segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Assunto sério

AVISO AOS NAVEGANTES: Se você está aqui somente para se divertir, não leia este post.

Acabei de ler um livro muito interessante, uma espécie de diário de uma bipolar, publicado recentemente no Brasil pela Editora Nova Fronteira. A verdade é que desde que uma de minhas melhores amigas aqui na Holanda foi diagnosticada como bipolar (e somos muito parecidas), venho me interessando pelo assunto e tenho procurado ler mais...Como eterna estudante (e curiosa), eu já tinha lido alguns livros sobre depressão. Dentre eles, recomendo acima de tudo O Demônio do Meio-Dia, um livro esclarecedor e muito abrangente sobre um tema que ainda é tabu em pleno século XXI (e eu vivi isso na pele, acreditem).

Mas o que eu queria mesmo dizer é que, depois de ler quatro livros sobre bipolaridade, estou chegando à conclusão de que tive o diagnóstico errado! Explicando melhor, fui diagnosticada como tendo distimia, um tipo de depressão crônica mas branda (lembram do rabugento?) que infelizmente, pode levar a uma depressão maior (tive três e não desejo esta dor ao meu pior inimigo). Ainda mais quando descobri que é um erro comum bipolares do tipo 2 (mais episódios de depressão e menos de mania) serem diagnosticados como tendo depressão unipolar...foi o caso da autora deste livro e parece ser o meu. Verdade seja dita, não sou psiquiatra - nem tenho a intenção de ser - mas me identifiquei com várias partes do livro.

Pronto, contei o segredo que vem me atazanando a cabeça há tempos (não é à toa que o meu blog se chama Noites em claro). Pensando bem, chega de (auto)-censura, este blog afinal é meu!

In other words: enter at your own risk.

5 comentários:

Anônimo disse...

Beth querida,
se o diagnóstico for esse mesmo, vc saberá muito bem lidar com essa diferença. Qdo vc tiver um tempo a mais, busque sim ver se essa é mesmo a sua realidade. Beijos!
Adriane
ps: qualquer coisa, fala comigo, diagnostica há 20 anos... posso contar mais sobre as minhas experiências.

Anônimo disse...

Olha Beth, eu aqui diagnostica há somente cinco meses e levando essa "doença" extremamente há sério, vide problemas de família, meu irmão lá em Porto Alegre, diagnosticado há mais de vinte que está sempre passando por poucas e boas, que não só me deixaa com os nervos à flor da pele, como um coração de "mãe" dilacerado.

Eu apesar de ser uma "avondmens"(pessoa que possuem um ritmo mais noturno que diurno), já não passo mais as noites em claro, porque sigo ao pé da letra o tratamento, medicação, terapia e por assim dizer estrutura.

A medicação correta, me fez ficar uma pessoa mais "sem graça", o meu lado esfuziante foi pro freezer, mas pensando bem, por ter menos ansiedade, devido aos remédios, estou conseguindo levar uma vida mais centrada no meu desenvolvimento pessoal, porque sei que ser "bipolar" é apenas uma faceta de minha personalidade.

Espero que você um dia consiga, ir ao médico e fazer o teste seriamente, pois acredito - por já ter escrito esse post, você já possui a estrutura interna necessária para enfrentar esse leão, que é a bipolaridade.

Boa sorte e sempre pra frente!

Unknown disse...

Oi minha Linda!

Estou cuidando de um caso, onde uma das partes tem um distúrbio chamado borderline, no início achavam que era bipolar. NA verdade a linha é tênue.

Tenho uma amiga fofa que é bipolar, foi diagnosticada há muitos anos e se trata direitinho, vive super bem.

Penso que além de estudar muito, o que sei bem que faz, poderia tentar outros profissionais daí, não sou a pessoa mais exata para me posicionar sobre o distúrbio correto, mas lembre-se que a inconstância de humor é característica forte em sagitarianos. Voltei a tratar minha depressão em dezembro, uma hora teria que cair na real de verdade, vou na psico 2x semana, o bom é que o tratamento é quase gratuito, associo ao remédio prescrito por médico, a sertralina, e confesso que estou muito melhor, mais amena e compreensiva, mais lerda e menos explosiva, o que é bom.

Pode contar comigo para o que precisar e vou perguntar para minha doidinha nesta sexta se ela tem algum site bom ou matéria excelente sobre bipolaridade para te indicar.

O diagnóstico correto é fundamental para o acerto e equilíbrio do que falta em nosso organismo.

Se estiver com bipolaridade não entre em desespero, tem tratamento e funciona. No mais, saiba que tem a spoooky pronta para te ajudar, mesmo com km de distância. Aliás a partir da semana que vem estarei em casa 3x/semana - segundas, quartas e sextas, vou voltar a ficar on line desde cedo, assim poderemos conversar muito sobre isto.

Fique bem e força, não há barreiras intransponíveis.

Adoro você!
Beijocas Gigantes com muito carinho.

Anônimo disse...

Esses diagnósticos psiquiátricos são impactantes porque, quando se lê as definições dos mesmos, a gente sempre percebe algumas coisinhas ditas assim "anormais" na gente... O mais importante é a gente sempre procurar se cuidar, reconhecer nossos limites, e procurar ajuda profissional, quando for o caso. Acho que todo mundo tem seus momentos, em maior ou menor grau...
O ser humano está a procura do equilíbrio permanentemente...
Beijos
Ana Amélia

Anônimo disse...

Beth
Diagnósticos psiquiátricos são bem complexos, pois um trastorno puxa outro, eles costumam vir em dupla, trio ou bando... (comorbidades).O grande desafio é descobrir o transtorno de base, para dessa forma ter a medicação adequada.
Gostaria de conversar com você com mais calma.
Diferenciar um TDAH(com dependência ativa, fazendo uma comorbidade de depressão) de um bipolar, por exemplo, não é uma tarefa fácil.
O diagnóstico é clínico e existem pequenos detalhes que fazem toda a diferença.
Você não pode esquecer que seu filho está em processo de diagnóstico e o dele pode ajudar no seu. Entendeu???
Espero poder conversar com você em breve...
Um beijo enorme.

Tecnologia do Blogger.

Assunto sério

AVISO AOS NAVEGANTES: Se você está aqui somente para se divertir, não leia este post.

Acabei de ler um livro muito interessante, uma espécie de diário de uma bipolar, publicado recentemente no Brasil pela Editora Nova Fronteira. A verdade é que desde que uma de minhas melhores amigas aqui na Holanda foi diagnosticada como bipolar (e somos muito parecidas), venho me interessando pelo assunto e tenho procurado ler mais...Como eterna estudante (e curiosa), eu já tinha lido alguns livros sobre depressão. Dentre eles, recomendo acima de tudo O Demônio do Meio-Dia, um livro esclarecedor e muito abrangente sobre um tema que ainda é tabu em pleno século XXI (e eu vivi isso na pele, acreditem).

Mas o que eu queria mesmo dizer é que, depois de ler quatro livros sobre bipolaridade, estou chegando à conclusão de que tive o diagnóstico errado! Explicando melhor, fui diagnosticada como tendo distimia, um tipo de depressão crônica mas branda (lembram do rabugento?) que infelizmente, pode levar a uma depressão maior (tive três e não desejo esta dor ao meu pior inimigo). Ainda mais quando descobri que é um erro comum bipolares do tipo 2 (mais episódios de depressão e menos de mania) serem diagnosticados como tendo depressão unipolar...foi o caso da autora deste livro e parece ser o meu. Verdade seja dita, não sou psiquiatra - nem tenho a intenção de ser - mas me identifiquei com várias partes do livro.

Pronto, contei o segredo que vem me atazanando a cabeça há tempos (não é à toa que o meu blog se chama Noites em claro). Pensando bem, chega de (auto)-censura, este blog afinal é meu!

In other words: enter at your own risk.

5 comentários:

Anônimo disse...

Beth querida,
se o diagnóstico for esse mesmo, vc saberá muito bem lidar com essa diferença. Qdo vc tiver um tempo a mais, busque sim ver se essa é mesmo a sua realidade. Beijos!
Adriane
ps: qualquer coisa, fala comigo, diagnostica há 20 anos... posso contar mais sobre as minhas experiências.

Anônimo disse...

Olha Beth, eu aqui diagnostica há somente cinco meses e levando essa "doença" extremamente há sério, vide problemas de família, meu irmão lá em Porto Alegre, diagnosticado há mais de vinte que está sempre passando por poucas e boas, que não só me deixaa com os nervos à flor da pele, como um coração de "mãe" dilacerado.

Eu apesar de ser uma "avondmens"(pessoa que possuem um ritmo mais noturno que diurno), já não passo mais as noites em claro, porque sigo ao pé da letra o tratamento, medicação, terapia e por assim dizer estrutura.

A medicação correta, me fez ficar uma pessoa mais "sem graça", o meu lado esfuziante foi pro freezer, mas pensando bem, por ter menos ansiedade, devido aos remédios, estou conseguindo levar uma vida mais centrada no meu desenvolvimento pessoal, porque sei que ser "bipolar" é apenas uma faceta de minha personalidade.

Espero que você um dia consiga, ir ao médico e fazer o teste seriamente, pois acredito - por já ter escrito esse post, você já possui a estrutura interna necessária para enfrentar esse leão, que é a bipolaridade.

Boa sorte e sempre pra frente!

Unknown disse...

Oi minha Linda!

Estou cuidando de um caso, onde uma das partes tem um distúrbio chamado borderline, no início achavam que era bipolar. NA verdade a linha é tênue.

Tenho uma amiga fofa que é bipolar, foi diagnosticada há muitos anos e se trata direitinho, vive super bem.

Penso que além de estudar muito, o que sei bem que faz, poderia tentar outros profissionais daí, não sou a pessoa mais exata para me posicionar sobre o distúrbio correto, mas lembre-se que a inconstância de humor é característica forte em sagitarianos. Voltei a tratar minha depressão em dezembro, uma hora teria que cair na real de verdade, vou na psico 2x semana, o bom é que o tratamento é quase gratuito, associo ao remédio prescrito por médico, a sertralina, e confesso que estou muito melhor, mais amena e compreensiva, mais lerda e menos explosiva, o que é bom.

Pode contar comigo para o que precisar e vou perguntar para minha doidinha nesta sexta se ela tem algum site bom ou matéria excelente sobre bipolaridade para te indicar.

O diagnóstico correto é fundamental para o acerto e equilíbrio do que falta em nosso organismo.

Se estiver com bipolaridade não entre em desespero, tem tratamento e funciona. No mais, saiba que tem a spoooky pronta para te ajudar, mesmo com km de distância. Aliás a partir da semana que vem estarei em casa 3x/semana - segundas, quartas e sextas, vou voltar a ficar on line desde cedo, assim poderemos conversar muito sobre isto.

Fique bem e força, não há barreiras intransponíveis.

Adoro você!
Beijocas Gigantes com muito carinho.

Anônimo disse...

Esses diagnósticos psiquiátricos são impactantes porque, quando se lê as definições dos mesmos, a gente sempre percebe algumas coisinhas ditas assim "anormais" na gente... O mais importante é a gente sempre procurar se cuidar, reconhecer nossos limites, e procurar ajuda profissional, quando for o caso. Acho que todo mundo tem seus momentos, em maior ou menor grau...
O ser humano está a procura do equilíbrio permanentemente...
Beijos
Ana Amélia

Anônimo disse...

Beth
Diagnósticos psiquiátricos são bem complexos, pois um trastorno puxa outro, eles costumam vir em dupla, trio ou bando... (comorbidades).O grande desafio é descobrir o transtorno de base, para dessa forma ter a medicação adequada.
Gostaria de conversar com você com mais calma.
Diferenciar um TDAH(com dependência ativa, fazendo uma comorbidade de depressão) de um bipolar, por exemplo, não é uma tarefa fácil.
O diagnóstico é clínico e existem pequenos detalhes que fazem toda a diferença.
Você não pode esquecer que seu filho está em processo de diagnóstico e o dele pode ajudar no seu. Entendeu???
Espero poder conversar com você em breve...
Um beijo enorme.