terça-feira, outubro 30, 2007
Gothic Fair
Domingo passado foi como se eu tivesse entrado numa Máquina do Tempo (ao estilo daquele seriado cult da minha infância, quem se lembra do Dr. Smith?) e voltado uns 20 anos atrás...É que fui com F. numa feira gótica realizada duas vezes por ano perto de Haia (onde ele mora e onde eu moro nos fins-de-semana, pra quem ainda não percebeu). E há muito tempo que não via tanta gente de preto em um mesmo lugar! Era gótico pra todo lado, muita roupa preta, botas e coturnos, saias rendadas, corsetes justíssimos e meias-arrastão, cabelos bem transados (e aqui a regra de ouro é: quanto mais esquisito melhor). Em suma, muita gente bonita!
Na feira tinha de tudo pra todos os gostos, eram cerca de 500 barraquinhas vendendo desde roupas no estilo gótico, muita bijoux de prata, bolsas da Emily the Strange e Corpse Bride, até barracas vendendo CDs e DVDs de bandas goth metal etc, espadas e facas artesanais (o F. se empolgou e comprou uma espada japonesa autêntica e eu acho que daqui em diante vou me comportar muito bem, hehehe). Além de barracas vendendo coisas que não podem faltar em um ritual tradicional de bruxaria (leia-se Wicca) e uma barraca solitária onde se podia fazer uma consulta de tarô (eu como faço minhas próprias consultas em casa não entrei na fila, estou falando sério). Teve ainda show ao vivo de duas bandas no domingo, a segunda assistimos um pouco e gostei muito, uma mistura de sons da Idade Média com música tradicional irlandesa (celta), no estilo pagan folk. A banda alemã se chama Faun, têm vários álbuns lançados e vou pedir pro F. baixar umas músicas deles da net pra mim. Principalmente porque me fez lembrar uma de minhas bandas favoritas de todos os tempos, Dead Can Dance.
Com todo este clima, inevitavelmente me lembrei dos tempos em que eu era gótica, ou melhor dizendo dark (termo infeliz criado pela mídia no início dos anos 80, ai como a gente odiava aquele termo, hehehe). É que aquilo não era apenas uma questão de gosto musical mas acima de tudo, de estilo de vida...e eu levava tudo muito a sério, claro! Tempos em que passava os fins-de-semana inteiros no Crepúsculo de Cubatão (saudades daquela pista de dança e daquele bar escuro onde tomei muitos porres de kamikaze com minha amiga V.). Tempos em que eu só tinha roupas pretas no meu guarda-roupa, pintava meus cabelos de preto e em dias de profunda depressão (ou mau-humor) saía na noite de batom preto (porque batom preto de dia também é demais!!!). Tempos em que me trancava no quarto pra ouvir Bauhaus, Joy Division, Siouxsie e The Cure para desespero da minha mãe...Falando assim pode até parecer engraçado (e de certa forma é...essas fases da vida da gente), mas hoje posso afirmar que foi uma das épocas mais marcantes da minha vida. Basta dizer que dois dos meus melhores amigos, que conheço há mais de 20 anos, conheci naquela época!
Gothic Fair
Domingo passado foi como se eu tivesse entrado numa Máquina do Tempo (ao estilo daquele seriado cult da minha infância, quem se lembra do Dr. Smith?) e voltado uns 20 anos atrás...É que fui com F. numa feira gótica realizada duas vezes por ano perto de Haia (onde ele mora e onde eu moro nos fins-de-semana, pra quem ainda não percebeu). E há muito tempo que não via tanta gente de preto em um mesmo lugar! Era gótico pra todo lado, muita roupa preta, botas e coturnos, saias rendadas, corsetes justíssimos e meias-arrastão, cabelos bem transados (e aqui a regra de ouro é: quanto mais esquisito melhor). Em suma, muita gente bonita!
Na feira tinha de tudo pra todos os gostos, eram cerca de 500 barraquinhas vendendo desde roupas no estilo gótico, muita bijoux de prata, bolsas da Emily the Strange e Corpse Bride, até barracas vendendo CDs e DVDs de bandas goth metal etc, espadas e facas artesanais (o F. se empolgou e comprou uma espada japonesa autêntica e eu acho que daqui em diante vou me comportar muito bem, hehehe). Além de barracas vendendo coisas que não podem faltar em um ritual tradicional de bruxaria (leia-se Wicca) e uma barraca solitária onde se podia fazer uma consulta de tarô (eu como faço minhas próprias consultas em casa não entrei na fila, estou falando sério). Teve ainda show ao vivo de duas bandas no domingo, a segunda assistimos um pouco e gostei muito, uma mistura de sons da Idade Média com música tradicional irlandesa (celta), no estilo pagan folk. A banda alemã se chama Faun, têm vários álbuns lançados e vou pedir pro F. baixar umas músicas deles da net pra mim. Principalmente porque me fez lembrar uma de minhas bandas favoritas de todos os tempos, Dead Can Dance.
Com todo este clima, inevitavelmente me lembrei dos tempos em que eu era gótica, ou melhor dizendo dark (termo infeliz criado pela mídia no início dos anos 80, ai como a gente odiava aquele termo, hehehe). É que aquilo não era apenas uma questão de gosto musical mas acima de tudo, de estilo de vida...e eu levava tudo muito a sério, claro! Tempos em que passava os fins-de-semana inteiros no Crepúsculo de Cubatão (saudades daquela pista de dança e daquele bar escuro onde tomei muitos porres de kamikaze com minha amiga V.). Tempos em que eu só tinha roupas pretas no meu guarda-roupa, pintava meus cabelos de preto e em dias de profunda depressão (ou mau-humor) saía na noite de batom preto (porque batom preto de dia também é demais!!!). Tempos em que me trancava no quarto pra ouvir Bauhaus, Joy Division, Siouxsie e The Cure para desespero da minha mãe...Falando assim pode até parecer engraçado (e de certa forma é...essas fases da vida da gente), mas hoje posso afirmar que foi uma das épocas mais marcantes da minha vida. Basta dizer que dois dos meus melhores amigos, que conheço há mais de 20 anos, conheci naquela época!
1:11 PM
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2 comentários:
Maar het japanse zwaard is nu weer te gebruiken, hoor! ;-)
Oh ja: ik hou heel veel van jou!!!
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