terça-feira, maio 22, 2007

Os fantasmas do passado

Meudeusdocéu...É irônico como a vida nos prega peças quando menos esperamos. Outro dia, sem mais nem menos, esbarrei com um ex-namorado no meio da rua. Não o via há 13 anos (muitas águas passaram por este rio). Namoramos uns poucos meses - a intensidade foi maior do que a duração, daquelas coisas que não se explica e pronto - quando eu ainda morava em Dublin. Isso antes de eu me atirar de mala e cuia pra Amsterdam. Sim, porque naquela época eu me atirei mesmo, hoje em dia não teria mais esta coragem (ou inocência). Na época ele ficou trabalhando por lá mesmo (é tradutor como eu), apesar de ser holandês e ter voltado a morar aqui uns anos depois, não sei exatamente quando. Perdemos contato durante muitos e muitos anos, não fosse um amigo comum (que aliás, sempre o mantia informado). Ele também foi casado 10 anos e tem uma experiência vagamente semelhante (porque cada experiência é única e a minha sem dúvida o foi...não que eu me orgulhe disso, muito pelo contrário). E hoje somos ambos happy single, fiéis à linha single but not looking...or at least, that is what I thought, hehehe.

Pois bem, depois de nos esbarrarmos prometemos manter contato e ele me mandou um e-mail no mesmo dia. Desde então assunto é o que não falta e temos trocado muitas idéias (algumas coisas nunca mudam). E ele quer marcar pra gente sair pra um bar, conversar e beber algo mas...sei lá. E eu só sei dizer que o passado às vezes nos pega de surpresa, quando já havíamos esquecido totalmente...eu que nem o reconheci na rua, ele é que me reconheceu (logo eu que engordei mais de 30kg desde então...cruz credo).

To cut a long story short, talvez ainda possamos ser amigos...Porque a verdade é que depois de 10 anos de casamento, eu pensei que tinha saído definitivamente do circuito e não tenho (ou não tinha) o menor plano de retornar a ele tão cedo...e provavelmente não irei ainda mas é sempre bom sacudir a poeira (nem que seja pra rever as idéias de tempos em tempos). No mais, nem sei porque escrevi isso aqui mas é que, digamos assim, essa estória me tirou do marasmo emocional em que escolhi viver nos últimos tempos (pós-divórcio, vejam bem). Basicamente, ainda não me sinto em condições emocionais de encarar um novo relacionamento - embora, ou talvez por isso mesmo, saiba exatamente o que quero e o que não quero em uma relação (um dia a gente aprende). E o que eu não quero é muito simples: casamento e filhos...Been there, done that.

De qualquer forma, este encontro inesperado com o passado me fez (re)pensar algumas atitudes básicas e estou até desconfiada que é cedo demais pra pendurar as chuteiras (sim, eu que já tinha me aposentado). Então fica combinado assim: estou fechada para balanço por tempo indeterminado - até prova em contrário, é claro.

PS. A foto é do Temple Bar, em Dublin.

6 comentários:

Annix disse...

\o/ Yes!

Atta girl!

Nimue disse...

Fantasma bom, esse...:-)
até o findi!
besos!

Antonio Da Vida disse...

A vida sempre nos surpreendendo,né? Acho que no final, o importante é simplesmente ter a chance de se sentir VIVO. ãs vezes queremos nos aposentar da vida, nos fechar no nosso casulo e esperar o mau tempo passar, mas não adianta, a vida vem bater à nossa porta.
beijo!
A.

Labelle® Paz disse...

Ai que delícia !!!!
Essas surpresas são sempre bem-vindas!!
Aproveite-as e depois conte prá gente!
Beijos pintados.

Anônimo disse...

As vezes quando temos certeza que estamos no controle do nosso destino, coisas inesperadas aparecem pra provar que nenhuma decisao eh certa. Cliche ou nao.
Saudades de vc...
Bjs

Bebete Indarte disse...

AMOR, ROMANCE dá popularidade...olha quanto comentário, hahahaha.

Vai dar casório, e eu quero segurar a vela, hahahaha.

Agora sério, viu só...esse encontro não deu uma acordada, tirando teias de areia de uma possibilidade que você nem estava contando??? Assim são as boas surpresas.

E por mim, "eles casaram e foram felizes pra sempre", sou uma sonhadora e ponto final, acredito no amor, nos relacionamentos, é assim que se cresce, e não sozinho no "alto de uma torre" até o último sopro.

Me bate vai...

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Os fantasmas do passado

Meudeusdocéu...É irônico como a vida nos prega peças quando menos esperamos. Outro dia, sem mais nem menos, esbarrei com um ex-namorado no meio da rua. Não o via há 13 anos (muitas águas passaram por este rio). Namoramos uns poucos meses - a intensidade foi maior do que a duração, daquelas coisas que não se explica e pronto - quando eu ainda morava em Dublin. Isso antes de eu me atirar de mala e cuia pra Amsterdam. Sim, porque naquela época eu me atirei mesmo, hoje em dia não teria mais esta coragem (ou inocência). Na época ele ficou trabalhando por lá mesmo (é tradutor como eu), apesar de ser holandês e ter voltado a morar aqui uns anos depois, não sei exatamente quando. Perdemos contato durante muitos e muitos anos, não fosse um amigo comum (que aliás, sempre o mantia informado). Ele também foi casado 10 anos e tem uma experiência vagamente semelhante (porque cada experiência é única e a minha sem dúvida o foi...não que eu me orgulhe disso, muito pelo contrário). E hoje somos ambos happy single, fiéis à linha single but not looking...or at least, that is what I thought, hehehe.

Pois bem, depois de nos esbarrarmos prometemos manter contato e ele me mandou um e-mail no mesmo dia. Desde então assunto é o que não falta e temos trocado muitas idéias (algumas coisas nunca mudam). E ele quer marcar pra gente sair pra um bar, conversar e beber algo mas...sei lá. E eu só sei dizer que o passado às vezes nos pega de surpresa, quando já havíamos esquecido totalmente...eu que nem o reconheci na rua, ele é que me reconheceu (logo eu que engordei mais de 30kg desde então...cruz credo).

To cut a long story short, talvez ainda possamos ser amigos...Porque a verdade é que depois de 10 anos de casamento, eu pensei que tinha saído definitivamente do circuito e não tenho (ou não tinha) o menor plano de retornar a ele tão cedo...e provavelmente não irei ainda mas é sempre bom sacudir a poeira (nem que seja pra rever as idéias de tempos em tempos). No mais, nem sei porque escrevi isso aqui mas é que, digamos assim, essa estória me tirou do marasmo emocional em que escolhi viver nos últimos tempos (pós-divórcio, vejam bem). Basicamente, ainda não me sinto em condições emocionais de encarar um novo relacionamento - embora, ou talvez por isso mesmo, saiba exatamente o que quero e o que não quero em uma relação (um dia a gente aprende). E o que eu não quero é muito simples: casamento e filhos...Been there, done that.

De qualquer forma, este encontro inesperado com o passado me fez (re)pensar algumas atitudes básicas e estou até desconfiada que é cedo demais pra pendurar as chuteiras (sim, eu que já tinha me aposentado). Então fica combinado assim: estou fechada para balanço por tempo indeterminado - até prova em contrário, é claro.

PS. A foto é do Temple Bar, em Dublin.

6 comentários:

Annix disse...

\o/ Yes!

Atta girl!

Nimue disse...

Fantasma bom, esse...:-)
até o findi!
besos!

Antonio Da Vida disse...

A vida sempre nos surpreendendo,né? Acho que no final, o importante é simplesmente ter a chance de se sentir VIVO. ãs vezes queremos nos aposentar da vida, nos fechar no nosso casulo e esperar o mau tempo passar, mas não adianta, a vida vem bater à nossa porta.
beijo!
A.

Labelle® Paz disse...

Ai que delícia !!!!
Essas surpresas são sempre bem-vindas!!
Aproveite-as e depois conte prá gente!
Beijos pintados.

Anônimo disse...

As vezes quando temos certeza que estamos no controle do nosso destino, coisas inesperadas aparecem pra provar que nenhuma decisao eh certa. Cliche ou nao.
Saudades de vc...
Bjs

Bebete Indarte disse...

AMOR, ROMANCE dá popularidade...olha quanto comentário, hahahaha.

Vai dar casório, e eu quero segurar a vela, hahahaha.

Agora sério, viu só...esse encontro não deu uma acordada, tirando teias de areia de uma possibilidade que você nem estava contando??? Assim são as boas surpresas.

E por mim, "eles casaram e foram felizes pra sempre", sou uma sonhadora e ponto final, acredito no amor, nos relacionamentos, é assim que se cresce, e não sozinho no "alto de uma torre" até o último sopro.

Me bate vai...