segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Viajar é preciso

Conversando hoje com uma amiga ao telefone, ela reclamou que a vida dela é muito pobre de acontecimentos e que não tem muito sobre o que escrever. Pois eu acho que é exatamente o contrário: ela tem uma vida muito rica - só que os acontecimentos ocorrem dentro dela, e não necessariamente fora (o que não deixa de ter seu valor). E digo isso porque tenho a mesma sensação.

Cada um viaja como pode, alguns pegam um avião, outros um trem, outros ainda decolam em suas cabeças e viajam kms e kms sem sair do lugar (literalmente)...e com alguma sorte conseguem chegar cada vez mais perto de si mesmos, apesar das eventuais turbulências e acidentes de trajeto. O destino final desses viajantes é o autoconhecimento, país pouco explorado por muitos. Conhece-te a ti mesmo, já dizia o sábio filósofo Sócrates.

Eu acho que existem dois tipos de viajantes: 1. o viajante propriamente dito, visto pelos aeroportos espalhados pelo mundo afora 2. o viajante cujo destino é ele mesmo, este viaja sem sair do lugar e no entanto, é capaz de cobrir distâncias extraordinárias no espaço de dias.

Quanto a mim, eu viajo...viajo muito mesmo (atualmente mais num sentido do que no outro, admito). Adoro viajar de verdade (no sentido literal da palavra), como já disse em um post recente. Mas desconfio que as maiores descobertas que fiz na minha vida não foram aquelas que fiz quando saí mundo afora e sim quando fiquei aqui mesmo, refletindo com meus botões.
O que de certa forma, é no mínimo um paradoxo vindo de alguém que pegou um avião e começou uma nova vida em outro continente, 13 anos atrás. O fato é que (noss)as viagens externas podem ou não desencadear grandes viagens interiores. Mas não basta ter olhos para ver, é preciso saber ver!

Descobrir novas paisagens é um grande privilégio - eu como sagitariana sei muito bem disso - mas tem aquelas pessoas que viajam por todo lado e não sabem dizer onde estiveram, nem de onde vêm, nem para onde vão...enfim, tudo na vida é relativo!

1 comentários:

Anônimo disse...

Nada melhor do que escrever não é mesmo, é isso que dá "relativeren" que nem falam os holandês, mas eu digo filosofar com base e um diálogo aberto, de um telefonema que poderia ter sido banal, tirar proveito em prol do auto conhecimento e da benção que é o dom da escrita.

Existe uma grande diferença entre a primeira classe e a econômica, mas todas chegam ao mesmo destino, mas a diferença maior é o próprio passageiro.

"Caminhante, não existe caminho...o caminho se faz ao caminhar".

De quem é mesmo??? Sei lá, 1000 coisas...viagens.

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Viajar é preciso

Conversando hoje com uma amiga ao telefone, ela reclamou que a vida dela é muito pobre de acontecimentos e que não tem muito sobre o que escrever. Pois eu acho que é exatamente o contrário: ela tem uma vida muito rica - só que os acontecimentos ocorrem dentro dela, e não necessariamente fora (o que não deixa de ter seu valor). E digo isso porque tenho a mesma sensação.


Cada um viaja como pode, alguns pegam um avião, outros um trem, outros ainda decolam em suas cabeças e viajam kms e kms sem sair do lugar (literalmente)...e com alguma sorte conseguem chegar cada vez mais perto de si mesmos, apesar das eventuais turbulências e acidentes de trajeto. O destino final desses viajantes é o autoconhecimento, país pouco explorado por muitos. Conhece-te a ti mesmo, já dizia o sábio filósofo Sócrates.

Eu acho que existem dois tipos de viajantes: 1. o viajante propriamente dito, visto pelos aeroportos espalhados pelo mundo afora 2. o viajante cujo destino é ele mesmo, este viaja sem sair do lugar e no entanto, é capaz de cobrir distâncias extraordinárias no espaço de dias.

Quanto a mim, eu viajo...viajo muito mesmo (atualmente mais num sentido do que no outro, admito). Adoro viajar de verdade (no sentido literal da palavra), como já disse em um post recente. Mas desconfio que as maiores descobertas que fiz na minha vida não foram aquelas que fiz quando saí mundo afora e sim quando fiquei aqui mesmo, refletindo com meus botões.
O que de certa forma, é no mínimo um paradoxo vindo de alguém que pegou um avião e começou uma nova vida em outro continente, 13 anos atrás. O fato é que (noss)as viagens externas podem ou não desencadear grandes viagens interiores. Mas não basta ter olhos para ver, é preciso saber ver!

Descobrir novas paisagens é um grande privilégio - eu como sagitariana sei muito bem disso - mas tem aquelas pessoas que viajam por todo lado e não sabem dizer onde estiveram, nem de onde vêm, nem para onde vão...enfim, tudo na vida é relativo!

1 comentários:

Anônimo disse...

Nada melhor do que escrever não é mesmo, é isso que dá "relativeren" que nem falam os holandês, mas eu digo filosofar com base e um diálogo aberto, de um telefonema que poderia ter sido banal, tirar proveito em prol do auto conhecimento e da benção que é o dom da escrita.

Existe uma grande diferença entre a primeira classe e a econômica, mas todas chegam ao mesmo destino, mas a diferença maior é o próprio passageiro.

"Caminhante, não existe caminho...o caminho se faz ao caminhar".

De quem é mesmo??? Sei lá, 1000 coisas...viagens.