terça-feira, julho 21, 2009

Meu primeiro Murakami

Finalmente terminei de ler o meu primeiro livro - e certamente não o último porque já emendei no segundo - do escritor japonês Haruki Murakami. Achei Kafka on the Shore no meu sebo favorito e como só havia ouvido críticas positivas sobre o autor, decidi levá-lo pra casa. E não me arrependo, é uma leitura fascinante e que vicia o leitor como poucos escritores (ainda) conseguem nos dias de hoje. Enfim, um clássico moderno.

A narrativa intercala capítulos dos dois personagens principais, Kafka Tamura, um adolescente que acaba de fugir de casa e Nakata, um ancião muito especial que, apesar de não saber ler, consegue se comunicar com gatos (isso mesmo). Kafka está fugindo de seu pai e de seu destino. E buscando sua mãe e sua irmã, que o abandonaram quando ele tinha apenas 4 anos. Acima de tudo, ele está em busca de si mesmo. Ao longo de sua trajetória mítica, vão surgindo outros personagens instigantes como Johnnie Walker (do whisky com o mesmo nome) e Colonel Sanders (o cara no logo da Kentucky Fried Chicken, juro por Deus). Sem falar em Oshima, uma espécie de hermafrodita.

A narrativa é recheada de referências à mitologia grega, além de alguma referência à filosofia e à música clássica. Com direito a efeitos especiais como uma chuva de sardinhas que invariavelmente me fez lembrar da famosa cena da chuva de rãs no filme Magnolia (que, diga-se de passagem, também amo). E já que falei em cinema, em muitos momentos a estória me fez lembrar dos filmes de David Lynch (como Lost Highway e Mulholland Drive). Daquelas coisas que não tem explicação lógica mas parecem acontecer todo tempo. Metáforas e mais metáforas. Cabe ao leitor decifrar o(s) enigma(s).

Só sei que gostei tanto do livro que fiquei enrolando pra terminar de ler...foram mais de 2 semanas de degustação. Fim-de-semana passado fui na livraria comprar outro livro do autor. O escolhido foi Norwegian Wood, o primeiro livro de Murakami (escrito em 1987 e traduzido no ano 2000). Début literário aclamado unanimamente pela crítica internacional. Então pra quem ainda não conhece, fica a dica. Vale a pena conferir!

3 comentários:

Cris Ambrosio disse...

vou começar Norwegian Wood agora! (peguei na biblioteca; tenho que terminar até dia 5, vou ter que correr.) Expectativas altas, nunca li um japonês antes. E o título do livro também aumenta a curiosidade, quero saber o porquê desse nome...

(ah, gostei do título do post, haha; faz tempo que eu não faço um desses)

Beth Blue disse...

Oi Cris! Já li - ou melhor, devorei - o Norwegian Wood e gostei muito! Acho que você também vai gostar, comentarei em breve por aqui.

E sim, o título desde post me fez lembrar muito do seu blog, hehehe ;-)

kalina morena disse...

Beth,

agora me deu mais vontade ainda de ler esse autor.
eu vi o filme baseado no livro norwegian wood.
abraco grande

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Meu primeiro Murakami

Finalmente terminei de ler o meu primeiro livro - e certamente não o último porque já emendei no segundo - do escritor japonês Haruki Murakami. Achei Kafka on the Shore no meu sebo favorito e como só havia ouvido críticas positivas sobre o autor, decidi levá-lo pra casa. E não me arrependo, é uma leitura fascinante e que vicia o leitor como poucos escritores (ainda) conseguem nos dias de hoje. Enfim, um clássico moderno.

A narrativa intercala capítulos dos dois personagens principais, Kafka Tamura, um adolescente que acaba de fugir de casa e Nakata, um ancião muito especial que, apesar de não saber ler, consegue se comunicar com gatos (isso mesmo). Kafka está fugindo de seu pai e de seu destino. E buscando sua mãe e sua irmã, que o abandonaram quando ele tinha apenas 4 anos. Acima de tudo, ele está em busca de si mesmo. Ao longo de sua trajetória mítica, vão surgindo outros personagens instigantes como Johnnie Walker (do whisky com o mesmo nome) e Colonel Sanders (o cara no logo da Kentucky Fried Chicken, juro por Deus). Sem falar em Oshima, uma espécie de hermafrodita.

A narrativa é recheada de referências à mitologia grega, além de alguma referência à filosofia e à música clássica. Com direito a efeitos especiais como uma chuva de sardinhas que invariavelmente me fez lembrar da famosa cena da chuva de rãs no filme Magnolia (que, diga-se de passagem, também amo). E já que falei em cinema, em muitos momentos a estória me fez lembrar dos filmes de David Lynch (como Lost Highway e Mulholland Drive). Daquelas coisas que não tem explicação lógica mas parecem acontecer todo tempo. Metáforas e mais metáforas. Cabe ao leitor decifrar o(s) enigma(s).

Só sei que gostei tanto do livro que fiquei enrolando pra terminar de ler...foram mais de 2 semanas de degustação. Fim-de-semana passado fui na livraria comprar outro livro do autor. O escolhido foi Norwegian Wood, o primeiro livro de Murakami (escrito em 1987 e traduzido no ano 2000). Début literário aclamado unanimamente pela crítica internacional. Então pra quem ainda não conhece, fica a dica. Vale a pena conferir!

3 comentários:

Cris Ambrosio disse...

vou começar Norwegian Wood agora! (peguei na biblioteca; tenho que terminar até dia 5, vou ter que correr.) Expectativas altas, nunca li um japonês antes. E o título do livro também aumenta a curiosidade, quero saber o porquê desse nome...

(ah, gostei do título do post, haha; faz tempo que eu não faço um desses)

Beth Blue disse...

Oi Cris! Já li - ou melhor, devorei - o Norwegian Wood e gostei muito! Acho que você também vai gostar, comentarei em breve por aqui.

E sim, o título desde post me fez lembrar muito do seu blog, hehehe ;-)

kalina morena disse...

Beth,

agora me deu mais vontade ainda de ler esse autor.
eu vi o filme baseado no livro norwegian wood.
abraco grande