quinta-feira, setembro 04, 2008
Pequeno drama familiar
Um filme sem grandes explosões de emoção mas muitas, muitas palavras. Palavras ditas e não-ditas, enfim, palavras. A estória gira em torno de uma menina que da noite para o dia demonstra ter um grande talento para a ortografia. À medida em que o filme se desenrola, ela ganha vários concursos regionais e nacionais de spelling. O que inevitavelmente nos faz lembrar dos concursos de Miss Pageant em Little Miss Sunshine com a excelente atriz Abigail Breslin (que também aparece em No Reservations e Definitely, Maybe).
O equilíbrio delicado desta família (aparentemente) tão comum é perturbado quando o pai da menina resolve pela primeira vez investir seu tempo e energia na filha cuja existência antes mal percebia...O pai (Richard Gere) é um professor universitário especializado em estudos judaicos (kabbalah etc) e fascinado pela magia das palavras. E bastante exigente com seus filhos. Antes de descobrir o talento da caçula, ele se dedicava a dar aulas de música ao filho. Trancava-se horas com o filho no seu escritório e a menina tinha de passar bilhetes por baixo da porta se quisesse comunicar algo ao pai. Com a descoberta do novo talento ocorre uma mudança de status dentro da família. O filho antes tão paparicado é abandonado (com consequências desastrosas) e o pai volta sua atenção exclusivamente para a menina (o que também traz consequências desastrosas para a já instável mãe).
Pode parecer muito drama pra pouca estória mas o filme é cheio de nuances e sutilezas. E nos faz refletir sobre nossos pequenos dramas familiares (de perto ninguém é normal). O lugar que cada um sabe ou não conquistar dentro de sua família, o valor de cada membro independente de seu talento ou da falta dele. Todas as partes do conjunto asseguram um equilíbrio que pode ser facilmente desfeito. Um equilíbrio delicado, como a própria vida.
Pequeno drama familiar
Não tenho quase ido ao cinema recentemente mas ontem revi Bee Season em DVD. Recomendado pra quem gosta de dramas familiares na tradição de Ice Storm, American Beauty, Happiness ou mesmo versões mais lights como Little Miss Sunshine. Não chega a ser um filme excepcional - e não se compara à pequena pérola que é Ice Storm de Ang Lee - mas o filme não deixa de ter seu valor. Sem falar na presença na tela de uma das minhas atrizes favoritas: Juliette Binoche. E da adorável Flora Cross, protagonista da estória. O roteiro (baseado em um livro) é de Naomi Foner, mãe dos atores Maggie e Jake Gyllenhaal (diga-se de passagem, que família mais talentosa).
Um filme sem grandes explosões de emoção mas muitas, muitas palavras. Palavras ditas e não-ditas, enfim, palavras. A estória gira em torno de uma menina que da noite para o dia demonstra ter um grande talento para a ortografia. À medida em que o filme se desenrola, ela ganha vários concursos regionais e nacionais de spelling. O que inevitavelmente nos faz lembrar dos concursos de Miss Pageant em Little Miss Sunshine com a excelente atriz Abigail Breslin (que também aparece em No Reservations e Definitely, Maybe).
O equilíbrio delicado desta família (aparentemente) tão comum é perturbado quando o pai da menina resolve pela primeira vez investir seu tempo e energia na filha cuja existência antes mal percebia...O pai (Richard Gere) é um professor universitário especializado em estudos judaicos (kabbalah etc) e fascinado pela magia das palavras. E bastante exigente com seus filhos. Antes de descobrir o talento da caçula, ele se dedicava a dar aulas de música ao filho. Trancava-se horas com o filho no seu escritório e a menina tinha de passar bilhetes por baixo da porta se quisesse comunicar algo ao pai. Com a descoberta do novo talento ocorre uma mudança de status dentro da família. O filho antes tão paparicado é abandonado (com consequências desastrosas) e o pai volta sua atenção exclusivamente para a menina (o que também traz consequências desastrosas para a já instável mãe).
Pode parecer muito drama pra pouca estória mas o filme é cheio de nuances e sutilezas. E nos faz refletir sobre nossos pequenos dramas familiares (de perto ninguém é normal). O lugar que cada um sabe ou não conquistar dentro de sua família, o valor de cada membro independente de seu talento ou da falta dele. Todas as partes do conjunto asseguram um equilíbrio que pode ser facilmente desfeito. Um equilíbrio delicado, como a própria vida.
8:58 AM
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