistas. O pensamento acelerou e um dos aspectos negativos que vemos hoje é a EPIDEMIA de transtorno de déficit de atenção (TDA). Nos EUA e em todo o mundo, cada vez mais crianças são diagnosticadas com TDA (ou seja lá a sigla usada no Brasil, aqui na Holanda as crianças tem ADHD). Só pra dar um exemplo, na sala do meu filho quase TODOS os alunos tem ADHD e tomam Ritalin!!! Tá certo que ele está numa escola especial para crianças com autismo, TDA e outros "transtornos" mas mesmo assim. Volta e meia ouço uma mãe ou pai dizer que o filho tem transtorno de déficit de atenção. Enfim, tempos modernos.

No meu tempo as escolas tinham dois tipos de alunos: alunos bons (leia-se quietinhos e estudiosos) e alunos ruins (leia-se desobedientes ou bagunceiros). Não se falava em TDA, nem muito menos em espectro do autismo (que inclui PDD-NOS, o diagnóstico do meu filho). Era todo mundo na mesma sala de aula e os professores se viravam como podiam.

Eu sou do tempo da tv preto e branco, da máquina fotográfica e da máquina de escrever! Do tempo das fitas cassete e do cobiçado walkman. Meus pais eram pobres e nunca pudemos comprar um vídeo, muito menos os CDs quando foram lançados. Eram artigos de luxo. Tínhamos uma tv a cores Telefunken e estava bom assim. Eu ia visitar amigos que tinham video cassete (!!!) em casa e ficava babando...imaginem só!

Enfim, acabei perdendo um pouco o foco neste post - o que ironicamente ilustra o que estou tentando dizer. Mas espero que vocês tenham me entendido um pouco. Porque o tempo não pàra. Não mesmo.

52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 2





Semana 2: Eu nunca...
1) Aprendi a dirigir
2) Tirei carteira de motorista (óbvio, né?)
3) Fui à Grécia (mas ainda quero ir)
4) Fui à Itália (mas ainda quero ir!)
5) Escalei uma montanha (nem quero, hehehe)

Place to visit before I die...

Retrospectiva Literária 2011







Como ainda estamos no início de janeiro, decidi responder as perguntas da Retrospectiva Literária 2011 proposta pela Angélica do blog Pensamento Tangencial. Antes tarde do que nunca, né?



O livro infanto-juvenil que mais gostei:  It's a Book, Lane Smith


A aventura que me tirou o fôlego: Sister, Rosamund Lupton (na verdade, é mais um romance policial do que aventura mas eu não costumo ler livros de aventura)

O romance que me fez suspirar: Não leio necessariamente romances...mas The Museum of Innocence é uma estória de amor e tanto, não fica devendo nada aos clássicos da literatura

A saga que me conquistou: The Immigrant, Manju Kapur

O clássico que me marcou: The Perks of Being a Wallflower (é mais um "cult" do que clássico, clássico mesmo é The Catcher in the Rye)

O livro que me fez refletir:  So Much for That, Lionel Schriver

O livro que me fez rir:  Solar, Ian McEwan (!)

O livro que me fez chorar:  Cleo, Helen Brown

O melhor livro de fantasia: não costumo ler fantasia (já sacaram como sou chata, né?). Mas li um romance misturado com science fiction excelente:   Never Let Me Go, Kazuo Ishiguro

O livro que me decepcionou: The Particular Sadness of Lemon Cake, Aimee Bender

O livro que me surpreendeu:  The Museum of Innocence,  Orhan Pamuk

O(a) personagem do ano: A menina leitora em The Book Thief

O casal perfeito:  Hemingway e sua primeira esposa em The Paris Wife, Paula McLain

O(a) autor(a) revelação:  Room, Emma Donoghue

O melhor livro nacional: não li nada, mas ganhei a biografia recém-lançada da Clarice Lispector e vou colocar aqui porque ela é a minha escritora brasileira favorita !!!

O melhor livro que li em 2011: The Book Thief ficou empatado com The Museum of Innocence...Ambos merecem muito ser lidos!

Li em 2011: 25 livros, a grande maioria são obras de ficção literária de autores nomeados ou premiados (Booker Prize, etc). Isso significa que são leituras que requerem mais tempo e não dá pra devorar em dois ou três dias...sem querer desmerecer as leitoras de chick lit (que eu leio vez ou outra pra relaxar). Eu acho que a quantidade de livros lidos depende muito do tipo de leitura. Pronto, falei.

Meta literária para 2012: Ler mais livros!

Das Alices deslumbradas e das aposentadas





Eu gostei tanto deste post do blog da Eve, brasileira que mora em Berlim, que decidi responder aqui e não lá. Mas admito que o que me fez escrever este post foi um comentário de outra brasileira no mesmo post. Ela me deixou pensativa e só não digo que a carapuça serviu totalmente, porque as aparências enganam. E ninguém me conhece de verdade pra saber o que passei ou passo nesta vida.

Eve comentou sobre as Alices deslumbradas que mudaram-se recentemente pro lado de cá (e não são poucas). Engraçado como apesar das dificuldades que a comunidade européia vem passando, a Europa ainda tem seu poder de atração...Ou isso ou o CUPIDO que faz as pessoas mudarem o rumo de suas vidas da noite pro dia. Sim, porque muitas vem pra cá atrás de seus amores. E quem nunca fez isso, que atire a primeira pedra.

E ai vem uma menina comentando que mais chatas que as Alices deslumbradas são as Alices aposentadas! O que por motivos óbvios, me deixou grilada...e (quase) ofendida. Ela se referia às Alices que moram há muito tempo por aqui (como eu) e que, nas palavras dela, não deixam as deslumbradas descobrirem sozinhas suas próprias experiências nem aprender com elas.

Pois li este comentário e me senti uma velha...E fiquei triste (não devia mas fiquei) porque embora eu tenha passado e continue passando por muita coisa (afinal, são 17 anos de Holanda), nunca quis interferir na experiência de ninguém. Nunca quis dar lição de moral ou coisa parecida. Nem nunca foi a minha intenção "jogar um balde de água fria" em quem acaba de chegar cheio de pique e vontade de começar de novo (viu Eve?). No máximo - e este provavelmente foi o meu maior erro - tentei dar conselhos e enfatizar a importância das escolhas que fazemos. E dicas pra evitar que elas caissem nos mesmos erros que caí. Mas é a velha estória: se conselho fosse bom, se vendia né?

Como já comentei aqui no blog algumas vezes, foi aqui na Holanda que vivi os melhores e piores momentos da minha vida. Fui morar junto, casei, perdi minha mãe no Brasil da qual nem pude me despedir, engravidei no mesmo ano, tive meu filho e junto uma depressão pós-parto, minha vida conjugal e profissional foi pro espaço, me divorciei, fiquei sem dinheiro pra pagar as contas do mês e me vi obrigada a pedir ajuda do governo holandês (que nunca quis porque sou orgulhosa demais pra pedir ajuda e sempre fui independente financeiramente). A boa notícia é que o que não me mata, me fortalece. E com o sofrimento sempre vem alguma sabedoria.

Mas cada caso é um caso e eu não desejo as minhas experiências pra ninguém. Até porque, cada um deve ter suas próprias experiências, cada um a seu tempo. E talvez o mais importante: cada um vai lidar com seus problemas da sua maneira. O assunto é tão complexo que já seria outro post. Mas sim, tem a ver com saúde mental, pra início de conversa. Porque nem todo mundo nasce otimista por natureza, e para muitos ser feliz é uma arte a ser aperfeiçoada ao longo de todo uma vida. Este é o meu caminho. Um caminho tortuoso, difícil mas é o meu caminho. Eu posso até mudar algumas coisas (e estou fazendo exatamente isso mas Deus sabe como é difícil). Outras coisas tenho que aceitar como sendo parte de quem eu sou, e me policiar para que elas não acabem tomando espaço demais.

Talvez por eu ser como sou (eu não fujo dos tabus) e por precisar escrever para digerir melhor os acontecimentos da minha vida, as pessoas às vezes achem que estou dando lição de moral. Mas não é nada disso. Estou é falando com meus próprios botões. Tentando colocar ordem no caos à minha maneira. Eu escrevo não porque gosto mas porque preciso. Eu não escrevo pra agradar os outros e nem falo apenas de assuntos agradáveis por aqui.  E isso incomoda muita gente. Principalmente aquelas pessoas que não me conhecem (e algumas que me conhecem também, rsrsrs).

Pra finalizar, quero dedicar este posto às novas Alices que chegaram aqui com tanta disposição e vontade de dar certo (eu também um dia fui assim). Que cada uma delas encontre sua felicidade, à sua maneira. Alices deslumbradas ou aposentadas, estamos todas no mesmo barco!

Alzheimer, uma estória e um livro





A capa é linda de doer, mas juro que não escolhi este livro pela capa, hehehe. O livro é o debut literário de Stefan Merrill Block e trata de um tema que entrou na minha vida (bem) recentemente: Alzheimer. Para ser mais específica, desde a minha viagem ao Brasil em julho do ano passado (caramba, já estamos no ano novo).

É que subitamente me deparei com a doença de frente, quando meu tio (irmão mais velho da minha mãe) nos veio visitar com minha tia e primos. Tio Calixto tem 85 anos e está num estágio relativamente avançado da doença (não sou expert no assunto mas soube que ele mora em uma residência para pacientes geriátricos). E confesso que me assustei ao ver que ele não apenas não se lembrava de mim (nem da minha mãe, irmã dele), como mal reconhecia seus próprios filhos (e netos). Ficou lá sentado no sofá da sala o tempo todo calado, olhando para o vazio, como se estivesse em outro mundo. E pensando bem, Alzheimer é um outro mundo mesmo.

Para minha maior surpresa, soube ainda que o outro irmão da minha mãe (que morreu de um ataque cardíaco) também teve Alzheimer...e então fiquei me perguntando se a minha mãe também não teria sido vítima da doença se não tivesse falecido aos 70 anos de idade. Melhor nem pensar muito, né?

Mas voltando ao assunto do livro, The Story of Forgetting é um romance semi autobiográfico (a avó do autor tinha Alzheimer e ele acompanhou de perto a manifestação da doença desde pequeno). O protagonista é Seth, um adolescente de 17 anos cuja mãe tem Alzheimer. Após cair de uma escada, ela acaba sendo internada em um hospital durante meses, período em que sua saúde deteriora rapidamente. Seth visita sua mãe no início mas ela nunca tem respostas para suas perguntas, a começar porque muitas vezes nem o reconhece. E como o passado familiar de sua mãe sempre foi um segredo fechado a sete chaves na família, o jovem acaba decidindo aprender mais sobre o assunto. E para isso, decide pesquisar mais sua herança genética. Ele vai em busca de provavéis familiares distantes na esperança de descobrir quem foi sua mãe e de onde ela veio. Na esperança de um dia encontrar a peça que irá completar este quebra-cabeça tão complexo. Enfim, uma verdadeira busca.

Este foi o meu primeiro livro do ano e confesso que gostei muito. Nunca tinha lido nada parecido e o autor sabe manter a atenção do leitor, numa leitura cheia de vivacidade e comovente. Além da estória central, ele oferece ainda informações científicas sobre a doença ("traduzidas" em uma linguagem acessível ao leigo). Enfim, uma leitura interessante e útil. Eu recomendo, principalmente para quem tem casos de Alzheimer na família.

52 x 5 Momentos pra compartilhar: SEMANA 1



Semana 1: Coisas que me fazem ficar feliz
1) Meu filho e meu namorado
2) A companhia de pessoas que amo (amigos ou família)
3) Um bom livro, de preferência impresso (mas já estou lendo e-books, apesar da resistência inicial)
4) Um bom filme, de preferência cinema de arte ou alternativo
5) Um dia de sol e céu azul...

Não necessariamente nesta ordem. E pra fugir um pouco da regra porque se eu seguisse tudo certinho não estaria sendo eu mesma (sorry, Pri), decidi completar cada post com uma ilustração.



Trens, trens e mais trens!





Muita gente que vem visitar a Holanda já ouviu falar de Madurodam, o parque miniatura e uma das maiores atrações turísticas da Holanda. E Madurodam é realmente lindo, um passeio altamente recomendado para crianças e adultos. Estive duas vezes lá e comentei anos atrás no blog (leia aqui).

O que muita gente não sabe é que em Roterdã existe um salão de trens em miniatura fantástico, perfeito para fãs pequenos e grandes de trens. O nome do lugar é RAILZ Mini World e meu filho - que sempre foi apaixonado por trens desde pequeno - já tinha ido lá com o pai. Mas ontem eu decidi conhecer e fui com ele de novo. Pra início de conversa, fomos de Fyra, o trem mais rápido da Holanda! Saímos de Amsterdã e em 41 minutos estávamos em Roterdã. Uma ótima dica, mas você paga extra pela velocidade (10 euros extra por ticket, felizmente eu tenho desconto).

O legal em RAILZ Mini World é que além dos trens em miniatura, eles reproduziram em escala muitos dos principais prédios e monumentos de Roterdã. Pena que eu não conheça a cidade direito então não reconheci todos, mas certamente todo mundo reconhece a Ponte de Erasmus e o famoso Euromast, ambos símbolos da cidade. A prefeitura (stadshuis) também é uma construção lindíssima. E eles até reproduziram um dos maiores estádios de shows da Holanda, o famoso Ahoy, que recebe as maiores estrelas internacionais do mundo do rock! Sem falar nas ruas com casinhas, prédios baixos, pracinhas, padaria e outras lojinhas, tudo em miniaturas em escala perfeita! Enfim, uma graça.


Stadshuis (prefeitura da cidade)


Outra coisa muito legal é que a cada 20 minutos anoitece na cidade e você vê as luzes irem se acendendo nas casas e prédios, postes de rua e nos vagões dos trens. Ou seja, você aprecia duas paisagens: a diurna e a noturna. Tudo controlado por sistema de computador. Os trens fazem sempre os mesmos trajetos a intervalos regulares, e as crianças vibram cada vez que o Thalys ou o ICE passam (trens de alta velocidade, o Thalys vai para Paris e o ICE para várias cidades alemãs). Mas os trens holandeses da NS não ficam devendo nada, principalmente o NS double decker, que é o meu trem preferido e que tomo sempre que vou à Haia visitar o namorado.

Enfim, um programa divertido para crianças...e adultos! Mais informações aqui (versão em inglês do site).

Euromast (à frente) e Ponte de Erasmus