sábado, outubro 20, 2012

Nunca vou entender...

Os famosos telhados de Paris

Eu sempre fico impressionada quando vejo estes brasileiros morando anos aqui na Holanda e que viajam todo ano religiosamente para o Brasil. Até entendo quem tenha família (digo mãe, pai, irmãos o que não é o meu caso). Mas continua achando estranho. Essas pessoas moram na Europa e não conhecem praticamente nada deste rico e variado continente.

Claro que o Brasil é lindo, e eu adoraria poder me dar ao luxo de ir ao Brasil todo ano. Mas a grana não dá mesmo e ai nem adianta reclamar. Por outro lado, mesmo que eu tivesse muita grana, eu ainda ia querer conhecer lugares aqui na Europa.


Praga (Liam de camiseta laranja)

Felizmente tive a oportunidade de viajar e conhecer muitos lugares quando ainda trabalhava com traduções e ganhava bem (tempos áureos aqueles). Visitei Londres, Paris, Praga, Barcelona, Munique. Morei em Dublin, Edinburgh. Conheci muitas cidades da Inglaterra, entre elas York, Cambridge, Oxford, etc. Também tive a felicidade de conhecer o belo Lake District (inglaterra) e as belíssimas Terras Altas (Escócia). Conheci Lisboa, Cascais e a bela região do Minho. Conheci o sul da França, incluindo Cannes, Nice e Monte Carlo. E as pitorescas Antibes e Menton, também na região.


Menton, Cote D'Azur

Mas nos últimos anos a grana encurtou...e mesmo assim fui à Tunísia dois anos atrás! E ano passado realizei a tão sonhada viagem de levar meu filho para conhecer finalmente o Brasil, ele já com 11 anos! Claro que o menino amou e mal pode esperar o ano que vem. Mas neste exato momento ele está curtindo o Tirol e os belos alpes. Sim, ele embarcou ontem com o pai num trem noturno para Innsbruck! E eu fiquei aqui morrendo de vontade de ir junto...


Innsbruck

Ou seja, simplesmente não dá pra entender como alguns brasileiros que moram aqui só pensam em tirar férias no Brasil...Eu ainda quero conhecer tantos lugares, no topo da minha lista estão: Istanbul, Budapeste, Viena, Cracóvia, Veneza, Firenze, Sevilla e Andaluzia...Nunca fui à Itália nem à Grécia..enfim, tem de ter muita grana pra conhecer tudo que a Europa tem a oferecer e poucos que conheço tem ou tiveram este privilégio. As pessoas visitam Londres, Paris, Roma e Madri e já acham que conhecem a Europa!


Istanbul, um sonho a ser realizado

Enfim, voltando ao assunto do post: nunca irei entender estes brasileiros que moram aqui e juntam dinheiro o ano todo pra ir ao Brasil! Uma das minhas melhores amigas ontem me disse assim: você deveria ir ao Brasil TODO ano! Dá um jeito de juntar grana, etc. E eu pensei: quem é ela pra dizer o que eu devo ou não devo fazer?!! O filho dela tem 4 anos e, se não me engano, já foi 4 ou 5 vezes ao Brasil (juro que perdi a conta). Detalhe, estão indo pra lá de novo semana que vem! Por outro lado, tudo indica que o garoto vai crescer sem conhecer nenhuma cidade da Europa (e ele nasceu aqui.  Já o meu filho, viajou por muitos lugares, já conhece Londres, Paris, Praga e agora Innsbruck. Já esteve comigo na Tunísia, apaixonou-se pelo Brasil ano pasado e um dia ainda o levarei para o Egito! No mais, Liam sonha em conhecer a Austrália e a África do Sul, entre outros...Filho de peixe, peixinho é!

Só sei que nessas horas me sinto a cidadã do mundo e crio meu filho para apreciar as maravilhas de todo o mundo - e não apenas do nosso abençoado Brasil. Mas eu nem discuto mais com as pessoas porque cada um vive a vida como bem entender, né?

Mas que eu nunca vou entender, isso é verdade.


Lake District
Edinburgh Castle

quinta-feira, outubro 18, 2012

2 Days in New York




Este post é do mês passado mas sabe como é: antes tarde do que nunca. Quem conhece a atriz francesa Julie Delpy dos filmes Before Sunrise e Before Sunset provavelmente sabe que além de atriz, ela também é diretora (e das boas). Quem não sabia, fica sabendo agora.

Já comentei sobre isso anteriormente no blog (leia aqui) e claro que assisti o primeiro filme dela, 2 Days in Paris. Até porque, ainda por cima tinha como pano de fundo uma das minhas cidades preferidas. Isso mesmo, Paris! Neste filme, vemos a francesa Julie com um namorado americano, Jack. Também somos apresentados às respectivas famílias, que se conhecem quando os pais de Jack visitam Paris.

Fastforward. Alguns anos depois, temos 2 Days in New York, a sequência de 2 Days in Paris. Com a mesma Julie mas agora um novo namorado, também americano. Logo no início do segundo filme, ficamos sabendo que Julie teve um filho com Jack, eles se separaram e ela continuou morando nos EUA (conheço bem esta estória, hehehe). Algum tempo depois, ela começou um relacionamento com um colega de trabalho. No novo filme, os dois moram juntos, com os respectivos filhos do primeiro casamento (familias modernas, né?).

Eu gostei do primeiro filme, mas achei o roteiro do segundo filme muito melhor! A começar porque os diálogos são mais divertidos, as situações mais hilárias (e constrangedoras) e por ai vai. E não podia ser diferente pois em 2 Days in New York, a "exótica" família francesa de Julie decide ir visitá-la, o que por si só já garante muita confusão. O pai dela é uma figura e a irmã uma ninfomaníaca neurótica. Por ai você podem imaginar as situações que rolam no filme...

Enfim, fica a dica para os fãs de Julie Delpy! E para quem gosta de uma boa estória de amor, com direito a muitas gargalhadas, além daquelas inusitadas situações com as quais alguns de nós certamente irão se identificar.






PS. Pra quem leu o post anterior, já estou melhorzinha...deve ter sido mesmo o tempo chuvoso, a mudança de estação que afeta até os holandeses. E sim, eu irei sobreviver este inverno - sozinha ou acompanhada - porque sempre terei meus livros, filmes, séries, scraps...a lista é longa!

terça-feira, outubro 16, 2012

Que fim levou o amor?



A coisa anda meio esquisita por aqui. Terminei um namoro de 5 anos em abril, fiz uns lances esquisitos dos quais não necessariamente me orgulho no verão passado e agora o outono chegou, os dias ficaram mais curtos e de repente me bateu uma solidão que eu não sentia há anos!

Vida de imigrante já é difícil. E morar na Holanda sem ter família, namorado, marido, o que for é mais difícil ainda. E eu estou sentindo isso na pele nas últimas semanas. É que dos meus 18 anos de Holanda, 10 anos estive casada com o pai do meu filho, 5 anos namorei o F. Enfim, passei a maioria dos invernos acompanhada.

E eu sei que só mesmo os brasileiros que moram por aqui vão entender isso mas é muito difícil encarar um longo e tenebroso inverno sem um companheiro dormindo ao seu lado (o famoso "cobertor de orelha", hehehe). Sério: no Brasil a gente vai pra rua, fala com as pessoas, o povo é falante e extrovertido (até demais). Os dias são longos, o sol brilha e a vida acontece nas ruas. Pois aqui não, aqui passa-se praticamente meio ano dentro de casa! Aqui você chega sozinha num café e sai sozinha. As pessoas praticamente só falam com seus amigos e parentes. Não se fala com estranhos, ninguém puxa conversa com ninguém em fila de cinema, correio, banco...Eu até hoje tenho dificuldades em me acostumar com este hábito holandês (e quando voltei do Brasil ano passado entrei em choque). Felizmente os idosos são uma exceção e adoram jogar conversa fora. Os estrangeiros também...e aqui no meu bairro o que mais tem é estrangeiro, sempre cruzo com um conhecido na rua!

Mas no outono-inverno a regra é ir pra dentro de casa, as pessoas buscam o aconchego do lar e a companhia da família. E a minha família aqui na Holanda...é o Liam. E tá bem, o pai dele também porque fazemos parte da vida um do outro, temos um objetivo em comum que é criar o nosso filho juntos (e tem funcionado).  E F. também acabou virando família, ele praticamente considera o Liam como filho e nos encontramos duas vezes por mês. Ele mesmo já deixou bem claro que não tem a menor intenção de sumir de nossas vidas. Mas fica faltando alguma coisa...





E eu nem posso reclamar porque quem terminou o namoro fui eu, né? E ando me perguntando por esses dias o que vem a ser o amor...e cheguei à conclusão que não sei definir este sentimento (e nem sei se soube um dia). Porque paixão todo mundo sabe o que é, a gente sente na pele, aquele frio na barriga, etc. Mas amor é outra estória, desconfio que seja, antes de mais nada, uma ESCOLHA. As pessoas escolhem ficar juntas. Apesar de tudo. Decidem que mesmo que o outro não seja perfeito (e ninguém é), sua presença é indispensável em nossas vidas.

Então estou vivendo um momento muito estranho na minha vida...sinto saudades dos primeiros anos do namoro, daquela paixão (quase) adolescente. Da certeza de que ter encontrado finalmente o amor da minha vida. Da convicção de que fomos feitos um para o outro. Diga-se de passagem, eu não tive nada disso com meu ex-marido, não mesmo. Sinto saudade de como a gente era antes da relação esfriar. E nessas horas acho que o problema talvez seja eu: eu não sei ficar em relacionamento morno só por ficar. Tudo bem que a paixão inevitavelmente acaba (e acaba mesmo, é uma questão puramente biológica). Mas relacionamento em que o casal mais parece irmã e irmão do que homem e mulher é muito chato. E não adianta querer botar a culpa no outro porque acho que a culpa é mesmo dos dois.

O amor é como uma planta que precisa ser regada diariamente. O maior erro é quando um dos dois (ou ambos) se acomodam. Um dos sintomas disso - e que a maioria dos casais passa em determinados períodos - é quando o sexo diminui ou pior, deixa de existir! E vocês podem até discordar de mim, mas quando o sexo acaba é sinal de que algo está (muito) errado. Outro problema é quando o sexo para um dos parceiros corresponderia a 50% da relação e para o outro 20 ou 30% já está bom! Isso é incompatibilidade básica e na prática traz muitos problemas (atire a primeira pedra quem nunca passou por isso). Sem falar que todo relacionamento tem seus altos e baixos, períodos em que as pessoas se afastam, em que elas precisam lidar com questões pessoais, com outras urgências.




Resumindo...a cabeça aqui anda a mil. Pensando bem, eu mesma fiquei impressionada como estava conseguindo levar o fim do namoro com tanta "leveza"...até porque, geralmente é assim quando a gente é que escolhe terminar, né? Mas adivinhem? Agora deu pane no sistema...To be continued.

sexta-feira, outubro 12, 2012

Holandeses

Vocês conhecem aquela música Cariocas da Adriana Calcanhotto? Pois eu resolvi fazer a minha versão adaptada: Holandeses! Com o direito adquirido após 18 anos vivendo no país das tulipas e dos moinhos, entre muitas outras coisas.

  • Holandeses não gostam de dias chuvosos mas andam de bicicleta assim mesmo! Sol, chuva, vento, ventania e lá vão eles de bicicleta pra escola e pro trabalho…coitadas das crianças! Ao menos eles usam uma espécie de poncho de plástico (a famosa e indispensável regenjas) para terem a ilusão de estarem secos.
  • Holandeses adoram gatos, alguns até mais do que crianças. Muita gente tem gato em casa…já criança é outra estória. A média oficial de filhos é de 1.5 ou seja, de 1 a 2 filhos. Os imigrantes é que são responsáveis pelo aumento da população deste país pequenininho. Em média 4 filhos, muitas vezes 5, 6 ou mais... tô fora!
  • Holandeses adoram cerveja, vinho e café sem açúcar. Não gostam de doces muito doces mas não resistem a uma tradicional torta de maçã. Holandeses adoram batata frita com maionese e/ou ketchup! E claro, holandeses amam arenque (haring).
  • Holandeses valorizam sua liberdade de expressão e lutam por ela até o fim. Holandeses gostam de negociar tudo e questionar a opinião alheia. Holandeses são "curtos e grossos" (o que eles chamam de curiosidade e o estrangeiro acha simplesmente brutal).
  • Holandeses gostam de viajar, quanto mais longe melhor. E férias que se prezem tem de ter sol, senão não são férias. Os que não podem viajar para longe, vão acampar na França e viajam com o carro abarrotado de tralhas. Holandeses adoram a França…e a Espanha também!
  • Holandeses são esportivos, adoram fazer caminhadas e andar de bicicleta. Gostam de nadar e fazer alpinismo. E adoram futebol. Holandeses não são preguiçosos!
  • Holandeses adoram cozinhas exóticas, viajam para a África e a Ásia em busca de aventuras mas não falam com o vizinho estrangeiro...Holandeses discriminam os imigrantes que vivem em seu país…holandeses são um povo contraditório.
  • Holandeses são discretos, falam baixinho e odeiam gente que fala alto em cafés, restaurantes e transporte público. Por outro lado, tem o hábito de se apaixonar por povos “exóticos" e extrovertidos ou "espalhafatosos" (leia-se latinos e africanos). Os opostos se atraem…e se repelem!
  • As mulheres holandesas são adeptas da beleza natural. A maioria não se dispoe a fazer plásticas (mas muitas fazem dietas), usa pouca maquiagem e raramente faz as unhas (eu sou holandesa tá?). As holandeses não são vaidosas, elas deixam isso pras brasileiras! Felizmente, uma boa parte dos homens holandeses (e europeus em geral) também é adepto da beleza natural…bem diferente do homem brasileiro. Nessas horas eu adoro morar na Holanda.
  • As mulheres holandesas fazem parto normal, o índice de cesarianas na Holanda é um dos mais baixos do mundo, cerca de 10% (Brasil, México e EUA são campeões). Cesariana aqui é sinônimo de intervenção cirúrgica e estadia hospitalar e feita apenas com indicação médica. E adivinhem? Acho que eles estão cobertos de razão!
  • Médicos holandeses tem o (mau) hábito de receitar paracetamol pra tudo…para desespero da população de estrangeiros que vivem neste país. A medicina preventiva é pouco valorizada, prefere-se curar do que prevenir…um grande desperdício de verbas. Neste aspecto, os holandeses ainda tem muito a aprender com os chineses.
  • Last but not least...holandeses adoram reclamar de tudo e de todos. Holandeses são mimados desde pequenos e não sabem dar valor ao que tem (isso também vale para estrangeiros que moram há muitos anos neste país que, apesar de tudo, ainda tem um sistema social que o Brasil nem sonha em ter).


A tradicional torta de maçã

Arenque (haring)

Regenjas

Posts atrasados, só pra variar




Semana 38 – Desculpe mas eu acho brega…
1) Baile funk e forró
2) Calça branca (só no reveillon e olhe lá)
3) Mulher maquiada demais
4) Excesso de bijouterias ou jóias
5) Ostentação em geral, esnobismo em particular

Semana 39 – Minhas melhores qualidades...
1) Sinceridade (não sei fingir)
2) Honestidade
3) Autenticidade (nunca fui Maria-vai-com-as-outras)
4) Sensível (até demais, o que mais atrapalha do que ajuda)
5) Inteligente e culta (e modesta, rsrsrsrs)

Semana 40 – Meus cheiros preferidos...
1) Cheiro de mato
2) Cheiro de terra molhada
3) Cheiro de café fresquinho
4) Cheiro de bolo saindo do forno
5) Cheirinho de criança saindo do banho (!)

Semana 41 – As coisas mais difíceis num relacionamento amoroso...
1) Incompatibilidade de gênios (a causa nr. 1 dos divórcios, inclusive o meu)
2) Pouco ou nenhum interesse em comum (não dá nem pra sair juntos, né?)
3) Falta de respeito à opinião alheia
4) Instabilidade emocional de um dos parceiros (geralmente eu rsrsrsrs)
5) Last but not least, dificuldade de comunicação

sábado, outubro 06, 2012

Aborrescentes



E de repente aquele garotinho fez 12 anos (em abril passado), vai para a escola secundária e começa a se achar gente grande! Impressionante. Eu confesso que a culpa é em parte minha porque crio meu filho para ter autonomia e se virar sozinho. Ou como dizia minha (falecida) mãe: liberdade com responsabilidade. Ou seja, eu confio na medida em que ele se comporta...fez besteira, eu seguro de novo.

Mas olha, a mudança é drástica e quem tem filhos na pré-adolescência e adolescência sabe perfeitamente do que estou falando. Quem não tem, nem queria saber rsrsrsrs. Mas o meu filho até que é muito gente boa, apesar do mau humor das manhãs...já vi muito adolescente mau humorado e ele certamente não é um deles. Ainda não!!!

O legal é que desde os 9 anos ele ia de ônibus sozinho pra escola, com celular e tudo. E agora ele vai de ônibus e metrô. Notem bem que Amsterdam não é Rio de Janeiro ou São Paulo, o que faz toda a diferença. E na volta da escola, sempre vem uns coleguinhos juntos no metrô, então tudo é festa.

No primeiro dia de aula na escola nova, cheguei com ele toda nervosa (a mãe mais nervosa do que o filho) e o que ele fez? Entrou correndo na escola sem nem olhar pra trás! E eu nem devia ter ficado surpresa porque foi o mesmo em maio passado, ainda na escola antiga. Foram dois dias acampar, os pais todos se despedindo e abraçando os filhos, alguns até com lágrimas nos olhos (eu juro) e Liam? Quando vi já estava entrando com os amigos no ônibus, todo sorridente. Nem beijo nem nada. Abanei e fui pra casa! Esta semana o pai passou pelo mesmo "vexame", foi levar o filho pra escola na quarta, eles só voltariam na sexta de um acampamento e adivinha? O garoto foi logo se juntar aos amigos e nem se lembrou de se despedir do pai. Dos males o menor: ao menos ele tem novos amigos!

Sem falar que de uns tempos pra cá meu filho deu pra me achar "irritante". Do tipo "mãe, você é irritante", "você não sabe do que eu estou falando" e "deixa pra lá, você não ia entender mesmo". Ou em bom holandês: "Je bent irritant", "je weet het niet, je begrijpt niks", "laat maar, je begrijp toch niet". Vai dizer que isso não é coisa típica de aborrescente. Meu consolo é que não sou apenas eu que sou irritante...o pai também é! Então de repente aquele menininho que achava que tudo que dizíamos era SAGRADO decide achar que não sabemos nada! Da noite pro dia, minha gente...e eu que sabia tanta coisa, hoje não entendo mais nada hehehe. Enfim, faz parte, né?

E nem vou falar nos games...meu filho viciou em dois games: Smackdown (boxing) e FIFA (ao menos este é futebol). E agora mesmo enquanto escrevo este post, ele está aqui na sala incomunicável (pra mim) com um amigo jogando PlayStation e Xbox 380...Welcome to the Game Generation. Claro que eu controlo, a começar porque os consoles estão na sala, dever de casa também é feito na sala (com a minha supervisão porque sou chata mesmo, quando ele tiver o diploma dele vai me agradecer). Se depender de mim, nada de game no quarto. E diga-se de passagem, também não tem TV no quarto, me recuso (no meu quarto tem, claro rsrsrsr).

Enfim, agora tenho assunto novo para o meu blog: aborrescentes!
Tecnologia do Blogger.

Nunca vou entender...

Os famosos telhados de Paris

Eu sempre fico impressionada quando vejo estes brasileiros morando anos aqui na Holanda e que viajam todo ano religiosamente para o Brasil. Até entendo quem tenha família (digo mãe, pai, irmãos o que não é o meu caso). Mas continua achando estranho. Essas pessoas moram na Europa e não conhecem praticamente nada deste rico e variado continente.

Claro que o Brasil é lindo, e eu adoraria poder me dar ao luxo de ir ao Brasil todo ano. Mas a grana não dá mesmo e ai nem adianta reclamar. Por outro lado, mesmo que eu tivesse muita grana, eu ainda ia querer conhecer lugares aqui na Europa.


Praga (Liam de camiseta laranja)

Felizmente tive a oportunidade de viajar e conhecer muitos lugares quando ainda trabalhava com traduções e ganhava bem (tempos áureos aqueles). Visitei Londres, Paris, Praga, Barcelona, Munique. Morei em Dublin, Edinburgh. Conheci muitas cidades da Inglaterra, entre elas York, Cambridge, Oxford, etc. Também tive a felicidade de conhecer o belo Lake District (inglaterra) e as belíssimas Terras Altas (Escócia). Conheci Lisboa, Cascais e a bela região do Minho. Conheci o sul da França, incluindo Cannes, Nice e Monte Carlo. E as pitorescas Antibes e Menton, também na região.


Menton, Cote D'Azur

Mas nos últimos anos a grana encurtou...e mesmo assim fui à Tunísia dois anos atrás! E ano passado realizei a tão sonhada viagem de levar meu filho para conhecer finalmente o Brasil, ele já com 11 anos! Claro que o menino amou e mal pode esperar o ano que vem. Mas neste exato momento ele está curtindo o Tirol e os belos alpes. Sim, ele embarcou ontem com o pai num trem noturno para Innsbruck! E eu fiquei aqui morrendo de vontade de ir junto...


Innsbruck

Ou seja, simplesmente não dá pra entender como alguns brasileiros que moram aqui só pensam em tirar férias no Brasil...Eu ainda quero conhecer tantos lugares, no topo da minha lista estão: Istanbul, Budapeste, Viena, Cracóvia, Veneza, Firenze, Sevilla e Andaluzia...Nunca fui à Itália nem à Grécia..enfim, tem de ter muita grana pra conhecer tudo que a Europa tem a oferecer e poucos que conheço tem ou tiveram este privilégio. As pessoas visitam Londres, Paris, Roma e Madri e já acham que conhecem a Europa!


Istanbul, um sonho a ser realizado

Enfim, voltando ao assunto do post: nunca irei entender estes brasileiros que moram aqui e juntam dinheiro o ano todo pra ir ao Brasil! Uma das minhas melhores amigas ontem me disse assim: você deveria ir ao Brasil TODO ano! Dá um jeito de juntar grana, etc. E eu pensei: quem é ela pra dizer o que eu devo ou não devo fazer?!! O filho dela tem 4 anos e, se não me engano, já foi 4 ou 5 vezes ao Brasil (juro que perdi a conta). Detalhe, estão indo pra lá de novo semana que vem! Por outro lado, tudo indica que o garoto vai crescer sem conhecer nenhuma cidade da Europa (e ele nasceu aqui.  Já o meu filho, viajou por muitos lugares, já conhece Londres, Paris, Praga e agora Innsbruck. Já esteve comigo na Tunísia, apaixonou-se pelo Brasil ano pasado e um dia ainda o levarei para o Egito! No mais, Liam sonha em conhecer a Austrália e a África do Sul, entre outros...Filho de peixe, peixinho é!

Só sei que nessas horas me sinto a cidadã do mundo e crio meu filho para apreciar as maravilhas de todo o mundo - e não apenas do nosso abençoado Brasil. Mas eu nem discuto mais com as pessoas porque cada um vive a vida como bem entender, né?

Mas que eu nunca vou entender, isso é verdade.


Lake District
Edinburgh Castle

2 Days in New York




Este post é do mês passado mas sabe como é: antes tarde do que nunca. Quem conhece a atriz francesa Julie Delpy dos filmes Before Sunrise e Before Sunset provavelmente sabe que além de atriz, ela também é diretora (e das boas). Quem não sabia, fica sabendo agora.

Já comentei sobre isso anteriormente no blog (leia aqui) e claro que assisti o primeiro filme dela, 2 Days in Paris. Até porque, ainda por cima tinha como pano de fundo uma das minhas cidades preferidas. Isso mesmo, Paris! Neste filme, vemos a francesa Julie com um namorado americano, Jack. Também somos apresentados às respectivas famílias, que se conhecem quando os pais de Jack visitam Paris.

Fastforward. Alguns anos depois, temos 2 Days in New York, a sequência de 2 Days in Paris. Com a mesma Julie mas agora um novo namorado, também americano. Logo no início do segundo filme, ficamos sabendo que Julie teve um filho com Jack, eles se separaram e ela continuou morando nos EUA (conheço bem esta estória, hehehe). Algum tempo depois, ela começou um relacionamento com um colega de trabalho. No novo filme, os dois moram juntos, com os respectivos filhos do primeiro casamento (familias modernas, né?).

Eu gostei do primeiro filme, mas achei o roteiro do segundo filme muito melhor! A começar porque os diálogos são mais divertidos, as situações mais hilárias (e constrangedoras) e por ai vai. E não podia ser diferente pois em 2 Days in New York, a "exótica" família francesa de Julie decide ir visitá-la, o que por si só já garante muita confusão. O pai dela é uma figura e a irmã uma ninfomaníaca neurótica. Por ai você podem imaginar as situações que rolam no filme...

Enfim, fica a dica para os fãs de Julie Delpy! E para quem gosta de uma boa estória de amor, com direito a muitas gargalhadas, além daquelas inusitadas situações com as quais alguns de nós certamente irão se identificar.






PS. Pra quem leu o post anterior, já estou melhorzinha...deve ter sido mesmo o tempo chuvoso, a mudança de estação que afeta até os holandeses. E sim, eu irei sobreviver este inverno - sozinha ou acompanhada - porque sempre terei meus livros, filmes, séries, scraps...a lista é longa!

Que fim levou o amor?



A coisa anda meio esquisita por aqui. Terminei um namoro de 5 anos em abril, fiz uns lances esquisitos dos quais não necessariamente me orgulho no verão passado e agora o outono chegou, os dias ficaram mais curtos e de repente me bateu uma solidão que eu não sentia há anos!

Vida de imigrante já é difícil. E morar na Holanda sem ter família, namorado, marido, o que for é mais difícil ainda. E eu estou sentindo isso na pele nas últimas semanas. É que dos meus 18 anos de Holanda, 10 anos estive casada com o pai do meu filho, 5 anos namorei o F. Enfim, passei a maioria dos invernos acompanhada.

E eu sei que só mesmo os brasileiros que moram por aqui vão entender isso mas é muito difícil encarar um longo e tenebroso inverno sem um companheiro dormindo ao seu lado (o famoso "cobertor de orelha", hehehe). Sério: no Brasil a gente vai pra rua, fala com as pessoas, o povo é falante e extrovertido (até demais). Os dias são longos, o sol brilha e a vida acontece nas ruas. Pois aqui não, aqui passa-se praticamente meio ano dentro de casa! Aqui você chega sozinha num café e sai sozinha. As pessoas praticamente só falam com seus amigos e parentes. Não se fala com estranhos, ninguém puxa conversa com ninguém em fila de cinema, correio, banco...Eu até hoje tenho dificuldades em me acostumar com este hábito holandês (e quando voltei do Brasil ano passado entrei em choque). Felizmente os idosos são uma exceção e adoram jogar conversa fora. Os estrangeiros também...e aqui no meu bairro o que mais tem é estrangeiro, sempre cruzo com um conhecido na rua!

Mas no outono-inverno a regra é ir pra dentro de casa, as pessoas buscam o aconchego do lar e a companhia da família. E a minha família aqui na Holanda...é o Liam. E tá bem, o pai dele também porque fazemos parte da vida um do outro, temos um objetivo em comum que é criar o nosso filho juntos (e tem funcionado).  E F. também acabou virando família, ele praticamente considera o Liam como filho e nos encontramos duas vezes por mês. Ele mesmo já deixou bem claro que não tem a menor intenção de sumir de nossas vidas. Mas fica faltando alguma coisa...





E eu nem posso reclamar porque quem terminou o namoro fui eu, né? E ando me perguntando por esses dias o que vem a ser o amor...e cheguei à conclusão que não sei definir este sentimento (e nem sei se soube um dia). Porque paixão todo mundo sabe o que é, a gente sente na pele, aquele frio na barriga, etc. Mas amor é outra estória, desconfio que seja, antes de mais nada, uma ESCOLHA. As pessoas escolhem ficar juntas. Apesar de tudo. Decidem que mesmo que o outro não seja perfeito (e ninguém é), sua presença é indispensável em nossas vidas.

Então estou vivendo um momento muito estranho na minha vida...sinto saudades dos primeiros anos do namoro, daquela paixão (quase) adolescente. Da certeza de que ter encontrado finalmente o amor da minha vida. Da convicção de que fomos feitos um para o outro. Diga-se de passagem, eu não tive nada disso com meu ex-marido, não mesmo. Sinto saudade de como a gente era antes da relação esfriar. E nessas horas acho que o problema talvez seja eu: eu não sei ficar em relacionamento morno só por ficar. Tudo bem que a paixão inevitavelmente acaba (e acaba mesmo, é uma questão puramente biológica). Mas relacionamento em que o casal mais parece irmã e irmão do que homem e mulher é muito chato. E não adianta querer botar a culpa no outro porque acho que a culpa é mesmo dos dois.

O amor é como uma planta que precisa ser regada diariamente. O maior erro é quando um dos dois (ou ambos) se acomodam. Um dos sintomas disso - e que a maioria dos casais passa em determinados períodos - é quando o sexo diminui ou pior, deixa de existir! E vocês podem até discordar de mim, mas quando o sexo acaba é sinal de que algo está (muito) errado. Outro problema é quando o sexo para um dos parceiros corresponderia a 50% da relação e para o outro 20 ou 30% já está bom! Isso é incompatibilidade básica e na prática traz muitos problemas (atire a primeira pedra quem nunca passou por isso). Sem falar que todo relacionamento tem seus altos e baixos, períodos em que as pessoas se afastam, em que elas precisam lidar com questões pessoais, com outras urgências.




Resumindo...a cabeça aqui anda a mil. Pensando bem, eu mesma fiquei impressionada como estava conseguindo levar o fim do namoro com tanta "leveza"...até porque, geralmente é assim quando a gente é que escolhe terminar, né? Mas adivinhem? Agora deu pane no sistema...To be continued.

Holandeses

Vocês conhecem aquela música Cariocas da Adriana Calcanhotto? Pois eu resolvi fazer a minha versão adaptada: Holandeses! Com o direito adquirido após 18 anos vivendo no país das tulipas e dos moinhos, entre muitas outras coisas.

  • Holandeses não gostam de dias chuvosos mas andam de bicicleta assim mesmo! Sol, chuva, vento, ventania e lá vão eles de bicicleta pra escola e pro trabalho…coitadas das crianças! Ao menos eles usam uma espécie de poncho de plástico (a famosa e indispensável regenjas) para terem a ilusão de estarem secos.
  • Holandeses adoram gatos, alguns até mais do que crianças. Muita gente tem gato em casa…já criança é outra estória. A média oficial de filhos é de 1.5 ou seja, de 1 a 2 filhos. Os imigrantes é que são responsáveis pelo aumento da população deste país pequenininho. Em média 4 filhos, muitas vezes 5, 6 ou mais... tô fora!
  • Holandeses adoram cerveja, vinho e café sem açúcar. Não gostam de doces muito doces mas não resistem a uma tradicional torta de maçã. Holandeses adoram batata frita com maionese e/ou ketchup! E claro, holandeses amam arenque (haring).
  • Holandeses valorizam sua liberdade de expressão e lutam por ela até o fim. Holandeses gostam de negociar tudo e questionar a opinião alheia. Holandeses são "curtos e grossos" (o que eles chamam de curiosidade e o estrangeiro acha simplesmente brutal).
  • Holandeses gostam de viajar, quanto mais longe melhor. E férias que se prezem tem de ter sol, senão não são férias. Os que não podem viajar para longe, vão acampar na França e viajam com o carro abarrotado de tralhas. Holandeses adoram a França…e a Espanha também!
  • Holandeses são esportivos, adoram fazer caminhadas e andar de bicicleta. Gostam de nadar e fazer alpinismo. E adoram futebol. Holandeses não são preguiçosos!
  • Holandeses adoram cozinhas exóticas, viajam para a África e a Ásia em busca de aventuras mas não falam com o vizinho estrangeiro...Holandeses discriminam os imigrantes que vivem em seu país…holandeses são um povo contraditório.
  • Holandeses são discretos, falam baixinho e odeiam gente que fala alto em cafés, restaurantes e transporte público. Por outro lado, tem o hábito de se apaixonar por povos “exóticos" e extrovertidos ou "espalhafatosos" (leia-se latinos e africanos). Os opostos se atraem…e se repelem!
  • As mulheres holandesas são adeptas da beleza natural. A maioria não se dispoe a fazer plásticas (mas muitas fazem dietas), usa pouca maquiagem e raramente faz as unhas (eu sou holandesa tá?). As holandeses não são vaidosas, elas deixam isso pras brasileiras! Felizmente, uma boa parte dos homens holandeses (e europeus em geral) também é adepto da beleza natural…bem diferente do homem brasileiro. Nessas horas eu adoro morar na Holanda.
  • As mulheres holandesas fazem parto normal, o índice de cesarianas na Holanda é um dos mais baixos do mundo, cerca de 10% (Brasil, México e EUA são campeões). Cesariana aqui é sinônimo de intervenção cirúrgica e estadia hospitalar e feita apenas com indicação médica. E adivinhem? Acho que eles estão cobertos de razão!
  • Médicos holandeses tem o (mau) hábito de receitar paracetamol pra tudo…para desespero da população de estrangeiros que vivem neste país. A medicina preventiva é pouco valorizada, prefere-se curar do que prevenir…um grande desperdício de verbas. Neste aspecto, os holandeses ainda tem muito a aprender com os chineses.
  • Last but not least...holandeses adoram reclamar de tudo e de todos. Holandeses são mimados desde pequenos e não sabem dar valor ao que tem (isso também vale para estrangeiros que moram há muitos anos neste país que, apesar de tudo, ainda tem um sistema social que o Brasil nem sonha em ter).


A tradicional torta de maçã

Arenque (haring)

Regenjas

Posts atrasados, só pra variar




Semana 38 – Desculpe mas eu acho brega…
1) Baile funk e forró
2) Calça branca (só no reveillon e olhe lá)
3) Mulher maquiada demais
4) Excesso de bijouterias ou jóias
5) Ostentação em geral, esnobismo em particular

Semana 39 – Minhas melhores qualidades...
1) Sinceridade (não sei fingir)
2) Honestidade
3) Autenticidade (nunca fui Maria-vai-com-as-outras)
4) Sensível (até demais, o que mais atrapalha do que ajuda)
5) Inteligente e culta (e modesta, rsrsrsrs)

Semana 40 – Meus cheiros preferidos...
1) Cheiro de mato
2) Cheiro de terra molhada
3) Cheiro de café fresquinho
4) Cheiro de bolo saindo do forno
5) Cheirinho de criança saindo do banho (!)

Semana 41 – As coisas mais difíceis num relacionamento amoroso...
1) Incompatibilidade de gênios (a causa nr. 1 dos divórcios, inclusive o meu)
2) Pouco ou nenhum interesse em comum (não dá nem pra sair juntos, né?)
3) Falta de respeito à opinião alheia
4) Instabilidade emocional de um dos parceiros (geralmente eu rsrsrsrs)
5) Last but not least, dificuldade de comunicação

Aborrescentes



E de repente aquele garotinho fez 12 anos (em abril passado), vai para a escola secundária e começa a se achar gente grande! Impressionante. Eu confesso que a culpa é em parte minha porque crio meu filho para ter autonomia e se virar sozinho. Ou como dizia minha (falecida) mãe: liberdade com responsabilidade. Ou seja, eu confio na medida em que ele se comporta...fez besteira, eu seguro de novo.

Mas olha, a mudança é drástica e quem tem filhos na pré-adolescência e adolescência sabe perfeitamente do que estou falando. Quem não tem, nem queria saber rsrsrsrs. Mas o meu filho até que é muito gente boa, apesar do mau humor das manhãs...já vi muito adolescente mau humorado e ele certamente não é um deles. Ainda não!!!

O legal é que desde os 9 anos ele ia de ônibus sozinho pra escola, com celular e tudo. E agora ele vai de ônibus e metrô. Notem bem que Amsterdam não é Rio de Janeiro ou São Paulo, o que faz toda a diferença. E na volta da escola, sempre vem uns coleguinhos juntos no metrô, então tudo é festa.

No primeiro dia de aula na escola nova, cheguei com ele toda nervosa (a mãe mais nervosa do que o filho) e o que ele fez? Entrou correndo na escola sem nem olhar pra trás! E eu nem devia ter ficado surpresa porque foi o mesmo em maio passado, ainda na escola antiga. Foram dois dias acampar, os pais todos se despedindo e abraçando os filhos, alguns até com lágrimas nos olhos (eu juro) e Liam? Quando vi já estava entrando com os amigos no ônibus, todo sorridente. Nem beijo nem nada. Abanei e fui pra casa! Esta semana o pai passou pelo mesmo "vexame", foi levar o filho pra escola na quarta, eles só voltariam na sexta de um acampamento e adivinha? O garoto foi logo se juntar aos amigos e nem se lembrou de se despedir do pai. Dos males o menor: ao menos ele tem novos amigos!

Sem falar que de uns tempos pra cá meu filho deu pra me achar "irritante". Do tipo "mãe, você é irritante", "você não sabe do que eu estou falando" e "deixa pra lá, você não ia entender mesmo". Ou em bom holandês: "Je bent irritant", "je weet het niet, je begrijpt niks", "laat maar, je begrijp toch niet". Vai dizer que isso não é coisa típica de aborrescente. Meu consolo é que não sou apenas eu que sou irritante...o pai também é! Então de repente aquele menininho que achava que tudo que dizíamos era SAGRADO decide achar que não sabemos nada! Da noite pro dia, minha gente...e eu que sabia tanta coisa, hoje não entendo mais nada hehehe. Enfim, faz parte, né?

E nem vou falar nos games...meu filho viciou em dois games: Smackdown (boxing) e FIFA (ao menos este é futebol). E agora mesmo enquanto escrevo este post, ele está aqui na sala incomunicável (pra mim) com um amigo jogando PlayStation e Xbox 380...Welcome to the Game Generation. Claro que eu controlo, a começar porque os consoles estão na sala, dever de casa também é feito na sala (com a minha supervisão porque sou chata mesmo, quando ele tiver o diploma dele vai me agradecer). Se depender de mim, nada de game no quarto. E diga-se de passagem, também não tem TV no quarto, me recuso (no meu quarto tem, claro rsrsrsr).

Enfim, agora tenho assunto novo para o meu blog: aborrescentes!