domingo, março 04, 2007

Sozinhos venceremos

Quem nunca ouviu a frase de guerra Unidos venceremos? Hoje liguei para uma amiga com quem não falava há mais de 6 meses, colocamos o papo em dia e depois de nossa conversa, tive inevitavelmente mais um de meus insights. A gente pode até fingir que não (e em alguns dias isso até funciona), mas aqui na Holanda estamos sozinhos. Cada um por si e Deus por todos. Cada um cuidando do que é seu: sua família, sua casa, seu emprego. E já é muita coisa.

Todos com suas vidas atribuladas, agendas cheias de compromissos, tentando exaustivamente conciliar três vidas em uma: 1. trabalho, 2. casa e 3. lazer. Ou ainda: trabalhar, ser mãe, esposa, dona-de-casa, amiga etc. E ainda arrumar tempo pra cuidar de si mesma porque senão tudo desmorona ao seu redor. Não, não é pouca coisa e a maioria não consegue dar conta do recado - o que é mais do que compreensível, eu também não consegui.

Até que um dia a gente acorda e decide priorizar a vida. Por mera questão de sobrevivência. Aprendemos a escolher nossas batalhas, a dar importância às coisas e pessoas que realmente importam e deixar o resto pra lá. Aprendemos a viver no presente, um dia de cada vez. E tentamos nos reconciliar com nosso passado (que não pode mais ser mudado) e não temer o futuro (que ainda podemos mudar, pois ele depende do que fazemos com nosso presente hoje).

Talvez seja ilusão minha achar que este seja um fenômeno tipicamente holandês em uma sociedade marcada pelo individualismo. Talvez meus amigos do Brasil (principalmente aqueles nas grandes capitais como Rio e São Paulo) me convençam de que lá a vida também é assim. Talvez não. Só sei que com o passar dos anos, cada um aprende a se virar sozinho. Sozinhos venceremos.

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Sozinhos venceremos

Quem nunca ouviu a frase de guerra Unidos venceremos? Hoje liguei para uma amiga com quem não falava há mais de 6 meses, colocamos o papo em dia e depois de nossa conversa, tive inevitavelmente mais um de meus insights. A gente pode até fingir que não (e em alguns dias isso até funciona), mas aqui na Holanda estamos sozinhos. Cada um por si e Deus por todos. Cada um cuidando do que é seu: sua família, sua casa, seu emprego. E já é muita coisa.

Todos com suas vidas atribuladas, agendas cheias de compromissos, tentando exaustivamente conciliar três vidas em uma: 1. trabalho, 2. casa e 3. lazer. Ou ainda: trabalhar, ser mãe, esposa, dona-de-casa, amiga etc. E ainda arrumar tempo pra cuidar de si mesma porque senão tudo desmorona ao seu redor. Não, não é pouca coisa e a maioria não consegue dar conta do recado - o que é mais do que compreensível, eu também não consegui.

Até que um dia a gente acorda e decide priorizar a vida. Por mera questão de sobrevivência. Aprendemos a escolher nossas batalhas, a dar importância às coisas e pessoas que realmente importam e deixar o resto pra lá. Aprendemos a viver no presente, um dia de cada vez. E tentamos nos reconciliar com nosso passado (que não pode mais ser mudado) e não temer o futuro (que ainda podemos mudar, pois ele depende do que fazemos com nosso presente hoje).

Talvez seja ilusão minha achar que este seja um fenômeno tipicamente holandês em uma sociedade marcada pelo individualismo. Talvez meus amigos do Brasil (principalmente aqueles nas grandes capitais como Rio e São Paulo) me convençam de que lá a vida também é assim. Talvez não. Só sei que com o passar dos anos, cada um aprende a se virar sozinho. Sozinhos venceremos.

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