terça-feira, novembro 27, 2012

Terapia cognitiva



A primeira medida que tomei depois que decidi tirar minhas férias virtuais do Facebook  foi começar uma terapia cognitiva. Pra quem não sabe, é um dos métodos mais eficazes no tratamento da depressão. Porque já foi comprovado que melhor que apenas remédio é a combinação remédio e terapia. E quem leu um dos meus posts recentes deve saber que a coisa aqui anda pra lá de esquisita...eu como sou macaca velha, reconheço os sintomas.

Não, depressão não é assunto bacana mas é importante falar sobre isso vez ou outra porque é uma doença invisível e muita gente sofre sozinha...e eu não tenho vergonha nenhuma (nem nunca tive) de falar sobre o assunto porque não vou alimentar tabus. Depressão é uma doença e não um estado de espírito ou falta de força de vontade ou sei lá o que mais que as pessoas dizem. Infelizmente, só quem tem pra entender isso (e a gente além de sofrer com a doença, ainda sofre com a ignorância como eu mesma escrevi aqui neste post).

Mas voltando à terapia cognitiva, fiz uma vez e gostei muito só que foram apenas duas sessões e agora decidi pegar pesado (aproveitando que o inverno está mesmo chegando). Terei sessões semanais nos próximos 2 ou 3 meses...com direito a dever de casa e tudo mais!

A primeira sessão foi ótima e a terapeuta me deu logo uma dica de um livro pra ler em casa. Mas como o autor é holandês (e eu vou ler em holandês, claro) acho que não vem ao caso citar o título aqui. De qualquer forma, a terapia é muito conhecida há anos e certamente existe uma boa bibliografia em português. Aaron Beck é o fundador desta escola e tem muitos títulos traduzidos no Brasil, assim como sua filha Judith Beck.

A base da terapia é que antes dos sentimentos, vem os pensamentos. Somos o que pensamos e se quisermos mudar a maneira como nos sentimos (por exemplo, tristes ou deprimidos) precisamos cortar o mal pela raiz e "reprogramar" nossos pensamentos. Eu sei que alguns que leem isso vão achar a coisa mais óbvia do mundo mas quem sofre de depressão sabe que é uma tarefa diária. Você precisa literalmente se "reprogramar" para transformar cada pensamento negativo em algo positivo. Para ver oportunidades e portas onde você não vê mais nenhuma saída. E isso exige muita disciplina e treino.

Tem gente que teve sorte de ter nascido com uma predisposição para ser otimista e positivo, outros passam a vida inteira tentando aprender. E com alguma sorte, um dia aprendem! Sem falar dos fatores externos (ambiente, trabalho etc) que influenciam diariamente nosso estado de espírito e dos quais nem sempre temos controle (eu que o diga). Ou seja, já que existem tantos fatores externos fora do nosso controle - e que muitas vezes não podemos mesmo mudar - a solução é tentar mudar a maneira como vemos estes fatores. De certa forma, eu diria até reprogramar nossa visão de mundo. Como diz aquele velho e sábio ditado: "Que Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir entre elas."

Last but not least, um artigo para quem tenha ficado interessado no assunto:
Aaron Beck e a terapia cognitiva


6 comentários:

Mateus Medina disse...

Já li qualquer coisa, não sei onde, não me lembro quando, mas já li sobre o assunto.

Mesmo sem conhecer a fundo, parece no mínimo interessante.

Espero que pra você resulte e que as coisas se assentem.

bjos

Pri S. disse...

Essa linha me agrada muito quando se fala em tratamento de depressão. As pessoas são diferentes, cada um tem suas dificuldades e, no caso daquelas que sofrem de depressão, acho que devem sim procurar medicação e uma reprogramação de hábitos e pensamentos. Tudo que propicie melhora, autoconhecimento e mais serenidade. Porque é como vc disse: só quem tem depressão ou acompanha com proximidade e empatia alguém que sofra disso vai entender que a caminhada é constante, contínua e não é fácil. Mas é possível aprender formas de viver melhor. Força e parabéns pela sua postura! :-)

Pat Ferret disse...

Pô, só fiquei sabendo que você bloqueou sua conta no Face porque percebi seu sumiço!

Magooei, nem um telegrama pra avisar... :-P

Line disse...

Quando fiz terapia aqui achei meio ruim. Aliás, nem classifico ir 1x por mês ao psic;ologo como sendo terapia. Acho muito pouco...

Eu não fiz a cognitiva, mas me interesso pelo assunto. Hoje minha melhor terapia é yoga e meu cachorro.

Achei que fosse precisar voltar pro remédio depois de ter perdido o bebê, mas graças a Deus consegui segurar as pontas. Mas pra quem tem predisposição para a depressão o esforço de se manter firme é diário, muito cansativo, e nem sempre dá certo. Eu fico sempre alerta!

(respondi seu comentário no meu blog)

Palavras Vagabundas disse...

Tenho fé que tudo vai melhorar! Tenho uma amiga que esteve com uma depressão grave esse ano, a terapia cognitiva está fazendo maravilhas por ela. Sei que tem uma extensa bbliografia em português é só procurar.
bjs
Jussara

Milena F. disse...

Boa sorte com a nova terapia e espero que dê certo! Os melhores resultados séao sempre obtidos associando a medicação com uma terapia, mas isso vai depender do tipo de terapia mais indicada ao paciente.

Tecnologia do Blogger.

Terapia cognitiva



A primeira medida que tomei depois que decidi tirar minhas férias virtuais do Facebook  foi começar uma terapia cognitiva. Pra quem não sabe, é um dos métodos mais eficazes no tratamento da depressão. Porque já foi comprovado que melhor que apenas remédio é a combinação remédio e terapia. E quem leu um dos meus posts recentes deve saber que a coisa aqui anda pra lá de esquisita...eu como sou macaca velha, reconheço os sintomas.

Não, depressão não é assunto bacana mas é importante falar sobre isso vez ou outra porque é uma doença invisível e muita gente sofre sozinha...e eu não tenho vergonha nenhuma (nem nunca tive) de falar sobre o assunto porque não vou alimentar tabus. Depressão é uma doença e não um estado de espírito ou falta de força de vontade ou sei lá o que mais que as pessoas dizem. Infelizmente, só quem tem pra entender isso (e a gente além de sofrer com a doença, ainda sofre com a ignorância como eu mesma escrevi aqui neste post).

Mas voltando à terapia cognitiva, fiz uma vez e gostei muito só que foram apenas duas sessões e agora decidi pegar pesado (aproveitando que o inverno está mesmo chegando). Terei sessões semanais nos próximos 2 ou 3 meses...com direito a dever de casa e tudo mais!

A primeira sessão foi ótima e a terapeuta me deu logo uma dica de um livro pra ler em casa. Mas como o autor é holandês (e eu vou ler em holandês, claro) acho que não vem ao caso citar o título aqui. De qualquer forma, a terapia é muito conhecida há anos e certamente existe uma boa bibliografia em português. Aaron Beck é o fundador desta escola e tem muitos títulos traduzidos no Brasil, assim como sua filha Judith Beck.

A base da terapia é que antes dos sentimentos, vem os pensamentos. Somos o que pensamos e se quisermos mudar a maneira como nos sentimos (por exemplo, tristes ou deprimidos) precisamos cortar o mal pela raiz e "reprogramar" nossos pensamentos. Eu sei que alguns que leem isso vão achar a coisa mais óbvia do mundo mas quem sofre de depressão sabe que é uma tarefa diária. Você precisa literalmente se "reprogramar" para transformar cada pensamento negativo em algo positivo. Para ver oportunidades e portas onde você não vê mais nenhuma saída. E isso exige muita disciplina e treino.

Tem gente que teve sorte de ter nascido com uma predisposição para ser otimista e positivo, outros passam a vida inteira tentando aprender. E com alguma sorte, um dia aprendem! Sem falar dos fatores externos (ambiente, trabalho etc) que influenciam diariamente nosso estado de espírito e dos quais nem sempre temos controle (eu que o diga). Ou seja, já que existem tantos fatores externos fora do nosso controle - e que muitas vezes não podemos mesmo mudar - a solução é tentar mudar a maneira como vemos estes fatores. De certa forma, eu diria até reprogramar nossa visão de mundo. Como diz aquele velho e sábio ditado: "Que Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir entre elas."

Last but not least, um artigo para quem tenha ficado interessado no assunto:
Aaron Beck e a terapia cognitiva


6 comentários:

Mateus Medina disse...

Já li qualquer coisa, não sei onde, não me lembro quando, mas já li sobre o assunto.

Mesmo sem conhecer a fundo, parece no mínimo interessante.

Espero que pra você resulte e que as coisas se assentem.

bjos

Pri S. disse...

Essa linha me agrada muito quando se fala em tratamento de depressão. As pessoas são diferentes, cada um tem suas dificuldades e, no caso daquelas que sofrem de depressão, acho que devem sim procurar medicação e uma reprogramação de hábitos e pensamentos. Tudo que propicie melhora, autoconhecimento e mais serenidade. Porque é como vc disse: só quem tem depressão ou acompanha com proximidade e empatia alguém que sofra disso vai entender que a caminhada é constante, contínua e não é fácil. Mas é possível aprender formas de viver melhor. Força e parabéns pela sua postura! :-)

Pat Ferret disse...

Pô, só fiquei sabendo que você bloqueou sua conta no Face porque percebi seu sumiço!

Magooei, nem um telegrama pra avisar... :-P

Line disse...

Quando fiz terapia aqui achei meio ruim. Aliás, nem classifico ir 1x por mês ao psic;ologo como sendo terapia. Acho muito pouco...

Eu não fiz a cognitiva, mas me interesso pelo assunto. Hoje minha melhor terapia é yoga e meu cachorro.

Achei que fosse precisar voltar pro remédio depois de ter perdido o bebê, mas graças a Deus consegui segurar as pontas. Mas pra quem tem predisposição para a depressão o esforço de se manter firme é diário, muito cansativo, e nem sempre dá certo. Eu fico sempre alerta!

(respondi seu comentário no meu blog)

Palavras Vagabundas disse...

Tenho fé que tudo vai melhorar! Tenho uma amiga que esteve com uma depressão grave esse ano, a terapia cognitiva está fazendo maravilhas por ela. Sei que tem uma extensa bbliografia em português é só procurar.
bjs
Jussara

Milena F. disse...

Boa sorte com a nova terapia e espero que dê certo! Os melhores resultados séao sempre obtidos associando a medicação com uma terapia, mas isso vai depender do tipo de terapia mais indicada ao paciente.