terça-feira, junho 16, 2009

Filhos do divórcio




Que a gente sempre quer o melhor para os filhos, todo mundo está cansado de saber. E uma pesquisa recente feita pela Cornell University envolvendo 2000 famílias confirmou o que eu já sabia há tempos. Para uma criança pequena é melhor ter pais separados do que pais que brigam o tempo todo. Crescer em um lar em que as pessoas não se entendem - e muitas vezes nem sequer se respeitam - é péssimo para o desenvolvimento emocional de uma criança. E sim, eu vivi isso aqui em casa.

A pesquisa demonstrou que crianças cujos pais vivem brigando mais cedo ou mais tarde apresentam alguns efeitos indesejáveis. A começar por um fraco rendimento escolar, maior predisposição para o abuso de drogas (inclusive álcool) na adolescência, além de distúrbios psicológicos e de comportamento. Sem falar nas dificuldades em estabelecer relacionamentos emocionalmente estáveis.

E mais uma vez eu pude concluir que fiz a melhor escolha que poderia ter feito. Hoje temos um lar tranquilo e sem brigas. Tenho um bom relacionamento com meu ex-marido, como nunca tivemos antes. E o relacionamento do meu filho com F. é apenas um acréscimo, uma prova de que as coisas podem melhorar. Desde que você tenha a coragem de mudar, é claro.

E eu não quero fazer a apologia do divórcio mas acredito cada vez mais que, em alguns casos, ele é a melhor solução. Porque nenhuma criança merece um lar em que as pessoas passam o tempo todo gritando umas com as outras. E eu não quero que meu filho tenha como padrão de relacionamento um casal que briga. Eu quero que ele aprenda o quanto antes que embora brigas sempre existam elas não deveriam ser o padrão em um relacionamento estável. Porque brigas existem para serem resolvidas. Mas para isso, as pessoas envolvidas devem estar aptas a se comunicar. O que obviamente nem sempre é possível.

3 comentários:

Ami M. disse...

Falou e disse! Passei a minha infância inteira assistindo brigas diárias entre meus pais, e quando eles se separaram senti mais alívio que tristeza.
Também acredito que o melhor que um casal pode fazer pelo seu filho é poupá-lo do trauma que é ver um casal que não se ama mais e é obrigado a continuar convivendo.

Norma disse...

Concordo com cada letra. Qudo eu tinha 11 anos, meu pai veio comunicar a mim e minha irmã que (meus pais) estavam se separando. Fiquei 35% triste porque queria ter família em paz em casa, mas fiquei 75% aliviada porque o clima era pesado e meu pai vivia de mal-humor e era até meio hostilcomigo e minha irmã porque vivia nervoso.
Qual sentido ficar junto se não consegue nem conversar? Melhor divorciar logo do que criar carma e ainda gerar problema na cabeça dos filhos.

Lilly disse...

às vezes não rola briga mas acaba de qualquer forma refletindo no humor e prejudicando também.

Tecnologia do Blogger.

Filhos do divórcio




Que a gente sempre quer o melhor para os filhos, todo mundo está cansado de saber. E uma pesquisa recente feita pela Cornell University envolvendo 2000 famílias confirmou o que eu já sabia há tempos. Para uma criança pequena é melhor ter pais separados do que pais que brigam o tempo todo. Crescer em um lar em que as pessoas não se entendem - e muitas vezes nem sequer se respeitam - é péssimo para o desenvolvimento emocional de uma criança. E sim, eu vivi isso aqui em casa.

A pesquisa demonstrou que crianças cujos pais vivem brigando mais cedo ou mais tarde apresentam alguns efeitos indesejáveis. A começar por um fraco rendimento escolar, maior predisposição para o abuso de drogas (inclusive álcool) na adolescência, além de distúrbios psicológicos e de comportamento. Sem falar nas dificuldades em estabelecer relacionamentos emocionalmente estáveis.

E mais uma vez eu pude concluir que fiz a melhor escolha que poderia ter feito. Hoje temos um lar tranquilo e sem brigas. Tenho um bom relacionamento com meu ex-marido, como nunca tivemos antes. E o relacionamento do meu filho com F. é apenas um acréscimo, uma prova de que as coisas podem melhorar. Desde que você tenha a coragem de mudar, é claro.

E eu não quero fazer a apologia do divórcio mas acredito cada vez mais que, em alguns casos, ele é a melhor solução. Porque nenhuma criança merece um lar em que as pessoas passam o tempo todo gritando umas com as outras. E eu não quero que meu filho tenha como padrão de relacionamento um casal que briga. Eu quero que ele aprenda o quanto antes que embora brigas sempre existam elas não deveriam ser o padrão em um relacionamento estável. Porque brigas existem para serem resolvidas. Mas para isso, as pessoas envolvidas devem estar aptas a se comunicar. O que obviamente nem sempre é possível.

3 comentários:

Ami M. disse...

Falou e disse! Passei a minha infância inteira assistindo brigas diárias entre meus pais, e quando eles se separaram senti mais alívio que tristeza.
Também acredito que o melhor que um casal pode fazer pelo seu filho é poupá-lo do trauma que é ver um casal que não se ama mais e é obrigado a continuar convivendo.

Norma disse...

Concordo com cada letra. Qudo eu tinha 11 anos, meu pai veio comunicar a mim e minha irmã que (meus pais) estavam se separando. Fiquei 35% triste porque queria ter família em paz em casa, mas fiquei 75% aliviada porque o clima era pesado e meu pai vivia de mal-humor e era até meio hostilcomigo e minha irmã porque vivia nervoso.
Qual sentido ficar junto se não consegue nem conversar? Melhor divorciar logo do que criar carma e ainda gerar problema na cabeça dos filhos.

Lilly disse...

às vezes não rola briga mas acaba de qualquer forma refletindo no humor e prejudicando também.