quarta-feira, abril 01, 2009

Stella


Como disse no post anterior, acabei de assistir Stella e já aviso que o filme é dos bons, embora eu seja suspeita pra falar pois amo o cinema francês. Filme de estréia da diretora Sylvie Verheyde, ele é um roteiro autobiográfico do ano em que ela entrou para o ginásio (anos 70). Um período de transição, muitas incertezas e acima de tudo, novas descobertas.

É que por uma daquelas obras do destino, a menina acaba indo estudar em um ginásio tradicional frequentado por crianças de boa família. A nova escola é um desafio diário para a menina de origem simples e ela logo percebe que é diferente de seus colegas de classe. Stella se sente um peixe fora d´agua, tem muita dificuldade em acompanhar as aulas e só tira notas ruins. Seus pais são donos de um bar (e bebem que é uma beleza) e não têm nenhuma educação formal, muito menos ambições para a filha.

Um retrato sombrio, não fosse a amizade que ela faz com Gladys, filha de imigrantes argentinos. Gladys cresce em uma família de intelectuais, seu pai é psiquiatra e as discussões à mesa do jantar são de alto teor cultural e filosófico. Ela é a melhor aluna da classe, e também representante da classe. A amizade com Gladys abre para Stella as portas de um mundo totalmente novo. Ela descobre o prazer da leitura, começa a ler Balzac e Jean Cocteau. Descobre os filmes de arte e começa a ouvir música de qualidade, entre outros clássicos da chanson française que a amiga coloca pra ela ouvir. Até então Stella só havia convivido com mendigos, bêbados e outros párias da sociedade. E tudo que havia aprendido era preparar cocktails e jogar poker, além de entender de futebol e música popular.

Um filme comovente sobre uma menina que consegue fugir do seu destino de classe através da amizade com uma menina de família tradicional. E também o relato sincero da passagem da infância para a adolescência, com as incertezas típicas da idade e o primeiro amor. Em suma: vale a pena conferir!

3 comentários:

Lilly disse...

Pelo visto vou gostar... qual é mesmo o nome daquele outro francês sobre a menina que tinha uma família tradicional que começa a simpatizar com o socialismo? Me lembrou esse filme...

Lilly disse...

Lembrei o nome do filme: A culpa é do Fidel! De Julie Gavras...

Isabella disse...

Provavelmente não terei chance de ver no cinema então já vai pra minha lista do Netflix.

bjs e obrigada pela dica!

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Stella


Como disse no post anterior, acabei de assistir Stella e já aviso que o filme é dos bons, embora eu seja suspeita pra falar pois amo o cinema francês. Filme de estréia da diretora Sylvie Verheyde, ele é um roteiro autobiográfico do ano em que ela entrou para o ginásio (anos 70). Um período de transição, muitas incertezas e acima de tudo, novas descobertas.

É que por uma daquelas obras do destino, a menina acaba indo estudar em um ginásio tradicional frequentado por crianças de boa família. A nova escola é um desafio diário para a menina de origem simples e ela logo percebe que é diferente de seus colegas de classe. Stella se sente um peixe fora d´agua, tem muita dificuldade em acompanhar as aulas e só tira notas ruins. Seus pais são donos de um bar (e bebem que é uma beleza) e não têm nenhuma educação formal, muito menos ambições para a filha.

Um retrato sombrio, não fosse a amizade que ela faz com Gladys, filha de imigrantes argentinos. Gladys cresce em uma família de intelectuais, seu pai é psiquiatra e as discussões à mesa do jantar são de alto teor cultural e filosófico. Ela é a melhor aluna da classe, e também representante da classe. A amizade com Gladys abre para Stella as portas de um mundo totalmente novo. Ela descobre o prazer da leitura, começa a ler Balzac e Jean Cocteau. Descobre os filmes de arte e começa a ouvir música de qualidade, entre outros clássicos da chanson française que a amiga coloca pra ela ouvir. Até então Stella só havia convivido com mendigos, bêbados e outros párias da sociedade. E tudo que havia aprendido era preparar cocktails e jogar poker, além de entender de futebol e música popular.

Um filme comovente sobre uma menina que consegue fugir do seu destino de classe através da amizade com uma menina de família tradicional. E também o relato sincero da passagem da infância para a adolescência, com as incertezas típicas da idade e o primeiro amor. Em suma: vale a pena conferir!

3 comentários:

Lilly disse...

Pelo visto vou gostar... qual é mesmo o nome daquele outro francês sobre a menina que tinha uma família tradicional que começa a simpatizar com o socialismo? Me lembrou esse filme...

Lilly disse...

Lembrei o nome do filme: A culpa é do Fidel! De Julie Gavras...

Isabella disse...

Provavelmente não terei chance de ver no cinema então já vai pra minha lista do Netflix.

bjs e obrigada pela dica!