segunda-feira, junho 14, 2010

Afinal, o que é o amor?

não, este não é um post sobre o dia dos namorados. até porque, dia dos namorados aqui é 14 de fevereiro, como nos EUA (valentine´s day). explicado isso, vamos ao ponto.

este fim-de-semana fiz uma daquelas bobagens que alguns de nós humanos fazemos de vez em quando. na verdade, fui numa festa muito divertida, mas (sem perceber) bebi demais e não cumpri uma promessa. resultado: decepcionei quem me ama. me sinto envergonhada e ao mesmo tempo me vem à cabeça uma verdade óbvia. sou humana. sou imperfeita. sou assim. claro que é fácil a gente dizer isso em vez de (tentar) mudar. porque mudar exige coragem e uma grande reserva de energia e determinação pra não desistir no meio do caminho. acima de tudo, acredito que devemos mudar não para o outro mas para a gente mesmo. e eu ando me sentindo fraca. energia zero pra determinadas pessoas e situações. a vida às vezes me é demais.

só sei que ele está com raiva (e com razão) e não quer falar comigo. e eu preciso ter paciência, dar tempo ao tempo e esperar pra ver no que vai dar. enquanto isso, fico aqui pensando em tudo que está errado. naquelas coisas desconfortáveis que a gente insiste em fingir que não vê. porque a vida deve ser boa e bela. e a gente prefere esquecer o que está errado. e tapar o sol com a peneira.

a moral da estória é que estou cansada de ser como sou. e ainda mais cansada de ter de pedir desculpas por ser quem eu sou e não como querem que eu seja. por outro lado, porque a gente não aprende que as pessoas são como são? afinal, o que é o amor? será que o que chamamos de amor não seria mais uma projeção de como uma pessoa um dia deveria ser? será que nos apaixonamos por um ideal? amamos uma pessoa pelo que ela é ou pelo potencial que ela tem de ser alguém diferente? porque potencial todos nós temos. todos queremos melhorar, todos queremos evoluir. mas cada um tem seu tempo. e não dá pra ser tudo ao mesmo tempo - eu não consigo!

enfim, tenho cada vez mais certeza de que amor não é pra qualquer um. requer uma certa flexibilidade, capacidade de empatia e um grau considerável de aceitação do outro. porque aceitar as qualidades é fácil, aceitar os defeitos não (ou você ama o pacote inteiro, ou não ama). eu acho que a gente deve aprender a amar o outro como ele é, em vez de tentar mudá-lo para caber em nossas expectativas. amar é aceitar que as pessoas são diferentes. o que para você é uma fraqueza inadmissível pode ser um distúrbio mais complexo. você não precisa necessariamente entender o que está se passando na cabeça de fulano, mas precisa saber disso. precisa saber que pessoas com transtornos emocionais não são boas em relacionamentos. elas até tentam mas um dia a guarda cai e está feito o estrago.

não é fácil, claro. como alguns de nós sabem melhor do que outros.

8 comentários:

Pri S. disse...

Impressionante... É tão frequente pensarmos coisas parecidas! Hoje eu não estou no meu melhor dia... Me sentindo meio fracassada, empacada, irritada comigo mesma por não conseguir mudar certas coisas que são necessárias. E ao mesmo tempo "p" da vida por ter que aturar modelos perfeitinhos, regrinhas idiotas e ficar com essa sensação de que eu tenho que me desculpar por quem eu sou. Como se fosse feio sentir as coisas de modo diferente dos outros. Às vezes cansa, né?

Paciência, tá? O tempo de casa um é diferente. E estou torcendo pra que tudo fique bem. :-)

Beijos!

Leticiabon disse...

Me identifiquei totalmente. O problema é que fiquei curiosa quanto ao fato. Eu tive que prometer ao meu namorado que não beberia sozinha. E o pior, sou um pouquinho agressiva quando bebo...É muito difícil me controlar (mesmo sem beber apena uma única latinha de cerveja). Tomara que ele entenda o seu jeito. Abraço.

Anônimo disse...

Eu te entendo, amiga. te entendo tão bem, que pelos motivos que vc colocou nesse momento prefiro ficar oficialmente sozinha, até criar coragem p/ amar. Pq amar é muito bom, mas exige disposição, ceder,dar o braço a torcer, relevar, aceitar, etc... coisas que nesse momento não tenho condiçoes de oferecer a ninguem!!
Boa sorte pra vc, tenho certeza que esse problema se resolverá :P
beijos

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Beth!

Bem, o tempo é o melhor remédio nessas horas, para ele e para você repensar toda a situação.
Agora uma coisa acredito, a base do relacionamento estar em aceitar o outro, então idealizar o outro, querer mudá-lo, não aceitar seus defeitos... acho que assim fica dificil viver junto, dividir a vida.
Bem, espero que você fique bem, que tudo se resolva, mas, repense também como você está encarando essa relação, se ela está realmente te fazendo feliz e se esses acontecimentos são menores que as coisas boas.

bjssss

Beth Blue disse...

Meninas, obrigada pelos comentários. Vocês não sabem como tem me ajudado por esses tempos!

Letícia, eu acho que o fato em si não é a questão principal do problema. Mas para evitar que as pessoas pensem mil coisas que não tem nada a ver decidi explicar logo.

Eu tinha combinado de voltar pra casa dele antes de meia-noite porque ia dormir lá (detalhe importante, moramos em cidades diferentes e só nos vemos fins de de semana) mas nem liguei pra dizer que tinha mudado de idéia e ia dormir na minha amiga (aniversariante). Ou melhor, liguei sim, já de madrugada...antes de capotar no sofá da sala. No comments.

Ami M. disse...

Beth, todos somos humanos, imperfeitos e erramos. Achei lindo seu texto. Não se culpe, pessoas perfeitas e que não erram nunca não existem. Pode ser que leve um tempo, mas tudo vai se resolver. Conte comigo.

Beijos

Anita disse...

Ah minha filha, isso nao e' errar nao. Os homens fazem isso direto e nos mulhere ficamos com culpinha e inventando novelinhas na cabeca quando nao ligamos ou damos satisfacao. Diz ai pro seu namorado relativizar isso e transcender.

Agatha disse...

De certa forma, todo mundo sabe ou já sentiu isso, não?
Mas gosto de pensar, para essa situação, que amor é aquilo que te faz querer ser uma pessoa melhor.

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Afinal, o que é o amor?

não, este não é um post sobre o dia dos namorados. até porque, dia dos namorados aqui é 14 de fevereiro, como nos EUA (valentine´s day). explicado isso, vamos ao ponto.

este fim-de-semana fiz uma daquelas bobagens que alguns de nós humanos fazemos de vez em quando. na verdade, fui numa festa muito divertida, mas (sem perceber) bebi demais e não cumpri uma promessa. resultado: decepcionei quem me ama. me sinto envergonhada e ao mesmo tempo me vem à cabeça uma verdade óbvia. sou humana. sou imperfeita. sou assim. claro que é fácil a gente dizer isso em vez de (tentar) mudar. porque mudar exige coragem e uma grande reserva de energia e determinação pra não desistir no meio do caminho. acima de tudo, acredito que devemos mudar não para o outro mas para a gente mesmo. e eu ando me sentindo fraca. energia zero pra determinadas pessoas e situações. a vida às vezes me é demais.

só sei que ele está com raiva (e com razão) e não quer falar comigo. e eu preciso ter paciência, dar tempo ao tempo e esperar pra ver no que vai dar. enquanto isso, fico aqui pensando em tudo que está errado. naquelas coisas desconfortáveis que a gente insiste em fingir que não vê. porque a vida deve ser boa e bela. e a gente prefere esquecer o que está errado. e tapar o sol com a peneira.

a moral da estória é que estou cansada de ser como sou. e ainda mais cansada de ter de pedir desculpas por ser quem eu sou e não como querem que eu seja. por outro lado, porque a gente não aprende que as pessoas são como são? afinal, o que é o amor? será que o que chamamos de amor não seria mais uma projeção de como uma pessoa um dia deveria ser? será que nos apaixonamos por um ideal? amamos uma pessoa pelo que ela é ou pelo potencial que ela tem de ser alguém diferente? porque potencial todos nós temos. todos queremos melhorar, todos queremos evoluir. mas cada um tem seu tempo. e não dá pra ser tudo ao mesmo tempo - eu não consigo!

enfim, tenho cada vez mais certeza de que amor não é pra qualquer um. requer uma certa flexibilidade, capacidade de empatia e um grau considerável de aceitação do outro. porque aceitar as qualidades é fácil, aceitar os defeitos não (ou você ama o pacote inteiro, ou não ama). eu acho que a gente deve aprender a amar o outro como ele é, em vez de tentar mudá-lo para caber em nossas expectativas. amar é aceitar que as pessoas são diferentes. o que para você é uma fraqueza inadmissível pode ser um distúrbio mais complexo. você não precisa necessariamente entender o que está se passando na cabeça de fulano, mas precisa saber disso. precisa saber que pessoas com transtornos emocionais não são boas em relacionamentos. elas até tentam mas um dia a guarda cai e está feito o estrago.

não é fácil, claro. como alguns de nós sabem melhor do que outros.

8 comentários:

Pri S. disse...

Impressionante... É tão frequente pensarmos coisas parecidas! Hoje eu não estou no meu melhor dia... Me sentindo meio fracassada, empacada, irritada comigo mesma por não conseguir mudar certas coisas que são necessárias. E ao mesmo tempo "p" da vida por ter que aturar modelos perfeitinhos, regrinhas idiotas e ficar com essa sensação de que eu tenho que me desculpar por quem eu sou. Como se fosse feio sentir as coisas de modo diferente dos outros. Às vezes cansa, né?

Paciência, tá? O tempo de casa um é diferente. E estou torcendo pra que tudo fique bem. :-)

Beijos!

Leticiabon disse...

Me identifiquei totalmente. O problema é que fiquei curiosa quanto ao fato. Eu tive que prometer ao meu namorado que não beberia sozinha. E o pior, sou um pouquinho agressiva quando bebo...É muito difícil me controlar (mesmo sem beber apena uma única latinha de cerveja). Tomara que ele entenda o seu jeito. Abraço.

Anônimo disse...

Eu te entendo, amiga. te entendo tão bem, que pelos motivos que vc colocou nesse momento prefiro ficar oficialmente sozinha, até criar coragem p/ amar. Pq amar é muito bom, mas exige disposição, ceder,dar o braço a torcer, relevar, aceitar, etc... coisas que nesse momento não tenho condiçoes de oferecer a ninguem!!
Boa sorte pra vc, tenho certeza que esse problema se resolverá :P
beijos

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Oi Beth!

Bem, o tempo é o melhor remédio nessas horas, para ele e para você repensar toda a situação.
Agora uma coisa acredito, a base do relacionamento estar em aceitar o outro, então idealizar o outro, querer mudá-lo, não aceitar seus defeitos... acho que assim fica dificil viver junto, dividir a vida.
Bem, espero que você fique bem, que tudo se resolva, mas, repense também como você está encarando essa relação, se ela está realmente te fazendo feliz e se esses acontecimentos são menores que as coisas boas.

bjssss

Beth Blue disse...

Meninas, obrigada pelos comentários. Vocês não sabem como tem me ajudado por esses tempos!

Letícia, eu acho que o fato em si não é a questão principal do problema. Mas para evitar que as pessoas pensem mil coisas que não tem nada a ver decidi explicar logo.

Eu tinha combinado de voltar pra casa dele antes de meia-noite porque ia dormir lá (detalhe importante, moramos em cidades diferentes e só nos vemos fins de de semana) mas nem liguei pra dizer que tinha mudado de idéia e ia dormir na minha amiga (aniversariante). Ou melhor, liguei sim, já de madrugada...antes de capotar no sofá da sala. No comments.

Ami M. disse...

Beth, todos somos humanos, imperfeitos e erramos. Achei lindo seu texto. Não se culpe, pessoas perfeitas e que não erram nunca não existem. Pode ser que leve um tempo, mas tudo vai se resolver. Conte comigo.

Beijos

Anita disse...

Ah minha filha, isso nao e' errar nao. Os homens fazem isso direto e nos mulhere ficamos com culpinha e inventando novelinhas na cabeca quando nao ligamos ou damos satisfacao. Diz ai pro seu namorado relativizar isso e transcender.

Agatha disse...

De certa forma, todo mundo sabe ou já sentiu isso, não?
Mas gosto de pensar, para essa situação, que amor é aquilo que te faz querer ser uma pessoa melhor.