sexta-feira, novembro 27, 2009

Um brinde aos bons e velhos amigos

Se tem coisa melhor do que fazer novas amizades é manter as antigas. Apesar do tempo e da distância, apesar da correria absurda que é a nossa vida moderna. Esta semana um amigo de quem guardo lembranças muito especiais reapareceu na minha vida através de um e-mail na minha caixa de correio. Um simples e-mail foi o suficiente pra confimar novamente o que eu sempre soube. Amizade de verdade é encontro de almas. É sentimento que a gente não explica (e desde quando sentimento se explica?). Amizade assim supera o tempo e a distância. Nós nos conhecemos nos tempos em que eu ainda fazia faculdade e ele se mudou de Juiz de Fora para o Rio. A gente passava horas conversando nos bares e botecos, bebia muitas cervejas (e às vezes sangria). A gente brigava e depois fazia as pazes. Entre muitas aventuras e desventuras, viajamos juntos pra Ouro Preto, que continua sendo uma das minhas cidades brasileiras favoritas. E ele veio me visitar aqui em Amsterdã, bem verdade que há mais de 10 anos então está na hora de me visitar de novo.

E eu digo e repito: amizades assim fazem a vida valer a pena, ainda mais quando se mora no exterior. Eu moro fora há mais de 15 anos e meus amigos do Brasil continuam sendo meus amigos. Alguns também saíram do país, uns saíram e voltaram, uns casaram, outros separaram, uns tiveram filhos. Enfim, life happens. E sim, muita gente passou na minha vida nesses anos todos, mas os amigos que eram amigos de verdade continuam sendo amigos hoje. E isso é um grande consolo em tempos de redes virtuais, twitter e o escambau.

O resto é conversa furada.

Feirão de livros

E ontem começou o Boekenfestijn, evento anual aqui no Centro de Convenções RAI. Um dia de sonhos para ratas de livraria como eu. Ainda mais porque não pude ir nos dois últimos anos, então me esbaldei com a quantidade de títulos à venda. Livros para todos os gostos, desde livros infantis, até romances em holandês e inglês, livros sobre arte, cinema, culinária, guias de viagem, como criar animais de estimação, etc etc etc. Tudo com descontos de 50% ou mais!!! Ou seja, não dá pra não ficar contente!

Como há três anos atrás, fui com a Anna, que além de blogueira também é rata de livraria como eu. Só sei que a tarde passou rápido e lá se foram 4 horas perambulando pelos estandes de livros. Saí com 10 livros e mais algum material de scrapbooking como fibras e papel para cartões, que eu nem esperava encontrar por lá. 5 livros para mim, 3 livros pro meu filho - um atlas infantil com muitas fotos e imagens, um dicionário de holandês especial para alunos de 7a e 8a série e um livro belíssimo sobre uma expedição à Floresta Amazônica (que ele ainda vai conhecer com o pai, podem ter certeza disso). Trouxe ainda 1 livro pro namorido e 1 livro pro ex-marido porque daqui a pouco é natal, hehehe. Em suma, valeu muito a pena. Ano que vem quero ir de novo!

terça-feira, novembro 24, 2009

O bom e velho Woody Allen




Fim-de-semana passado consegui assistir ao novo filme do Woody Allen. O filme pode não ser um daqueles clássicos indispensáveis - e não é mesmo - mas é muito bom e eu dei muitas risadas (Cinema é a Maior Diversão). O roteiro contém tudo (ou quase tudo) que caracteriza uma obra de Woody Allen. Ou seja: tudo aquilo que seus fãs apreciam e continuam apreciando ao longo de décadas.

Mas é claro, vai ter sempre aquele crítico de cinema (um frustrado que não conseguiu se tornar cineasta e teve de se conformar em escrever sobre os filmes dos outros) que vai dizer que o filme é fraco, que o roteiro não chega a lugar nenhum, que o filme está mais pra sitcom do que pra cinema propriamente dito. Li ontem mesmo uma crítica assim. Felizmente nunca dei muita bola pra críticos de cinema...

Whatever Works é um filme típico do diretor, então não digam que não avisei. O protagonista é uma caricatura de intelectual misantropo, neurótico e claro, hipocondríaco. Em suma, um daqueles personagens que Woody Allen sabe criar como ninguém. E também o alterego do diretor, como fica óbvio logo nos primeiros diálogos.

Acima de tudo, um personagem que sofre mas que também sabe rir da sua própria dor. Um personagem que intercala tiradas típicas de um intelectual pessimista (e judeu, rsrsrsrs) com tiradas hilárias ao estilo sitcom (como o crítico frustrado fez questão de apontar).

Ah sim...e a mensagem no final do filme é muito, mas muito, verdadeira. Whatever works. Confiram vocês mesmos.

quinta-feira, novembro 19, 2009

For Mac lovers only



PS. For my favorite computer freak and of course, Mac nerd ;-)

terça-feira, novembro 17, 2009

Um escritor egípcio

Acabei de ler Chicago, o segundo romance de Alaa Al Aswany, um dos mais badalados escritores egípcios da atualidade (seu debut literário The Yacoubian Building obteve sucesso estrondoso de crítica). Alaa Al Aswany é bestseller tanto no próprio Egito como no Oriente Médio, EUA e Europa. Ou seja, não é pouca coisa! O livro é muito bom, embora eu tenha algumas críticas a fazer...A começar pela escolha infeliz da capa da edição inglesa, que faz lembrar os romances de chicklit. E acaba atraindo o leitor errado (talvez essa tenha sido a idéia por trás da capa, o que eu considero uma estratégia de marketing lamentável).

Anyway, o livro lida com vários temas pós-9/11 e é composto por estórias interconectadas (em capítulos intercalados). Os personagens são estudantes e professores universitários que, num dado momento, decidiram trocar seu país de origem (Egito) pelos EUA. Embora o centro de todas as estórias seja o campus da Universidade de Chicago, há inúmeras referências à situação esconômica e política do Egito (pobreza, corrupção, tortura...temas infelizmente bastante familiares de nós brasileiros). O que inevitavelmente me fez lembrar outro livro que eu também comentei e recomendei por aqui: The White Tiger.

Outros temas presentes são - como não podia deixar de ser em uma estória de imigrantes - a dificuldade de adaptação, choque cultural, racismo, etc. Racismo que, diga-se de passagem, só aumentou depois de 9/11. Há também abuso de drogas, impotência sexual e suicídio. Em suma, um livro recheado de temas polêmicos, sendo que o ponto fraco é justamente o excesso de temas. Na minha singela opinião, o autor poderia ter limitado a temática e desenvolvido melhor alguns personagens e enredo. Mas não deixa de ser uma boa leitura. Em outras palavras: vale a pena conferir!

quinta-feira, novembro 12, 2009

Listinha: 5 coisas

5 COISAS QUE EU SEMPRE ACREDITEI E CONTINUO ACREDITANDO
  • Amigos verdadeiros são jóias preciosas.
  • Seja autêntico. Seja sempre você mesmo, apesar de tudo e de todos.
  • Não tenha medo de correr riscos. Quem não arrisca, não petisca (já dizia minha mãe).
  • Não tenha medo de mudar. Mudanças fazem parte da vida, quer você queira ou não.
  • O que é seu ninguém tira. E não tira mesmo!

5 COISAS QUE EU NÃO ACREDITAVA ANTES, E HOJE ACREDITO
  • A gente sempre pode mudar alguma coisa. Nem que seja a nós mesmos.
  • Nunca diga que não vai fazer algo de jeito nenhum. Você pode acabar mordendo a língua!
  • Tudo na vida passa. Tudo mesmo.
  • A morte é a única certeza que temos nesta vida.
  • Less is More.


5 COISAS QUE EU ACREDITAVA ANTES, E HOJE NÃO ACREDITO MAIS

  • O ser humano é essencialmente bom.
  • Não tem como as coisas darem errado se uma pessoa for esforçada.
  • A gente só ama de verdade uma vez na vida.
  • Meus amigos sabem como eu sou (se fosse assim eu nunca teria de me explicar e a vida seria sem complicações)...
  • Amigo que é amigo de verdade não magoa a gente (magoa sim, porque somos humanos).


5 COISAS QUE EU DEVERIA ACREDITAR, MAS NÃO CONSIGO

  • Dinheiro não traz felicidade (experimenta ser pobre).
  • Aqui se faz, aqui se paga (se fosse assim não haveria tanta injustiça neste mundo).
  • Basta a gente querer algo de verdade pra conseguir...querer é poder, mas nem sempre (e tem gente que nasceu com a bunda virada pra lua).
  • O amor vence todos os obstáculos (tá, e eu acredito no Papai Noel).
  • A gente pode planejar tudo nesta vida...Pode não! E tem mais: muitas vezes as melhores coisas que acontecem são aquelas que não planejamos.



PS. Não é meme mas os amigos blogueiros podem copiar à vontade.

Starbucks!

Depois de várias filiais em Londres e Paris, finalmente abriu em Amsterdã a segunda filial da famosa cadeia americana Starbucks. A primeira filial já existe há algum tempo pra quem passa pelo aeroporto internacional Schiphol. E esta segunda não poderia ser num lugar mais apropriado, pelo menos para mim: na Central Station! A loja é meio pequena, abriu há uma semana e tem fila todos os dias...Eu não resisti e ontem fui lá provar os famosos cafés. Escolhi uma das edições especiais de natal, o Toffee Nut Latte e não me arrependi...delicioso mesmo! Da próxima vez pretendo provar os outros sabores de inverno. E como sou gulosa, pra acompanhar pedi ainda um blueberry muffin - na velha tradição americana. E que, diga-se de passagem, me fez lembrar o filme My Blueberry Nights, rsrsrsrs.




PS. Detalhe é que já tem Starbucks no Rio, São Paulo e até Campinas e eu não sabia!!! Só descobri agora neste site. Lerda, eu...

segunda-feira, novembro 09, 2009

Terror clássico





Aproveitando que o F. tinha copiado vários filmes pra nossa maratona de Halloween, assistimos este fim-de-semana mais dois clássicos do cinema de horror: The Omen (1976) e The Legend of Hell House (1973). The Omen é provavelmente um dos mais conhecidos e também um dos melhores filmes de terror que assisti. Não fica devendo nada a clássicos como Rosemary´s Baby de Polanski (1968) e The Shining (1980). Mas na minha opinião perde pro The Exorcist (1973), que continua sendo o filme mais assustador que já vi (eu sou impressionável então já viu...). Já Legend of Hell House reúne em uma daquelas típicas mansões mal-assombradas um grupo formado por um cientista e sua esposa, uma médium e o único sobrevivente da última visita à mansão.

Mas já vou avisando que não sou expert em filmes de terror, então se alguém tiver dicas eu agradeço!

sábado, novembro 07, 2009

Autopreservação

Estava fuxicando um blog daqueles de amigos de amigos (de vez eu quando eu até arrumo tempo pra isso) e me deparei com uns posts bem interessantes...Um que me chamou atenção em especial foi este aqui embaixo. Poderia ter sido escrito por mim, principalmente porque nos últimos tempos tenho aprendido que é preciso se preservar. Porque eu posso ser um livro aberto - mas algumas páginas estão e continuarão coladas, hehehe. Autopreservação. Ou como sobreviver na selva humana.


**************************************************************************************

Acho que desde que comecei a escrever aqui, nunca me assustei tanto com um comentário (feito ao vivo) sobre o que escrevo aqui.

Inventei este blog pra desabafar, e pra ver se alguém prestava atenção no que eu estava "gritando" ao vivo, e não era ouvida. Esse primeiro objetivo falhou. Mas o blog se tornou algo tão presente e importante na minha vida, que acho que é um espelho onde me vejo refletida, seja pro bem ou pro "mal".

Mas hoje ouvi que "eu não me mostro aqui". E fiquei pensando, se isso é verdade. Fui reler algumas coisas, e vi que eu tenho uma grande facilidade em usar as entrelinhas mais do que as linhas. De dizer sem dizer, de mostrar escondendo, de achar que os outros lêem com a minha visão. E percebi que, sim, muita coisa que eu achei já ter dito, ficou oculta sob palavras bem escolhidas, e assim, muito de mim que eu pensava estar completamente desnudado aqui, está vestido, e até usando burca.

Ainda não decidi se isso é bom ou ruim. (Como tudo na vida, deve ter seus pontos positivos e negativos.) Mas creio que vou continuar assim... porque tem muita gente que vem aqui "me ler", com a intenção de fuçar minha vida pura e simplesmente. Pra esses, eu deixo o benefício de exercitar a imaginação. (Pensem o que quiserem!!!) Já os que vem porque gostam do que eu escrevo, (sejam bobagens, coisas sérias ou minha vida mesmo), imagino que conseguem enxergar um pouquinho mais. E pra esses eu tenho sempre respostas às perguntas que surgem. Ainda tem os que gostam não somente do que lêem aqui, mas gostam também de mim. Esses, imagino que consigam uma visão mais ampla... que, segundo o comentário de hoje, ainda assim é pequena. Tudo bem... eu vou me mostrando aos poucos, e esses me enxergam com os olhos do amor, da amizade.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Dos nossos desafios

Interessante como os desafios mudam à medida em que nossa vida muda. A verdade é que desafios nunca faltam - basta estarmos vivos. O que nem é ruim porque um desafio é antes de mais nada, uma oportunidade de crescimento. Vencido o desafio, nos tornamos mais fortes e mais sábios. Ou pelo menos é o que eu gostaria de acreditar, né?

De qualquer forma, só sei que com o meu novo estágio o tempo que eu achava que era escasso ficou ainda mais escasso! Melhor seria dizer: o tempo ficou escasso e ponto final. Ou melhor ainda: eu tinha tempo e não sabia! Então meu maior desafio nessas primeiras seis semanas de estágio tem sido definir prioridades. O que, entre outras coisas, inclui a arte de dizer não. Para algumas pessoas isso já é uma segunda natureza (muitos holandeses se incluem neste grupo seleto). Já outras pessoas precisam seguir um longo e tortuoso caminho até aprender a dizer esta palavrinha mágica. Diga-se de passagem, uma lição indispensável. Eu que o diga...

A boa notícia é que minha vida era e continua sendo um caos - mas agora este caos está tomando forma. A cada dia as coisas começam a se encaixar, a rotina começa a se estabelecer e eu começo a perceber que posso definir o rumo das coisas. Para algumas pessoas isso é o óbvio olulante, pra mim nunca foi (eu nunca fui daquelas pessoas de planejar tudo). Com todas as consequências possíveis e imagináveis. Sim caros amigos, eu complico a minha vida.

Mas voltando àquela palavrinha mágica, tenho percebido que ANTES de aprender a dizer NÃO a gente tem de aprender a definir nossas prioridades. Definir o que é essencial pra gente, o que é importante, e o que é importante mas pode ficar pra depois. Porque eu sou humana e meu dia tem apenas 24 horas. Trocando em miúdos, no momento meu estágio, meu filho, o namorado que mora em outra cidade e só vejo no fim-de-semana, a fisioterapia e natação pra coluna, as tarefas básicas pra manter a casa andando (porque não tenho empregada nem faxineira...) e as 2 horas diárias de descanso obrigatório - eu me obrigo a descansar no meio desta correria porque não pretendo operar a coluna de novo - já me tomam mais tempo do que eu gostaria! Então acaba faltando tempo pros amigos, pra ir ao cinema e para hobbies como scrapbooking. Pensando bem, até escrever aqui neste singelo blog já está virando luxo! O que é uma pena mas a gente precisa sobreviver. E percebo que muitos aqui na Holanda vivem este mesmo dilema diariamente. A diferença é que antes eu não entendia. Porque vida de freelance é outra coisa: períodos em que você mal consegue respirar intercalados de períodos de calmaria total. Foi assim que vivi mais de 15 anos. Believe me, I know what I am saying.

Mas chega de resmungar...a título de ilustração, no momento em que escrevo estou cozinhando uma sopa de batata com alho-poró (receita inglesa) e lavando roupa. Ainda vou lavar mais uma leva porque só hoje à tarde meu filho foi pra casa do pai e não tive tempo de lavar roupa a semana inteira!!!! Sem falar que nos últimos dois meses nem fui pra casa do namorado em Haia por pura falta de energia. Ele é que tem encarado o trem no sábado e vindo pra cá. É mole ou quer mais?!!




PS. Ao menos consegui tempo pra reclamar da falta de tempo, rsrsrs.
Tecnologia do Blogger.

Um brinde aos bons e velhos amigos

Se tem coisa melhor do que fazer novas amizades é manter as antigas. Apesar do tempo e da distância, apesar da correria absurda que é a nossa vida moderna. Esta semana um amigo de quem guardo lembranças muito especiais reapareceu na minha vida através de um e-mail na minha caixa de correio. Um simples e-mail foi o suficiente pra confimar novamente o que eu sempre soube. Amizade de verdade é encontro de almas. É sentimento que a gente não explica (e desde quando sentimento se explica?). Amizade assim supera o tempo e a distância. Nós nos conhecemos nos tempos em que eu ainda fazia faculdade e ele se mudou de Juiz de Fora para o Rio. A gente passava horas conversando nos bares e botecos, bebia muitas cervejas (e às vezes sangria). A gente brigava e depois fazia as pazes. Entre muitas aventuras e desventuras, viajamos juntos pra Ouro Preto, que continua sendo uma das minhas cidades brasileiras favoritas. E ele veio me visitar aqui em Amsterdã, bem verdade que há mais de 10 anos então está na hora de me visitar de novo.

E eu digo e repito: amizades assim fazem a vida valer a pena, ainda mais quando se mora no exterior. Eu moro fora há mais de 15 anos e meus amigos do Brasil continuam sendo meus amigos. Alguns também saíram do país, uns saíram e voltaram, uns casaram, outros separaram, uns tiveram filhos. Enfim, life happens. E sim, muita gente passou na minha vida nesses anos todos, mas os amigos que eram amigos de verdade continuam sendo amigos hoje. E isso é um grande consolo em tempos de redes virtuais, twitter e o escambau.

O resto é conversa furada.

Feirão de livros

E ontem começou o Boekenfestijn, evento anual aqui no Centro de Convenções RAI. Um dia de sonhos para ratas de livraria como eu. Ainda mais porque não pude ir nos dois últimos anos, então me esbaldei com a quantidade de títulos à venda. Livros para todos os gostos, desde livros infantis, até romances em holandês e inglês, livros sobre arte, cinema, culinária, guias de viagem, como criar animais de estimação, etc etc etc. Tudo com descontos de 50% ou mais!!! Ou seja, não dá pra não ficar contente!

Como há três anos atrás, fui com a Anna, que além de blogueira também é rata de livraria como eu. Só sei que a tarde passou rápido e lá se foram 4 horas perambulando pelos estandes de livros. Saí com 10 livros e mais algum material de scrapbooking como fibras e papel para cartões, que eu nem esperava encontrar por lá. 5 livros para mim, 3 livros pro meu filho - um atlas infantil com muitas fotos e imagens, um dicionário de holandês especial para alunos de 7a e 8a série e um livro belíssimo sobre uma expedição à Floresta Amazônica (que ele ainda vai conhecer com o pai, podem ter certeza disso). Trouxe ainda 1 livro pro namorido e 1 livro pro ex-marido porque daqui a pouco é natal, hehehe. Em suma, valeu muito a pena. Ano que vem quero ir de novo!

O bom e velho Woody Allen




Fim-de-semana passado consegui assistir ao novo filme do Woody Allen. O filme pode não ser um daqueles clássicos indispensáveis - e não é mesmo - mas é muito bom e eu dei muitas risadas (Cinema é a Maior Diversão). O roteiro contém tudo (ou quase tudo) que caracteriza uma obra de Woody Allen. Ou seja: tudo aquilo que seus fãs apreciam e continuam apreciando ao longo de décadas.

Mas é claro, vai ter sempre aquele crítico de cinema (um frustrado que não conseguiu se tornar cineasta e teve de se conformar em escrever sobre os filmes dos outros) que vai dizer que o filme é fraco, que o roteiro não chega a lugar nenhum, que o filme está mais pra sitcom do que pra cinema propriamente dito. Li ontem mesmo uma crítica assim. Felizmente nunca dei muita bola pra críticos de cinema...

Whatever Works é um filme típico do diretor, então não digam que não avisei. O protagonista é uma caricatura de intelectual misantropo, neurótico e claro, hipocondríaco. Em suma, um daqueles personagens que Woody Allen sabe criar como ninguém. E também o alterego do diretor, como fica óbvio logo nos primeiros diálogos.

Acima de tudo, um personagem que sofre mas que também sabe rir da sua própria dor. Um personagem que intercala tiradas típicas de um intelectual pessimista (e judeu, rsrsrsrs) com tiradas hilárias ao estilo sitcom (como o crítico frustrado fez questão de apontar).

Ah sim...e a mensagem no final do filme é muito, mas muito, verdadeira. Whatever works. Confiram vocês mesmos.

For Mac lovers only



PS. For my favorite computer freak and of course, Mac nerd ;-)

Um escritor egípcio

Acabei de ler Chicago, o segundo romance de Alaa Al Aswany, um dos mais badalados escritores egípcios da atualidade (seu debut literário The Yacoubian Building obteve sucesso estrondoso de crítica). Alaa Al Aswany é bestseller tanto no próprio Egito como no Oriente Médio, EUA e Europa. Ou seja, não é pouca coisa! O livro é muito bom, embora eu tenha algumas críticas a fazer...A começar pela escolha infeliz da capa da edição inglesa, que faz lembrar os romances de chicklit. E acaba atraindo o leitor errado (talvez essa tenha sido a idéia por trás da capa, o que eu considero uma estratégia de marketing lamentável).

Anyway, o livro lida com vários temas pós-9/11 e é composto por estórias interconectadas (em capítulos intercalados). Os personagens são estudantes e professores universitários que, num dado momento, decidiram trocar seu país de origem (Egito) pelos EUA. Embora o centro de todas as estórias seja o campus da Universidade de Chicago, há inúmeras referências à situação esconômica e política do Egito (pobreza, corrupção, tortura...temas infelizmente bastante familiares de nós brasileiros). O que inevitavelmente me fez lembrar outro livro que eu também comentei e recomendei por aqui: The White Tiger.

Outros temas presentes são - como não podia deixar de ser em uma estória de imigrantes - a dificuldade de adaptação, choque cultural, racismo, etc. Racismo que, diga-se de passagem, só aumentou depois de 9/11. Há também abuso de drogas, impotência sexual e suicídio. Em suma, um livro recheado de temas polêmicos, sendo que o ponto fraco é justamente o excesso de temas. Na minha singela opinião, o autor poderia ter limitado a temática e desenvolvido melhor alguns personagens e enredo. Mas não deixa de ser uma boa leitura. Em outras palavras: vale a pena conferir!

Listinha: 5 coisas

5 COISAS QUE EU SEMPRE ACREDITEI E CONTINUO ACREDITANDO

  • Amigos verdadeiros são jóias preciosas.
  • Seja autêntico. Seja sempre você mesmo, apesar de tudo e de todos.
  • Não tenha medo de correr riscos. Quem não arrisca, não petisca (já dizia minha mãe).
  • Não tenha medo de mudar. Mudanças fazem parte da vida, quer você queira ou não.
  • O que é seu ninguém tira. E não tira mesmo!

5 COISAS QUE EU NÃO ACREDITAVA ANTES, E HOJE ACREDITO
  • A gente sempre pode mudar alguma coisa. Nem que seja a nós mesmos.
  • Nunca diga que não vai fazer algo de jeito nenhum. Você pode acabar mordendo a língua!
  • Tudo na vida passa. Tudo mesmo.
  • A morte é a única certeza que temos nesta vida.
  • Less is More.


5 COISAS QUE EU ACREDITAVA ANTES, E HOJE NÃO ACREDITO MAIS

  • O ser humano é essencialmente bom.
  • Não tem como as coisas darem errado se uma pessoa for esforçada.
  • A gente só ama de verdade uma vez na vida.
  • Meus amigos sabem como eu sou (se fosse assim eu nunca teria de me explicar e a vida seria sem complicações)...
  • Amigo que é amigo de verdade não magoa a gente (magoa sim, porque somos humanos).


5 COISAS QUE EU DEVERIA ACREDITAR, MAS NÃO CONSIGO

  • Dinheiro não traz felicidade (experimenta ser pobre).
  • Aqui se faz, aqui se paga (se fosse assim não haveria tanta injustiça neste mundo).
  • Basta a gente querer algo de verdade pra conseguir...querer é poder, mas nem sempre (e tem gente que nasceu com a bunda virada pra lua).
  • O amor vence todos os obstáculos (tá, e eu acredito no Papai Noel).
  • A gente pode planejar tudo nesta vida...Pode não! E tem mais: muitas vezes as melhores coisas que acontecem são aquelas que não planejamos.



PS. Não é meme mas os amigos blogueiros podem copiar à vontade.

Starbucks!

Depois de várias filiais em Londres e Paris, finalmente abriu em Amsterdã a segunda filial da famosa cadeia americana Starbucks. A primeira filial já existe há algum tempo pra quem passa pelo aeroporto internacional Schiphol. E esta segunda não poderia ser num lugar mais apropriado, pelo menos para mim: na Central Station! A loja é meio pequena, abriu há uma semana e tem fila todos os dias...Eu não resisti e ontem fui lá provar os famosos cafés. Escolhi uma das edições especiais de natal, o Toffee Nut Latte e não me arrependi...delicioso mesmo! Da próxima vez pretendo provar os outros sabores de inverno. E como sou gulosa, pra acompanhar pedi ainda um blueberry muffin - na velha tradição americana. E que, diga-se de passagem, me fez lembrar o filme My Blueberry Nights, rsrsrsrs.




PS. Detalhe é que já tem Starbucks no Rio, São Paulo e até Campinas e eu não sabia!!! Só descobri agora neste site. Lerda, eu...

Terror clássico





Aproveitando que o F. tinha copiado vários filmes pra nossa maratona de Halloween, assistimos este fim-de-semana mais dois clássicos do cinema de horror: The Omen (1976) e The Legend of Hell House (1973). The Omen é provavelmente um dos mais conhecidos e também um dos melhores filmes de terror que assisti. Não fica devendo nada a clássicos como Rosemary´s Baby de Polanski (1968) e The Shining (1980). Mas na minha opinião perde pro The Exorcist (1973), que continua sendo o filme mais assustador que já vi (eu sou impressionável então já viu...). Já Legend of Hell House reúne em uma daquelas típicas mansões mal-assombradas um grupo formado por um cientista e sua esposa, uma médium e o único sobrevivente da última visita à mansão.

Mas já vou avisando que não sou expert em filmes de terror, então se alguém tiver dicas eu agradeço!

Autopreservação

Estava fuxicando um blog daqueles de amigos de amigos (de vez eu quando eu até arrumo tempo pra isso) e me deparei com uns posts bem interessantes...Um que me chamou atenção em especial foi este aqui embaixo. Poderia ter sido escrito por mim, principalmente porque nos últimos tempos tenho aprendido que é preciso se preservar. Porque eu posso ser um livro aberto - mas algumas páginas estão e continuarão coladas, hehehe. Autopreservação. Ou como sobreviver na selva humana.


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Acho que desde que comecei a escrever aqui, nunca me assustei tanto com um comentário (feito ao vivo) sobre o que escrevo aqui.

Inventei este blog pra desabafar, e pra ver se alguém prestava atenção no que eu estava "gritando" ao vivo, e não era ouvida. Esse primeiro objetivo falhou. Mas o blog se tornou algo tão presente e importante na minha vida, que acho que é um espelho onde me vejo refletida, seja pro bem ou pro "mal".

Mas hoje ouvi que "eu não me mostro aqui". E fiquei pensando, se isso é verdade. Fui reler algumas coisas, e vi que eu tenho uma grande facilidade em usar as entrelinhas mais do que as linhas. De dizer sem dizer, de mostrar escondendo, de achar que os outros lêem com a minha visão. E percebi que, sim, muita coisa que eu achei já ter dito, ficou oculta sob palavras bem escolhidas, e assim, muito de mim que eu pensava estar completamente desnudado aqui, está vestido, e até usando burca.

Ainda não decidi se isso é bom ou ruim. (Como tudo na vida, deve ter seus pontos positivos e negativos.) Mas creio que vou continuar assim... porque tem muita gente que vem aqui "me ler", com a intenção de fuçar minha vida pura e simplesmente. Pra esses, eu deixo o benefício de exercitar a imaginação. (Pensem o que quiserem!!!) Já os que vem porque gostam do que eu escrevo, (sejam bobagens, coisas sérias ou minha vida mesmo), imagino que conseguem enxergar um pouquinho mais. E pra esses eu tenho sempre respostas às perguntas que surgem. Ainda tem os que gostam não somente do que lêem aqui, mas gostam também de mim. Esses, imagino que consigam uma visão mais ampla... que, segundo o comentário de hoje, ainda assim é pequena. Tudo bem... eu vou me mostrando aos poucos, e esses me enxergam com os olhos do amor, da amizade.

Dos nossos desafios

Interessante como os desafios mudam à medida em que nossa vida muda. A verdade é que desafios nunca faltam - basta estarmos vivos. O que nem é ruim porque um desafio é antes de mais nada, uma oportunidade de crescimento. Vencido o desafio, nos tornamos mais fortes e mais sábios. Ou pelo menos é o que eu gostaria de acreditar, né?

De qualquer forma, só sei que com o meu novo estágio o tempo que eu achava que era escasso ficou ainda mais escasso! Melhor seria dizer: o tempo ficou escasso e ponto final. Ou melhor ainda: eu tinha tempo e não sabia! Então meu maior desafio nessas primeiras seis semanas de estágio tem sido definir prioridades. O que, entre outras coisas, inclui a arte de dizer não. Para algumas pessoas isso já é uma segunda natureza (muitos holandeses se incluem neste grupo seleto). Já outras pessoas precisam seguir um longo e tortuoso caminho até aprender a dizer esta palavrinha mágica. Diga-se de passagem, uma lição indispensável. Eu que o diga...

A boa notícia é que minha vida era e continua sendo um caos - mas agora este caos está tomando forma. A cada dia as coisas começam a se encaixar, a rotina começa a se estabelecer e eu começo a perceber que posso definir o rumo das coisas. Para algumas pessoas isso é o óbvio olulante, pra mim nunca foi (eu nunca fui daquelas pessoas de planejar tudo). Com todas as consequências possíveis e imagináveis. Sim caros amigos, eu complico a minha vida.

Mas voltando àquela palavrinha mágica, tenho percebido que ANTES de aprender a dizer NÃO a gente tem de aprender a definir nossas prioridades. Definir o que é essencial pra gente, o que é importante, e o que é importante mas pode ficar pra depois. Porque eu sou humana e meu dia tem apenas 24 horas. Trocando em miúdos, no momento meu estágio, meu filho, o namorado que mora em outra cidade e só vejo no fim-de-semana, a fisioterapia e natação pra coluna, as tarefas básicas pra manter a casa andando (porque não tenho empregada nem faxineira...) e as 2 horas diárias de descanso obrigatório - eu me obrigo a descansar no meio desta correria porque não pretendo operar a coluna de novo - já me tomam mais tempo do que eu gostaria! Então acaba faltando tempo pros amigos, pra ir ao cinema e para hobbies como scrapbooking. Pensando bem, até escrever aqui neste singelo blog já está virando luxo! O que é uma pena mas a gente precisa sobreviver. E percebo que muitos aqui na Holanda vivem este mesmo dilema diariamente. A diferença é que antes eu não entendia. Porque vida de freelance é outra coisa: períodos em que você mal consegue respirar intercalados de períodos de calmaria total. Foi assim que vivi mais de 15 anos. Believe me, I know what I am saying.

Mas chega de resmungar...a título de ilustração, no momento em que escrevo estou cozinhando uma sopa de batata com alho-poró (receita inglesa) e lavando roupa. Ainda vou lavar mais uma leva porque só hoje à tarde meu filho foi pra casa do pai e não tive tempo de lavar roupa a semana inteira!!!! Sem falar que nos últimos dois meses nem fui pra casa do namorado em Haia por pura falta de energia. Ele é que tem encarado o trem no sábado e vindo pra cá. É mole ou quer mais?!!




PS. Ao menos consegui tempo pra reclamar da falta de tempo, rsrsrs.