domingo, janeiro 21, 2007

A paixão pelos gatos


Hoje decidi falar de outra paixão minha, os gatos. Paixão inesperada (como toda paixão na vida da gente), que aconteceu quando vim morar na Holanda. No Brasil, pelo menos na minha época, os cãos eram os bichos de estimação favoritos. Em minha casa mesmo tivemos dois cãezinhos (uma pequinês e um yorkshire terrier).

Quanto aos gatos, tudo começou em setembro de 1994, quando aluguei um quarto na casa de um senhor inglês. E adivinhem só: ele tinha um gato que foi a minha primeira paixão em Amsterdam. O gatinho era uma graça e muito travesso - o danado vivia arrumando um jeito de se enfiar no meu quarto (era só eu deixar a porta aberta alguns minutos) e no final, até na minha cama dormia! Morei nesta casa por um ano e até hoje me lembro de como fiquei triste ao me mudar e me despedir do Chico, que faleceu alguns anos depois. Ao me despedir dele, eu também me despedia de uma fase da minha vida.

Meio ano depois, quando eu e Jeff conseguimos um apartamento para morar, decidimos adotar um gatinho em um dos asilos da cidade. E assim adotamos a gata Eva, a gatinha preto e branco mais dócil que já conheci (infelizmente falecida). Ela fez parte da minha segunda fase na Holanda e acompanhou minha trajetória por 10 anos. Neste período me casei, perdi minha mãe, engravidei, tive meu filho e me separei. Ela faleceu com cerca de 16 anos, por coincidência ou não, três meses antes do Jeff sair de casa. Sua morte nos deixou muito tristes e me lembro de ter visto, na época, uma metáfora na morte da Eva. Porque sua morte coincidiu com o fim do nosso casamento...e marcou mais uma fase da minha vida que se encerrava.

Um ano depois, eu ainda estava reorganizando minha vida pós-divórcio e cada vez sentia mais falta de um gato dentro de casa. Por essa época, minha vizinha veio bater à minha porta em lágrimas com uma gatinha de um ano, me perguntando se eu gostaria de adotá-la porque não podia mais ficar com ela. E foi assim que a Lisa veio parar aqui em casa! O mais engraçado é que ela também é uma gata preto e branco e muito parecida com a Eva. A vida tem dessas coisas...

3 comentários:

Anônimo disse...

Beth, eu também adoro gatos, fui criada com eles, e ficava muito triste em ver como no Brasil esses animais são incompreendidos. São tratados quase como parasitas! Estou pensando em adotar um gato também, mas é complicado sem ter alguém com quem deixar nas viagens. Tem um hotelzinho aqui, mas não é muito prático ir lá sem carro, enfim... Abs, Marcia

Anônimo disse...

Gatos são as melhores criaturas para se compartilhar a casa no dia a dia (fora um Brad Pitt ou outro de vez em quando, claro). Acabei de me mudar para um ap mais próximo do meu trabalho, e maior. A cozinha tem uns armários que vão quase até o teto. Dia desses, enquanto eu arrumava os objetos, tentando achar um lugar para cada coisa naquele espaço novo, olhei para cima e lá estavam Ciçoca e Mike deitados, com apenas a cabeça meio dependurada para fora, em cima do armário mais alto, quase tocando o teto. Olhavam para mim com caras atentas de espantar. Não sei há quanto tempo estavam ali me observando... Custei para entender como conseguiram subir, mas o fato é que agora todos os dias é ali no alto que passam boa parte do dia.

Anônimo disse...

Nem preciso dizer pois sou suspeitíssima, né? Afinal, como a Pata disse, eu faço parte do complô dos gatos para conquistarem os colos do mundo e, minha casa seu QG... risos... Pata tem cada uma!! O fato é simples, gatos são mais simples de serem criados que cães, são mais parecidos com o ser humano o que, talvez, explique sua indivudualidade e, conseqëntemente a restrição que a humanidade faz a eles. Seus olhos profundos que sabem mais do que vc são um fascínio a parte e causam aflição na maioria dos seres humanos, não é? Gatos são elegantes, sutís, sensíveis a mudanças (a maioria), gostosos de afofar (todos) e fazem parte da nossa vida, seres humanos evoluídos com capacidade de respeito ao território alheio!

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A paixão pelos gatos


Hoje decidi falar de outra paixão minha, os gatos. Paixão inesperada (como toda paixão na vida da gente), que aconteceu quando vim morar na Holanda. No Brasil, pelo menos na minha época, os cãos eram os bichos de estimação favoritos. Em minha casa mesmo tivemos dois cãezinhos (uma pequinês e um yorkshire terrier).

Quanto aos gatos, tudo começou em setembro de 1994, quando aluguei um quarto na casa de um senhor inglês. E adivinhem só: ele tinha um gato que foi a minha primeira paixão em Amsterdam. O gatinho era uma graça e muito travesso - o danado vivia arrumando um jeito de se enfiar no meu quarto (era só eu deixar a porta aberta alguns minutos) e no final, até na minha cama dormia! Morei nesta casa por um ano e até hoje me lembro de como fiquei triste ao me mudar e me despedir do Chico, que faleceu alguns anos depois. Ao me despedir dele, eu também me despedia de uma fase da minha vida.

Meio ano depois, quando eu e Jeff conseguimos um apartamento para morar, decidimos adotar um gatinho em um dos asilos da cidade. E assim adotamos a gata Eva, a gatinha preto e branco mais dócil que já conheci (infelizmente falecida). Ela fez parte da minha segunda fase na Holanda e acompanhou minha trajetória por 10 anos. Neste período me casei, perdi minha mãe, engravidei, tive meu filho e me separei. Ela faleceu com cerca de 16 anos, por coincidência ou não, três meses antes do Jeff sair de casa. Sua morte nos deixou muito tristes e me lembro de ter visto, na época, uma metáfora na morte da Eva. Porque sua morte coincidiu com o fim do nosso casamento...e marcou mais uma fase da minha vida que se encerrava.

Um ano depois, eu ainda estava reorganizando minha vida pós-divórcio e cada vez sentia mais falta de um gato dentro de casa. Por essa época, minha vizinha veio bater à minha porta em lágrimas com uma gatinha de um ano, me perguntando se eu gostaria de adotá-la porque não podia mais ficar com ela. E foi assim que a Lisa veio parar aqui em casa! O mais engraçado é que ela também é uma gata preto e branco e muito parecida com a Eva. A vida tem dessas coisas...

3 comentários:

Anônimo disse...

Beth, eu também adoro gatos, fui criada com eles, e ficava muito triste em ver como no Brasil esses animais são incompreendidos. São tratados quase como parasitas! Estou pensando em adotar um gato também, mas é complicado sem ter alguém com quem deixar nas viagens. Tem um hotelzinho aqui, mas não é muito prático ir lá sem carro, enfim... Abs, Marcia

Anônimo disse...

Gatos são as melhores criaturas para se compartilhar a casa no dia a dia (fora um Brad Pitt ou outro de vez em quando, claro). Acabei de me mudar para um ap mais próximo do meu trabalho, e maior. A cozinha tem uns armários que vão quase até o teto. Dia desses, enquanto eu arrumava os objetos, tentando achar um lugar para cada coisa naquele espaço novo, olhei para cima e lá estavam Ciçoca e Mike deitados, com apenas a cabeça meio dependurada para fora, em cima do armário mais alto, quase tocando o teto. Olhavam para mim com caras atentas de espantar. Não sei há quanto tempo estavam ali me observando... Custei para entender como conseguiram subir, mas o fato é que agora todos os dias é ali no alto que passam boa parte do dia.

Anônimo disse...

Nem preciso dizer pois sou suspeitíssima, né? Afinal, como a Pata disse, eu faço parte do complô dos gatos para conquistarem os colos do mundo e, minha casa seu QG... risos... Pata tem cada uma!! O fato é simples, gatos são mais simples de serem criados que cães, são mais parecidos com o ser humano o que, talvez, explique sua indivudualidade e, conseqëntemente a restrição que a humanidade faz a eles. Seus olhos profundos que sabem mais do que vc são um fascínio a parte e causam aflição na maioria dos seres humanos, não é? Gatos são elegantes, sutís, sensíveis a mudanças (a maioria), gostosos de afofar (todos) e fazem parte da nossa vida, seres humanos evoluídos com capacidade de respeito ao território alheio!