sábado, maio 12, 2007

Para meu filho

Aproveitando que é Dia das Mães - e porque eu não seria mãe se não fosse por ele - deixo aqui um poema para meu filho. Ele não vai poder ler este texto porque está sendo alfabetizado em holandês e não fala português...mas o importante é o sentimento.

O Menino Azul (por Cecília Meireles)
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.

O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.

O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.

(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)

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Para meu filho

Aproveitando que é Dia das Mães - e porque eu não seria mãe se não fosse por ele - deixo aqui um poema para meu filho. Ele não vai poder ler este texto porque está sendo alfabetizado em holandês e não fala português...mas o importante é o sentimento.

O Menino Azul (por Cecília Meireles)
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.

O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.

O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.

E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.

(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao Menino Azul que não sabe ler.)

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