terça-feira, junho 28, 2011

Amizades que vem e que vão



Ontem me vieram à mente alguns pensamentos e decidi escrever este post antes que ele virasse mais um post mental (como costuma acontecer com uma certa regularidade). Estava divagando sobre as amizades que vem e que vão quando me lembrei de um artigo que li outro dia. O artigo afirmava que nosso círculo de amizades muda (ou se renova) a cada 7 anos.

E revendo rapidamente meus 17 anos de Holanda, percebi que é assim que tem sido comigo. Fiz algumas amizades cujo convívio durou por alguns anos, até que por obras do destino ou da vida, essas pessoas foram desaparecendo. De algumas delas, sinto falta até hoje. Outras se foram sem deixar vestígios. Com algumas tive muitas trocas e aprendi alguma coisa, e espero que elas também tenham aprendido algo comigo.

No mais, amizade é via de mão dupla e não adianta forçar a barra. Pra complicar a minha estória, eu vivi períodos de crise e depressão em que me afastei conscientemente de tudo e de todos. Durante esse (longo) período, não foram poucos que tentaram estabelecer algum tipo de contato. Mas a vida que eu vivia não me permitiu retribuir essas amizades de forma apropriada. Porque eu não tinha nada a oferecer naqueles momentos de crise e por isso, optei por me afastar.

Só sei que muitos passaram e poucos ficaram. E espero ainda encontrar um novo círculo de amizades, que reflita mais a pessoa que sou hoje. O que nem sempre é fácil quando a gente se sente diferente e em alguns aspectos desconectado do mundo lá fora. A maioria das amizades que vejo hoje em dia são feitas nas redes sociais (e verdade seja dita, eu mesma fiz algumas que permanecem até hoje). E como não tenho Facebook e raramente entro no Orkut, me sinto um peixe fora d'água neste mundo moderno em que as pessoas adicionam e deletam amizades com uma velocidade inacreditável. Como já comentei antes por aqui, se é pra ter amizades deste tipo, prefiro ficar sozinha (posso até estar errada, mas esta é a minha opinião). O que obviamente, não me torna a pessoa mais sociável do mundo. Enfim, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...




No final das contas, sábios mesmo são os orientais, que sabem desde sempre que na vida tudo muda e nada permanece. E é esta sabedoria milenar que tenho tentado assimilar na minha vida nos últimos tempos. E nem dá pra ser diferente, porque com o passar dos anos, inevitavelmente muitas pessoas  vem e vão em nossas vidas.




Dedicado a L., de cuja amizade sinto falta.

4 comentários:

Cris Medeiros disse...

Nossa! Será mesmo que nosso círculo de amizade muda a cada 7 anos. Então deve ter algo errado com meus ciclos... ahahah...

É que sou de poucos amigos e de muitos anos. Mas vou ficar atenta a isso, ver se os colegas mudam a cada 7 anos... rs

Beijocas

Gabi Rosa disse...

Amizades são sempre bem-vindas né? Ainda mais qdo permanecem...

Mas se nosso ciclo mudar, q seja por vias naturais e ñ por descobrirmos q ñ éramos tão bons amigos assim...

Bjs

Anônimo disse...

Bom, vc tá na lista das amizades que vêm, permanecem e acrescentam:))
=D
beijão

Anita disse...

Há diversos tipos de amizade e o FB permite um certo tipo de contato que em carne o osso em alguns (muitos) casos seria impossível. O mundo se ampliou, muito gente não permanece no mesmo lugar para sempre e há uma possibilidade maior de contatos. Eu já deletei várias pessoas no FB, gente que não respondeu minhas mensagens, que por cima não agradecia por nada e só estava no FB para fuçar a vida dos outros. Eu hein ?

Tecnologia do Blogger.

Amizades que vem e que vão



Ontem me vieram à mente alguns pensamentos e decidi escrever este post antes que ele virasse mais um post mental (como costuma acontecer com uma certa regularidade). Estava divagando sobre as amizades que vem e que vão quando me lembrei de um artigo que li outro dia. O artigo afirmava que nosso círculo de amizades muda (ou se renova) a cada 7 anos.

E revendo rapidamente meus 17 anos de Holanda, percebi que é assim que tem sido comigo. Fiz algumas amizades cujo convívio durou por alguns anos, até que por obras do destino ou da vida, essas pessoas foram desaparecendo. De algumas delas, sinto falta até hoje. Outras se foram sem deixar vestígios. Com algumas tive muitas trocas e aprendi alguma coisa, e espero que elas também tenham aprendido algo comigo.

No mais, amizade é via de mão dupla e não adianta forçar a barra. Pra complicar a minha estória, eu vivi períodos de crise e depressão em que me afastei conscientemente de tudo e de todos. Durante esse (longo) período, não foram poucos que tentaram estabelecer algum tipo de contato. Mas a vida que eu vivia não me permitiu retribuir essas amizades de forma apropriada. Porque eu não tinha nada a oferecer naqueles momentos de crise e por isso, optei por me afastar.

Só sei que muitos passaram e poucos ficaram. E espero ainda encontrar um novo círculo de amizades, que reflita mais a pessoa que sou hoje. O que nem sempre é fácil quando a gente se sente diferente e em alguns aspectos desconectado do mundo lá fora. A maioria das amizades que vejo hoje em dia são feitas nas redes sociais (e verdade seja dita, eu mesma fiz algumas que permanecem até hoje). E como não tenho Facebook e raramente entro no Orkut, me sinto um peixe fora d'água neste mundo moderno em que as pessoas adicionam e deletam amizades com uma velocidade inacreditável. Como já comentei antes por aqui, se é pra ter amizades deste tipo, prefiro ficar sozinha (posso até estar errada, mas esta é a minha opinião). O que obviamente, não me torna a pessoa mais sociável do mundo. Enfim, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...




No final das contas, sábios mesmo são os orientais, que sabem desde sempre que na vida tudo muda e nada permanece. E é esta sabedoria milenar que tenho tentado assimilar na minha vida nos últimos tempos. E nem dá pra ser diferente, porque com o passar dos anos, inevitavelmente muitas pessoas  vem e vão em nossas vidas.




Dedicado a L., de cuja amizade sinto falta.

4 comentários:

Cris Medeiros disse...

Nossa! Será mesmo que nosso círculo de amizade muda a cada 7 anos. Então deve ter algo errado com meus ciclos... ahahah...

É que sou de poucos amigos e de muitos anos. Mas vou ficar atenta a isso, ver se os colegas mudam a cada 7 anos... rs

Beijocas

Gabi Rosa disse...

Amizades são sempre bem-vindas né? Ainda mais qdo permanecem...

Mas se nosso ciclo mudar, q seja por vias naturais e ñ por descobrirmos q ñ éramos tão bons amigos assim...

Bjs

Anônimo disse...

Bom, vc tá na lista das amizades que vêm, permanecem e acrescentam:))
=D
beijão

Anita disse...

Há diversos tipos de amizade e o FB permite um certo tipo de contato que em carne o osso em alguns (muitos) casos seria impossível. O mundo se ampliou, muito gente não permanece no mesmo lugar para sempre e há uma possibilidade maior de contatos. Eu já deletei várias pessoas no FB, gente que não respondeu minhas mensagens, que por cima não agradecia por nada e só estava no FB para fuçar a vida dos outros. Eu hein ?