domingo, junho 21, 2009
Feijão com arroz e farofa
E foi assim que a questão da identidade cultural passou várias vezes pela minha cabeça este fim-de-semana. E eu cheguei à conclusão que identidade cultural e identidade são quase a mesma coisa, em menor ou maior grau. Os acontecimentos deste fim-de-semana só me fizeram confirmar que a gente deve defender nossas origens (assim como a gente deve aprender a estabelecer limites). E que na melhor das hipóteses, nosso parceiro irá aprender a admirar essas origens e respeitar as diferenças culturais. Mesmo que ele não entenda de onde viemos nem para onde estamos indo. Eu acredito que quando uma pessoa nos ama, ela mais cedo um mais tarde acaba admirando nossas raízes também. É um processo natural (ou pelo menos deveria ser). Se esse não for o caso, alguma coisa está muito errada. Porque nós somos o que somos hoje por causa da cultura onde crescemos - os chamados anos de formação.
Quanto mais tempo eu moro na Holanda, mais óbvio isso se torna. Um exemplo disso é meu ex-marido, que veio com 18 anos pra Holanda e já mora aqui há quase 23 anos. Se você perguntar a ele se ele se sente holandês ou inglês, ele não terá dúvidas e responderá que se sente inglês. Da mesma forma, eu posso não comer feijão com arroz e farofa todo dia, posso ficar anos sem ir ao Brasil, posso me considerar cidadã do mundo (e de certa forma, sou mesmo), posso amar de paixão um certo holandês...e apesar de tudo isso, meu coração continua sendo brasileiro. E com muito orgulho.
No mais, vida de imigrante é assim mesmo: a gente dá voltas e mais voltas (no sentido literal e figurado) até que um dia a ficha cai. Survival of the fittest, to put it mildly.
Feijão com arroz e farofa
Se relacionamento entre homem e mulher já é coisa complicada (e eu sou a primeira a concordar), relacionamento entre homem e mulher de culturas diferentes é mais complicado ainda. Minhas amigas brasileiras que como eu, moram aqui na Holanda e se relacionam com estrangeiros, sabem disso muito bem.
E foi assim que a questão da identidade cultural passou várias vezes pela minha cabeça este fim-de-semana. E eu cheguei à conclusão que identidade cultural e identidade são quase a mesma coisa, em menor ou maior grau. Os acontecimentos deste fim-de-semana só me fizeram confirmar que a gente deve defender nossas origens (assim como a gente deve aprender a estabelecer limites). E que na melhor das hipóteses, nosso parceiro irá aprender a admirar essas origens e respeitar as diferenças culturais. Mesmo que ele não entenda de onde viemos nem para onde estamos indo. Eu acredito que quando uma pessoa nos ama, ela mais cedo um mais tarde acaba admirando nossas raízes também. É um processo natural (ou pelo menos deveria ser). Se esse não for o caso, alguma coisa está muito errada. Porque nós somos o que somos hoje por causa da cultura onde crescemos - os chamados anos de formação.
Quanto mais tempo eu moro na Holanda, mais óbvio isso se torna. Um exemplo disso é meu ex-marido, que veio com 18 anos pra Holanda e já mora aqui há quase 23 anos. Se você perguntar a ele se ele se sente holandês ou inglês, ele não terá dúvidas e responderá que se sente inglês. Da mesma forma, eu posso não comer feijão com arroz e farofa todo dia, posso ficar anos sem ir ao Brasil, posso me considerar cidadã do mundo (e de certa forma, sou mesmo), posso amar de paixão um certo holandês...e apesar de tudo isso, meu coração continua sendo brasileiro. E com muito orgulho.
No mais, vida de imigrante é assim mesmo: a gente dá voltas e mais voltas (no sentido literal e figurado) até que um dia a ficha cai. Survival of the fittest, to put it mildly.
5:54 PM
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1 comentários:
eh verdade, Beth... Casar com estrangeiro nao eh facil. Pelo menos pra mim nao foi...
Eh aquela maxima: vc tira a garota do Brasil mas nao tira o Brasil da garota.
E hoje minha maxima: WYSIWYG = What You See Is What You Get
bjs
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