quarta-feira, outubro 11, 2006
Preocupação de mãe
Eu, que não sou pedagoga nem psiquiatra infantil mas apenas mãe, sugeri desde o início que possa ser uma reação emocional às dificuldades que tivemos em casa nos últimos anos. Uma reação até normal, ainda mais depois de ler em um livro que as crises antes do divórcio podem afetar uma criança tanto ou mais quanto o que vem depois dele. E aqui em casa, o período que antecedeu o divórcio foi muito pior (hoje não apenas temos guarda alternada como nos falamos regularmente e sem maiores conflitos).
No final das contas, se trata do fenômeno que discuti ontem com uma amiga. No tempo da minha mãe, não existiam tantas crianças autistas, com síndrome de Asperger, ADHD, etc. Hoje em dia, se você não prestar atenção, mais cedo ou mais tarde seu filho será rotulado (receio que muitas vezes indevidamente). The worst case scenario já é rotina nos EUA: crianças que crescem tomando Ritalin (tratamento para ADHD) ou mesmo Prozac (antidepressivo).
Nessas horas me pergunto em que mundo estamos vivendo e temo que a sociedade moderna esteja cada dia mais doente...que futuro esperar para nossos filhos? A vida sem dúvida era muito mais simples quando eu ainda acreditava em Papai Noel (e no coelhinho da Páscoa).
Preocupação de mãe
Enquanto o Liam se preocupa com seu presente de natal eu, como toda mãe que se preze, tenho outras preocupações na cabeça. É que semana passada tive (mais) uma reunião na escola com a professora e a pedagoga. Devido a problemas no desenvolvimento, Liam vem sendo testado há mais de ano por uma equipe multidisciplinar - ainda sem diagnóstico definitivo. Falava-se em Síndrome de Asperger, agora em PDD-NOS, e eu ultimamente tenho desconfiado de algo mais óbvio: dislexia. PDD-NOS é um distúrbio pervasivo de desenvolvimento que se encontra no espectro do autismo - embora seja uma forma bem mais leve que passa muitas vezes despercebida, e na maioria dos casos a criança nem precisa ir para uma escola especial, como nos casos clássicos de autismo.
Eu, que não sou pedagoga nem psiquiatra infantil mas apenas mãe, sugeri desde o início que possa ser uma reação emocional às dificuldades que tivemos em casa nos últimos anos. Uma reação até normal, ainda mais depois de ler em um livro que as crises antes do divórcio podem afetar uma criança tanto ou mais quanto o que vem depois dele. E aqui em casa, o período que antecedeu o divórcio foi muito pior (hoje não apenas temos guarda alternada como nos falamos regularmente e sem maiores conflitos).
No final das contas, se trata do fenômeno que discuti ontem com uma amiga. No tempo da minha mãe, não existiam tantas crianças autistas, com síndrome de Asperger, ADHD, etc. Hoje em dia, se você não prestar atenção, mais cedo ou mais tarde seu filho será rotulado (receio que muitas vezes indevidamente). The worst case scenario já é rotina nos EUA: crianças que crescem tomando Ritalin (tratamento para ADHD) ou mesmo Prozac (antidepressivo).
Nessas horas me pergunto em que mundo estamos vivendo e temo que a sociedade moderna esteja cada dia mais doente...que futuro esperar para nossos filhos? A vida sem dúvida era muito mais simples quando eu ainda acreditava em Papai Noel (e no coelhinho da Páscoa).
3 comentários:
- Anônimo disse...
-
Oi Beth! To eu aqui novamente. Olha, eu sei exatamente o que é "preocupação de mãe". Tudo o que a gente quer é ouvir que o filho da gente é normal. Mas o que é ser normal? Quem define? Já te contei milhões de vezes sobre os problemas de desenvolvimento causados ao meu jovem mais velho pelo fato de viver em uma casa entristecida, e isso na minha opinião é o que causa problemas aos pequenos. Depois do divórcio (e de ter juntado os caquinhos), havia muita felicidade, na forma de programas "a dois" e principalmente, no meu otimismo!!! Naquela época eu tirei a sorte grande e pude recomeçar! Mas eu não descartei nenhum dos meus amigos que não tinham tempo pra mim.. (rsrsrs - perdoa a piadinha vai). Hoje esses amigos estão em sua maioria também divorciados... e eu aqui novamente, 100% casada. Aliás fazem exatos 10 anos desde que eu resolvi seguir o meu caminho sozinha! Sem arrependimentos! Bjs Simone (Haarlem).
- 8:30 PM
- Eu não sei, você sabe? disse...
-
Posso, com dificuldade, imaginar o que vc passa aí. Nada fácil...Acho que a necessidade de rotular é devido a falta de "jogo de cintura" em lidar com a diversidade. O garoto tendo um rótulo, um dignóstico, já há um protocolo a seguir, já há idéia do que fazer. Caso contrário eles ficam sem ação. Acho que é isso. Sabendo isso você pode tentar argumentar com eles, ou não?
Ixi, Bethinha boa sorte!
tróia - 11:49 PM
- Anônimo disse...
-
Bethinha
Imagino bem o que você anda passando.
Como prometido, enviarei um e-mail para vc. com um anexo que acredito que lendo com um pouco de calma e atenção irá entender onde quero chegar, aliás em seu texto "A loucura nossa de cada dia", deixa claro que pensa muito parecido comigo.
bj. e Boa sorte
Fabi - 7:13 AM
3 comentários:
Oi Beth! To eu aqui novamente. Olha, eu sei exatamente o que é "preocupação de mãe". Tudo o que a gente quer é ouvir que o filho da gente é normal. Mas o que é ser normal? Quem define? Já te contei milhões de vezes sobre os problemas de desenvolvimento causados ao meu jovem mais velho pelo fato de viver em uma casa entristecida, e isso na minha opinião é o que causa problemas aos pequenos. Depois do divórcio (e de ter juntado os caquinhos), havia muita felicidade, na forma de programas "a dois" e principalmente, no meu otimismo!!! Naquela época eu tirei a sorte grande e pude recomeçar! Mas eu não descartei nenhum dos meus amigos que não tinham tempo pra mim.. (rsrsrs - perdoa a piadinha vai). Hoje esses amigos estão em sua maioria também divorciados... e eu aqui novamente, 100% casada. Aliás fazem exatos 10 anos desde que eu resolvi seguir o meu caminho sozinha! Sem arrependimentos! Bjs Simone (Haarlem).
Posso, com dificuldade, imaginar o que vc passa aí. Nada fácil...Acho que a necessidade de rotular é devido a falta de "jogo de cintura" em lidar com a diversidade. O garoto tendo um rótulo, um dignóstico, já há um protocolo a seguir, já há idéia do que fazer. Caso contrário eles ficam sem ação. Acho que é isso. Sabendo isso você pode tentar argumentar com eles, ou não?
Ixi, Bethinha boa sorte!
tróia
Bethinha
Imagino bem o que você anda passando.
Como prometido, enviarei um e-mail para vc. com um anexo que acredito que lendo com um pouco de calma e atenção irá entender onde quero chegar, aliás em seu texto "A loucura nossa de cada dia", deixa claro que pensa muito parecido comigo.
bj. e Boa sorte
Fabi
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