quinta-feira, agosto 27, 2009

A dor dos outros

A dor dos outros não é a nossa dor. Mas quando a dor pertence a uma das pessoas mais próximas em nossa vida, essa dor acaba sendo nossa também, ao menos de certa forma. E eu já tenho uma tendência a sentir com o outro então preciso definir meus limites. Nem que seja pra não atrapalhar mais!

Só sei que esses dias não tem sido nada fáceis. E me vejo revivendo duas experiências (não iguais mas semelhantes) que não gostaria de reviver nunca mais. Minha melhor amiga - isso mesmo, depois de uma certa idade a gente aprende a reconhecer dois tipos de amigos: os que passam e os que ficam - está passando por uma fase muito semelhante à minha antes do divórcio. E eu tento não me envolver demais mas ela desabafa e eu inevitavelmente me vejo revivendo coisas que preferia ter esquecido para sempre. A boa notícia é que pra mim tudo isso é PASSADO (sim, eu sobrevivi). Mas ela ainda tem de passar por tudo isso. E só ela pode decidir quanto tempo isso irá durar. Momento de decisão. E a gente fica só torcendo.

Outra coisa que tem me deixado muito triste por esses dias é a mãe do F. Ele não vai gostar de eu escrever isso aqui mas vou escrever assim mesmo. Ela tem câncer há cerca de 9 anos mas agora está com um tumor no cérebro. E dessa vez os médicos não pouparam ninguém e disseram a verdade nua e crua. E a verdade nua e crua é que eles não podem fazer mais nada por ela. Uma mulher forte, dedicada ao esposo e à família e decidida a não perder esta batalha...mas que agora está desistindo. Com consequências para toda a família, que vive uma vida em suspenso...esperando pra ver o que vem depois.

E sim, eu já vivi uma perda dessas quando perdi a minha mãe há mais de 10 anos...e é uma das piores perdas que uma pessoa pode sofrer nesta vida (quem já passou por isso, sabe). Pensando bem - e já li isso em algum lugar - a única perda pior que posso imaginar é a perda de um filho. Porque a perda de um filho não é algo natural. Não dá pra aceitar e tocar pra frente como se fosse a coisa mais natural do mundo. E no entanto, a morte faz parte da vida. Quer a gente queira ou não. Um dia nascemos, um dia morremos. E infelizmente, não cabe a nós decidir quando nem como...

Agora me desculpem o conteúdo pesado deste post, mas as coisas andam assim no momento. E a gente segue vivendo. E torcendo pra tempestade passar logo.

terça-feira, agosto 25, 2009

Alice in Wonderland




Depois de Coraline, agora não vejo a hora de conferir a nova versão do clássico Alice in Wonderland. Só o trailer já é o bastante pra deixar qualquer fã de Tim Burton com água na boca! Imagens de sonho, como não podia deixar de ser vindo de um dos mais criativos diretores da atualidade.

A má notícia para os impacientes como eu é que o filme só entra em cartaz ano que vem...Aguenta coração!







sexta-feira, agosto 21, 2009

Boulevard Organique









Ainda em clima de praia - porque logo logo o verão acaba aqui no hemisfério norte - seguem algumas fotos da exposição de arte à beira-mar em Kijkduin que comentei no post anterior. A exposição reúne vários artistas, sendo que a característica comum a todas as obras é que são feitas com materiais reciclados da natureza. São folhas secas, pedaços de madeira, palha, pétalas, conchas, algas marinhas, etc. E tem coisa mais ecológica do que reciclar?!!

Só sei dizer que o resultado final é bastante interessante e fica exposto até final de setembro (dica especial pra quem mora na Holanda). Eu vi, gostei e tirei essas fotos pra dividir com vocês.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Praia, piscina, temporal.

Se eu disser que esta semana fui 1x na piscina aqui do meu bairro e 2x na praia, ninguém acredita. Mas acreditem se quiserem, na Holanda também tem verão (tudo culpa do aquecimento global). Ou melhor: veranico, né. Ontem os termômetros chegaram a registrar quase 30 graus e a praia de Scheveningen estava mais parecendo Copacabana no domingo. Sem brincadeira! É ver para crer. E pra falar a verdade, já achei o calor mais do que suficiente (o sol aqui é bastante forte). Se tem uma coisa que não sinto falta nenhuma é aquele calorão do Rio...

Como F. mora em Haia e meu filho esta semana está com o pai, ontem não pensei duas vezes: peguei o trem e passei a tarde tomando sol! O F. me encontrou depois do trabalho pra tomarmos umas cervejas e jantar. Pra variar, comemos sushi ( e muito)...até porque, estava calor demais pra comer prato quente. E hoje ainda aproveitei que estava na área pra ir à minha outra praia favorita, Kijkduin. Domingo passado tinha estado lá com F. e Liam e tirado algumas fotos de uma exposição bastante interessante: Boulevard Organique. Mas isso fica pro próximo post.

As fotos aí debaixo foram tiradas com a camêra do meu celular por volta das dez horas da noite - não estão lá muito boas mas dão uma idéia do clima na praia ontem. Vimos o pôr-do-sol sentados num sofá num dos vários lounge bars do boulevard. Bares lotados de gente tomando vinho rosé e (muita) cerveja. Famílias com crianças pequenas. Gente caminhando na beira do mar de bermuda e camiseta. E muito chinelo de dedo! Enfim, o tipo de coisa que nós brasileiros estamos tão acostumados que não damos valor. Mas aqui na Holanda, noites de verão como a de ontem são poucas. E são consideradas uma benção pelos holandeses.

Pra finalizar, ontem comentei com o F. que se os holandeses tivessem este clima de verão o ano inteiro, teriam outro temperamento. Sim, como nós latinos! Vocês precisam ver a diferença entre o humor dos holandeses num belo dia de verão e num dia cinzento de outono ou inverno. Ou holandeses de férias em um país de clima quente como o Brasil, por ex. A diferença é gritante. Então quem mora nos trópicos, tem mais é que aproveitar!







PS1. Vou (tentar) editar as fotos e depois coloco elas aqui de novo.
PS2. O temporal do título deste post foi anunciado com muito estardalhaço pela meteorologia local, mas até agora não vi nada demais. Uma chuva repentina com direito a trovoada. E as pessoas saíram da praia lá pelas 14.30 hs com medo do temporal! Coisas de Holanda.

sexta-feira, agosto 14, 2009

10 coisas que eu aprendi

1) Que a gente é (muito) mais forte do que imaginava. Infelizmente, só descobrimos isso nos momentos de crise.

2) Que algumas pessoas tem dificuldades em receber, e outras tem dificuldades em dar. Seja um elogio, um conselho amigo, uma ajudinha, um abraço inesperado. Tem também aquelas que estão sempre prontas a ajudar os outros mas que insistem em se virar sozinhas. Simplesmente porque não sabem (ou não querem) pedir ajuda.

3) Que amizade não combina com cobrança (amor muito menos). Que é sempre melhor dar sem esperar nada em troca. Sem falar que muitas vezes as pessoas não podem nos dar o que precisamos num dado momento. Enfim, amizade é coisa complicada! Mas amigos de verdade são as maiores dádivas que podemos ter nesta vida.

4) Que se conselho fosse bom a gente vendia e não dava! E que, por mais que a gente queira ajudar o outro, só ele pode ajudar a si mesmo. E mais ninguém. E sim, o caminho para o inferno está cheio de boas intenções...

5) Que algumas coisas na vida a gente pode, e deve, planejar. Outras simplesmente acontecem - ou não! Ironias do destino. E ando cada dia mais desconfiada de que as coisas mais importantes na vida da gente simplesmente acontecem, quando menos esperamos. Serendipity.

6) Que a gente deve aprender a ser feliz com o que tem...e que muitas vezes a gente só dá valor ao que tem depois que perde (a saúde é um exemplo clássico).

7) Que antes de amar o outro a gente deve amar a si mesmo, sempre. E que amar não é a mesma coisa que precisar do outro, muito pelo contrário. Um bom relacionamento não é aquele em que duas pessoas se tornam uma só. Um bom relacionamento envolve duas pessoas inteiras - e que assim sendo, tem algo a acrescentar uma à outra.

8) Que a vida é curta demais pra ser levada a sério. Pra se perder tempo com pessoas que não tem nada a nos acrescentar. E que devemos largar de lado as mágoas e ressentimentos que acumulamos pela vida afora para seguir em frente mais leves. A vida é aqui e agora.

9) Que mais difícil do que entender o outro, é entender a si mesmo.

10) Que a felicidade é mais do que um estado de espírito - ela é uma escolha pessoal. A cada dia que nasce, a gente escolhe ser feliz. E a gente pode até querer colocar a culpa da nossa infelicidade no outro, mas a vida é o que a gente permite ser. Então a verdade nua e crua é que se alguém te trata mal e te falta o respeito, provavelmente é porque você permitiu. Foi maltratado? Afasta-se e busque a companhia de pessoas que gostam de você.

Agora conta pra mim...e você, o que aprendeu?




Desenho:
© geninne zlatkis 2000-2008

quinta-feira, agosto 13, 2009

Filmes, pra variar.




Com a grana sempre curta, não tenho comprado DVDs mas mês passado não resisti as promoções. E aproveitei pra rever com calma alguns filmes que havia assistido no cinema ou na casa do F. As novas aquisições para a minha (singela) coleção de DVDs são:

* Juno (que comentei anteriormente aqui)
* Two Days in Paris (post original aqui)
* My Blueberry Nights (que comentei aqui e aqui)
* Requiem for a Dream (cult movie, qualquer hora dessas comento)
* Atonement-Pride and Prejudice (DVD duplo por 5 euros!!!)

Só vou dizer uma coisa, My Blueberry Nights pode não ser o melhor filme de Wong Kar Wai (e não é mesmo) mas vale rever mesmo assim. Nem que seja só por aquela cena do beijo no final do filme (como bem comentou a blogueira Cris em post recente). Este entra pra (minha) galeria de beijos de Hollywood. E está dado o recado.

quarta-feira, agosto 12, 2009

Vida de mãe, etc.

Sintomático. Foi só meu filho voltar das férias pra eu sumir do blog. É que criança de férias é assim mesmo, não sobra tempo nenhum pras mães! Quem tem criança pequena em casa sabe que não estou mentindo. Pois aqui na Holanda é verão e verão significa seis semanas de férias escolares. Férias para as crianças - não para os pais, claro!

Anyway, foram 3 semanas na Inglaterra, onde ele passeou muito - embora não tenha sido ainda desta vez que fizeram a famosa Coast to Coast Walk (como eu aliás já havia previsto aqui). Mas ao menos completaram uma parte dela, rsrsrsrs. Ficaram 5 dias acampados em pleno Lake District, um dos lugares mais lindos da Inglaterra e da Europa (confiram aqui.) E iam pra Escócia mas acabaram em Walles (País de Gales) por causa da gripe suína. É que a Escócia registra o maior número de casos em todo o Reino Unido...Em Walles, escalaram o Mount Snowdon localizado no Snowdonia National Park, outro lugar mágico. Além de dias cheios de aventura explorando a natureza com o pai, Liam passou uma semana na casa da avó pra rever todos os primos, primas, tios e tias. A família do meu ex-marido é enorme, sorte dele porque família é importante, né? You can´t live with them, you can´t live without them. Tell me about it.

Só sei que meu menino voltou e desde então tem mantido a mãe ocupada. Já fomos duas vezes à praia (patrocinados pelo F., até dormir em hotel uma noite dormimos, com direito a café da manhã e tudo o mais, em clima de férias). Uma tarde na piscina aberta (perto aqui de casa, onde eu costumo nadar). E duas vezes ao cinema. Uma vez comigo, outra com o F. De resto, muita tv porque afinal é férias e nada melhor do que ficar de pernas por ar e assistir tv sem culpa a tarde inteira. Não tem criança que não goste dos desenhos da Nickelodeon (SpongeBob SquarePants, entre outros). E muito lápis e papel espalhado por toda parte, porque desenhar é um dos hobbies favoritos do meu filho. O menino desenha tão bem (modéstia à parte) que tem até dado aula de desenho pros amiguinhos! Pra completar, muito Playmobil, o brinquedo favorito aqui em casa.

Pensando bem, agora me bateu uma vontade enoooooooooooorme de voltar a ser criança. E tem coisa melhor?




domingo, agosto 09, 2009

3 anos de blog!




Parece que foi ontem. Só sei que muita coisa aconteceu nesses três anos. E a minha vida mudou muito - felizmente para melhor! Basta reler o primeiro post. Há exatos três anos eu estava começando uma nova fase na minha vida. O delicado período logo após o divórcio, quando subitamente me vi sozinha com minhas contas e outras responsabilidades de quem mora sozinha e tem filho pequeno pra criar. Não é fácil, mas as coisas vão se ajeitando com o tempo. E com a ajuda de amigos e de uma pessoa especial, o F. Uma pessoa que certamente tornou a minha vida mais fácil (pra não dizer suportável) nesses últimos dois anos. Porque convenhamos, a essas alturas do campeonato, se for pra complicar prefiro ficar sozinha. Antes só do que mal acompanhada. Até porque eu já complico minha vida mais do que o suficiente pra ter alguém do meu lado pra complicar mais! Não, obrigada.

Mas voltando ao assunto deste tópico...este blog já faz parte da minha vida. Não consigo mais viver sem ele. Meu registro de emoções, medos, preocupações, alegrias e tristezas. Meu cadastro particular de filmes e livros, curiosidades e preciosidades da net, entre otras cositas más. E como a minha memória é mesmo muito ruim, é um alívio ter um lugar onde registrar tudo! No mais, escrever é bom demais. Nem que seja pra mim mesma, hehehe...
Tecnologia do Blogger.

A dor dos outros

A dor dos outros não é a nossa dor. Mas quando a dor pertence a uma das pessoas mais próximas em nossa vida, essa dor acaba sendo nossa também, ao menos de certa forma. E eu já tenho uma tendência a sentir com o outro então preciso definir meus limites. Nem que seja pra não atrapalhar mais!

Só sei que esses dias não tem sido nada fáceis. E me vejo revivendo duas experiências (não iguais mas semelhantes) que não gostaria de reviver nunca mais. Minha melhor amiga - isso mesmo, depois de uma certa idade a gente aprende a reconhecer dois tipos de amigos: os que passam e os que ficam - está passando por uma fase muito semelhante à minha antes do divórcio. E eu tento não me envolver demais mas ela desabafa e eu inevitavelmente me vejo revivendo coisas que preferia ter esquecido para sempre. A boa notícia é que pra mim tudo isso é PASSADO (sim, eu sobrevivi). Mas ela ainda tem de passar por tudo isso. E só ela pode decidir quanto tempo isso irá durar. Momento de decisão. E a gente fica só torcendo.

Outra coisa que tem me deixado muito triste por esses dias é a mãe do F. Ele não vai gostar de eu escrever isso aqui mas vou escrever assim mesmo. Ela tem câncer há cerca de 9 anos mas agora está com um tumor no cérebro. E dessa vez os médicos não pouparam ninguém e disseram a verdade nua e crua. E a verdade nua e crua é que eles não podem fazer mais nada por ela. Uma mulher forte, dedicada ao esposo e à família e decidida a não perder esta batalha...mas que agora está desistindo. Com consequências para toda a família, que vive uma vida em suspenso...esperando pra ver o que vem depois.

E sim, eu já vivi uma perda dessas quando perdi a minha mãe há mais de 10 anos...e é uma das piores perdas que uma pessoa pode sofrer nesta vida (quem já passou por isso, sabe). Pensando bem - e já li isso em algum lugar - a única perda pior que posso imaginar é a perda de um filho. Porque a perda de um filho não é algo natural. Não dá pra aceitar e tocar pra frente como se fosse a coisa mais natural do mundo. E no entanto, a morte faz parte da vida. Quer a gente queira ou não. Um dia nascemos, um dia morremos. E infelizmente, não cabe a nós decidir quando nem como...

Agora me desculpem o conteúdo pesado deste post, mas as coisas andam assim no momento. E a gente segue vivendo. E torcendo pra tempestade passar logo.

Alice in Wonderland




Depois de Coraline, agora não vejo a hora de conferir a nova versão do clássico Alice in Wonderland. Só o trailer já é o bastante pra deixar qualquer fã de Tim Burton com água na boca! Imagens de sonho, como não podia deixar de ser vindo de um dos mais criativos diretores da atualidade.

A má notícia para os impacientes como eu é que o filme só entra em cartaz ano que vem...Aguenta coração!







Boulevard Organique









Ainda em clima de praia - porque logo logo o verão acaba aqui no hemisfério norte - seguem algumas fotos da exposição de arte à beira-mar em Kijkduin que comentei no post anterior. A exposição reúne vários artistas, sendo que a característica comum a todas as obras é que são feitas com materiais reciclados da natureza. São folhas secas, pedaços de madeira, palha, pétalas, conchas, algas marinhas, etc. E tem coisa mais ecológica do que reciclar?!!

Só sei dizer que o resultado final é bastante interessante e fica exposto até final de setembro (dica especial pra quem mora na Holanda). Eu vi, gostei e tirei essas fotos pra dividir com vocês.

Praia, piscina, temporal.

Se eu disser que esta semana fui 1x na piscina aqui do meu bairro e 2x na praia, ninguém acredita. Mas acreditem se quiserem, na Holanda também tem verão (tudo culpa do aquecimento global). Ou melhor: veranico, né. Ontem os termômetros chegaram a registrar quase 30 graus e a praia de Scheveningen estava mais parecendo Copacabana no domingo. Sem brincadeira! É ver para crer. E pra falar a verdade, já achei o calor mais do que suficiente (o sol aqui é bastante forte). Se tem uma coisa que não sinto falta nenhuma é aquele calorão do Rio...

Como F. mora em Haia e meu filho esta semana está com o pai, ontem não pensei duas vezes: peguei o trem e passei a tarde tomando sol! O F. me encontrou depois do trabalho pra tomarmos umas cervejas e jantar. Pra variar, comemos sushi ( e muito)...até porque, estava calor demais pra comer prato quente. E hoje ainda aproveitei que estava na área pra ir à minha outra praia favorita, Kijkduin. Domingo passado tinha estado lá com F. e Liam e tirado algumas fotos de uma exposição bastante interessante: Boulevard Organique. Mas isso fica pro próximo post.

As fotos aí debaixo foram tiradas com a camêra do meu celular por volta das dez horas da noite - não estão lá muito boas mas dão uma idéia do clima na praia ontem. Vimos o pôr-do-sol sentados num sofá num dos vários lounge bars do boulevard. Bares lotados de gente tomando vinho rosé e (muita) cerveja. Famílias com crianças pequenas. Gente caminhando na beira do mar de bermuda e camiseta. E muito chinelo de dedo! Enfim, o tipo de coisa que nós brasileiros estamos tão acostumados que não damos valor. Mas aqui na Holanda, noites de verão como a de ontem são poucas. E são consideradas uma benção pelos holandeses.

Pra finalizar, ontem comentei com o F. que se os holandeses tivessem este clima de verão o ano inteiro, teriam outro temperamento. Sim, como nós latinos! Vocês precisam ver a diferença entre o humor dos holandeses num belo dia de verão e num dia cinzento de outono ou inverno. Ou holandeses de férias em um país de clima quente como o Brasil, por ex. A diferença é gritante. Então quem mora nos trópicos, tem mais é que aproveitar!







PS1. Vou (tentar) editar as fotos e depois coloco elas aqui de novo.
PS2. O temporal do título deste post foi anunciado com muito estardalhaço pela meteorologia local, mas até agora não vi nada demais. Uma chuva repentina com direito a trovoada. E as pessoas saíram da praia lá pelas 14.30 hs com medo do temporal! Coisas de Holanda.

10 coisas que eu aprendi

1) Que a gente é (muito) mais forte do que imaginava. Infelizmente, só descobrimos isso nos momentos de crise.

2) Que algumas pessoas tem dificuldades em receber, e outras tem dificuldades em dar. Seja um elogio, um conselho amigo, uma ajudinha, um abraço inesperado. Tem também aquelas que estão sempre prontas a ajudar os outros mas que insistem em se virar sozinhas. Simplesmente porque não sabem (ou não querem) pedir ajuda.

3) Que amizade não combina com cobrança (amor muito menos). Que é sempre melhor dar sem esperar nada em troca. Sem falar que muitas vezes as pessoas não podem nos dar o que precisamos num dado momento. Enfim, amizade é coisa complicada! Mas amigos de verdade são as maiores dádivas que podemos ter nesta vida.

4) Que se conselho fosse bom a gente vendia e não dava! E que, por mais que a gente queira ajudar o outro, só ele pode ajudar a si mesmo. E mais ninguém. E sim, o caminho para o inferno está cheio de boas intenções...

5) Que algumas coisas na vida a gente pode, e deve, planejar. Outras simplesmente acontecem - ou não! Ironias do destino. E ando cada dia mais desconfiada de que as coisas mais importantes na vida da gente simplesmente acontecem, quando menos esperamos. Serendipity.

6) Que a gente deve aprender a ser feliz com o que tem...e que muitas vezes a gente só dá valor ao que tem depois que perde (a saúde é um exemplo clássico).

7) Que antes de amar o outro a gente deve amar a si mesmo, sempre. E que amar não é a mesma coisa que precisar do outro, muito pelo contrário. Um bom relacionamento não é aquele em que duas pessoas se tornam uma só. Um bom relacionamento envolve duas pessoas inteiras - e que assim sendo, tem algo a acrescentar uma à outra.

8) Que a vida é curta demais pra ser levada a sério. Pra se perder tempo com pessoas que não tem nada a nos acrescentar. E que devemos largar de lado as mágoas e ressentimentos que acumulamos pela vida afora para seguir em frente mais leves. A vida é aqui e agora.

9) Que mais difícil do que entender o outro, é entender a si mesmo.

10) Que a felicidade é mais do que um estado de espírito - ela é uma escolha pessoal. A cada dia que nasce, a gente escolhe ser feliz. E a gente pode até querer colocar a culpa da nossa infelicidade no outro, mas a vida é o que a gente permite ser. Então a verdade nua e crua é que se alguém te trata mal e te falta o respeito, provavelmente é porque você permitiu. Foi maltratado? Afasta-se e busque a companhia de pessoas que gostam de você.

Agora conta pra mim...e você, o que aprendeu?




Desenho:
© geninne zlatkis 2000-2008

Filmes, pra variar.




Com a grana sempre curta, não tenho comprado DVDs mas mês passado não resisti as promoções. E aproveitei pra rever com calma alguns filmes que havia assistido no cinema ou na casa do F. As novas aquisições para a minha (singela) coleção de DVDs são:

* Juno (que comentei anteriormente aqui)
* Two Days in Paris (post original aqui)
* My Blueberry Nights (que comentei aqui e aqui)
* Requiem for a Dream (cult movie, qualquer hora dessas comento)
* Atonement-Pride and Prejudice (DVD duplo por 5 euros!!!)

Só vou dizer uma coisa, My Blueberry Nights pode não ser o melhor filme de Wong Kar Wai (e não é mesmo) mas vale rever mesmo assim. Nem que seja só por aquela cena do beijo no final do filme (como bem comentou a blogueira Cris em post recente). Este entra pra (minha) galeria de beijos de Hollywood. E está dado o recado.

Vida de mãe, etc.

Sintomático. Foi só meu filho voltar das férias pra eu sumir do blog. É que criança de férias é assim mesmo, não sobra tempo nenhum pras mães! Quem tem criança pequena em casa sabe que não estou mentindo. Pois aqui na Holanda é verão e verão significa seis semanas de férias escolares. Férias para as crianças - não para os pais, claro!

Anyway, foram 3 semanas na Inglaterra, onde ele passeou muito - embora não tenha sido ainda desta vez que fizeram a famosa Coast to Coast Walk (como eu aliás já havia previsto aqui). Mas ao menos completaram uma parte dela, rsrsrsrs. Ficaram 5 dias acampados em pleno Lake District, um dos lugares mais lindos da Inglaterra e da Europa (confiram aqui.) E iam pra Escócia mas acabaram em Walles (País de Gales) por causa da gripe suína. É que a Escócia registra o maior número de casos em todo o Reino Unido...Em Walles, escalaram o Mount Snowdon localizado no Snowdonia National Park, outro lugar mágico. Além de dias cheios de aventura explorando a natureza com o pai, Liam passou uma semana na casa da avó pra rever todos os primos, primas, tios e tias. A família do meu ex-marido é enorme, sorte dele porque família é importante, né? You can´t live with them, you can´t live without them. Tell me about it.

Só sei que meu menino voltou e desde então tem mantido a mãe ocupada. Já fomos duas vezes à praia (patrocinados pelo F., até dormir em hotel uma noite dormimos, com direito a café da manhã e tudo o mais, em clima de férias). Uma tarde na piscina aberta (perto aqui de casa, onde eu costumo nadar). E duas vezes ao cinema. Uma vez comigo, outra com o F. De resto, muita tv porque afinal é férias e nada melhor do que ficar de pernas por ar e assistir tv sem culpa a tarde inteira. Não tem criança que não goste dos desenhos da Nickelodeon (SpongeBob SquarePants, entre outros). E muito lápis e papel espalhado por toda parte, porque desenhar é um dos hobbies favoritos do meu filho. O menino desenha tão bem (modéstia à parte) que tem até dado aula de desenho pros amiguinhos! Pra completar, muito Playmobil, o brinquedo favorito aqui em casa.

Pensando bem, agora me bateu uma vontade enoooooooooooorme de voltar a ser criança. E tem coisa melhor?




3 anos de blog!




Parece que foi ontem. Só sei que muita coisa aconteceu nesses três anos. E a minha vida mudou muito - felizmente para melhor! Basta reler o primeiro post. Há exatos três anos eu estava começando uma nova fase na minha vida. O delicado período logo após o divórcio, quando subitamente me vi sozinha com minhas contas e outras responsabilidades de quem mora sozinha e tem filho pequeno pra criar. Não é fácil, mas as coisas vão se ajeitando com o tempo. E com a ajuda de amigos e de uma pessoa especial, o F. Uma pessoa que certamente tornou a minha vida mais fácil (pra não dizer suportável) nesses últimos dois anos. Porque convenhamos, a essas alturas do campeonato, se for pra complicar prefiro ficar sozinha. Antes só do que mal acompanhada. Até porque eu já complico minha vida mais do que o suficiente pra ter alguém do meu lado pra complicar mais! Não, obrigada.

Mas voltando ao assunto deste tópico...este blog já faz parte da minha vida. Não consigo mais viver sem ele. Meu registro de emoções, medos, preocupações, alegrias e tristezas. Meu cadastro particular de filmes e livros, curiosidades e preciosidades da net, entre otras cositas más. E como a minha memória é mesmo muito ruim, é um alívio ter um lugar onde registrar tudo! No mais, escrever é bom demais. Nem que seja pra mim mesma, hehehe...