quinta-feira, novembro 30, 2006

Barra pesada

Impressionante como na minha vida acaba uma batalha, começa outra. Desta vez é a escola do Liam que tem me tirado o sono...alguns de vocês já vem acompanhando essa estória há tempos.

Eu estou simplesmente decepcionada com a escola, porque pra início de conversa, não era o que eu esperava de uma escola que nem sequer normal é (ela se assemelha com o método Montessori, embora diferente - não sei se existe aí no Brasil mas o nome aqui é Jenaplan). E eu escolhi a escola justamente porque acreditei, errôneamente, que eles tivessem uma abordagem diferente das crianças, um pouco fora dos padrões vigentes nos sistemas de ensino tradicionais.

Qual não é a minha surpresa quando, após n reuniões na escola, a pedagoga decide mandá-lo para uma escola de ensino especial (para alunos com sérios problemas de desenvolvimento, autismo, ADHD, etc). O motivo, pasmem: o menino está há 3 meses na classe de alfabetização e ainda não consegue ler e escrever (o que eles esperam?), além de ter dificuldades de concentração, e problemas no motor fino para segurar o lápis (ele sempre teve problemas no desenvolvimento motor).

O mais triste é que me vi obrigada a repetir pela enésima vez que o Liam passou por um período muito delicado no desenvolvimento, antes do divórcio...e que isso deveria ser levado em conta, certamente no quesito concentração (sem falar que ele agora tem duas casas, dois quartos e por aí vai). E convenhamos, eu simplesmente não acredito que falta de concentração e dificuldade de segurar um lápis sejam motivos suficientes para mandar uma criança para uma escola de ensino especial!

Aqui na Holanda, a escola de ensino especial é um estigma, depois que a criança entra neste circuito de ensino, ela raramente consegue voltar ao ensino normal - com todas as consequências que isso implica para o futuro do Liam. Felizmente, eles precisam de autorização dos pais para mudar a criança de escola - autorização que eu e o Jeff não pretendemos dar até que tenham sido tentadas outras possibilidades. Só quem é mãe pra entender o que tenho passado por estes dias...

3 comentários:

Anônimo disse...

Bethania, eh barra, esse tipo de problema tira o sono de qualquer mãe. Procure outras escolas se vc não está satisfeita, escute muito bem quais são as opções que eles oferecem, tb as opções que a escola do Liam oferece agora. Muita calma nessa hora! Qualquer coisa toma um Remedy Rescue pra dormir melhor, andou me ajudando muito as danadas das gotinhas!!!!!

Anônimo disse...

Beth, sou eu Ana Amélia de novo...
Que isso!! Desculpe me meter... mas eu estou fazendo um curso no Instituto de Psiquiatria voltado a crianças e adolescentes. É muitíssimo comum esse tipo de equívoco por parte das escolas.
Não dão conta do aluno e logo partem para um encaminhamento psiquiátrico. E aí, quando a gente recebe a criança, vê que a questão é familiar, angústia, essas coisas... Todo mundo tem seus momentos, e a criança também os tem. Momento de errar, de odiar a escola, de ser indisciplinado.
De ser humano com problemas também.
Espero que tudo se acalme.
Beijos

Anônimo disse...

Oi Beth, ainda não tinha lido o seu Orkut. Você sabe que eu passei por uma situação parecida quando o meu menino mais velho veio do Brasil e o professorzinho desqualificado da Montessori queria se livrar dele e comecou a inventar estórias sobre o desenvolvimento de um menino que em 3 anos vivendo nesse país fala a lingua melhor que os seus colegas de classe. Mantenha-se em cima do salto. Eles não vão vencer: você já venceu. Não encare como briga mas como desafio. A palavra final lhe pertence. E lembre-se que você é a última a se desesperar. Mantenha a calma, vai na onda do rescue porque funciona. Te cuida e bom natal. Simone.

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Barra pesada

Impressionante como na minha vida acaba uma batalha, começa outra. Desta vez é a escola do Liam que tem me tirado o sono...alguns de vocês já vem acompanhando essa estória há tempos.

Eu estou simplesmente decepcionada com a escola, porque pra início de conversa, não era o que eu esperava de uma escola que nem sequer normal é (ela se assemelha com o método Montessori, embora diferente - não sei se existe aí no Brasil mas o nome aqui é Jenaplan). E eu escolhi a escola justamente porque acreditei, errôneamente, que eles tivessem uma abordagem diferente das crianças, um pouco fora dos padrões vigentes nos sistemas de ensino tradicionais.

Qual não é a minha surpresa quando, após n reuniões na escola, a pedagoga decide mandá-lo para uma escola de ensino especial (para alunos com sérios problemas de desenvolvimento, autismo, ADHD, etc). O motivo, pasmem: o menino está há 3 meses na classe de alfabetização e ainda não consegue ler e escrever (o que eles esperam?), além de ter dificuldades de concentração, e problemas no motor fino para segurar o lápis (ele sempre teve problemas no desenvolvimento motor).

O mais triste é que me vi obrigada a repetir pela enésima vez que o Liam passou por um período muito delicado no desenvolvimento, antes do divórcio...e que isso deveria ser levado em conta, certamente no quesito concentração (sem falar que ele agora tem duas casas, dois quartos e por aí vai). E convenhamos, eu simplesmente não acredito que falta de concentração e dificuldade de segurar um lápis sejam motivos suficientes para mandar uma criança para uma escola de ensino especial!

Aqui na Holanda, a escola de ensino especial é um estigma, depois que a criança entra neste circuito de ensino, ela raramente consegue voltar ao ensino normal - com todas as consequências que isso implica para o futuro do Liam. Felizmente, eles precisam de autorização dos pais para mudar a criança de escola - autorização que eu e o Jeff não pretendemos dar até que tenham sido tentadas outras possibilidades. Só quem é mãe pra entender o que tenho passado por estes dias...

3 comentários:

Anônimo disse...

Bethania, eh barra, esse tipo de problema tira o sono de qualquer mãe. Procure outras escolas se vc não está satisfeita, escute muito bem quais são as opções que eles oferecem, tb as opções que a escola do Liam oferece agora. Muita calma nessa hora! Qualquer coisa toma um Remedy Rescue pra dormir melhor, andou me ajudando muito as danadas das gotinhas!!!!!

Anônimo disse...

Beth, sou eu Ana Amélia de novo...
Que isso!! Desculpe me meter... mas eu estou fazendo um curso no Instituto de Psiquiatria voltado a crianças e adolescentes. É muitíssimo comum esse tipo de equívoco por parte das escolas.
Não dão conta do aluno e logo partem para um encaminhamento psiquiátrico. E aí, quando a gente recebe a criança, vê que a questão é familiar, angústia, essas coisas... Todo mundo tem seus momentos, e a criança também os tem. Momento de errar, de odiar a escola, de ser indisciplinado.
De ser humano com problemas também.
Espero que tudo se acalme.
Beijos

Anônimo disse...

Oi Beth, ainda não tinha lido o seu Orkut. Você sabe que eu passei por uma situação parecida quando o meu menino mais velho veio do Brasil e o professorzinho desqualificado da Montessori queria se livrar dele e comecou a inventar estórias sobre o desenvolvimento de um menino que em 3 anos vivendo nesse país fala a lingua melhor que os seus colegas de classe. Mantenha-se em cima do salto. Eles não vão vencer: você já venceu. Não encare como briga mas como desafio. A palavra final lhe pertence. E lembre-se que você é a última a se desesperar. Mantenha a calma, vai na onda do rescue porque funciona. Te cuida e bom natal. Simone.