sexta-feira, dezembro 31, 2010

Mensagem de ano novo


segunda-feira, dezembro 27, 2010

Um pouco de neve pra vocês



Este natal não teve ceia nem presentes, mas teve neve - muita neve. Foi um natal triste mas sobrevivemos porque sim, a vida sempre continua. Essas fotos são da caminhada que fizemos ontem à tarde no Zuiderpark. Um parque em Haia perto da casa de F. que costumo frequentar muito na primavera e que é bastante popular nos festivais de verão.

O mais legal foi me deparar com uma pista de patinação natural, com várias crianças felizes da vida com seus patins e treinós. Paisagem de cartão de natal, só faltou mesmo o meu filho que está passando o natal com a família na Inglaterra (como todo ano, diga-se de passagem).

Pra finalizar, algumas fotos do natal branco aqui em Amsterdã.

Diversão na neve, Amsterdamse Bos

Patinando no Museumplein
A Dam Square,  no centro da cidade

Livraria Atheneum, no Spui

Pra quem gosta de Nick Hornby




Pra quem como eu, curte o estilo de Nick Hornby, recomendo fortemente o escritor inglês David Nicholls. Acabei de ler dois livros dele e ambos são leitura ótima e divertida!

One Day (2009) é o bestseller de David Nicholls (que até já virou filme com lançamento em 2011) e conta uma estória de amor original entre dois amigos que se conhecem há muitos e muitos anos e que só depois de muito tempo resolvem assumir o que já deviam saber desde o início: eles foram feitos um para o outro! Eles mantêm contato durante 20 longos anos, quando compartilham suas desilusões amorosas. Até o dia que aceitam de uma vez por todas a verdade que sempre esteve debaixo do seu nariz (daquelas verdades tão óbvias que a gente nem percebe). Enfim, uma daquelas estórias de amor pra rir e chorar.


Starter for Ten (2003) conta as aventuras e trapalhadas de Brian, um rapaz de 19 anos no seu primeiro ano de universidade. Depois da morte de seu pai, ele vivia com a mãe de 40 e poucos anos até decidir cursar Literatura Inglesa na universidade. O ano é 1985 (e a trilha sonora me trouxe muitas lembranças de tempos passados) e o maior sonho de Brian é participar do programa de tv University Challenge, um programa de auditório muito popular da tv inglesa. Só que no meio do caminho ele se apaixona pela bela estudante Alice e seus planos quase vão por água abaixo. Outro livro que também virou filme, e ainda por cima com James McAvoy (Atonement) no papel principal! Desnecessário dizer, já baixei o filme e assistirei em breve.



PS. No momento estou devorando Anansi Boys, mais um livro do excelente Neil Gaiman. Volto pra contar mais depois. Enfim, sobrevivemos o natal e a vida continua...com muitos e muitos livros!



The six ages of book-reading

Ilustração de Emma Schmid


Como leitora ávida e ainda por cima formada em Letras, não teve como não me identificar e dar muitas gargalhadas com o trecho abaixo, do livro Starter for Ten:




I'm meant to be doing an essay on "Nature Imagery in John Donne's Holy Sonnets", but I've been looking for a week now and still can't actually find any.
My pencil-notes in the margin don't help much either; I've written things like "the Annunciation!" and "irony?" and "cf. Freud" and "here he turns the tables!", and I can't remember why, so instead I pick the Jacques Derrida's Of Grammatology. It occurs to me that there are six ages of book-reading. The first is picture books, then 2) books with more illustrations than words, then 3) books with more words than illustrations, then 4) books with no illustrations, just a map maybe, or a family tree, but lots of dialogues, then 5) books with longs paragraphs and hardly any dialogue, then 6) books with no dialogue, no narrative, just great longs paragraphs and footnotes and bibliographies and appendixes and very, very small writting. Jacques Derrida's Of Grammatology is very much a book of the sixth kind, and, intellectually speaking, I'm still stuck somewhere between ages four and five. I read the first sentence, flick through in a fruitless search for a map or photo or illustration then fall sleep.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Natal triste

O natal nem teve tempo de chegar e acordei hoje cedo com um telefonema do F. dizendo que sua mãe havia falecido no hospital. Foi uma surpresa - porque a morte quando chega sempre nos pega de surpresa, essa lição eu já tinha aprendido - mas nem tanto assim pra quem travava uma dura batalha contra o câncer há mais de dez anos. Ano passado ela teve um tumor no cérebro, todos achavam que seria o fim. Pois ela melhorou e surpreendeu a todos. Melhorou tanto que o tumor no cérebro SUMIU, quer mais milagre do que isso?

Pois há cerca  de 10 dias eles estavam preocupados porque ela estava se alimentando muito mal na casa de saúde para idosos (ela passava os fins-de-semana em casa com o marido). Andava enjoada pra comer e achavam que estava de frescura, deram bronca e disseram pra comer direito porque senão...Na mesma semana ela precisou fazer uma transfusão de sangue no hospital, eles decidiram fazer alguns testes e acharam um tumor...no fígado. Dali em frente foi tudo muito rápido, eles tinham planejado dar alta pra ela ir passar o (último) natal em casa com a família...Acredito que os médicos sabiam que ela morreria em breve pois sua saúde estava deteriorando a cada dia (até avisaram os familiares). Estávamos todos indo pra lá no sábado (25 dez), com planos de fazer uma ceia especial. Em vez da ceia, teremos um enterro na terça-feira.

Em suma, um natal muito triste para toda a família. E eu sofro junto com F. porque já sofri a perda de uma mãe (e mãe só tem uma, não me canso de repetir). No caso da mãe dele, todos concordamos que foi melhor assim. Ninguém precisa sofrer tanto, afinal ela lutou bravamente contra o câncer mais de dez anos. Tinha períodos bons até surgir um novo tumor em alguma parte do corpo. Aí vinham a quimioterapia, algumas operações, consultas médicas de controle, medicamentos, etc etc etc.

Que ela dencanse em paz...

quarta-feira, dezembro 22, 2010

The Social Network




Este eu assisti apenas pra matar a curiosidade. E confesso que não achei o filme grande coisa - principalmente após ter assistido Catfish (veja post anterior). The Social Network relata o surgimento da rede Facebook, um dos maiores fenômenos de mídia de nossos tempos. O protagonista é um nerd super inteligente, insuportável e calculista. Um cara que não sabe dar valor aos poucos amigos que tem - e são poucos, acreditem. O que aliás é irônico pra quem foi responsável pela criação da rede de amigos mais popular do planeta!

Quem me conhece sabe muito bem que não sou fã de redes sociais, muito menos do Facebook. Mas também sou a primeira a admitir que essas redes passaram a definir os padrões de comportamento dos últimos anos. Quer você goste ou não. É preciso uma grande dose de coragem pra escolher viver sem elas (eu que o diga).

Desnecessário dizer, o filme não me emocionou em nenhum aspecto, mas vale pra quem gosta do Facebook e quer saber mais sobre suas origens. A estória se concentra na batalha jurídica e nos aspectos comerciais da empresa bilionária. Enfim, o aspecto humano passa longe. Mas tem quem goste.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Facebook nas telas do cinema: Catfish


Antes de conferir o badalado The Social Network, decidi aproveitar a dica de uma amiga e ver Catfish, um documentário polêmico (daqueles que você AMA ou ODEIA). Tanto The Social Network como Catfish lidam com o mesmo tema. Ou seja, as relações virtuais em geral e o fenômeno Facebook em particular.

Porque convenhamos, em pleno século XXI não dá mais pra ignorar a importância dessas relações nas vidas de todos nós. Eu arriscaria até dizer onipotência. O que me faz lembrar o comentário de uma amiga quando disse que eu não tinha Facebook. Ela simplesmente respondeu? então você não existe. E de certa forma, ela está certa. Uma verdade assustadora e intrigante.

Abaixo um trecho de uma ótima resenha que li sobre Catfish:





Facebook – with its more than 500 million users – has helped to usher in a new era of social interaction. With nothing but a picture, a short biography, and a handful of likes and dislikes, it is possible to create an approximation of your actual personality. Factor in the way you interact with friends and family, as well as the links and content you share on your Facebook wall, and suddenly the digital version of you starts to become much clearer. In a sense, it becomes who you actually are, at least to the mind of a stranger.

That’s where Catfish makes its most fascinating discoveries. Search engines like Google have made it infinitely easier and faster to access information. On the flipside, social media has given us the ability to create our own version of reality. So, how can you tell if the person on the other end of your instant message, text, tweet, or wall post is actually who they say they are? What compels us to reach out to strangers online? Can online relationships provide the same level of emotional satisfaction as “real” relationships?

Pra quem ficou curioso, a resenha completa está aqui.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Jhumpa Lahiri



Este é mais um daqueles posts que estou pra escrever há tempos...Mas o ano está chegando ao fim e não posso deixar esta autora passar. Jhumpa Lahiri é uma escritora indiana que me conquistou por sua sensibilidade e pela forma poética com que descreve as coisas mais simples e as emoções mais sutis do ser humano. Enfim, uma escritora que simplesmente preciso recomendar a todos. E em particular, a mulheres expatriadas como esta que vos escreve.

Li recentemente dois livros de contos dela, seu premiado début literário Interpreter of Maladies (1999) e Unaccustomed Earth (2008). Diga-se de passagem, os dois livros receberam prêmios literários (e merecidamente). Além desses dois títulos, ela escreveu ainda The Namesake (2003), cuja versão para as telas de cinema eu assisti e comentei aqui.

As protagonistas de suas estórias são mulheres indianas que emigraram para os EUA a fim de reconstruir suas vidas. Mulheres corajosas e dedicadas cuaj trajetória acompanhamos em estórias cheias de drama, dificuldades mas também pequenas (e grandes) vitórias. Choque de culturas, tentativas de manter as tradições de seu país a todo custo. E ainda, o inevitável choque entre a primeira geração de imigrantes e seus filhos, a segunda geração já nascida em terra estrangeira (neste caso, nos EUA). Enfim, uma estória mais cativante do que a outra. E como eu mesma emigrei e tenho um filho nascido em terras estrangeiras, é impossível não me identificar com os sentimentos de algumas das personagens. Vale a pena conferir!



PS. Outra escritora indiana que descobri recentemente foi a Manju Kapur, veja post aqui.

domingo, dezembro 12, 2010

Veterana de guerra



Ao ler os blogs de outras expatriadas, me dei conta de algo. É que a maioria delas está vivendo há pouco mais de ano por essas bandas (como a Eve, a Line ou a Liana). E claro, embora todas passem pelas diversas fases de adaptação, essas fases (e a duração de cada uma) variam enormemente de pessoa para pessoa. Porque cada pessoa é um universo à parte. O óbvio olulante.

O que eu queria dizer com isso é que ao ler posts dessas mulheres corajosas  - porque é preciso muita coragem pra morar no exterior e eu sou a primeira a admitir isso - eu me sinto de certa forma uma veterana. Veterana de guerra, porque já vivi (e ainda vivo) muitas batalhas...e sim, venci algumas. Até porque já se vão 17 anos de Europa (e 16 anos e meio de Holanda,  pra ser mais específica). Já passei pela fase inicial de deslumbramento e descobertas, tive a fase (onde muitos ficam estagnados) de achar tudo ruim e comparar Brasil e Holanda (o maior erro que qualquer expatriado em qualquer lugar do mundo pode cometer). E depois de muitas voltas, descobri que o segredo é ser feliz com o que a gente tem - onde a gente estiver! Tão simples e ao mesmo tempo tão difícil.

E confesso que tenho verdadeiro horror de gente que só fala mal do país onde mora (a turma dos revoltados). E também daqueles que só falam mal do Brasil e insistem que aqui tudo é melhor (a turma dos deslumbrados). Gente, nem tanto ao mar nem tanto à terra. Até porque, o paraíso é uma questão pessoal. E com raras exceções, a maioria está aqui por vontade própria então precisa assumir as consequências dessa escolha.

Não sou melhor do que ninguém, mas aprendi um bocado em todos esses anos. Outra conclusão importante que tirei é que cada um tem suas lições a serem aprendidas. Cada um tem seu tempo, seus desafios, perdas e vitórias. E devemos ter muita cautela ao julgar a experiência do outro,  porque as experiências são semelhantes mas nunca iguais! Ou como diria minha (falecida) mãe: cada um sabe onde lhe dói o calo. Sem falar que existem fatores variáveis como as escolhas feitas por cada um. E sorte. Sim, alguns têm mais sorte do que outros (eu que o diga).

Eu passei por muita coisa boa e ruim nesses anos mas hoje o mais difícil pra mim seria voltar ao Brasil. Como eu costumo dizer, esta é uma viagem sem volta. Principalmente para os que passaram do limite dos dez anos, ainda mais se tiverem tido filhos por aqui...Sem querer assustar ninguém, é isso que vejo à minha volta (o que não é necessariamente bom ou ruim). Nos primeiros anos, você luta pra se adaptar a um novo país, aprender a língua, etc. Aí você se adapta, viaja de férias ao país de origem e para sua surpresa, descobre que se sente uma estrangeira lá também! Eu já passei por isso então falo por experiência própria.  Enfim, a gente acaba vivendo entre dois mundos, em uma espécie de limbo. Não pertencemos a lugar nenhum e ao mesmo tempo, pertencemos a todos os lugares...sabe aquela estória de cidadã do mundo? Quem vive fora há muitos anos, sabe do que estou falando.

Enfim, uma experiência das mais enriquecedoras. Mas quanto mais tempo eu moro fora, mais eu percebo que não é pra todo mundo. Não mesmo!

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Começar de novo...

Só vim pra dizer que ando bem triste...Não apenas porque acabei de fazer mais um aniversário (a crise já havia se anunciado há tempos). Como porque começar tudo de novo outra vez é complicado. Nos últimos anos, tenho a sensação de estar andando em círculos e me pergunto diariamente onde é que eu fui amarrar a minha égua.

Pra quem acompanha este blog, 2009 foi um novo começo, um ano de muitas atividades e mudanças. Nove meses de estágio numa área que tinha me agradado muito mas no final das contas, sem perspectivas de emprego. Uma experiência muito rica mas que não levou a lugar nenhum (pessimismo em alta né, gente?). Por questões totalmente fora do meu controle, a começar por mudanças nos planos do novo governo, cuja primeira decisão foi justamente fazer cortes na área de inburgering que tanto tinha me interessado. Tell me about bad timing.

Depois de tudo isso, esta segunda-feira comecei um novo trajeto de 6-8 semanas para (tentar) arrumar emprego. O problema é que em quase 17 anos de Holanda não apenas eu praticamente só trabalhei em uma coisa (traduções freelance) como meu diploma universitário aqui não vale nada! Enfim, há (muitas) pedras no caminho. E em alguns dias o desânimo é inevitável porque não tenho mais 30 anos...

Quando a gente chega numa certa idade, algumas questões começam a pesar mais e nos tiram o sono. Bem verdade que o momento atual anda ruim pra todo mundo (com ou sem diploma). E pros estrangeiros, sempre foi mais difícil se estabelecer em sua profissão (não se iludam). Uma minoria de sorte consegue exercer sua profissão de origem, a grande maioria acaba se contentando com um plano B. E eu consegui a façanha de complicar ainda mais o que já era complicado! Falta de planos concretos, falta de visão e escolhas pessoais que me atrapalharam no percurso. Mas enfim: não adianta chorar o leite derramado, blá blá blá.

Uma coisa eu preciso dizer...tô bem cansada desta batalha, esperando uma virada que ainda não chegou. Tentando vislumbrar uma oportunidade, uma luz no fim do túnel, uma porta aberta. Dias melhores virão...




PS. 45 anos, caros amigos...

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Desafio dos Sete

Recebi este desafio não apenas de uma, mas de três amigas blogueiras: Tânia, Pri e Maria Valéria...Demorei algum tempo pra postar porque confesso que foi um dos desafios mais desafiadores com os quais me deparei nos últimos tempos. Missão cumprida!



Sete coisas que quero fazer antes de morrer
1. Conhecer a Itália e a Grécia, entre outros
2. Ser menos crítica comigo mesma
3. Aprender a ter mais paciência e a ser menos ansiosa
4. Emagrecer e alcançar um peso saudável (tá difícil)
5. Ler ainda mais livros e assistir ainda mais filmes
6. Buscar novas oportunidades profissionais, sem medo do desconhecido
7. Estar em paz comigo mesma e com o meu passado






Sete coisas que faço bem
1. Ler, porque o pior analfabeto não é aquele que não sabe ler, mas aquele que sabe ler e não lê! Eu leio (quase) tudo que cai nas minhas mãos, especialmente ficção literária.
2. Escrever, embora depois de 17 anos morando no estrangeiro, eu admita que o meu português não está mais essas coisas (e nem me falem em reforma ortográfica)
3. Aprender, eu aprendo muito rápido. Por ex, nunca tive dificuldade em aprender línguas estrangeiras.
4. Sentir a dor dos outros, tenho empatia e acabo sofrendo junto. Adoraria trabalhar na área de assistência social aqui na Holanda mas não sei se isso será possível. Quem viver verá!
5. Ser amiga. Quando sou amiga, sou amiga de verdade. Sou sincera, leal e procuro sempre ajudar meus amigos quando eles precisam.  Nem que seja com um ombro amigo.
6. Sou alegre, espontânea e (modéstia à parte) sei divertir as pessoas. Já fui o centro das atenções em muitas festas e jantares, mas ando quietinha nos últimos tempos. Quando estou bem, sou ótima companhia...mas quando estou mal, sai de perto.
7. Sou criativa, adoro scrapbooking e minha criatividade está em alta (e espero que assim continue por muito tempo, rsrsrsr). Scrapbooking é a nova paixão na minha vida. E paixão é preciso! Porque a vida é muito, muito curta...



Sete defeitos meus
1. Pensar demais (mania de ruminar as coisas), mente inquieta e sempre ansiosa.
2. Sentir demais...o que me faz lembrar a famosa frase de Caetano: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Sou intensa demais, queria sentir menos.
3. Falar demais. Pior, não só falo como escrevo demais, rsrsrsrs. Mas estou aprendendo a ouvir!!!
4. Falta de disciplina, determinação e perseverança para definir metas e cumpri-las (precisa dizer mais alguma coisa?)
5. Alguns me acham "intelectual", o que pode ser um defeito ou qualidade (fica a gosto do cliente mas desconfio que seja daqueles defeitos que incomodam mais aos outros do que a mim mesma)
6. Falta de paciência pra aturar gente burra e pior ainda, gente metida e preconceituosa
7 Pessimismo (como se não bastasse, já fui muito Drama Queen mas felizmente passou, tirando um surto aqui e ali porque eu sou humana, né?). E sem querer me desculpar  e já me desculpando, boa parte deste pessimismo é patológico. Sem brincadeira.



Sete qualidades minhas
1. (Hiper)sensível, tenho um coração do tamanho do mundo, não aguento ver gente sofrendo. Nem bicho.
2. Mente aberta e sem preconceitos, raramente alguma coisa me choca. Também tento não julgar os outros, cada um vive como quer (ou pode).
3. Embora eu fale demais, também sei ouvir quando necessário.
4. Não sou possessiva, não me apego a coisas materiais (embora me apegue mais a pessoas do que gostaria).
5. Não sou supérflua nem frívola, sou uma pessoa profunda (o que para alguns pode ser um defeito). Pensando bem, às vezes meus pensamentos são profundos demais. Nessas horas nem eu me aguento.
6. Sou uma pensadora independente. Eu não faço a menor questão de seguir as tendências da moda (e isso vale para tudo). Eu simplesmente sigo a mim mesma.
7. Não tenho medo da solidão, sou ótima companhia para mim mesma. E isso é bom, e necessário!





Sete coisas que amo
1. Meu filho, que dá um trabalho danado mas também me traz muitas alegrias.
2. Meu namorado, que também dá um trabalho danado e que não incluí no post original porque achei mais do que óbvio (my mistake).
3. Meus amigos, que são poucos mas sinceros.
4. Meus livros e filmes, não poderia viver sem eles (e a vida teria muito menos graça).
5. Comer e dormir (assim fica difícil emagrecer, né gente?).
6. Viajar, viajar e viajar (mas voltar pra casa também é bom demais).
7. Assistir espetáculos de teatro, ballet e outros eventos culturais, o que não tenho feito ultimamente mas pretendo voltar a fazer em breve.



Sete pessoas que indico para este desafio
Vou quebrar a regra do jogo (sou boa nisso também) e não vou indicar ninguém!  Até porque, muita gente já foi indicada e este desafio não é dos mais fáceis (eu que o diga, este post custou a sair). Enfim, vou deixar meus leitores decidirem se querem ou não encará-lo! Boa sorte na jornada.


PS. Ilustrações de Alex Noriega, do blog Stuff No One Told Me.

Patinação no gelo



Aqui em Amsterdã o inverno este ano chegou antes da hora. Neve, vento gelado e temperaturas abaixo de zero. Então já que não tem mesmo como fugir do inverno, uma dica é levar as crianças pra patinar nas várias pistas de patinação espalhadas pela cidade! A pista no Leidseplein já está aberta e a do Museumplein abrirá em breve.

Ontem conferimos Winterland, novo evento deste inverno 2010 no Rembrandsplein. Pista de patinação e muitas barraquinhas vendendo gluhwein, churros, biscoitos e waffels tradicionais, chocolate quente e decorações de natal. Tudo no estilo christmas market  muito comum na Alemanha (como o de Dusseldorf que visitei anos atrás). Enfim, daqueles programas kitsch pra turista mas eu curti assim mesmo!

Enquanto o menino patinava, a mamãe congelava os pés e tomava chocolate quente...Também não resisti aos churros desta vez! E como era quarta-feira, a pista estava bem tranquila porque no fim-de-semana aquilo ali "ferve" (trocadilhos à parte).

Tecnologia do Blogger.

Mensagem de ano novo


Um pouco de neve pra vocês



Este natal não teve ceia nem presentes, mas teve neve - muita neve. Foi um natal triste mas sobrevivemos porque sim, a vida sempre continua. Essas fotos são da caminhada que fizemos ontem à tarde no Zuiderpark. Um parque em Haia perto da casa de F. que costumo frequentar muito na primavera e que é bastante popular nos festivais de verão.

O mais legal foi me deparar com uma pista de patinação natural, com várias crianças felizes da vida com seus patins e treinós. Paisagem de cartão de natal, só faltou mesmo o meu filho que está passando o natal com a família na Inglaterra (como todo ano, diga-se de passagem).

Pra finalizar, algumas fotos do natal branco aqui em Amsterdã.

Diversão na neve, Amsterdamse Bos

Patinando no Museumplein
A Dam Square,  no centro da cidade

Livraria Atheneum, no Spui

Pra quem gosta de Nick Hornby




Pra quem como eu, curte o estilo de Nick Hornby, recomendo fortemente o escritor inglês David Nicholls. Acabei de ler dois livros dele e ambos são leitura ótima e divertida!

One Day (2009) é o bestseller de David Nicholls (que até já virou filme com lançamento em 2011) e conta uma estória de amor original entre dois amigos que se conhecem há muitos e muitos anos e que só depois de muito tempo resolvem assumir o que já deviam saber desde o início: eles foram feitos um para o outro! Eles mantêm contato durante 20 longos anos, quando compartilham suas desilusões amorosas. Até o dia que aceitam de uma vez por todas a verdade que sempre esteve debaixo do seu nariz (daquelas verdades tão óbvias que a gente nem percebe). Enfim, uma daquelas estórias de amor pra rir e chorar.


Starter for Ten (2003) conta as aventuras e trapalhadas de Brian, um rapaz de 19 anos no seu primeiro ano de universidade. Depois da morte de seu pai, ele vivia com a mãe de 40 e poucos anos até decidir cursar Literatura Inglesa na universidade. O ano é 1985 (e a trilha sonora me trouxe muitas lembranças de tempos passados) e o maior sonho de Brian é participar do programa de tv University Challenge, um programa de auditório muito popular da tv inglesa. Só que no meio do caminho ele se apaixona pela bela estudante Alice e seus planos quase vão por água abaixo. Outro livro que também virou filme, e ainda por cima com James McAvoy (Atonement) no papel principal! Desnecessário dizer, já baixei o filme e assistirei em breve.



PS. No momento estou devorando Anansi Boys, mais um livro do excelente Neil Gaiman. Volto pra contar mais depois. Enfim, sobrevivemos o natal e a vida continua...com muitos e muitos livros!



The six ages of book-reading

Ilustração de Emma Schmid


Como leitora ávida e ainda por cima formada em Letras, não teve como não me identificar e dar muitas gargalhadas com o trecho abaixo, do livro Starter for Ten:




I'm meant to be doing an essay on "Nature Imagery in John Donne's Holy Sonnets", but I've been looking for a week now and still can't actually find any.
My pencil-notes in the margin don't help much either; I've written things like "the Annunciation!" and "irony?" and "cf. Freud" and "here he turns the tables!", and I can't remember why, so instead I pick the Jacques Derrida's Of Grammatology. It occurs to me that there are six ages of book-reading. The first is picture books, then 2) books with more illustrations than words, then 3) books with more words than illustrations, then 4) books with no illustrations, just a map maybe, or a family tree, but lots of dialogues, then 5) books with longs paragraphs and hardly any dialogue, then 6) books with no dialogue, no narrative, just great longs paragraphs and footnotes and bibliographies and appendixes and very, very small writting. Jacques Derrida's Of Grammatology is very much a book of the sixth kind, and, intellectually speaking, I'm still stuck somewhere between ages four and five. I read the first sentence, flick through in a fruitless search for a map or photo or illustration then fall sleep.

Natal triste

O natal nem teve tempo de chegar e acordei hoje cedo com um telefonema do F. dizendo que sua mãe havia falecido no hospital. Foi uma surpresa - porque a morte quando chega sempre nos pega de surpresa, essa lição eu já tinha aprendido - mas nem tanto assim pra quem travava uma dura batalha contra o câncer há mais de dez anos. Ano passado ela teve um tumor no cérebro, todos achavam que seria o fim. Pois ela melhorou e surpreendeu a todos. Melhorou tanto que o tumor no cérebro SUMIU, quer mais milagre do que isso?

Pois há cerca  de 10 dias eles estavam preocupados porque ela estava se alimentando muito mal na casa de saúde para idosos (ela passava os fins-de-semana em casa com o marido). Andava enjoada pra comer e achavam que estava de frescura, deram bronca e disseram pra comer direito porque senão...Na mesma semana ela precisou fazer uma transfusão de sangue no hospital, eles decidiram fazer alguns testes e acharam um tumor...no fígado. Dali em frente foi tudo muito rápido, eles tinham planejado dar alta pra ela ir passar o (último) natal em casa com a família...Acredito que os médicos sabiam que ela morreria em breve pois sua saúde estava deteriorando a cada dia (até avisaram os familiares). Estávamos todos indo pra lá no sábado (25 dez), com planos de fazer uma ceia especial. Em vez da ceia, teremos um enterro na terça-feira.

Em suma, um natal muito triste para toda a família. E eu sofro junto com F. porque já sofri a perda de uma mãe (e mãe só tem uma, não me canso de repetir). No caso da mãe dele, todos concordamos que foi melhor assim. Ninguém precisa sofrer tanto, afinal ela lutou bravamente contra o câncer mais de dez anos. Tinha períodos bons até surgir um novo tumor em alguma parte do corpo. Aí vinham a quimioterapia, algumas operações, consultas médicas de controle, medicamentos, etc etc etc.

Que ela dencanse em paz...

The Social Network




Este eu assisti apenas pra matar a curiosidade. E confesso que não achei o filme grande coisa - principalmente após ter assistido Catfish (veja post anterior). The Social Network relata o surgimento da rede Facebook, um dos maiores fenômenos de mídia de nossos tempos. O protagonista é um nerd super inteligente, insuportável e calculista. Um cara que não sabe dar valor aos poucos amigos que tem - e são poucos, acreditem. O que aliás é irônico pra quem foi responsável pela criação da rede de amigos mais popular do planeta!

Quem me conhece sabe muito bem que não sou fã de redes sociais, muito menos do Facebook. Mas também sou a primeira a admitir que essas redes passaram a definir os padrões de comportamento dos últimos anos. Quer você goste ou não. É preciso uma grande dose de coragem pra escolher viver sem elas (eu que o diga).

Desnecessário dizer, o filme não me emocionou em nenhum aspecto, mas vale pra quem gosta do Facebook e quer saber mais sobre suas origens. A estória se concentra na batalha jurídica e nos aspectos comerciais da empresa bilionária. Enfim, o aspecto humano passa longe. Mas tem quem goste.

Facebook nas telas do cinema: Catfish


Antes de conferir o badalado The Social Network, decidi aproveitar a dica de uma amiga e ver Catfish, um documentário polêmico (daqueles que você AMA ou ODEIA). Tanto The Social Network como Catfish lidam com o mesmo tema. Ou seja, as relações virtuais em geral e o fenômeno Facebook em particular.

Porque convenhamos, em pleno século XXI não dá mais pra ignorar a importância dessas relações nas vidas de todos nós. Eu arriscaria até dizer onipotência. O que me faz lembrar o comentário de uma amiga quando disse que eu não tinha Facebook. Ela simplesmente respondeu? então você não existe. E de certa forma, ela está certa. Uma verdade assustadora e intrigante.

Abaixo um trecho de uma ótima resenha que li sobre Catfish:





Facebook – with its more than 500 million users – has helped to usher in a new era of social interaction. With nothing but a picture, a short biography, and a handful of likes and dislikes, it is possible to create an approximation of your actual personality. Factor in the way you interact with friends and family, as well as the links and content you share on your Facebook wall, and suddenly the digital version of you starts to become much clearer. In a sense, it becomes who you actually are, at least to the mind of a stranger.

That’s where Catfish makes its most fascinating discoveries. Search engines like Google have made it infinitely easier and faster to access information. On the flipside, social media has given us the ability to create our own version of reality. So, how can you tell if the person on the other end of your instant message, text, tweet, or wall post is actually who they say they are? What compels us to reach out to strangers online? Can online relationships provide the same level of emotional satisfaction as “real” relationships?

Pra quem ficou curioso, a resenha completa está aqui.

Jhumpa Lahiri



Este é mais um daqueles posts que estou pra escrever há tempos...Mas o ano está chegando ao fim e não posso deixar esta autora passar. Jhumpa Lahiri é uma escritora indiana que me conquistou por sua sensibilidade e pela forma poética com que descreve as coisas mais simples e as emoções mais sutis do ser humano. Enfim, uma escritora que simplesmente preciso recomendar a todos. E em particular, a mulheres expatriadas como esta que vos escreve.

Li recentemente dois livros de contos dela, seu premiado début literário Interpreter of Maladies (1999) e Unaccustomed Earth (2008). Diga-se de passagem, os dois livros receberam prêmios literários (e merecidamente). Além desses dois títulos, ela escreveu ainda The Namesake (2003), cuja versão para as telas de cinema eu assisti e comentei aqui.

As protagonistas de suas estórias são mulheres indianas que emigraram para os EUA a fim de reconstruir suas vidas. Mulheres corajosas e dedicadas cuaj trajetória acompanhamos em estórias cheias de drama, dificuldades mas também pequenas (e grandes) vitórias. Choque de culturas, tentativas de manter as tradições de seu país a todo custo. E ainda, o inevitável choque entre a primeira geração de imigrantes e seus filhos, a segunda geração já nascida em terra estrangeira (neste caso, nos EUA). Enfim, uma estória mais cativante do que a outra. E como eu mesma emigrei e tenho um filho nascido em terras estrangeiras, é impossível não me identificar com os sentimentos de algumas das personagens. Vale a pena conferir!



PS. Outra escritora indiana que descobri recentemente foi a Manju Kapur, veja post aqui.

Veterana de guerra



Ao ler os blogs de outras expatriadas, me dei conta de algo. É que a maioria delas está vivendo há pouco mais de ano por essas bandas (como a Eve, a Line ou a Liana). E claro, embora todas passem pelas diversas fases de adaptação, essas fases (e a duração de cada uma) variam enormemente de pessoa para pessoa. Porque cada pessoa é um universo à parte. O óbvio olulante.

O que eu queria dizer com isso é que ao ler posts dessas mulheres corajosas  - porque é preciso muita coragem pra morar no exterior e eu sou a primeira a admitir isso - eu me sinto de certa forma uma veterana. Veterana de guerra, porque já vivi (e ainda vivo) muitas batalhas...e sim, venci algumas. Até porque já se vão 17 anos de Europa (e 16 anos e meio de Holanda,  pra ser mais específica). Já passei pela fase inicial de deslumbramento e descobertas, tive a fase (onde muitos ficam estagnados) de achar tudo ruim e comparar Brasil e Holanda (o maior erro que qualquer expatriado em qualquer lugar do mundo pode cometer). E depois de muitas voltas, descobri que o segredo é ser feliz com o que a gente tem - onde a gente estiver! Tão simples e ao mesmo tempo tão difícil.

E confesso que tenho verdadeiro horror de gente que só fala mal do país onde mora (a turma dos revoltados). E também daqueles que só falam mal do Brasil e insistem que aqui tudo é melhor (a turma dos deslumbrados). Gente, nem tanto ao mar nem tanto à terra. Até porque, o paraíso é uma questão pessoal. E com raras exceções, a maioria está aqui por vontade própria então precisa assumir as consequências dessa escolha.

Não sou melhor do que ninguém, mas aprendi um bocado em todos esses anos. Outra conclusão importante que tirei é que cada um tem suas lições a serem aprendidas. Cada um tem seu tempo, seus desafios, perdas e vitórias. E devemos ter muita cautela ao julgar a experiência do outro,  porque as experiências são semelhantes mas nunca iguais! Ou como diria minha (falecida) mãe: cada um sabe onde lhe dói o calo. Sem falar que existem fatores variáveis como as escolhas feitas por cada um. E sorte. Sim, alguns têm mais sorte do que outros (eu que o diga).

Eu passei por muita coisa boa e ruim nesses anos mas hoje o mais difícil pra mim seria voltar ao Brasil. Como eu costumo dizer, esta é uma viagem sem volta. Principalmente para os que passaram do limite dos dez anos, ainda mais se tiverem tido filhos por aqui...Sem querer assustar ninguém, é isso que vejo à minha volta (o que não é necessariamente bom ou ruim). Nos primeiros anos, você luta pra se adaptar a um novo país, aprender a língua, etc. Aí você se adapta, viaja de férias ao país de origem e para sua surpresa, descobre que se sente uma estrangeira lá também! Eu já passei por isso então falo por experiência própria.  Enfim, a gente acaba vivendo entre dois mundos, em uma espécie de limbo. Não pertencemos a lugar nenhum e ao mesmo tempo, pertencemos a todos os lugares...sabe aquela estória de cidadã do mundo? Quem vive fora há muitos anos, sabe do que estou falando.

Enfim, uma experiência das mais enriquecedoras. Mas quanto mais tempo eu moro fora, mais eu percebo que não é pra todo mundo. Não mesmo!

Começar de novo...

Só vim pra dizer que ando bem triste...Não apenas porque acabei de fazer mais um aniversário (a crise já havia se anunciado há tempos). Como porque começar tudo de novo outra vez é complicado. Nos últimos anos, tenho a sensação de estar andando em círculos e me pergunto diariamente onde é que eu fui amarrar a minha égua.

Pra quem acompanha este blog, 2009 foi um novo começo, um ano de muitas atividades e mudanças. Nove meses de estágio numa área que tinha me agradado muito mas no final das contas, sem perspectivas de emprego. Uma experiência muito rica mas que não levou a lugar nenhum (pessimismo em alta né, gente?). Por questões totalmente fora do meu controle, a começar por mudanças nos planos do novo governo, cuja primeira decisão foi justamente fazer cortes na área de inburgering que tanto tinha me interessado. Tell me about bad timing.

Depois de tudo isso, esta segunda-feira comecei um novo trajeto de 6-8 semanas para (tentar) arrumar emprego. O problema é que em quase 17 anos de Holanda não apenas eu praticamente só trabalhei em uma coisa (traduções freelance) como meu diploma universitário aqui não vale nada! Enfim, há (muitas) pedras no caminho. E em alguns dias o desânimo é inevitável porque não tenho mais 30 anos...

Quando a gente chega numa certa idade, algumas questões começam a pesar mais e nos tiram o sono. Bem verdade que o momento atual anda ruim pra todo mundo (com ou sem diploma). E pros estrangeiros, sempre foi mais difícil se estabelecer em sua profissão (não se iludam). Uma minoria de sorte consegue exercer sua profissão de origem, a grande maioria acaba se contentando com um plano B. E eu consegui a façanha de complicar ainda mais o que já era complicado! Falta de planos concretos, falta de visão e escolhas pessoais que me atrapalharam no percurso. Mas enfim: não adianta chorar o leite derramado, blá blá blá.

Uma coisa eu preciso dizer...tô bem cansada desta batalha, esperando uma virada que ainda não chegou. Tentando vislumbrar uma oportunidade, uma luz no fim do túnel, uma porta aberta. Dias melhores virão...




PS. 45 anos, caros amigos...

Desafio dos Sete

Recebi este desafio não apenas de uma, mas de três amigas blogueiras: Tânia, Pri e Maria Valéria...Demorei algum tempo pra postar porque confesso que foi um dos desafios mais desafiadores com os quais me deparei nos últimos tempos. Missão cumprida!



Sete coisas que quero fazer antes de morrer
1. Conhecer a Itália e a Grécia, entre outros
2. Ser menos crítica comigo mesma
3. Aprender a ter mais paciência e a ser menos ansiosa
4. Emagrecer e alcançar um peso saudável (tá difícil)
5. Ler ainda mais livros e assistir ainda mais filmes
6. Buscar novas oportunidades profissionais, sem medo do desconhecido
7. Estar em paz comigo mesma e com o meu passado






Sete coisas que faço bem
1. Ler, porque o pior analfabeto não é aquele que não sabe ler, mas aquele que sabe ler e não lê! Eu leio (quase) tudo que cai nas minhas mãos, especialmente ficção literária.
2. Escrever, embora depois de 17 anos morando no estrangeiro, eu admita que o meu português não está mais essas coisas (e nem me falem em reforma ortográfica)
3. Aprender, eu aprendo muito rápido. Por ex, nunca tive dificuldade em aprender línguas estrangeiras.
4. Sentir a dor dos outros, tenho empatia e acabo sofrendo junto. Adoraria trabalhar na área de assistência social aqui na Holanda mas não sei se isso será possível. Quem viver verá!
5. Ser amiga. Quando sou amiga, sou amiga de verdade. Sou sincera, leal e procuro sempre ajudar meus amigos quando eles precisam.  Nem que seja com um ombro amigo.
6. Sou alegre, espontânea e (modéstia à parte) sei divertir as pessoas. Já fui o centro das atenções em muitas festas e jantares, mas ando quietinha nos últimos tempos. Quando estou bem, sou ótima companhia...mas quando estou mal, sai de perto.
7. Sou criativa, adoro scrapbooking e minha criatividade está em alta (e espero que assim continue por muito tempo, rsrsrsr). Scrapbooking é a nova paixão na minha vida. E paixão é preciso! Porque a vida é muito, muito curta...



Sete defeitos meus
1. Pensar demais (mania de ruminar as coisas), mente inquieta e sempre ansiosa.
2. Sentir demais...o que me faz lembrar a famosa frase de Caetano: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Sou intensa demais, queria sentir menos.
3. Falar demais. Pior, não só falo como escrevo demais, rsrsrsrs. Mas estou aprendendo a ouvir!!!
4. Falta de disciplina, determinação e perseverança para definir metas e cumpri-las (precisa dizer mais alguma coisa?)
5. Alguns me acham "intelectual", o que pode ser um defeito ou qualidade (fica a gosto do cliente mas desconfio que seja daqueles defeitos que incomodam mais aos outros do que a mim mesma)
6. Falta de paciência pra aturar gente burra e pior ainda, gente metida e preconceituosa
7 Pessimismo (como se não bastasse, já fui muito Drama Queen mas felizmente passou, tirando um surto aqui e ali porque eu sou humana, né?). E sem querer me desculpar  e já me desculpando, boa parte deste pessimismo é patológico. Sem brincadeira.



Sete qualidades minhas
1. (Hiper)sensível, tenho um coração do tamanho do mundo, não aguento ver gente sofrendo. Nem bicho.
2. Mente aberta e sem preconceitos, raramente alguma coisa me choca. Também tento não julgar os outros, cada um vive como quer (ou pode).
3. Embora eu fale demais, também sei ouvir quando necessário.
4. Não sou possessiva, não me apego a coisas materiais (embora me apegue mais a pessoas do que gostaria).
5. Não sou supérflua nem frívola, sou uma pessoa profunda (o que para alguns pode ser um defeito). Pensando bem, às vezes meus pensamentos são profundos demais. Nessas horas nem eu me aguento.
6. Sou uma pensadora independente. Eu não faço a menor questão de seguir as tendências da moda (e isso vale para tudo). Eu simplesmente sigo a mim mesma.
7. Não tenho medo da solidão, sou ótima companhia para mim mesma. E isso é bom, e necessário!





Sete coisas que amo
1. Meu filho, que dá um trabalho danado mas também me traz muitas alegrias.
2. Meu namorado, que também dá um trabalho danado e que não incluí no post original porque achei mais do que óbvio (my mistake).
3. Meus amigos, que são poucos mas sinceros.
4. Meus livros e filmes, não poderia viver sem eles (e a vida teria muito menos graça).
5. Comer e dormir (assim fica difícil emagrecer, né gente?).
6. Viajar, viajar e viajar (mas voltar pra casa também é bom demais).
7. Assistir espetáculos de teatro, ballet e outros eventos culturais, o que não tenho feito ultimamente mas pretendo voltar a fazer em breve.



Sete pessoas que indico para este desafio
Vou quebrar a regra do jogo (sou boa nisso também) e não vou indicar ninguém!  Até porque, muita gente já foi indicada e este desafio não é dos mais fáceis (eu que o diga, este post custou a sair). Enfim, vou deixar meus leitores decidirem se querem ou não encará-lo! Boa sorte na jornada.


PS. Ilustrações de Alex Noriega, do blog Stuff No One Told Me.

Patinação no gelo



Aqui em Amsterdã o inverno este ano chegou antes da hora. Neve, vento gelado e temperaturas abaixo de zero. Então já que não tem mesmo como fugir do inverno, uma dica é levar as crianças pra patinar nas várias pistas de patinação espalhadas pela cidade! A pista no Leidseplein já está aberta e a do Museumplein abrirá em breve.

Ontem conferimos Winterland, novo evento deste inverno 2010 no Rembrandsplein. Pista de patinação e muitas barraquinhas vendendo gluhwein, churros, biscoitos e waffels tradicionais, chocolate quente e decorações de natal. Tudo no estilo christmas market  muito comum na Alemanha (como o de Dusseldorf que visitei anos atrás). Enfim, daqueles programas kitsch pra turista mas eu curti assim mesmo!

Enquanto o menino patinava, a mamãe congelava os pés e tomava chocolate quente...Também não resisti aos churros desta vez! E como era quarta-feira, a pista estava bem tranquila porque no fim-de-semana aquilo ali "ferve" (trocadilhos à parte).