sábado, dezembro 09, 2006

Dedicado a uma amiga

Algumas pessoas nasceram para serem líderes, para se engajarem em lutas perdidas (ou nem tanto assim) enquanto a maioria do rebanho prefere fechar os olhos para os problemas do mundo e ter uma vida fácil.

Nos dias de hoje, é cada vez mais raro encontrar um ser pensante no meio do rebanho - alguém que não tenha medo de expôr suas opiniões e, conseqüentemente, de se expôr. Alguém cuja principal meta não seja agradar a gregos e troianos, assegurando seu lugar encima do muro. Alguém que não tenha medo de levantar a voz quando vê uma injustiça ou quando é confrontada com a ignorância alheia. Porque convenhamos, o ser humano é acomodado por natureza (cada um por si, Deus por todos).

Por essas e outras, tenho uma admiração cada vez maior por uma amiga que conheci melhor este ano (não sei como nossos caminhos não se cruzaram antes nessas terras baixas). Pela paixão que ela expressa ao falar das questões sociais, da injustiça no mundo e principalmente, dos injustiçados (os fracos e oprimidos). Pela capacidade crítica, por não aceitar as coisas como lhe são oferecidas de bandeja (o que o rebanho costuma fazer desde os tempos bíblicos) e por decidir por ela mesma o que acha. Em suma, pela sua capacidade de reflexão.

A verdade é que me identifico muito com as idéias dela. E ela ainda tem me lembrado de coisas que eu havia esquecido, uma delas chama-se dever social (ou dever civil). Pessoas bem-informadas, seja qual for a sociedade em que elas vivem, têm como dever contribuir para dissipar as trevas da ignorância - não por serem superiores ou melhores mas porque, no final das contas, estamos todos no mesmo barco (sem exceção) !

1 comentários:

Anônimo disse...

Beth, querida!

A pintora búlgara Oda Jaune, uma jovem e talentosa artista que veio a se casar com seu mestre, o pintor e professor alemão Jörg Immendorf, é sempre lembrada por mim, em determinadas situações.
No auge de uma crise pessoal, Jaune, que chega a ser quase 30 anos mais jovem do que o marido, disse o seguinte: "Mesmo que eu descubra, depois de morrer, que Deus não existe, terei sido grata por nele ter acreditado durante toda a minha vida".
Na época, Immerdorf havia sido flagrado numa festa regada a muita cocaína e em companhia de 11 prostitutas, num quarto de hotel, em momento que sua doença degenerativa permitiu-lhe se afastar um pouco da mulher e da filha menor de dois anos. Ainda assim, Jaune, traída e publicamente exposta, nunca duvidou de que deveria cuidar dele, o que fez quando a paralisia voltou, e para escândalo geral daqueles que nada fazem, mas muito dizem.
É preciso que as pessoas não esqueçam que muito devem a quem garantiu a elas a liberdade de existirem, no tempo e espaço que mais lhe convêm.
Quanto a essa amiga sua, eu diria o seguinte: não são opostos que se atraem, mas iguais. Pessoalmente nunca duvidei dos princípios humanísticos que pautam a sua conduta. E tenho mil e uma razões para tanto.
Um beijo,
Arnild

Tecnologia do Blogger.

Dedicado a uma amiga

Algumas pessoas nasceram para serem líderes, para se engajarem em lutas perdidas (ou nem tanto assim) enquanto a maioria do rebanho prefere fechar os olhos para os problemas do mundo e ter uma vida fácil.

Nos dias de hoje, é cada vez mais raro encontrar um ser pensante no meio do rebanho - alguém que não tenha medo de expôr suas opiniões e, conseqüentemente, de se expôr. Alguém cuja principal meta não seja agradar a gregos e troianos, assegurando seu lugar encima do muro. Alguém que não tenha medo de levantar a voz quando vê uma injustiça ou quando é confrontada com a ignorância alheia. Porque convenhamos, o ser humano é acomodado por natureza (cada um por si, Deus por todos).

Por essas e outras, tenho uma admiração cada vez maior por uma amiga que conheci melhor este ano (não sei como nossos caminhos não se cruzaram antes nessas terras baixas). Pela paixão que ela expressa ao falar das questões sociais, da injustiça no mundo e principalmente, dos injustiçados (os fracos e oprimidos). Pela capacidade crítica, por não aceitar as coisas como lhe são oferecidas de bandeja (o que o rebanho costuma fazer desde os tempos bíblicos) e por decidir por ela mesma o que acha. Em suma, pela sua capacidade de reflexão.

A verdade é que me identifico muito com as idéias dela. E ela ainda tem me lembrado de coisas que eu havia esquecido, uma delas chama-se dever social (ou dever civil). Pessoas bem-informadas, seja qual for a sociedade em que elas vivem, têm como dever contribuir para dissipar as trevas da ignorância - não por serem superiores ou melhores mas porque, no final das contas, estamos todos no mesmo barco (sem exceção) !

1 comentários:

Anônimo disse...

Beth, querida!

A pintora búlgara Oda Jaune, uma jovem e talentosa artista que veio a se casar com seu mestre, o pintor e professor alemão Jörg Immendorf, é sempre lembrada por mim, em determinadas situações.
No auge de uma crise pessoal, Jaune, que chega a ser quase 30 anos mais jovem do que o marido, disse o seguinte: "Mesmo que eu descubra, depois de morrer, que Deus não existe, terei sido grata por nele ter acreditado durante toda a minha vida".
Na época, Immerdorf havia sido flagrado numa festa regada a muita cocaína e em companhia de 11 prostitutas, num quarto de hotel, em momento que sua doença degenerativa permitiu-lhe se afastar um pouco da mulher e da filha menor de dois anos. Ainda assim, Jaune, traída e publicamente exposta, nunca duvidou de que deveria cuidar dele, o que fez quando a paralisia voltou, e para escândalo geral daqueles que nada fazem, mas muito dizem.
É preciso que as pessoas não esqueçam que muito devem a quem garantiu a elas a liberdade de existirem, no tempo e espaço que mais lhe convêm.
Quanto a essa amiga sua, eu diria o seguinte: não são opostos que se atraem, mas iguais. Pessoalmente nunca duvidei dos princípios humanísticos que pautam a sua conduta. E tenho mil e uma razões para tanto.
Um beijo,
Arnild