quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O romantismo de cada um

Tive algumas reações, de certa forma esperadas, sobre o filme Serendipity. O que basicamente prova duas coisas: 1. que Holywood sabe o que está fazendo 2. que eu fiquei ranzinza com o passar dos anos (e a perda de algumas ilusões). De qualquer forma, é fascinante observar como cada pessoa tem uma visão única do amor. Visão baseada, antes de mais nada, em sua idade, vivência pessoal e, last but not least, no momento atual da sua relação. Pensando bem, isso talvez explique porque todas as pessoas que encontrei até hoje têm uma interpretação pessoal de um filme como Closer, como bem observou uma amiga blogueira.

No meu caso, tive uma relação de 10 anos que passou por todas as fases possíveis e (in)imagináveis que um relacionamento poderia passar e, creio ainda, por mais crises que uma relação deveria passar. E posso dizer com um certo orgulho que não apenas sobrevivi como hoje somos amigos. O que, cá entre nós, não é o que acontece com a maioria dos casais que se separam. Só que não posso mais me dar ao luxo de acreditar que o amor não muda, que ele não acaba, etc etc etc...

Em suma, perdi a inocência dos 20 anos. Até porque, para acreditar neste mito do amor eterno tão bem retratado pelos poetas românticos e por Holywood, eu teria de apagar meu passado. O que inevitavelmente me faz lembrar de outro filme que adoro: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (o roteiro e a direção são geniais, vale a pena conferir).

3 comentários:

Labelle® Paz disse...

Ai Betinha...
Serendipity passou na Globo na madrugada que escrevi no meu blog... Confesso que todas as vezes que assisti tive uma visão diferente. Na primeira vez achei lindíssimo, e hoje, em outro momento da minha vida, enxerguei de outra forma... Closer, acho fabuloso. Como retrata bem o universo da falta de compromisso e dos relacionamentos descartáveis. Com relação a "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças".......
Indiscutível!!!! Genial!!!!
Beijões!!

Anônimo disse...

nao assisti nenhum desses. talvez ate precise de uma lista indicada.
pra mim sobre esses amores vale um "peggy Sue" do Coppola. fugindo das enquadracoes peculiares e focus.pra mim o amor parece aquela batalha shakespeariana seja contra as tradicoes ou contra a rotina.o que sobra sao tuas especulacoes, teus sonhos e tuas idiossincrasias. o resto e denuncia ou seria renuncia? pura.
o amor mudou de cara como as relacoes tambem

Lilly disse...

Eu não assisti Serendipity, eu acho.... vou procurar... Eu leio e vejo filmes bem menos do que você. Mas estou impressionada com a quantidade de referências em comum. "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" foi um filme que me tocou muito. A gente se dá conta depois que se separa que muitas coisas estavam adormecidas e a gente simplesmente seguia pelo "bem" da relação...

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O romantismo de cada um

Tive algumas reações, de certa forma esperadas, sobre o filme Serendipity. O que basicamente prova duas coisas: 1. que Holywood sabe o que está fazendo 2. que eu fiquei ranzinza com o passar dos anos (e a perda de algumas ilusões). De qualquer forma, é fascinante observar como cada pessoa tem uma visão única do amor. Visão baseada, antes de mais nada, em sua idade, vivência pessoal e, last but not least, no momento atual da sua relação. Pensando bem, isso talvez explique porque todas as pessoas que encontrei até hoje têm uma interpretação pessoal de um filme como Closer, como bem observou uma amiga blogueira.

No meu caso, tive uma relação de 10 anos que passou por todas as fases possíveis e (in)imagináveis que um relacionamento poderia passar e, creio ainda, por mais crises que uma relação deveria passar. E posso dizer com um certo orgulho que não apenas sobrevivi como hoje somos amigos. O que, cá entre nós, não é o que acontece com a maioria dos casais que se separam. Só que não posso mais me dar ao luxo de acreditar que o amor não muda, que ele não acaba, etc etc etc...

Em suma, perdi a inocência dos 20 anos. Até porque, para acreditar neste mito do amor eterno tão bem retratado pelos poetas românticos e por Holywood, eu teria de apagar meu passado. O que inevitavelmente me faz lembrar de outro filme que adoro: Eternal Sunshine of the Spotless Mind (o roteiro e a direção são geniais, vale a pena conferir).

3 comentários:

Labelle® Paz disse...

Ai Betinha...
Serendipity passou na Globo na madrugada que escrevi no meu blog... Confesso que todas as vezes que assisti tive uma visão diferente. Na primeira vez achei lindíssimo, e hoje, em outro momento da minha vida, enxerguei de outra forma... Closer, acho fabuloso. Como retrata bem o universo da falta de compromisso e dos relacionamentos descartáveis. Com relação a "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças".......
Indiscutível!!!! Genial!!!!
Beijões!!

Anônimo disse...

nao assisti nenhum desses. talvez ate precise de uma lista indicada.
pra mim sobre esses amores vale um "peggy Sue" do Coppola. fugindo das enquadracoes peculiares e focus.pra mim o amor parece aquela batalha shakespeariana seja contra as tradicoes ou contra a rotina.o que sobra sao tuas especulacoes, teus sonhos e tuas idiossincrasias. o resto e denuncia ou seria renuncia? pura.
o amor mudou de cara como as relacoes tambem

Lilly disse...

Eu não assisti Serendipity, eu acho.... vou procurar... Eu leio e vejo filmes bem menos do que você. Mas estou impressionada com a quantidade de referências em comum. "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" foi um filme que me tocou muito. A gente se dá conta depois que se separa que muitas coisas estavam adormecidas e a gente simplesmente seguia pelo "bem" da relação...